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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 03, 2011

Constatação de Michael Moore


“Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa.”

Enterro de Osama no mar foi “desova”, não islâmico

Mesmo que os jornais brasileiros não  o tenham  registrado -  que vergonha! – os islamitas disseram que é completamente furada a desculpa do “ritual islâmico” para a decisão dos EUA de lançar ao mar o corpo de Osama Bin Ladem.
A France-Presse publica que “o islã é contra sepultamentos no mar, afirmou nesta segunda-feira Mahmud Azab, porta-voz do centro Al-Azhar”, do imã Ahmad Al Tayeb, a maior autoridade religiosa sunita, ramo do islamismo ao qual se vinculava Bin Laden. Tayeb não é um esquerdista, ao contrário, era um dos apoiadores de Hosni Mubarak, ex-presidente egípcio, apoiado pelos EUA.
Diz a matéria: “a Grande Mesquita de Paris também disse nesta segunda-feira que lançar um cadáver na água é “completamente contrário às regras santas do islã”.
Historinhas mal-contadas, vá lá. Mas ao menos deixem em paz os rituais islâmicos. Eles podem ser diferentes dos ocidentais, mas são tão humanos e respeitosos quanto um sepultamento cristão. Sobretudo quando isso vem de um presidente americano que tem um pai e um nome ligados ao islamismo, e que deveria merecer dele todo o respeito.
Muçulmanos  não atiram corpos ao mar, de helicóptero.
*tijolaço

Papel do Estado na legalização das drogas


Quando a GloboNews  quebra a cara mais uma vez.
Entrevista muito esclarecedora concedida pela Educadora Gilberta Acselrad a um programa da Globo News, pertencente à Rede Globo. Resta evidente a postura do discurso oficial, midiático, proibicinista, lugar-comum, ineficiente e falido, frente à intelectual que não se limita a repetir as "soluções" propagandeadas e busca conhecer de verdade o "problema das drogas". Parabéns Gilberta Acselrad!
 
 
*comtextolivre

segunda-feira, maio 02, 2011

Genial: Kassab cria o urbanismo dos “sem-garagem”

Que as grandes cidades brasileiras não podem continuar a ser “escravas” do automóvel e precisam investir no transporte coletivo é, como diria Nélson Rodrigues, o óbvio ululante.
Mas em lugar de melhorar o transporte de massa, será que isso vai ser conseguido tirando a garagem dos projetos de prédios para a população de baixa renda?
Ontem, a Folha publicou que a prefeitura de São Paulo decidiu que os novos conjuntos da Cohab serão construídos sem vagas de garagem.
Logo, os carros irão para as ruas. Ou os moradores acabarão por fazer “puxadinhos” e telheiros para os carros que, afinal, podem comprar.
Nas áreas de classe média e alta, nem pensar em proibir as garagens, claro.
A desculpa é que, sem garagem para guardar o carro, os mais pobres vão optar pelo transporte coletivo e pela bicicleta.
Ou, quem sabe, comprar um carro de Formula Indy. Assim conseguem uma via expressa para se livrar dos congestionamentos.
*tijolaço

Chávez condena assassinato de família de Gaddafi em ataque da Otan

O presidente venezuelano Hugo Chávez condenou neste sábado a morte de um dos filhos do líder líbio Muamar Kadafi e três de seus netos durante um ataque aéreo da Otan a um alojamento em Trípoli. Chávez pediu a líderes europeus que revisassem seu apoio à ofensiva.

Saif al-Arab Kadafi, sexto filho de Muamar Kadafi, morreu junto a "três netos do líder" no ataque, informou o porta-voz do governo, Mussa Ibrahim.

O governante líbio sobreviveu, bem como sua esposa, apesar de se encontrarem dentro do edifício, acrescentou o porta-voz.

— Respeito todos os governos, os poderes dos chefes de Estado e a soberania dos países... mas quem pode suportar isso? Eu não sei como a Europa apoia isso — disse Chávez em um discurso veiculado pela televisão venezuelana.

TV Globo chega aos 46 anos com quedas recordes de audiência







Nesta terça-feira (26), quando completou 46 anos de existência, a Globo recebeu de presente uma notícia nada agradável. Dados apontaram que a emissora teve somente 16,2 pontos de média de audiência do início do ano até agora, entre 7h e 0h na Grande São Paulo. Esse resultado está 0,3 ponto abaixo da média registrada ao longo de todo o ano de 2010 e é o mais baixo registrado pela emissora do Jardim Botânico, desde sua fundação.

*cappacete

Lennon para lembrar 1º de maio