Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 29, 2011

Arnaldo Jabor destila racismo contra Orlando Silva e é rechaçado no Twitter

Em comentário na Rádio CBN, na última quinta (27), o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor destilou todo o seu preconceito e anticomunismo ao comemorar a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte. "Finalmente, o Orlando Silva caiu do galho”, disse Jabor, ao iniciar sua fala na rádio. Além de associar, indiretamente, o ex-ministro a um “macaco”, o que se segue é uma saraivada de xingamentos gratuitos e raivosos contra Orlando, o PCdoB e a UNE. As declarações geraram reação nas mídias sociais.


Utilizando-se de toda a teatralidade de que é capaz, o comentarista da ultradireita esculhamba não só com a sigla comunista, mas joga todos os partidos na vala comum da corrupção, discurso muito comum entres os que tentam desacreditar a política e os políticos.

Mas é contra o PCdoB que ele centra fogo. Jabor não só reforça o coro da mídia como um todo - que tem alimentado o noticiário com denúncias a respeito das quais não há nenhuma prova sequer - como toma como verdade as acusações que nem chegaram a ser investigadas. E passa dos limites, ao agredir até o falecido líder comunista João Amazonas, classificando-lhe como um "delirante maoista".

Com sua metralhadora de adjetivos desabonadores, dispara também contra a UNE. Numa demonstração de completa neurastenia, ele chama jovens de "malandros" e "oportuinistas", depois os acusa de desviariam dinheiro.

O comentário provocou reação. Nas redes sociais, até a noite desta sexta (28), crescia o movimento em repúdio ao jornalista, que desrespeita as principais regras da profissão. Com a hastag #ArnaldoJaborRacista, os internautas defenderam o PCdoB e cobravam um processo contra Jabor por racismo.

"Espero uma atitude imediata da justiça pq no Brasil Racismo é crime inafiançável #ArnaldoJaborRacista", postou a tuiteira @Marianna_UFRN . O presidente da Ubes, Yann Evanovick, também rebateu, em sua conta no twitter @YannUbes: "Jabor no Brasil de hoje representa o que tem de pior na sociedade. Isso é para os que acreditam que no Brasil não tem mais racismo. #vergonha".

Até a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, criticou o comentarista no microblog. "Quero repudiar veementemente a declaração racista do Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva. Isso é inaceitável!", escreveu.

A entidade do movimento negro Unegro anunciou que lançará manifesto de repúdio às declarações de Arnaldo Jabor e exigindo sua imediata demissão, além de uma investigação do Ministério Público por crime de racismo.*
*Tudoemcima

G1 afirma que Folha ocultou por 16 meses flagrante da corrupção tucana de R$ 327 milhões





Maria do Rosário repudia racismo de Arnaldo Jabor contra Orlando Silva #ArnaldoJaborRacista


Jabor destila racismo contra Orlando e é rechaçado no Twitter

Em comentário na Rádio CBN, na última quinta (27), o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor destilou todo o seu preconceito e anticomunismo ao comemorar a saída de Orlando Silva do Ministério do Esporte. "Finalmente, o Orlando Silva caiu do galho”, disse Jabor, ao iniciar sua fala na rádio. Além de associar, indiretamente, o ex-ministro a um “macaco”, o que se segue é uma saraivada de xingamentos gratuitos e raivosos contra Orlando, o PCdoB e a UNE. As declarações geraram reação nas mídias sociais.

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2011/10/27/FINALMENTE-ORLANDO-SILVA-CAI-DO-GALHO.htm
Com a hastag #ArnaldoJaborRacista, os internautas cobravam um processo contra Jabor por racismo.

"Espero uma atitude imediata da justiça pq no Brasil Racismo é crime inafiançável #ArnaldoJaborRacista", postou a tuiteira @Marianna_UFRN .

O presidente da Ubes, Yann Evanovick, também rebateu, em sua conta no twitter @YannUbes: "Jabor no Brasil de hoje representa o que tem de pior na sociedade. Isso é para os que acreditam que no Brasil não tem mais racismo. #vergonha".

Até a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário, criticou o comentarista no microblog. "Quero repudiar veementemente a declaração racista do Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva. Isso é inaceitável!", escreveu.

A entidade do movimento negro Unegro anunciou que lançará manifesto de repúdio às declarações de Arnaldo Jabor e exigindo sua imediata demissão, além de uma investigação do Ministério Público por crime de racismo. (Com informações do Portal Vermelho).
*osamigosdopresidentelula

sexta-feira, outubro 28, 2011

Que Libia surgirá?

A OTAN vai cobrar o contrato de guerra, que existiu mesmo, não foi verbal nem informal. Foi escrito e assinado pelo “Conselho Revolucionário”...
A Líbia - seu povo, lógico - vão ter que pagar as despesas e gastos com os aviões, navios, bombas, balas, armas leves fornecidas aos rebeldes, metralhadoras pesadas das caminhonetes, balas, gastos com os agentes da CIA e OTAN infiltrados, enfim, tudo... e vc já sacou né: com os poços de petróleo...
Agora que o cobra vai piar...
E com todos os erros de Kadafi, é medieval e absurdo o que fizeram, assassinando um líder político que muito tbém fez pelo seu País e povo. Devia ser julgado civilizadamente, apesar de me conter ao lembrar de Alcy Cheuiche, em seu livro “A Guerra dos Farrapos” (Martins Livreiro – Editor, Porto Alegre, 10ª edição, pág. 15) “Que ousadia querer interpretar os sentimentos, os dramas, os sonhos, as revoltas de um povo tão distante ...”, no caso, de nossa cultura ocidental.
Posso estar enganado, mas a Líbia não vai se unir tão facilmente em torno de um estado laico e democrático...vai levar alguns anos dividida e destroçada em disputas tribais e religiosas até se tornar também cultura irreversível o modo democrático de viver... enquanto isso, vampiros transnacionais dos EUA, França e outros vão selecionar novos e confiáveis líderes políticos – outros não confiáveis, a CIA e parceiros matarão, jogando culpa no terrorismo e em kadafistas sobreviventes - para sugar suas riquezas naturais e reconstruir os prédios e infra-estrutura do país com suas empresas de construção civil... e para tanto vai impor um regime de força... fascista como estão tentando impor no Egito pós queda de Hosni Mubarack.
Mas sempre acredito na resistência e luta dos trabalhadores(as) – obreiros(as) e empresários(as) -, que a história demonstra nunca deixaram e deixarão de lutar e impor às elites monopolistas e financeiras, caminhos democráticos e socialistas às nações, mesmo que lento e gradual...
Um dia não muito longe, pode ser que os mesmos “homens da guerra” vão tentar uma guerrinha na Venezuela pelo Petróleo, na Bolívia pelo gás natural, e no Brasil pela Água e pelo petróleo do Pré-Sal. E não vão faltar apoiadores aqui dentro, insuflando o povo brasileiro contra os “vermelhos” petistas e comunistas...
*comtextolivre

Ocupar, Resistir e Produzir: o público de Nova York recebe o MST

28 de outubro de 2011


Por Julia Landau
Do Slow Food Movement

 
Recentemente, Nova York teve a honra de receber o MST à nossa cidade, e a Organização de Nações Unidas (ONU) também teve o privilégio de ouvir o Movimento, como parte de uma série de palestras do Dia Internacional da Alimentação (16 de outurbo) e o Dia Internacional da Mulher Rural (15 de outubro). 
E quem seria melhor para falar de alimentação e mulher trabalhadora, do que uma líder de um dos movimentos camponeses mais reconhecidos do mundo? Janaina Stronzake, falando na ONU como parte do MST em um painel sobre segurança alimentar: o lado da política e o de base, sem dúvida representou o lado comunitário da discussão.
“Segurança alimentar é um passo tático”, explicou Janaina frente ao entendimento limitado do sistema alimentar que demonstraram os representantes da ONU e a FAO. “Mas segurança alimentar não significa nada se não existe dentro de uma estrutura de soberania alimentar.”

Traduzindo para Janaina, escaneei a sala e vi a maioria das pessoas acenando com a cabeça, concordando. A mensagem principal do MST ficou bem clara: só soberania alimentar representa a verdadeira liberdade. Liberdade de comunidades para não depender de tecnologia corporativa, liberdade para fazer suas próprias decisões sobre suas plantações, e liberdade para alimentar suas famílias do jeito que escolherem.

Mulheres, como as agricultoras, as primeiras defensores de casa, tem um papel central aqui – mas têm que se organizar, tem que ter acesso à educação. Soberania alimentar fala de questões que vão muito além da alimentação. São soluções comunitárias, é empoderamento da comunidade.  
Depois disso, outros painelistas reconheceram a soberania alimentar como algo desejável, ideal até, mas ninguém parecia saber como implementar a política para apoiá-la. A mensagem saliente deles? “Fala com a gente,” eles encorajavam às organizações de base presentes na sala. “Precisamos ouvir suas vozes – não somos os especialistas.”  O MST agarrou a oportunidade. “Vamos marcar uma reunião!” Janaina sugeriu imediatamente, “Como podemos manter o contato?” Mesmo que aos membros da FAO e a ONU acabou faltando caminhos diretos de comunicação, eles sem dúvida ouviram a posição do MST: queremos falar com vocês, queremos ampliar a voz da nossa comunidade. 
No final do painel, várias pessoas do público procuraram o MST, fazendo fila para conversar com Janaina. Eles queriam fazer contato, queriam apoiar, queriam aprender mais. “Do painel todo,” uma mulher falou, “você foi a única com novidade para falar. Nós todos aprendemos alguma coisa com o MST hoje.” 
E o público da ONU não foi o único que teve a chance de aprender com o MST naquele fim de semana. Dois dias depois, chegamos à Wall Street para ver a versão novaiorquina de ocupação, e para a Janaina falar à multidão.
A medida que andávamos pela praça com a bandeira do MST, gente de todo tipo vinha falar com a Janaina para conversar sobre o movimento e o vínculo do mesmo com os EUA. Finalmente, Janaina subiu num banco para se dirigir à multidão. Ela falou sobre produção por meio de ocupação: produção de educação, produção de empoderamento, produção de independência das multinacionais. A mensagem ressonou com todos, e levantamos a mão esquerda, como classe, gritando “Ocupar, Resistir e Produzir!” 
*GrupoBeatrice

Charge do Dia


Nosso “midiagate” saiu na mídia!

Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’.
As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado.
À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro.
Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off.
Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA?
Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas.
Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.
Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação.
Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz.
Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras.
Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.
PS. Vejo no Conversa Afiada que o JB publicou também. E agora, vão continuar fingindo que não viram e se escondendo numa nota da Globo que diz que não é verdade? Ou Waack vai dizer que foi ao porta-aviões americano por ser “âncora”?

*Tijolaço

Wikileaks mostra Fernando Rodrigues como informante dos EUA

Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA.

Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo.

Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.

De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa (o que não ocorreu). (Com informações do Portal 247)

Leia também:
- Wikileaks aponta Wiliam Waack como inflitrado na TV pelo governo dos EUA
 
*osamigosdopresidentelula

De Cristina Kirchner para Dilma Rousseff (o rolo compressor da imprensa corporativa)


Governantes trabalhistas não podem ficar à mercê de uma imprensa golpista


“Nada foi provado contra o ministro até o momento. Nada foi gravado com a voz do mandatário, bem como ele se dispôs a enfrentar esse processo draconiano promovido pela imprensa corporativa controlada por apenas quatro famílias, de tradição golpista, que se beneficiou da ditadura militar”.
(Davis Sena Filho)


Eu vou repetir o que o jornalista Paulo Henrique Amorim disse no seu site “Conversa Afiada”: “Tenho inveja da Cristina Kirchner, da Argentina”. Eu também sinto inveja. E explico por que. A presidenta trabalhista, herdeira política do ex-presidente trabalhista Néstor Kirchner, além de ter enfrentado com coragem a imprensa hegemônica, comercial e privada, apresentou projeto que trata da criação da Ley dos Medios, que é o marco regulatório para as diversas mídias, para os meios de comunicação, que, sem ser regulamentado (não confunda com censura), conforme acontece com os principais segmentos de atividade econômica, teima em desestabilizar governos trabalhistas legitimamente eleitos pelos povos da América do Sul ao tempo que, no decorrer de sua história, derrubados por golpes de estado promovidos pelos empresários, com o apoio bélico dos militares.


Por isso que eu também sinto inveja, porque há muito tempo os governos trabalhistas de Lula e agora o de Dilma Rousseff deveriam ter implementado o marco regulatório para os meios de comunicação, como acontece nos países desenvolvidos, que mesmo assim enfrentam problemas com esse setor empresarial, que faz do seu negócio uma arma para desestabilizar governos e moer reputações, sem, no entanto, quando erra ou comete crimes, não responde a ninguém, porque geralmente têm a cumplicidade de setores politicamente conservadores como o Poder Judiciário, notadamente o Supremo Tribunal Federal (STF).



O poder midiático tem lado, ideologia, escolhe os partidos para apoiar e candidatos, geralmente do espectro conservador, de direita e não mede conseqüências para conseguir seus intentos, que são controlar a publicidade oficial e manter o sistema político e econômico que transforma as concessões públicas dos meios de comunicação do Governo, ou seja, do cidadão contribuinte, em concessões privadas, cujos principais concessionários, que são os barões da imprensa, combatem, historicamente, os governos trabalhistas e boicotam suas realizações ao ponto de a população brasileira não ter acesso às informações concernentes às obras de infraestrutura do País, às conquistas sociais, como o Bolsa Família, o ProUni, o Enem, o Luz para Todos, os PACs 1 e 2, que fez com que o Brasil praticamente não sentisse a crise econômica de 2008, as carteiras de crédito para as micro, pequenas e médias empresas, além da criação de empregos, que superou as dez milhões de vagas em apenas oito anos, bem como retira da pobreza 31 milhões de brasileiros.



Além disso, o governo trabalhista incluiu 32 milhões de brasileiros na classe média(C), responsável maior pelo crescimento exponencial do mercado interno deste País, que movimentou a economia brasileira e assim garantiu milhões de empregos. Setores econômicos de siderurgia, automobilístico, indústria naval, petrolífero e de eletro-eletrônicos foram recuperados ou incrementados e com isso tiveram um crescimento a taxas elevadíssimas, o que fez com que a economia nacional fosse descentralizada, ao ponto de permitir a redução das desigualdades regionais, o que acarretou a diminuição da migração de nordestinos e sulistas, que passaram a ficar em suas terras e nelas a trabalhar.

Todos esses fatos e realidades nunca ganharam destaque não imprensa corporativa e privada, que, golpista, passou a atacar o Governo Federal incessantemente, diariamente, com o propósito de paralisar o governo com o mesmo discurso da corrupção, exaustivamente usado contra os governantes mais importantes que o Brasil tivera, que é o caso de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Luiz Inácio Lula da Silva e, em âmbito estadual, o governador Leonel Brizola.


A imprensa — repito pela milionésima vez — é importante, é fundamental para a democracia, tem de ser livre, tem de publicar, tem de denunciar e investigar. Mas, contudo, tem de ser democrática e republicana, voltada também para os interesses da coletividade e não apenas dedicada aos interesses empresariais. A imprensa tem de fazer jornalismo dessa forma. Ouvir todos os agentes sociais, e não apenas o indivíduo ou grupo ou a instituição privada ou não ao qual ela apóia ou é cúmplice de seus interesses. Este é o caso recente do ministro do Esporte, Orlando Silva, que caiu sem, no entanto, ter a oportunidade de ser ouvido, acusado que foi por um homem considerado criminoso, que foi preso, que responde a processos e é acusado até de assassinato.



Além do mais, nada foi provado contra o ministro até o momento. Nada foi gravado com a voz do mandatário, bem como ele se dispôs a enfrentar esse processo draconiano promovido pela imprensa corporativa controlada por apenas quatro famílias, de tradição golpista, que se beneficiou da ditadura militar. Orlando Silva solicitou à Corregedoria do Ministério e à Policia Federal que investigassem as denúncias contra ele. Não satisfeito, foi à televisão se explicar para a Nação, além de ter ido ao Congresso, onde foi atacado por um deputado medíocre, como o é Antônio Magalhães Neto, o ACM Neto, coronel político oligárquica da Bahia e herdeiro do ex-senador e governador Antônio Carlos Magalhães, um dos principais protagonistas da ditadura militar. O ministro colocou seu sigilo bancário, fiscal e telefônico à disposição da Justiça e da autoridade policial federal, o que não foi suficiente para o governo Dilma Rousseff, porque o ministro caiu.


Sinto tibieza e medo desse governo perante a imprensa, ao poder midiático. Dilma Rousseff e seu grupo político que governa o Brasil têm de enfrentar os barões da imprensa. Esses megaempresários estão insatisfeitos com o governo porque, antes de tudo, eles são de direita, além de ideológicos e por isso detestam o trabalhismo. A outra característica deles é que esse grupo empresarial teve diminuídas, e muito, suas verbas publicitárias no Governo Lula, que pulverizou tais verbas entre as empresas de pequeno e médio portes em todo o Brasil. Realmente, esse importante fato deixou os barões da imprensa nativa furiosos. A presidenta Dilma tem de seguir os passos da presidenta Cristina Kirchner, que aprovou a Ley dos Medios, que é nada mais do que a regulamentação do setor midiático. A regulamentação não é censura como querem fazer parecer os jornalistas contratados pelos barões para defender seus interesses e com isso confundir a população, a opinião pública.



Não se pode tergiversar com a imprensa privada e corporativa. Ela não gosta dos trabalhistas e não têm compromisso com o Brasil e o seu povo. A presidenta Dilma deveria, na minha opinião, incumbir o ministro das Comunicações Paulo Bernardo de, rapidamente, efetivar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que vai disseminar a internet e através dela democratizar a informação e, a partir daí, diminuir o poder exagerado que a imprensa de negócios e privada tem no que diz respeito a boicotar programas de governos, ainda mais quando eles são nacionalistas e determinados a atender os interesses do povo brasileiro.


Entretanto, a questão mais importante deixo para o fim deste artigo. A presidenta Dilma Rousseff não pode temer a imprensa. A mandatária foi eleita para defender seu programa de governo, que não é somente dela, mas, sobretudo, de seus eleitores, e, evidentemente, do conjunto da sociedade. Dilma e seus ministros, a meu ver, têm de responder as acusações, as denúncias quando infundadas ou sem provas na televisão aberta e em horário nobre. O propósito dessa estratégia é rebater acusações injustas e até mesmo justas, no sentido de dar satisfação ao povo brasileiro, bem como tirar suas dúvidas.


Além disso, a televisão pública tem de receber mais recursos, tornar-se mais presente na sociedade, não com o intuito de defender governos, mas para mostrar o trabalho, por exemplo, de infraestrutura que está a ser feito, porque a imprensa privada não mostra nada, já que ela se transformou em uma máquina de escândalos para sangrar a quem ela combate e faz oposição. A ser assim, o contribuinte fica sem saber para onde foram os impostos arrecadados dele. O que não pode é continuar em uma condição de caça, à mercê dos ditames da imprensa golpista. Cristina Kirchner agiu exatamente dessa maneira. Dilma também deveria agir assim. Quem brinca com fogo se queima. Quem alimenta leão com vara curta fica sem o braço. Eu estou com inveja da Argentina e da Cristina Kirchner. Ministro Paulo Bernardo, cadê a Confecom II? E a banda larga?

PS: E, antes que eu me esqueça, o Wikileaks veiculou que o jornalista e âncora do “Jornal da Globo”, William Waack, é citado três vezes como informante dos EUA. É isso aí. Ou não é?


Davis Sena Filho


Fonte:Palavra Livre
*Oterrordonordeste

PT vai ao STF para garantir defesa de decreto que trata das terras quilombolas


Cida Abreu, secretária nacional de Combate ao Racismo/PT (Foto: Arquivo)

 

Peça jurídica “Amicus Curiae” solicita ao tribunal autorização para sustentação oral do Partido dos Trabalhadores contra ação do DEM


A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo/PT protocola nesta quinta-feira (27), ás 14 horas, no Supremo Tribunal Federal (STF), peça jurídica “Amicus Curiae”, que solicita ao tribunal a realização de Audiência Pública e autorização para sustentação oral do Partido dos Trabalhadores, na defesa do Decreto 4887/2003.


O decreto garante o direito de identificação, reconhecimento, demarcação e titulação de terras tradicionais de quilombos, que vem sendo contestada pelo DEM por meio de ADIN, a ser julgada ainda nos próximos meses pelo Supremo.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, abordou a iniciativa do Partido ao Portal do PT. “Nós estamos ingressando com Amicus Curiae, que é na verdade um parceiro de uma ação subscrita por mim, e que pretende fazer valer os direitos dos quilombolas que o partido chamado DEM, quer anular no Supremo Tribunal Federal, contestando as políticas que foram implantadas pelo governo Lula e que agora tem segmento com a presidenta Dilma”.

Rui Falcão lembrou que o DEM também entrou com ações contra a política das cotas raciais implementadas no governo Lula. “Foi no governo Lula que se criou a secretária de promoção de Igualdade Racial (Seppir)e a partir daí políticas de transversalidade, de mudanças nos currículos escolares e uma série de políticas públicas destinadas a reconhecer os direitos dos nossos irmãos afros descendentes, e de reparar danos que vem desde a época da escravidão além do reconhecimento das terras e os direitos dos quilombolas que também integram essas políticas. O DEM assim como contestou as políticas de cotas raciais contesta agora também essa demarcação de terras dos quilombolas”, disse o presidente.

A entrega do documento será feita pela secretária nacional de Combate ao Racismo, Cida Abreu, acompanhada por lideranças quilombolas e de parlamentares petistas.

(Portal do PT)

Desemprego na Espanha sobe para 21,5%

Este é o maior índice desde o registrado no quarto trimestre de 1996, quando foi de 21,6% 
EFE

O desemprego na Espanha subiu para 21,52% no terceiro trimestre deste ano, chegando a 4.978.300 de pessoas, segundo a Enquete de População Ativa (EPA) divulgada nesta sexta-feira (28/10). Este é o maior índice desde o registrado no quarto trimestre de 1996, quando foi de 21,6%.

A ocupação diminuiu em 146.800 pessoas entre julho e setembro, ficando o número de empregados em 18.156.300, enquanto a taxa de atividade foi de 60%. Além disso, o número de famílias com todos seus integrantes desempregados é de 1.425.200, ou seja, 57.700 mais que no trimestre anterior, enquanto aquelas nas quais todos seus membros estão ocupados chega a 9.058.300, após cair em 102.700.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou também nesta sexta-feira o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), revelando que a inflação anualizada na Espanha desceu um décimo sobre o índice de setembro, chegando a 3%. Segundo a instituição, esta queda é consequência, principalmente, da estabilidade dos preços da energia elétrica frente à alta do ano anterior.

Governador Alckmin impede investigação sobre corrupção em SP

Base de Alckmin enterra investigação sobre venda de emendas em São Paulo
Sem produzir um relatório, Conselho de Ética conclui trabalhos depois de rejeitar a convocação de 17 testemunhas e parlamentares
Ricardo Galhardo, iG São Paulo

A bancada governista na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), capitaneada pelo líder do PTB, Campos Machado, enterrou no início da tarde desta quinta-feira as investigações do Conselho de Ética sobre o suposto esquema de venda de emendas parlamentares. Os governistas membros do conselho aprovaram um requerimento de Machado que determina o envio imediato do material colhido durante um mês de trabalhos ao Ministério Público.

O conselho terminou seus trabalhos sem produzir nem sequer um relatório. Na verdade, o conselho não possui mais um relator já que o ocupante do cargo, José Bitencourt, trocou o PDT pelo PSD e seu antigo partido reivindica o posto.

Durante um mês, o conselho se limitou a apreciar questões estatutárias e burocráticas. A única pessoa ouvida foi o deputado Major Olimpio (PDT), da oposição. Dezessete requerimentos pedindo a convocação de testemunhas, deputados, ex-deputados, ocupantes e ex-ocupantes de cargos no governo estadual que teriam ligações com o esquema foram barrados pela base governista na Alesp.

Apenas três requerimentos foram aprovados convidando os deputados Major Olimpio e Roque Barbiere (PTB, autor das denúncias) e o ex-deputado Bruno Covas (PSDB), atual secretário estadual do Meio Ambiente.

Barbiere e Covas enviaram respostas por escrito e não compareceram ao conselho.

Campos Machado não soube dizer qual o teor do material que será enviado ao Ministério Público. Questionado por jornalistas, recorreu a ofensas acusando repórteres de fazerem perguntas “vergonhosas” e “cretinas”

“No meu partido não tem essa pressão moral”, admitiu Machado, aliado fiel dos sucessivos governadores tucanos desde a posse de Mário Covas, em 1995.

A investigação no Conselho de Ética terminou sem que o órgão cumprisse sua própria pauta. Quatro requerimentos da oposição foram ignorados e nem chegaram a ser apreciados.

A oposição reagiu com indignação.

“Isso é vexatório porque não existe absolutamente nada. Uma grande pizza será enviada ao Ministério Público”, disse o deputado João Paulo Rillo (PT).

O Conselho de Ética tinha como objetivo investigar as declarações feitas pelos deputados Barbiere e Covas sobre a existência de um esquema de venda de emendas na Alesp. Barbiere chegou a dizer que deputados agem como camelôs. Covas, que é pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, declarou em entrevista que foi procurado por um prefeito do interior que tentava lhe entregar R$ 5 mil referentes aos 10% de propina pela liberação de uma emenda de R$ 50 mil. Em vez de denunciar o caso ele teria encaminhado o dinheiro a uma instituição de caridade.
*Esquerdopata
Artistas e intelectuais participam de uma passeata contra a repressão policial aos estudantes. Rio de Janeiro, 1968.

Artistas e intelectuais unidos contra a violência da ditadura militar


Em 22 de julho de 1968, diversos intelectuais e artistas participaram de uma passeata contra a repressão policial aos estudantes no Rio, episódio conhecido como a Sexta-Feira Sangrenta. Nesta foto de autor desconhecido aparecem da esquerda para a direita Carlos Scliar, Helio Pellegrino, Clarice Lispector, Oscar Niemeyer, Glauce Rocha, Ziraldo e Milton Nascimento.
*Image&Visions