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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, janeiro 30, 2011

Ecce Homo


Gravura de João Werner
A humanidade é uma ave de asas partidas
Que vaga no Universo rumo ao desconhecido
Em busca de um sentido para a vida.
Tem o alucinado por guia.
Navega uma rocha movida pela soberba,
Pela arrogância e pela paixão.
O eu é, o ele não é.Um louvor à imperfeição.
A humanidade é um espelho embaçado
Alimentado pelo desespero e pela incerteza.
Fome e ódio não permitem pensar no amanhã.
A natureza não cria indigentes.
O destino, uma profundidade insondável,
Uma porta da qual só você tem a chave.
Do destino, homem algum escapou.
Nada é definitivo, nem a morte.
Vontade de viver, vontade de poder,
Eis a verdadeira dimensão do homem
Para atingir o eterno e superar o infinito.
Maior que o infinito menor que o imenso.
Procure o intermediário entre o
Saber e o ignorar e terá
O invisível sustentando o visível,
A essência superando a existência.
Não há limite para o possível.
Saber questionar é viver,
Aceitar o dogma é anular-se.
Quem pode entender a razão humana?
O homem é algo que precisa ser superado.
Brutalidade e ganância movem o planeta.
O homem animal doméstico do homem.
O que é o homem?
Ele é aquele que troca a alma pelo lucro
Ignorando o que a história ensina.
Onde houver opressão haverá Revolução
Eis o Homem.


O filha-da-putismo em alta


Como é de conhecimento até do mundo vegetal o elemento Luciano Huck aproveitou a tragédia nas serras do Rio para encher o rabo de dinheiro. O semanário dos Homens Bons, sempre atento, chamou esse gesto de BOM-MOCISMO. Imaginem o que seria preciso para chamar alguém de filho da puta se esse sujeito é um bom-moço...

Extraído do blog: http://esquerdopata.blogspot.com/

Neschling confirma que Cerra o demitiu por causa do mictório

Neschling confirma que Cerra o demitiu por causa do mictório

O mictório foi o campo de batalha da OSESP


Amiga navegante, amante da boa música, telefona para comunicar que John Neschling deu uma entrevista à revista IstoÉ (pág. 8 ) em que confirma informação há muito divulgada por este ansioso blog.

Cerra demitiu Neschling por causa de um mictório.

Vários amigos navegantes duvidavam que o Cerra, mesmo sendo o nosso Putin, fosse capaz de tal mesquinharia.

Vem agora a confirmação histórica.

Cerra se elegeu prefeito e disse ao Boris Casoy que jamais renunciaria ao cargo.

Clique aqui para ler sobre a derrota de Casoy na Justiça.

E aqui para ver o vídeo histórico: Cumprirei o mandato de prefeito até o fim. Se não, não votem mais em mim.

O prefeito mandou o Neschling e a OSESP se apresentarem numa Virada Cultural.

Neschling mandou perguntar se tinha mictório para atender os músicos (quase cem).

Não recebeu resposta e não foi.

Por isso, mais tarde, o governador (Cerra não cumpriu o mandato de prefeito até o fim) demitiu o regente daquela que era, então, a melhor orquestra do Brasil.

(Hoje, como se sabe, a OSESP é como os tucanos paulistas: medíocre, mas fala francês.)

Nesta entrevista, Neschling confirma que Fernando Henrique foi o algoz, a mando de Cerra.

E que Cerra é o que sempre foi: um Putin mimado.

(Neschling prefere chamá-lo de “autoritário e mimado”.

“Mimado” pelo PiG (*).


Paulo Henrique Amorim

sábado, janeiro 29, 2011

Parceria brasileira injeta US$ 2,7 milhões para a inclusão social de catadores


No dia 23 de dezembro de 2010, a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula participaram de cerimônia de Natal dos catadores de materiais recicláveis, em São Paulo/SP. Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo
O governo federal, por meio da Caixa Econômica, contratou uma operação no valor de US$ 2,7 milhões – aproximadamente R$ 4,5 milhões – para a inclusão socioeconômica de catadores de materiais recicláveis. Os recursos serão doados pelo Fundo Japonês de Desenvolvimento Social (JSDF/BIRD) ao Banco Mundial, que escolheu a Caixa para implementar o programa. O piloto será o aterro controlado do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ), e deverá ser expandido para mais dois lixões no Brasil.
Os recursos serão direcionados para dois projetos selecionados previamente pelo Banco Mundial, voltados para a erradicação de lixões e implantação de aterros sanitários. Os projetos devem estar vinculados a financiamentos da Caixa, no escopo da gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Com a iniciativa, serão implantados aterros sanitários modernos e ambientalmente sustentáveis, além de instalações alternativas para o tratamento do lixo.
A doação é resultado de parceria entre a Caixa e o Banco Mundial, iniciada em junho de 2008, no âmbito do projeto Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto. A parceria também prevê a comercialização, pelo banco brasileiro, de créditos de carbono, e a participação como agência coordenadora do 1º Programa de Atividades em Resíduos Sólidos Urbanos do Brasil, atualmente em fase de validação na Organização das Nações Unidas (ONU).

Inclusão - O Programa para Inclusão Social e Econômica de Catadores visa promover, por meio de um processo participativo, a inclusão de recicladores no sistema formal de prestação de serviços básicos do setor de manejo de resíduos sólidos. Para um período de três anos, espera-se o aumento de 50% na adesão de catadores às organizações de base comunitária voltadas para reciclagem e o aumento de 50% do volume de materiais reciclados.

O Programa prevê ainda a melhoria da saúde e da segurança dos catadores, o aumento da produtividade e renda, a formalização das atividades e acesso a direitos e serviços governamentais e a criação de alternativas com treinamento e colocação profissional.
Recentemente o tema ganhou destaque mundial com o documentário “Lixo Extraordinário”, que retrata o trabalho dos catadores de material reciclável no aterro de Duque de Caxias. O longa-metragem, coprodução do Brasil e Reino Unido, é um dos indicados ao Oscar 2011.
*planalto

Lungaretti derrota Casoy na Justiça por causa dos garis




Na foto, os garis em questão

O Conversa Afiada reproduz e-mail de Celso Lungaretti:

A SENTENÇA DO PROCESSO DE CASOY CONTRA MIM: ABSOLVIÇÃO


Celso Lungaretti (*)


“Julgo improcedente a presente ação penal, para absolver Celso Lungaretti dos delitos dos artigos 139 e 140 do Código Penal, que lhe foram imputados, o que faço com fundamento no artigo 386, III do Código de Processo Penal.”


Foi esta a decisão do juiz de Direito José Zoéga Coelho no processo nº 050.10.043276-0, que o jornalista Boris Casoy moveu contra mim no Juizado Especial Criminal da Barra Funda (SP), acusando-me de difamação e/ou injúria.


A minha defesa foi assumida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, ficando a cargo do coordenador do Depto. Jurídico, dr. Jefferson Martins de Oliveira, que atuou com raro brilhantismo.


Para quem quiser conhecer os detalhes do caso, recomendo a leitura do artigo que escrevi ao ser intimado, Casoy me move ação criminal por artigo sobre o episódio dos garis.


Eis os trechos principais da sentença:


“A leitura do texto integral (…) não deixa dúvidas quanto ao propósito de dirigir à pessoa do querelante séria crítica. Isso, por si, não basta para configurar crime contra a honra.


Nesse pondo o Direito se defronta com questão de suma dificuldade, qual seja a de traçar, em critérios tão claros e objetivos quanto possível, a linha divisória entre dois direitos constitucionalmente tutelados: o direito à livre manifestação de pensamento (e à liberdade de informação), de um lado, e, de outro, os direitos fundamentais da pessoa, dentre os quais se inclui o direito à proteção da honra.


Cumpre reconhecer que o querelante, porque pessoa pública e homem de imprensa de grande renomada, é passível de maior exposição à crítica jornalística.


Por outras palavras, como homem de imprensa que fala ao grande pública, as convicções pessoais do querelante (estas que transparecem em seus atos, mesmo que pretéritos) tornam-se de interesse para a sociedade, sabido que a relação entre jornalista e seu público é fundada numa certa confiança quanto à qualidade da informação noticiada.


Sendo, assim, justificável que a crítica possa envolver fatos sobre a vida do querelante e que em princípio possam atingir sua pessoa e, via de consequência, também sua honra.


Em suma, como toda pessoa pública, sobretudo que desempenhe atividade de interesse público (…), também o querelante, por sua profissão de jornalista, está justificadamente exposto à crítica, sem que o exercício desta possa mitigado em defesa da honra.


Pelo exposto, entendo que a crítica, mesmo que envolvendo fatos em princípio aptos a afrontar a honra daquela pessoa assim criticada, não basta para evidenciar aqueles crimes de que trata a queixa.


Para além da questão atinente aos limites entre a liberdade de informação (e de crítica, mesmo que voltada à vida íntima de pessoas que desempenhem atividades de interesse público) e o direito à proteção da honra, há ainda a considerar a questão sob outro aspecto, este de aspecto já estritamente jurídico penal.


Os crimes contra a honra exigem dolo específico, ou seja, intenção deliberada e precípua de atingir a honra do ofendido. No caso ora em julgamento, verifica-se que a raiz de todas as expressões alegadamente infamantes está ina imputação do fato do querelante ter pertencido a determinada organização, denominada “CCC”.


Quanto a este ponto, a leitura do texto publicado na internet pelo ora querelado demonstra que, a tal respeito, ele menciona como fonte de uma tal informação notícia anteriormente publica em revista de grande circulação (na época em que dita informação ali se ventilou).


Menciona ainda informação dada por terceiro, não identificado, mas que teria sido contemporâneo do querelante nos bancos acadêmicos e que coincidiria com a participação do querelante na mencionada organização.


Menciona, finalmente, relato de pessoa identificada, agora reafirmando a participação do querelante na agremiação, o que inclusive teria causado embaraços para o querelante em clube da colônia hebraica (e o querelante faria parte da colônia), isto pelo uso da cruz suástica como símbolo pelo referido “CCC”.


Ora, se o querelado relata os fatos como tendo sido referidos por terceiros, um dos quais inclusive nominalmente identifica, como ainda refere estar reproduzindo notícia anteriormente divulgada em veículo de comunicação àquele tempo bastante conhecido, creio que nisso não se pode ver propósito deliberado de infamar, mas sim de meramente narrar fato, fato este cuja divulgação no texto veiculado na internet — e que ora é objeto da presente queixa — se deu em regular exercício do direito de crítica e liberdade de manifestação do pensamento.


No mais, os adjetivos — carregados, por certo — empregados no texto e atribuídos à pessoa do querelante guardam relação direta com os fatos ali também relatados. Não haveria sentido punir, a título de injúria, aquilo que decorre de fatos cuja divulgação, no entanto — e a meu ver — não poderia caracterizar o crime, mais grave, de difamação.


Assim, não houve dolo específico de atentar contra a hora do agente. E quando a honra foi por vezes atingida, assim ocorreu no exercício do direito à crítica. Sem dolo específico, não se pode então falar em crime contra a honra.”


(*) jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

PARAÍSOS FISCAIS, OS PROSTÍBULOS DO CAPITALISMO


Por Emir Sader
[ParaisoFiscal.jpg]
Nesses territórios se praticam todos os tipos de atividade econômica que seriam ilegais em outros países, captando e limpando somas milionárias de negócios como o comércio de armamentos, do narcotráfico e de outras atividades similares.
Os paraísos fiscais, que devem somar um total entre 60 e 90 no mundo, são micro-territórios ou Estados com legislações fiscais frouxas ou mesmo inexistentes. Uma das suas características comuns é a prática do recebimento ilimitado e anônimo de capitais. São países que comercializam sua soberania oferecendo um regime legislativo e fiscal favorável aos detentores de capitais, qualquer que seja sua origem. Seu funcionamento é simples: vários bancos recebem dinheiro do mundo inteiro e de qualquer pessoa que, com custos bancários baixos, comparados com as médias praticadas por outros bancos em outros lugares.
Eles têm um papel central no universo das finanças negras, isto é, dos capitais originados de atividades ilícitas e criminosas. Máfias e políticos corruptos são frequentadores assíduos desses territórios. Segundo o FMI, a limpeza de dinheiro representa entre 2 e 5% foi PIB mundial e a metade dos fluxos de capitais internacionais transita ou reside nesses Estados, entre 600 bilhões e 1 trilhão e 500 bilhões de dólares sujos circulam por aí.
O numero de paraísos fiscais explodiu com a desregulamentação financeira promovida pelo neoliberalismo. As inovações tecnológicas e a constante invenção de novos produtos financeiros que escapam a qualquer regulamentação aceleraram esse fenômeno.
Tráfico de armas, empresas de mercenários, droga, prostituição, corrupção, assaltos, sequestros, contrabando, etc., são as fontes que alimentam esses Estados e a mecanismo de limpeza de dinheiro.
Um ministro da economia da Suíça – dos maiores e mais conhecidos paraísos – declarou em uma visita a Paris, defendendo o segredo bancário, chave para esses fenômenos: “Para nós, este reflete uma concepção filosófica da relação entre o Estado e o indivíduo.” E acrescentou que as contas secretas representam 11% do valor agregado bruto criado na Suíça.
Em um país como Liechtenstein, a taxa máxima de imposto sobre a renda é de 18% e o sobre a fortuna inferior a 0,1%. Ele se especializa em abrigar sociedades holdings e as transferências financeiras ou depósitos bancários.
Uma sociedade sem segredo bancário, em que todos soubessem o que cada um ganha – poderia ser chamado de paraíso. Mas é o contrário, porque se trata de paraísos para os capitais ilegais, originários do narcotráfico, do comercio de armamento, da corrupção.
Existem, são conhecidos, quase ninguém tem coragem de defendê-los, mas eles sobrevivem e se expandem, porque são como os prostíbulos – ilegais, mas indispensáveis para a sobrevivência de instituições falidas, que tem nesses espaços os complementos indispensáveis à sua existência.
*históriavermelha

ELOGIAR A POBREZA E A FALTA DE AMBIÇÃO É UMA GRANDE BOBAGEM,NÓS VIVEMOS NO CAPITALISMO E O DINHEIRO É FUNDAMENTAL

http://www.sitesnobrasil.com/fotos/images/fotos/homens/j/joao-gilberto4.jpg

RUY CASTRO
Pra que discutir com madame?


RIO DE JANEIRO - Deu no jornal: João Gilberto, o cantor, está ameaçado de despejo do apartamento alugado em que mora no Leblon. A proprietária é uma senhora da sociedade carioca e internacional, com título de condessa e dona de vários imóveis. O problema não envolve dinheiro, mas o que a senhoria acha um abuso: ele não deixa ninguém entrar ali, nem para fazer obras que ela julga necessárias.
O que, para muita gente, pode ser uma surpresa é a revelação de que João Gilberto, que fará 80 anos em junho próximo, não tem casa própria. Não tem, nunca teve. É verdade que, em mais de uma ocasião, fez contratos que lhe teriam permitido comprar à vista o que quisesse e resolver o problema. Mas a volúpia da propriedade não é seu estilo.
Nem de outros do seu círculo. Vinicius de Moraes passou a vida morando nas casas de sua família na Gávea ou pagando aluguel. Lucio Alves, um dos dois ou três maiores cantores da história deste país, estava sendo despejado no ano em que morreu, 1993. E não me consta que, algum dia, João Donato, Johnny Alf, Newton Mendonça, fossem proprietários -a ideia de assinar escrituras, pagar imposto predial e votar em reuniões de condomínio parecia não combinar com o ideário da bossa nova.
João Gilberto não gosta de interferências no seu dia-a-dia. Eu também não gosto, assim como você e todo mundo. João Gilberto talvez apenas radicalize esse gosto pela reclusão, no que está no seu direito. Em compensação, nunca processou jornalistas ou escritores que ousaram "violar" sua intimidade.
A condessa devia conhecer João Gilberto quando o aceitou como inquilino. Cabe-lhe, portanto, relaxar e, no futuro, orgulhar-se de que ele morou num de seus imóveis, entre cujas paredes quantas maravilhas não criou ao violão. Mas, se madame não vê isto, diria o samba, pra que discutir com madame?

PRESIDENTE LULA É HOMENAGEADO E O POVO CORRE PARA RECEBÊ-LO.A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA CHORA !

Doutor Lula

Lula recebe título de doutor da UFV

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na noite desta sexta-feira (28), o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O Conselho Superior da UFV decidiu agraciar o ex-presidente pela “permanente luta em defesa das causas sociais brasileiras”. Em seu primeiro discurso desde a posse de Dilma Rousseff, Lula disse que o título era o quarto diploma que recebia em sua vida, contando a conclusão do primário, o curso de torneiro mecânico pelo Senai e a diplomação como presidente da República.

“Quando olharem para mim com desdém porque eu não tenho diploma universitário, vou mostrar esta foto que tirei vestido como doutor honoris causa”, afirmou. Lula criticou seus antecessores, ao citar o “abandono” do ensino no País, a “lógica excludente desastrada do passado” e a “negligência com a formação profissional”. O ex-presidente declarou ter certeza de que Dilma consolidará o trabalho feito ao longo dos últimos oito anos e promoverá “novos e significativos avanços”.

A série de homenagens para Lula continua hoje (29), com a cerimônia de entrega de uma comenda pela prefeitura de Ubá.

*esquerdopata




Lula recebe mais homenagem e diz que 'quanto menos falar, melhor'


Sem atividades até março, ex-presidente disse querer ‘reencarnar como cidadão brasileiro’

Denise Motta, iG Minas Gerais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã deste sábado (29) que “precisa desencarnar da Presidência da República”. Questionado se pretendia no futuro voltar ao cargo de presidente, respondeu que vai “reencarnar como cidadão brasileiro”. De acordo com ele, “quanto menos falar, será melhor para todo mundo”. Hoje, Lula recebeu a medalha Ari Barroso, na cidade de Ubá, a 290 quilômetros de Belo Horizonte (MG). Ontem ele foi agraciado com o título de doutor honoris causa, concedido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), e participou como paraninfo de formatura de centenas de universitários.

“Eu, na verdade, não quero ter atividade até março, vou esperar o Carnaval. O governo Dilma está montando o seu time e eu preciso desencarnar da Presidência. Então, quanto mais quieto eu ficar, quanto menos eu falar, melhor para todos nós”, discursou para dezenas de pessoas no aeroporto de Ubá, local onde recebeu a medalha Ari Barroso das mãos do prefeito Vadinho Baião (PT).


O ex-presidente abraçou, beijou, posou para fotos e deu autógrafos. Em rápido discurso, falou de sua alegria em estar na cidade onde nasceram filhos do ex-vice-presidente José Alencar. Ao receber a medalha, brincou: “Isso é até começar a olimpíada. Vai ter uma coisa da terceira idade para a gente ganhar medalha”. O ex-presidente recebeu do prefeito uma cesta com produtos tipicamente mineiros, incluindo doce de manga e cachaça. Ao ser orientado a entregar uma caixa de doce para Alencar, brincou novamente: “Isso vai depender da fome que eu estiver no avião”.

A medalha Ari Barroso, por ocasião do centenário de nascimento do compositor ubaense, foi entregue a diversas personalidades, das mais variadas regiões, em 2003, entre elas o ator Mauro Mendonça, nascido em Ubá, o governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-vice de Lula, José Alencar.


Na sexta-feira à noite (28), Lula jantou no espaço chamado Casa dos Prefeitos, na UFV. No cardápio, feijão tropeiro e pururuca. Como sobremesa, doce de leite e goiabada cascão. No jantar restrito, na presença de representantes da UFV, Viçosa e Ubá, o ex-presidente disse que já teve mais de 100 indicações para receber o título de doutor honoris causa, vindas de diversas partes do mundo. Também no jantar Lula pediu que a entrega da medalha Ari Barroso fosse adiantada em uma hora, pois iria acordar às 7 horas e seguir por terra de Viçosa a Ubá. De ontem para hoje, ele pernoitou no hotel Alfa.