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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Marilena Chaui Dedmocracia part 1/2/3

Pink Floyd, Roger Waters - Song for Palestine.

Forças Armadas vão punir os militares que assinaram manifesto

 

Eles contestaram a autoridade do ministro da Defesa, Celso Amorim
BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Celso Amorim, decidiu nesta quarta-feira, em conversa com os três comandantes militares, que os cem oficiais da reserva que assinaram o manifesto "Alerta à Nação - eles que venham, aqui não passarão" serão repreendidos por suas respectivas forças. A punição pela indisciplina depende do regulamento de cada um, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, e varia de uma simples advertência até a exclusão da força. Mesmo militares da reserva podem ser excluídos.
Nesse texto, os militares da reserva criticaram a interferência do governo no site do Clube Militar e o veto a um texto ali publicado que critica a presidente Dilma Rousseff e duas ministras. Nesse "Alerta à Nação", os oficiais afirmam não reconhecer "qualquer tipo de autoridade ou legitimidade” de Celso Amorim.
"Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar, a partir do dia 16 de fevereiro, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade", diz o documento.
Como no manifesto vetado no site do Clube Militar, o documento de terça-feira também critica a criação da Comissão da Verdade.
"A aprovação da Comissão da Verdade foi um ato inconsequente, de revanchismo explícito e de afronta à Lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo".
O texto publicado no site do Clube Militar atribuía à ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e à ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, declarações que estariam a serviço do que classificaram de "minoria sectária", disposta a reabrir feridas do passado. O primeiro manifesto polêmico foi assinado pelos presidentes do Clube Militar, Renato Cesar Tibau Costa; do Clube Naval, Ricardo Cabral; e do Clube da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista, todos já na reserva.
No texto, dizem que Rosário vem apregoando a possibilidade de apresentação de ações judiciais para criminalizar agentes da repressão, enquanto Eleonora teria usado a cerimônia de posse — em 10 de fevereiro — para tecer "críticas exacerbadas aos governos militares", sendo aplaudida por todos, até pela presidente. Eleonora foi presa durante a ditadura militar e, na cadeia, conheceu Dilma.
O texto diz ainda que o Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante e diz que as Forças Armadas são a instituição com maior credibilidade na opinião pública.
*Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

Poliamor estamos evoluindo?

Cada vez que uma TV resolve fazer um debate que envolva amor, casamento, sexo e etc., qual a razão de ter sempre um convidado profissional de religião cristã, neste caso católico, sem experiência no assunto (suponho que não tem… mas isto sou eu a pensar) para dar palpites do que é certo ou errado?








*DiarioAteista

Queda recorde na pobreza extrema

Da Agência France Press, desde Washington:
“O número de pobres que vivem com menos de US$ 1,25 por dia caiu a níveis recorde na América Latina no triênio 2005-2008, a 6,5% da população, a mesma tendência apresentada em todos os países em desenvolvimento, informou nesta quarta-feira o Banco Mundial.
Em 2008, um total de 1,29 bilhão de pessoas, o equivalente a 22% da população dos países em desenvolvimento, vivia em extrema pobreza, ou seja, com menos de US$ 1,25 por dia, a cota internacional fixada pelo Banco Mundial.
Isso representa uma queda pela metade em relação a 1990, quando o BM começou a avaliar de forma sistemática e integral a pobreza no mundo.
Também significa que o primeiro objetivo de desenvolvimento do Milênio, que era reduzir a extrema pobreza à metade em relação a 1990, foi cumprido antes da data limite de 2015, segundo as estatísticas do Banco.
Um total de 1,94 bilhão de pessoas vivia em extrema pobreza em 1981, o que acentua o êxito desta redução da pobreza, levando-se em conta o aumento geral da população mundial.
“Esta redução geral ao longo de um ciclo trienal de seguimento se dá pela primeira vez desde que o Banco começou a contabilização da extrema pobreza”, explicou o texto.
AL E CARIBE
Na América Latina e no Caribe, “a partir de um máximo de 14% de pessoas que viviam com menos de US$ 1,25 por dia em 1984, a taxa de pobreza alcançou seu nível mais baixo até então [6,5%] em 2008″, explicou o texto.
A porcentagem de pobres que vivem com menos de dois dólares por dia na região era de 12% em 2008, explicou em uma coletiva de imprensa por telefone Martin Ravallion, diretor do Grupo de Pesquisas do Banco.
Na América Latina, o número de pobres aumentou até 2002, mas veio diminuindo de forma pronunciada desde então.”
2002,2002, 2002? O que será que aconteceu de lá pra cá, o que será?
*Tijolaço

Irã rompe uma lança a favor do desarmamento nuclear, com Israel em pé de guerra (+Vídeo)

O Irã pede pela eliminação total das armas nucleares no mundo. “A produção, a posse, o uso ou a ameaça de uso de armas nucleares é ilegal, inútil, nocivo, perigoso e proibido como um pecado capital”, disse terça-feira o ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, em seu discurso durante a Conferência da ONU sobre o Desarmamento em Genebra.
Ademais, o diplomático indicou que Teerã se mostra disposto a continuar o diálogo com o Organismo Internacional de Energia Atômica, apesar do fracasso da última missão de seus observadores, que asseguram que a república islâmica não coopera com suficiente transparência em relação a seu programa nuclear.
Entretanto, o governo israelense podia começar uma ofensiva militar contra o Irã sem por sobre aviso a Washington, informam alguns meios de comunicação.
O diretor do centro de estudos do Oriente Médio Contemporâneo e Coordenador da Cátedra de Euro-Ásia do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Nacional “de la Plata” (Argentina), Paulo Botta, opina que, com esta manobra, Tel Aviv coloca pressão sobre o presidente dos EUA, Barack Obama, para tentar conseguir apoio militar de Washington, em caso de um eventual ataque contra a republica islâmica.
“O grande problema é que o sentido de urgência que tem Israel não é compartilhado pelos Estados Unidos, que no meio de um ano eleitoral, tentarão por todos os meios possíveis evitar qualquer problema exterior. A grande aposta do Estado de Israel é pressionar ao presidente Obama de maneira tal que os críticos republicanos (…) obriguem ao presidente Obama a tomar partido do lado israelense”, assegurou Botta.
“Acredito que o principal interesse israelense é conseguir um apoio militar, caso se decida optar por uma solução militar na questão iraniana. O que estamos vendo é que Israel está fazendo todo o possível para convencer seus aliados, fundamentalmente, os Estados Unidos, de que a opção militar é a solução para o caso iraniano”, afirma o analista, que coloca em questão o juízo de que Israel pode atuar ou, melhor dizendo, atacar por si só.  
“Acredito que não seja confiável o que estão dizendo os funcionários israelenses porque o impacto que teria a nível regional, no Oriente Médio, de um ataque israelense ao Irã, seria tão importante que não ajudaria a isolado a opinião dos Estados Unidos. Portanto, creio que esta opinião é mais um exercício de pressão retorica para os Estados Unidos”, considerou.  
 
 

Coreia do Norte confirmou a suspensão de seu programa nuclear (+Vídeo)

Coreia do Norte confirmou a suspenção de seu programa nuclear, as atividades relacionadas com o enriquecimento de uranio e lançamentos de misseis de longo alcance.
“Para melhorar o ambiente de diálogo e mostrar sua disponibilidade para se desnuclearizar, a República Popular Democrática da Coreia acordou em introduzir uma moratória contra lançamentos de misseis de longo alcance e provas nucleares”, informou o Departamento de Estado dos Estados Unidos. As autoridades norte-coreanas concordaram, também, em parar o reator de Yongbyon, principal servidor nuclear, aparentemente, de caráter bélico, e permitir o acesso dos inspetores do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA) a suas instalações nucleares.  
“EUA está profundamente preocupado pelas atividades da Coreia do Norte em relação a um amplo circulo de problemas, mas, a declaração de hoje reflete um importante – embora seja reduzido – avanço até resolvê-los”, destacou a porta-voz do Departamento de Estado, Vitoria Nuland.
Como contrapartida, Washington está disposto a considerar a possibilidade de enviar a Pyongyang 240.000 toneladas de alimentos, confirmou, por sua parte, o Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia do Norte. Comunicou que os detalhes do fornecimento serão estipulados em um futuro próximo.
“A moratória nuclear norte-coreana é um ‘modesto’ primeiro passo na direção correta. Washington seguirá atentamente e concluirá segundo a atuação das novas autoridades do país”, sustentou a secretaria de Estado norte-americana, Hillary Clinton.  
A OIEA, por sua parte, aplaudiu a decisão de Pyongyang e a qualificou de “um importante avanço”. Comunicou, também, que está disposto a mandar uma delegação ao país para comprovar o cumprimento da moratória.
O Ministro do Exterior da Coreia do Sul qualificou o acordo conseguido entre EUA e Coreia do Norte como “um fundamento de um movimento adiante para resolver o problema nuclear norte-coreano”. Japão, um dos integrantes do sexteto que se dedica a abordar os temas do programa nuclear norte-coreano a nível internacional, também, reconheceu que se trata de um importante passo para a resolução da crise nuclear na península coreana. 
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
 
 
 

Calmon quer ampliar
poder do CNJ. Tomara !

A heroína no Senado: o povo se apropriou do CNJ !
Saiu no Valor:

Eliana Calmon quer aprovação da PEC que amplia competência do CNJ


A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, defendeu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que explicita e amplia a competência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de sua corregedoria para investigar, processar e punir magistrados acusados de irregularidades. A ministra particip(ou) de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para discutir a PEC 97/2011.


Segundo a ministra, embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha reconhecido, em decisão recente, o papel do CNJ de atuar nesses casos, o resultado é frágil e poderia ser revertido. “Trata-se de uma decisão liminar, por maioria bastante reduzida”, disse.


Para Eliana, a competência do CNJ também poderia voltar a ser questionada “em um instrumento de iniciativa do próprio STF”, a Lei Orgânica da Magistratura, atualmente em processo de revisão. Por isso, de acordo com ela, seria importante esclarecer as funções do CNJ através de uma mudança constitucional, proposta na PEC 97, de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).


Eliana ressaltou que a discussão é bem-vinda num momento que o Judiciário e a sociedade brasileira passam por um “esgarçamento ético bastante acentuado”. Ela defendeu a necessidade de uma atuação independente da corregedoria nacional em relação aos tribunais locais, tendo em vista “a dificuldade que temos de punir nossos iguais”.


A ministra também elogiou a participação da sociedade brasileira nas discussões sobre o papel do CNJ. “O povo brasileiro parece que se apropriou do CNJ como se fosse uma sociedade privada e marchou para as redes sociais, a imprensa, os Facebooks da vida, mostrando o que estava pensando sobre o CNJ. E esse órgãozinho criado em 2004 passou a ser questionado por um porteiro do prédio, um faxineiro de edifício… Foi uma das coisas mais lindas que eu, como cidadã brasileira, presenciei.”


(Maíra Magro | Valor)

Navalha
A versão online do Valor omite trecho que está na versão impressa:
Disse Calmon, a heroína da Bahia (graças ao Ministro Peluso):
“… Faço isso em prol da magistratura correta, decente, que não pode ser misturada com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura”.
Este ansioso blogueiro, que se enobrece com mais de 40 ações judiciais – clique aqui para ler “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és” – dá um testemunho: há uma Magistratura no Brasil !
O ansioso blogueiro gostaria, publicamente, de ressaltar o papel profissional, isento, conciliador, de um homem que se preocupa com a Lei e o respeito aos litigantes: o Juiz Daniel Felipe Machado, da 12ª Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Brasilia-DF.
Apesar de todos os obstáculos e, ao fim de quatro horas e meia de febril negociação, Daniel Felipe Machado conseguiu persuadir este ansioso blogueiro e Heraldo Pereira de Carvalho a chegar a um acordo que respeita os legítimos interesses dos dois – clique aqui para ler “A verdadeira conciliação entre Heraldo Perreira de Carvalho e Paulo Henrique Amorim”.
É essa Magistratura que a heroína da Bahia, mais do que ninguém, pretende defender.
Essa Calmon …




Paulo Henrique Amorim