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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 29, 2013

Pronunciamento de final de ano


*CibeleRsp

Proletariado da Coreia do Sul em greve geral


Por Rafael Gomes Penelas
Multidões tomam as ruas da Coreia do Sul numa greve geral de grandes proporções em protesto contra os crescentes casos de corrupção por parte das “autoridades” do país, contra as privatizações e demais medidas antipovo.
Os ferroviários, por exemplo, têm se organizado contra a “reestruturação” do setor com a privatização levada a cabo pelo “governo”. Mais de 8500 grevistas do Sindicato dos Ferroviários Coreanos (KRWU) foram demitidos e os principais líderes das mobilizações presos. Num gesto fascista, sem mandado, o escritório da Confederação dos Sindicatos da Coreia (KCTU) foi invadido durante uma operação que contou com cerca de 4 mil policiais.
Em Seul, capital do país, mais de um milhão de pessoas se reuniram em manifestação contra o gerenciamento Park Geun-Hye. A greve se dá num momento em que se esgotaram as tentativas de diálogos e a feroz repressão do Estado contra as manifestações populares. Lembrando que a polícia sul-coreana tem a fama de ser uma das mais violentas do mundo no quesito ‘repressão a protestos’.
As organizações populares qualificam o “presidente” Park Geun-Hye como um autêntico lacaio do imperialismo ianque. O país comporta 17 bases militares do USA e ogivas nucleares, isto para submeter o próprio povo sul-coreano e, constantemente, chantagear a Coreia do Norte. A imprensa internacional, preocupada com os rumos e a proporção que o movimento pode ganhar, pouco divulga a luta dos trabalhadores do país.

*http://www.anovademocracia.com.br/blog/proletariado-da-coreia-do-sul-em-greve-geral/<br />
Trabalhadores da companhia ferroviária sul-coreana Korail e apoiadores da greve protestam em Seoul<br />
Foto: Lee Jin-man / AP
247 - As lutas do UFC são "rinha humana", afirma o jornalista e escritor Laurez Cerqueira, que questiona, no artigo abaixo, o que fariam as autoridades caso acontecesse uma morte no octógono, em vez de "apenas" uma fratura na perna, como sofreu o brasileiro Anderson Silva nesta madrugada?
O autor prevê ainda que, tomando como base o "livre arbítrio", poderemos incluir no "esporte" o uso de facas ou sabres. O UFC, diz ele, está sendo tolerado por que é movido por milhões em negócios.  "A sociedade do espetáculo está indo por caminhos sombrios", conclui Laurez Cerqueira, que condena o que chama de "culto à violência".
Leia seu artigo:
Rinha humana
(*) Laurez Cerqueira
Até agora a luta UFC produziu lesões corporais graves, como a fratura de Anderson Silva e de outros lutadores.
O que farão as autoridades quando ocorrer um assassinato diante dos olhos da plateia e dos telespectadores? O assassino será preso em flagrante?
A Constituição Federal e o Código Penal são claros. Essa de que entra no ringue quem quer, de que as pessoas são livres, é uma hipocrisia. Quer dizer que esse mesmo princípio vale para o aborto, a eutanásia, o suicídio e o uso de drogas? A tarefa está com o Supremo Tribunal Federal, o guardião da Constituição.
Tomando como base esse princípio do livre arbítrio, esse "esporte" pode entender que deve evoluir para o uso de facas ou sabres, como no tempo dos gladiadores, tudo bem? Guardadas as devidas exceções, quem assiste quer ver sangue, mais sangue, como nos Coliseus. Isso não seria medieval, uma barbárie?
Classificaram essa luta sanguinária como esporte para regulamentar a rinha humana. Rinha de galo, de cães e de outros animais são proibidas por lei e a rinha humana não? A sociedade do espetáculo está indo por caminhos sombrios.
Tem um culto à violência por aí que está levando gente às academias e às lojas de tatuagem para ficar cada vez mais parecida com os lutadores de UFC. Junto com isso tem uns joguinhos eletrônicos de extrema violência que ajudam a turbinar a performance. O que têm a dizer os estudiosos da Psicologia, da Sociologia, da Filosofia, da Antropologia? Não vão se pronunciar? Só depois do primeiro cadáver nas telas de TV?
É incrível! Pessoas que assistem a esse espetáculo se dizem, às vezes, ecologistas, protetoras dos animais, até apoiaram, por exemplo, ações como a da libertação de cachorrinhos da raça Beagle, dos laboratórios de pesquisa em São Paulo. Não é raro ver rapazes musculosos e tatuados com seus Poodles numa coleirinha passeando por aí, mas não perdem sequer uma luta. Esquisito, não?
Pode estar vindo nesse movimento algo de intolerância, de violência extrema, que não combina com a harmonia, a paz e a solidariedade que desejamos, particularmente, todos os finais de ano, para a sociedade dos nossos sonhos. Neste final de ano fomos "brindados"com uma fratura exposta do lutador Anderson Silva.
Ao Greenpeace, ao WWF e tantas ONGs que atuam na busca da paz, do fim das guerras, na preservação da natureza, na proteção dos animais, peço que "vão ao Ártico" e continuem nos seus propósitos, como fizeram os 26 militantes do Greenpeace, entre eles a brasileira, Ana Paula Maciel, mas não ignorem o que está acontecendo aqui. Um ser humano pode matar outro diante dos nossos olhos, nas telas de TV.
O UFC está sendo tolerado por que é movido por milhões em negócios. Não só as empresas patrocinadoras ganham; as empresas de comunicação também engordam seus caixas.
Perguntar não ofende: será que alguma ONG pacifista, ambientalista recebe contribuição de alguma dessas empresas? Aos jornalistas "investigativos" de plantão vale conferir e informar quem ganha e quanto com a rinha humana. Mas, se as empresas patrocinadoras dessa barbárie forem clientes da TV, do rádio, do jornal ou da revista, duvido que alguém fique sabendo, por razões óbvias.
O que diriam Mahatma Gandhi, Dalai Lama, John Lennon, Nelson Mandela, os Prêmios Nobel da Paz, enfim, todos os pacifistas do mundo, sobre as rinhas humanas?
Um 2014 de paz, harmonia, solidariedade, e felicidade para toda a humanidade!
(*) Laurez Cerqueira é autor, entre outros trabalhos, de O Outro Lado do Real, Florestan Fernandes – um mestre radical; e Florestan Fernandes – vida e obra.
*Brasil247

Os elogios de Mario Vargas Llosa à Pepe Mujica

 Autor: Miguel do Rosário
llosa
Mario Vargas Llosa, grande escritor peruano, prêmio Nobel de literatura, é um neoliberal. No entanto, seguindo o caminho oposto de tantos ex-comunistas brasileiros, nos últimos tempos Llosa tem adernado suavemente à esquerda. Tem feito críticas contundentes aos Estados Unidos e elogios a alguns governos progressistas da América Latina.
A gente não reclama tanto dos esquerdistas que se inclinam à direita com o passar do tempo? Então devemos elogiar quando acontece o contrário: quando direitistas admitem o valor de políticas públicas voltadas para os mais pobres e elogiam soluções criativas que enfrentam o status quo.
Llosa nos informa que o Uruguai foi considerado, pela The Economist, “o país do ano”.
O escritor deixa claro sua posição política, fundamentalmente anticomunista; por isso mesmo é interessante testemunhar a sua sinceridade quando rasga elogios entusiásticos ao presidente do Uruguai, Pepe Mujica, um velho comunista corajoso e democrático.
Além disso, Pepe Mujica é coisa nossa. Ascendeu ao poder na onda lulista que varreu toda a América Latina. Os elogios que recebe de um analista tão refinado, apesar de conservador, como Mario Vargas Llosa, são elogios, portanto, a todo o continente, e uma prova de que algumas políticas públicas conseguem ser tão inteligentes que tem o poder de conquistar cidadãos com diferentes visões de mundo.
A esquerda latino-americana vem ganhando um prestígio internacional cada vez maior, porque o mundo está vendo que é aqui, ao sul do Rio Grande, que temos conseguido conciliar valores democráticos, ideais de transformação social, políticas públicas concretas em favor dos mais pobres, e avanços progressistas no campo das liberdades civis e dos costumes.
*
O exemplo uruguaio
29 de dezembro de 2013 | 2h 01
MARIO VARGAS LLOSA – O Estado de S.Paulo
Foi muito feliz a revista The Economist ao declarar o Uruguai “o país do ano” e qualificar como admiráveis as duas reformas liberais mais radicais tomadas em 2013 pelo governo do presidente José Mujica: o casamento gay e a legalização e regulamentação da produção, venda e consumo de maconha.
É extraordinário que ambas as medidas, inspiradas na cultura da liberdade, tenham sido adotadas pelo governo de um movimento que, originalmente, não acreditava na democracia, mas na revolução marxista-leninista e no modelo cubano de autoritarismo vertical e de partido único. Desde que subiu ao poder, o presidente Mujica, que em sua juventude foi um guerrilheiro tupamaro, assaltou bancos e passou muitos anos na cadeia, onde foi torturado durante a ditadura militar, tem respeitado escrupulosamente as instituições democráticas – a liberdade da imprensa, a independência dos poderes, a coexistência de partidos políticos e eleições livres – assim como a economia de mercado, a propriedade privada, estimulando os investimentos estrangeiros.
A política desse simpático velhinho estadista, que fala com uma sinceridade insólita num governante, embora isso signifique equivocar-se de vez em quando, vive de maneira muito modesta em sua chácara nos arredores de Montevidéu, e viaja em classe econômica, conferiu ao Uruguai uma imagem de país estável, moderno, livre e seguro, o que lhe permitiu crescer economicamente e avançar na justiça social, estendendo os benefícios da liberdade em todos os campos, e vencendo as pressões de uma minoria recalcitrante da coalizão.
É preciso lembrar que o Uruguai, diferentemente da maior parte dos países latino-americanos, cultiva uma antiga e sólida tradição democrática, a ponto de, quando eu era criança, o pais oriental ser chamado de “a Suíça da América” em razão da força de sua sociedade civil, da firmeza da legalidade e de suas Forças Armadas respeitadoras de governos constitucionais. Além disso, principalmente depois das reformas do “battlismo”, que reforçaram o secularismo e criaram uma poderosa classe média, a sociedade uruguaia tinha uma educação de primeiro nível, uma vida cultural muito rica e um civismo equilibrado e harmonioso, invejado por todo o continente.
Lembro de como fiquei impressionado ao conhecer o Uruguai em meados dos anos 60. Um país onde as diferenças econômicas e sociais eram muito menos cruas e extremas do que no restante da América Latina, e no qual a qualidade da imprensa escrita e radiofônica, seus teatros, livrarias, o alto nível do debate político, sua vida universitária, artistas e escritores – e principalmente, o punhado de críticos e a influência que eles exerciam – e a liberdade irrestrita que se respirava em toda parte o aproximavam muito mais aos países europeus mais avançados do que aos seus vizinhos, não parecia um dos nossos. Ali descobri o semanário Marcha, uma das melhores revistas que conheci, e que se tornou para mim desde então uma leitura obrigatória para me pôr a par do que acontecia em toda a América Latina.
Sombras. Entretanto, essa sociedade que dava ao forasteiro a impressão de estar se afastando cada vez mais do Terceiro Mundo e a se aproximar do Primeiro, já naquele tempo começava a deteriorar-se. Porque, apesar de tudo o que de bom acontecia ali, muitos jovens, e alguns não tão jovens, sucumbiam ao fascínio da utopia revolucionária e iniciavam, segundo o modelo cubano, as ações violentas que destruiriam a “democracia burguesa” para substituí-la, não pelo paraíso socialista, mas por uma ditadura militar de direita que lotou os presídios de presos políticos, praticou a tortura e obrigou muitos milhares a se exilar.
A fuga de talentos e dos melhores profissionais, artistas e intelectuais do Uruguai naqueles anos foi proporcionalmente uma das mais cruciais que um país latino-americano jamais experimentou ao longo da história. Entretanto, a tradição democrática e a cultura da legalidade e da liberdade não se eclipsou totalmente naqueles anos de terror. Com a queda da ditadura e o restabelecimento da vida democrática, floresceria novamente, com maior vigor e, diria até, com uma experiência acumulada que educou tanto a direita quanto a esquerda, vacinando-as contra as ilusões de violência do passado.
De outro modo, não teria sido possível que a esquerda radical, que com a Frente Ampla e os tupamaros chegasse ao poder, desse mostras, desde o primeiro momento, de um pragmatismo e espírito realista que permitiu a convivência na diversidade e aprofundou a democracia uruguaia em lugar de pervertê-la. Esse perfil democrático e liberal explica a valentia com que o governo do presidente Mujica autorizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e converteu o Uruguai no primeiro país do mundo a mudar radicalmente sua política frente ao problema da droga, crucial em toda parte, mas particularmente agudo na América Latina. Trata-se de duas reformas muito profundas e de amplo alcance que, segundo as palavras da Economist, “podem beneficiar o mundo inteiro”.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo tende a combater um preconceito estúpido e a reparar uma injustiça em razão da qual milhões de pessoas padeceram (e continuam padecendo na atualidade) injustiças e discriminação sistemática, desde a fogueira da inquisição até o cárcere, a perseguição, a marginalização social e violações de toda ordem.
Em relação às drogas, predomina ainda no mundo a ideia de que a repressão é a melhor maneira de enfrentar o problema, embora a experiência tenha demonstrado até o cansaço, que, apesar da enormidade de recursos e esforços investidos em reprimi-la, sua fabricação e consumo continuam aumentando em toda parte, engordando as máfias e a criminalidade associada ao narcotráfico. Nos nossos dias, esse é o principal fator da corrupção que ameaça as novas e antigas democracias e vai enchendo as cidades da América Latina de pistoleiros e cadáveres.
Será bem-sucedida a corajosa experiência uruguaia da legalização da produção e consumo da maconha? Seria muito mais, sem dúvida nenhuma, se a medida não fosse restrita a um único país (e não fosse tão estatista), mas compreendesse um acordo internacional do qual participassem tanto os países produtores como os consumidores. Mas, mesmo assim, a medida afetará os traficantes e portanto a criminalidade derivada do consumo ilegal, e demonstrará com o tempo que a legalização não aumenta notoriamente o consumo, apenas num primeiro momento, embora, desaparecido o tabu que costuma prestigiar a droga junto aos jovens, tenda a reduzi-lo.
O importante é que a legalização seja acompanhada de campanhas educativas – como as que combatem o tabagismo ou explicam os efeitos prejudiciais do álcool – e de reabilitação, de modo que quem fuma maconha o faça com perfeita consciência dos que fazem, como ocorre hoje em dia, os que fumam tabaco ou bebem álcool. A liberdade tem seus riscos, e os que creem nela devem estar dispostos a corrê-los em todos os campos, não apenas no cultural, no religioso e no político. Foi o que entendeu o governo uruguaio, e devemos aplaudi-lo por isto. Esperemos que outros aprendam a lição e sigam seu exemplo. / TRADUÇÃO ANNA CAPOVILLA
*Tijolaço

Retrospectiva 2013 da FIESP avisa: crise era mentira da Globo. Quem acreditou, perdeu dinheiro._+_2014, o ano em que chega da Suíça arquivos do propinão tucano na área de energia_+_ A Rede Globo é inimiga do povo brasileiro



Miriam Leitão, uma profeta dos prejuízos, na TV Globo.
Quem se informa através dela costuma perder dinheiro.
O Comitê da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás da conservadora FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) soltou uma nota com o sugestivo título"Retrospectiva 2013 – Um ano de preparação para o crescimento no setor de petróleo e gás", informando que:

- O noticiário do PIG (Partido da Imprensa Golpista, composto pela Globo, Folha, Estadão, Veja, etc) detonando a Petrobras e apostando em crises era só mentirinha. 

Enquanto eles detonavam a economia brasileira no noticiário, a FIESP promoveu o ano inteiro caravanas de treinamento para capacitar indústrias a aproveitarem o crescimento da indústria do petróleo que está acontecendo.

- Lamenta informar que quem acreditou na Miriam Leitão, no Sardenberg e no Aécio Neves, está perdendo negócios e dinheiro. Se quiser voltar a ganhar precisa correr atrás do prejuízo, e investir rápido na capacitação para se tornarem fornecedoras do setor de Petróleo e Gás, aproveitando a enorme oportunidade que está aberta.

Aliás, Miriam Leitão nesta semana fez mais uma surrada e previsível coluna dizendo que ouviu um economista tucano, dizendo que o empresariado estaria desanimado. É isso que a nota da FIESP desmente.

Eis a nota (grifos meus em amarelos):



Retrospectiva 2013 – Um ano de preparação para o crescimento no setor de petróleo e gás
Em torno do Comitê da Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás (Competro), a Fiesp levou às indústrias todas as informações necessárias para aproveitar as oportunidades desse mercado
Dulce Moraes, Agência Indusnet Fiesp
2013 foi o ano de despertar as indústrias para o grande potencial de negócios e riquezasadvindas da exploração de petróleo na camada do pré-sal na costa brasileira.



2014, o ano em que chega da Suíça arquivos do propinão tucano na área de energia

Se alguém desejar um feliz 2014 ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), e tiver como resposta um palavrão mal-humorado, não se assuste. O novo ano está deixando os tucanos com os nervos à flor da pele por causa do propinão tucano, escândalo do pagamento de propinas da Alstom e da Siemens para políticos tucanos em troca de superfaturamento de contratos com o governo estadual.

Em fevereiro deve chegar um lote documentos da Suíça, segundo a revista IstoÉ. Eis a reportagem:



A Rede Globo é inimiga do povo brasileiro

globo manipula
A maioria dos programas de TV são um lixo. Enquanto o povo assiste programas alienantes de baixa qualidades nas TVs aberta e fechada, deixam de ler bons livros ou notícias mais verdadeiras na internet.

Fazia meses que eu não via o Jornal da Globo e hoje (27) tive esse desprazer.

Quem manda na Rede Globo e na maioria dos demais meios de comunicação é o mercado financeiro, que está pouco se lixando para o povo.

Jornalistas, apresentadores, comentaristas, ex-membros do governo FHC e “especialistas” que aparecem nesse jornal de baixa qualidade e credibilidade apenas replicam o ideário de seus patrões.

Em poucos minutos o apresentador de extrema-direita William Waack e o comentarista econômico neoliberal Carlos Alberto Sardenberg destilaram todo o seu ódio contra o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) e contra programas favoráveis aos mais pobres.

1. Criticaram a política econômica de Dilma, mesmo o Brasil estando em crescimento;

2. Exigiram a demissão do Ministro da Fazenda Guido Mantega, atuando como se fossem de um partido político;

3. Defenderam a independência do Banco Central, o que é bom apenas para o mercado financeiro e para o grande capital;

4. Defenderam a privatização/concessão de estradas, ferrovias e portos, como se fosse a salvação da economia brasileira, o que é uma mentira;

5. Defenderam a redução dos impostos, o que atende o interesse dos ricos e vai contra os interesses dos mais pobres;

6. Defenderam o RDC – Regime Diferenciado de Contratações para a construção de presídios, uma forma de fazer licitação que aumenta a possibilidade de corrupção;

7. Não querem que a política e a democracia brasileira, em 2014, influenciem nas políticas públicas, típico de quem é funcionário de uma rede que apoiou o golpe militar de 1964 e a ditadura militar;

8. Querem uma redução do chamado “custo-brasil”, ou seja, querem basicamente menos impostos para os ricos e menos direitos para a classe trabalhadora;

9. Repetem a mentira de que a iniciativa privada é mais eficiente do que o Poder Público.

10. Disseram que no Brasil as coisas não funcionam, repetindo a mentira de uma elite que não reconhece as coisas boas de nosso país.

A Rede Globo não merece sua audiência e o povo mais pobre deveria ter mais opções na TV e, principalmente, mais opções culturais como leitura, cinema e artes em geral, para não serem massa de manobra dessa empresa que quase monopoliza os meios de comunicação no Brasil.
*Blog Justiceira de Esquerda
Tecnologia
Reconstruir pele e ossos com carapaças de caranguejos

Indústria farmacêutica e biomédica está interessada em explorar recentes descobertas


A indústria farmacêutica e biomédica está interessada em explorar recentes descobertas sobre novos usos a dar aos caranguejos pilados, entre as quais, segundo uma investigação, a reconstrução de tecidos a partir de compostos extraídos das suas carapaças.

Francisco Avelelas, estudante de 23 anos da Escola de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, defendeu há uma semana a investigação de mestrado, segundo a qual compostos extraídos das carapaças dos crustáceos têm atividade antibacteriana, antifúngica, antioxidante e até proteica.

«Pode ser utilizado em revestimentos de próteses para aumentar o tempo de não rejeição da prótese e em pensos que, com estas atividades antibacterianas e antifúngicas, permitem uma cicatrização mais rápida dos tecidos», explicou à agência Lusa o biólogo.

Além disso, têm também reaproveitamento no revestimento de frutas e outros produtos para aumentar o tempo de prateleira, no revestimento de comprimidos ou na composição de pesticidas agrícolas menos nocivos para a saúde e para o ambiente.

Segundo o estudo, pode integrar a formulação de comprimidos para emagrecimento, permitindo que «os lípidos não sejam absorvidos e processados pelo organismo para prevenir calorias quando vamos ter uma alimentação mais calórica».

Apesar de serem capturados com outras espécies pelas artes de pesca, os caranguejos pilados não têm qualquer valor económico para a pesca, uma vez que não são consumidos.

Mas, com a investigação em torno das carapaças dos crustáceos, os biólogos pretendem conferir valor ao recurso, colocando não só os pescadores a capturar o pescado mas também a indústria farmacêutica e biotecnológica a explorar comercialmente esses novos usos e já há interesse de uma empresa dessa área.

Além da aplicação industrial dessa matéria-prima, a empresa tenciona vir a instalar uma nova fábrica em Peniche, um investimento de um milhão de euros que pode vir a criar meia dúzia de postos de trabalho qualificados, adiantou à Lusa Sérgio Leandro, investigador que coordenou o mestrado.

O investigador defendeu que há condições para instalar um cluster biotecnológico na cidade, uma vez que, à semelhança dos caranguejos, existem outros recursos marinhos que podem vir a ser estudados e ser explorados para outros usos que não os da pesca.
*nina
http://www.tvi24.iol.pt/503/tecnologia/investigacao-carapaca-caranguejos-pele-ossos-caranguejos-pilados/1523294-4069.html

sábado, dezembro 28, 2013


Nassif desmascara urubus da mídia


urubus
A análise do Nassif, veterano do jornalismo econômico, encaixa-se perfeitamente nos comentários que temos feito por aqui no blog. A campanha midiática para desqualificar um excelente Natal ganhou ares ridículos. Os números foram torturados com uma brutalidade poucas vezes vista numa imprensa já famosa por sua obsessão para depreciar a economia brasileira.
Como os jornalões conseguiram estragar um Natal surpreendente
sex, 27/12/2013 – 08:55 – Atualizado em 28/12/2013 – 03:44
Por Luis Nassif, em seu blog.
Folha e Estadão esmeraram-se em tratar as vendas de Natal como um fracasso.
Manchete da Folha: “Comércio tem o pior resultado no Natal em 11 anos”.
Manchete do Estadão: “Com crédito contido e juros altos, vendas de Natal decepcionam”.
Ambos os jornais trabalham em cima de dados da Serasa Experian e da Alshop (a associação dos lojistas de shoppings).
Vamos a alguns erros de manchetes e de análises.
1. Erro de manchete: Se em 2013 vendeu-se mais do que em 2012, como considerar que foi o pior resultado em 11 anos?
2. A Serasa trabalha especificamente com pedidos de informação para crédito. Houve retração no crédito, mas a maior ferramenta de vendas têm sido o parcelamento (em até dez vezes) em cartões de crédito e de loja. Os jornalões trataram os dados da Serasa como se representassem o universo total de vendas.
3. As vendas em shoppings deixam de lado o comércio para classes C e D – justamente as que mais vêm crescendo. Mesmo assim, os jornalões trataram os dados como se representassem o todo.
4. A Alshop (associação dos lojistas) informou que as vendas cresceram 6% no Natal. O problema maior foi o aumento do número de lojas, que fez com que as lojas mais antigas permanecessem com o mesmo faturamento. Ora, o que expressa o mercado são as vendas totais. A distribuição entre lojas novas e antigas é problema setorial, que nada tem a ver com a conjuntura.
5. Os jornalões deixaram de lado o comércio eletrônico – que tem sido o principal competidor das lojas de shopping. Em 2013 os shoppings centers venderam R$ 138 bilhões, 8% a mais do que em 2012. O comércio eletrônico vendeu R$ 23 bilhões, ou 45% a mais do que em 2012. Somando a venda dos dois segmentos, saltou de R$ 151 bi em 2012 para R$ 161 bi em 2013, aumento de expressivos 12%.
6. Os jornais falam em “decepção”, porque a Alhosp esperava crescimento de 10% nas vendas de Natal e conseguiu-se “apenas” 6%. Esperar 10% de crescimento com uma economia rodando a 2% é erro clamoroso de análise. Mas, para os jornalões, o erro está na realidade, que não acompanhou os sonhos.
Se não houvesse essa politização descabida do noticiário econômico, as análises estariam em outra direção: a razão do consumo ainda não ter se acomodado mesmo com dinheiro mais caro, o crédito mais escasso, com a competição de Miami, com o PIB andando de lado etc. E suas implicações sobre as contas externas brasileiras. Estariam questionando também que raios de política monetária é esta, na qual aumenta-se a Selic para supostamente reduzir a demanda agregada, e ela continua crescendo.
*Tijolaço