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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, dezembro 04, 2014

Charge foto e frase do dia




















































































































































































































































Jesus Cristo foi um homem livre, desertor social, anarco-individualista, Jesus desprezou as leis dos juízes e legisladores do Estado para acatar as leis da harmonia, as leis naturais da vida.

Jesus o maior dos Anarquistas

O homem mais forte do mundo é o mais solitário Ibsen
Jesus-Anarquistas
Jesus Cristo foi um homem livre, desertor social, anarco-individualista, Jesus desprezou as leis dos juízes e legisladores do Estado para acatar as leis da harmonia, as leis naturais da vida. Jesus foi crucificado por ser na sua pessoa um perturbador da ordem, um corruptor da nação e um temível rival de César. Jesus Cristo foi o rebelde das massas oprimidas, a esperança e consolo de todos os explorados. Jesus foi um anarquista que combateu energicamente os credos políticos da sua época, colocou-se fora da órbita do Estado, indo ao encontro das leis escritas. Os seus ensinamentos culminam na mais completa e absoluta negação de toda a ordem politica/capitalista.
O Jesus anarquista da Galiléia foi grande e inconfundível, porque, só, enfrentou e condenou a autoridade estatal e mostrou por atos, palavras e atitudes que a verdadeira e única Autoridade reside dentro de nós mesmos no nosso foro íntimo e não no aparelho coercitivo da força do Estado. Sob esse aspecto é que o encaramos e é justamente através desse prisma que Jesus se impôs aos séculos como o maior de todos os Anarquistas. Sua Mensagem aos homens é esta: Amar, Dar e Perdoar.
“Perseguido pelo rei Herodes desde antes de nascer, combatente da ideologia moral, política, religiosa do pior dos estados (romano), perseguido pelos líderes sacerdotais (papas, bispos…), pelos anciãos do povo(políticos), pelos fariseus ,saduceus (comerciantes, banqueiros), substituiu sua família de sangue pela família espiritual, amou as adulteras e as meretrizes, amou os ladrões pobres, os mendigos e os excluídos, foi perseguido pelo imperador César Octávio, formou quadrilha na santa ceia, tinha uma práxis inconciliável com a constituição escrita , foi perseguido por homens fardados, julgado e condenado por um juiz de direito, com apelo da massa empazinada persuadida, traído por um infiltrado, levado a cruz por soldados do governador, torturado, humilhado, deu sua vida pois acreditava na sua causa e mesmo assim por pouquíssimos foi compreendido. Poderia terminar esse texto com várias citações, mas pra sempre lembrar do evangelho essênio excluído pela instituição que se diz religiosa e falando também de lei e moral : “não busqueis a lei em vossas escrituras, pois a lei é a vida enquanto o escrito esta morto”.’
jesus-anarquista
“Nas estradas da Judéia, em caminho do Gólgota ou do monte das Oliveiras, por entre as imprecações e as injúrias dos escribas e fariseus da Religião e do Estado, já o doce Galileu ouviu esta apóstrofe — Anarquista!”
A Anarquia, que foi um sonho generoso, uma utopia, um anseio de amor e de fraternidade imaginado e sonhado pela bondade santa de um Réclus, de um Bakunine, de um Malatesta e de um Kropotkine, apresenta na série de seus grandes adeptos um gigante anarquista: — Jesus. O Galileu foi, na realidade, o maior dos anarquistas. As multidões ignaras, intoxicadas de fanatismo político e de intolerância religiosa, atiravam, por vezes, às faces serenas do Rabí, apóstrofes e insultos violentos, e o alto sacerdócio farisaico via na sua pessoa um perturbador da ordem, um corruptor da nação e um temível rival de César. As multidões e os escribas da Religião e do Estado não sabiam que proferiam, inconscientemente, uma verdade. Anarquista? Sim, e o maior deles! O seus Ensinamentos culminam na mais completa e absoluta negação de todo o artifício legal urdido pelas camarilhas políticas e pelas classes exploradoras. Exigiu, apenas, o aperfeiçoamento interior e individual como base para a transformação e para a harmonia social.
Jesus o maior dos Anarquistas
Depois o evolver moral e espiritual a que chegara o grande e inconfundível Mestre, dispensava, para a sua conduta e para norma de sua vida, as leis mesquinhas, codificadas pela ignorância e pela perversidade dos homens. O seu anarquismo — tomada esta palavra no seu mais amplo sentido etimológico — pairava muito acima da estreiteza dos credos políticos e sociais, das religiões, das filosofias e de todos os dogmas e tabus da fé intolerante. Dentro do cosmo de seu espírito já havia desabrochado, no esplendor de sua beleza máxima, essoutra sublime e maravilhosa Religião, da Verdade, da Bondade e do Amor. Homem livre, desertor social, anarco-individualista estoico, Jesus desprezou as leis pequeninas dos Juízes e legisladores do Estado para acatar, tão somente, as únicas leis verdadeiras, certas, eternas e infalíveis: — as leis naturais, as leis da harmonia cósmica. O princípio da suprema Autoridade residia dentro e não fora de Jesus. Cada um de nós responde, individualmente, pelas conseqüências de seus atos, palavras e pensamentos. «Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado». Jesus já era uma consciência plenamente liberta, já sentira na glória do Tabor todo o esplendor solar da iluminação e da consciência cósmica e o seu espírito já tinha feito a escalada dolorosa da evolução através dos caminhos do Gethsemani do sofrimento, e, nessas provas e experiências individuais, foi o legislador supremo de si mesmo. Realizou-se, conheceu-se e foi dessa introspecção profunda que ele se convenceu de que podia dizer aos homens: «Eu sou o Caminho… a Verdade… e a Vida.» Por isso, as multidões se admiravam de sua doutrina libertária, pois, segundo o depoimento de Mateus, (VII, 29), Jesus ensinava «como quem tem autoridade.» Foi o rebelde das massas oprimidas e também a esperança e o consolo de todos os párias e explorados: «Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei».
Jesus-o-maior-dos-Anarquistas
O seu verbo de fogo arrebatava as turbas, despertando em todas as consciências algo de admiração e de maravilhoso: Nunca homem algum falou assim como este homem. Jesus já era um anarquista. Lançou fora e longe todas as muletas religiosas, combateu, energicamente, os credos políticos de sua época, colocou-se fora da órbita do Estado, indo de encontro às leis escritas, aos usos, costumes, tradições e afirmou a grandeza da dignidade humana — livre, inteiramente livre, de todas as peias e algemas do formalismo social. Ela faz a sua evolução, em espirais luminosas, para o Infinito, dentro do conjunto maravilhoso das energias cósmicas e em busca da incessante perfeição através de outros planos solares e de outras Humanidades, do mais alto estágio de evolução. Jesus viveu a grande vida que idealizou e sonhou e somente ouviu os ecos dessa voz interna de sabedoria, que fala aos espíritos despertos e escancarados para as belezas e para as verdades da Vida! Sonhou a Humanidade unida e entrelaçada numa grande Família: a família ligada pelas afinidades espirituais e eletivas. Condenou o nacionalismo das pátrias e das bandeiras, pediu água a uma mulher estrangeira: a Samaritana da fonte. Renunciou o amor à família de sangue e à família legal por um imenso amor à Família Humana, espalhada através de todas as fronteiras. Desprezou o próprio amor materno, por um grande e puro amor à Humanidade sofredora e órfã de carinhos e de bondade: «Mulher, que tenho eu contigo ?», disse à Mãe nas bodas de Caná.
Jesus-o-maior-Anarquista
E o Anarquista de Nazaré tornou-se, assim, uma figura solar nas crônicas da História, incorporando-se ao patrimônio comum de todos os povos e civilizações. Encheu vinte séculos e ainda é hoje um marco milenar nos acontecimentos da Humanidade. A sua existência luminosa valeu pela vida de um sistema planetário, como bem diz Maeterlinck. Tudo passou e tem passado… As coroas rolaram e continuam rolando pelo chão… Todos os impérios, até mesmo os de alicerces seculares, teem-se esboroado, colhidos pelos vagalhões do tempo… Tudo passou… Tudo… Recorda-se ainda hoje, dos helenos Sócrates e Platão e seus discípulos, porém, mui vagamente. Onde estão as leis deixadas por Numa, Licurgo, Sólon e tantos outros legisladores ilustres? Tudo passou… Passou Alexandre, o grande, com seus exércitos… Passou Júlio César com suas legiões gloriosas… Passou Carlos Magno com sua nobreza… Passou, nos tempos modernos, Napoleão com seus grandes generais… Jesus, ao contrário, não passou e não passará nunca. Ele e seus Ensinamentos ficaram desafiando a fúria das tempestades e a ferrugem do Tempo. Não tinha legiões, nem generais, nem exércitos aguerridos e não dispunha também de dinheiro. Ele e seus Ensinamentos — nada mais. Predicou entre os pobres e escorraçados do povo e ia deixando em todos os espíritos oprimidos a semente da reação consciente e dos grandes ideais humanos. Enfrentou, com o látego de sua palavra candente e ousada, os senhores do poder, os ricos e os potentados. Percorreu as aldeias e as cidades, fazendo a propaganda rubra do ideal libertário, e, nessas prédicas e reuniões populares, condenou o capitalismo, enfrentou as leis escritas e codificadas do Estado, os usos, os costumes as tradições dos antigos; enfrentou, desassombradamente, a cólera do sacerdócio poderoso e hipócrita, mostrou a sua indignação pelos ricos e magnatas do ouro, conviveu com os humildes operários, foi o amigo e o confidente daqueles que eram enxotados da sociedade e freqüentavam os alcouces do vício e da perdição; defendeu as meretrizes em praça pública. Afirmou, enfim, a todos que o ouviam, esta grande verdade: o reino de Deus não existe na mentira de um céu hipotético e sim na paz de uma consciência justa e reta, dentro de nós mesmos, fora, portanto, das leis escritas, da moral codificada e das convenções sociais.
Jesus Anarquista
Pregou, ainda, em apóstrofes de fogo, contra os horrores, a depravação e a luxúria da Roma dos Césares — a Babilônia do crime, do ódio e do pecado. Tibério reinava no esplendor da sua corte e ignorava a existência do grande agitador anarquista. Um louco ? Um visionário ? Nada disso ! Ali vivia, entre a gente simples e humilde, e no silêncio das montanhas da Galiléia — o maior Anarquista que a Humanidade já conheceu. Jesus condenou de modo formal e categórico a família de sangue, a família legal, sancionada pelos escrivães e juízes das leis escritas do Estado. Nada mais natural, pois «Jesus, que é filho de família proletária é, depois do paganismo, o maior demolidor da família individualista conhecido na antiguidade». Por isso mesmo o magnífico Mestre pregou com desassombro a grande verdade da Família Espiritual dos espíritos afins, unida e entrelaçada pelos mesmos sentimentos, afeições e ideais. Induziu pelo conselho e pelo exemplo o abandono completo do lar e a renúncia das amizades de pai, mãe e irmãos (5) para todos aqueles que o quisessem acompanhar na pregação de sua doutrina toda feita de Amor, de Bondade e de Fraternidade. «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha mais do que a mim, não é também digno de mim» (6). E exclamava: «Todo aquele que tiver deixado por amor de meu nome a casa, ou os irmãos, ou irmã, ou o pai, ou a mãe, ou a mulher, ou os filhos, ou a herdade, receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna» (7) Jesus jamais pregou o amor aos seus, porque sempre aconselhou o amor ao próximo. Os seguintes versículos do Evangelho elucidam, clara e cabalmente, a verdade deste assêrto. «E falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora a sua mãe e os seus irmãos, pretendendo falar-lhe. E alguém lhe disse: «Eis que estão lá fora a tua mãe e teus irmãos, que te querem falar.» Porém ele, respondendo, disse ao que lhe falara: «Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos ? E estendendo a mão para os seus discípulos, disse: «Eis aqui a minha mãe e os meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão e irmã e mãe. Jesus renegou, nessa passagem impressionante, a família da carne, a família legal — por um imenso amor à família natural, à família humana. Mais que um Sócrates moderno a doçura e justiça do meigo Rabí da Galiléia, ecoava no coração dos que O ouviam quando dizia: Porque, aquele que ama a justiça e a misericórdia, como eu amo a justiça e a misericórdia, esse é meu irmão: e tem o mesmo Pai que eu; e nosso Pai vive em nosso coração e vive nos céus. É o Pai que está nos céus da nossa alegria, no paraíso da nossa consciência, da nossa clarividência ética, é o Amor, é o gozo de uma purificação profunda, é essa Harmonia que canta, dentro de nós, a Beleza e o «Amai-vos uns aos outros.» Jesus não podia limitar o seu Amor à Família de sangue ou à família legal, esse puro Amor que extravasava, que transbordava para além dos confins do Tempo e do Espaço. Também nas bodas de Caná: «Mulher, que tenho eu contigo ? E nós, que temos nós com aqueles que não sabem passear conosco pelos parques munificentes dos nossos sonhos, embora nos liguem laços legais ou laços de carne? Só a afinidade eletiva, espiritual, só o entrelaçamento de sonhos e ideias, só o Amor é capaz de unir fraternalmente as criaturas, os indivíduos ou seres clarividentes, na comunhão da verdadeira família, que é a família ligada pelas aspirações, pelos ideais. E essa família está espalhada pelos quatro pontos cardeais, e, apesar da distância e dos oceanos, um beijo de Amor entrelaça todos os seus membros no coração e no pensamento de uma Harmonia Cósmica.
Jesus o maior anarquista parte 1 de 2
Jesus o maior anarquista parte 2/2 final
DE ONDE VEM A CALMA – LOS HERMANOS
«Sem pátria, sem fronteiras, sem Família e sem Religião. As religiões dos mercadores dos templos encerram os homens e as mulheres numa corrente de dogmas estéreis, amarram a sua razão, sufocam os seus corações no limite odioso do fanatismo, da ignorância e da mentira. A Religião da Fraternidade Humana não nos fecha em templos de pedra e ouro, não nos acorrenta a dogmas de ferro: é o anseio alado de um sonho nas alturas, macio, ondulante, amoroso, tentando escalar todas as hipóteses do mistério sagrado da Vida, voando por entre espaços interestelares, por entre os interstícios, por entre os abismos de sombra e luz que enclausuram ou libertam o espírito humano. A Religião do Amor não espera os toques do sino de bronze para voar a sua prece num sonho de Beleza, numa aspiração de Harmonia, pela intensidade além, em busca de outras órbitas de mundos a rolar pelo Infinito… A Religião da Beleza esvoaça, flutuando, na sabedoria de todos os sorrisos amorosos com que os maiores gênios de todos os séculos envolveram o gênero humano, escalpelando as dores do mundo.» Júlio R. Barcos, escreve «Ninguém foi inimigo tão declarado da família como Jesus, e vós, católicos, vos prosternais ante a sua cruz. De sua boca e não da nossa, saíram estas palavras dirigidas à sua Mãe: «Que tenho eu contigo, mulher?» Equivale a dizer: que tem que ver todo apóstolo sincero de uma idéia, com os interesses mesquinhos do lar e do amor egoísta dos pais? O homem febril de idealismo não é um acionista da sociedade em miniatura, que se chama família; é membro da coletividade social a que pertence; uma célula suplementar do cérebro que se denomina humanidade. «O que me quiser seguir há-de abandonar pai, mãe e irmãos», dizia o divino Mestre a seus discípulos. Abandonar a família para dar-se de maneira mais completa ao amor dos semelhantes, aqui está a ética de todos os apóstolos, santos, heróis e gênios da constelação do céu dos imortais. Porém, nenhuma das palavras de Jesus mais cheias de amor e sabedoria que aquelas dirigidas, agonizante, da Cruz, à sua Mãe, ao ouvi-la exclamar dolorosa: — «Filho meu !» — «Mulher, eis aí teu filho (dirigindo-se ao discípulo João). Homem, eis aí a tua mãe.» Essa frase adquirirá cada dia mais eloqüente significação libertária. Qual o filho que algum dia disse a sua mãe: — «Mulher, sente-te mãe de todos os homens; e ao amigo: homem, vê em cada mãe a tua própria mãe ?» (9). Jesus, proclamando em voz alta o primado da família espiritual dos espíritos afins, reconheceu que a família dos laços da carne e do sangue é um mero acidente biológico… Frisamos bem: o Mestre não pregou a destruição dos lares, pregou, sim, a santificação da verdadeira família, que é a família natural e do espírito. Notas: (1) Mateus, XII, 37 (2) Mateus, XI, 28 (3) João, VII, 46 (4) Júlio R. Barcos, “Liberdade Sexual das Mulheres” (5) Mateus, XIX, 29 (6) Mateus, X, 37 (7) Mateus, XIX, 29 (8) Mateus, XII, 46-50. Marcos, III, Lucas, VIII (9) Julio R. Barcos, obra citada
*http://www.anarquista.net/jesus-o-maior-dos-anarquistas/

Os crimes da Rede Globo. Divulgá-los é nossa tarefa

Como o processo de sonegação da Globo sumiu da Receita e sobreviveu no submundo do crime

Esta é a segunda reportagem especial da série sobre o processo da sonegação da Globo, fruto de nosso projeto de crowdfunding no Catarse. Na primeira, detalhamos a operação para aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. No dia 2 de julho do ano passado, um...

“Injusto é pagar imposto no Brasil”: a 1ª reportagem da série do DCM sobre a sonegação da Globo

Com esta matéria, inauguramos a série sobre o processo de sonegação de impostos da Globo envolvendo os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. É o terceiro projeto financiado pelos nossos leitores através de crowdfunding no site Catarse. O repórter Joaquim de Carvalho...

Aécio é investigado pelo Departamento Antidrogas dos Estados Unidos por tráfico internacional de drogas



Depois das denúncias a respeito das irregularidades em relação ao aeroporto de Cláudio (MG) envolvendo a polêmica pista de pouso com o tráfico de drogas, a Drug Enforcement Administration (DEA) esteve no Brasil no mês de novembro.

Depois da repercussão nacional e internacional envolvendo o nome do senador Aécio Neves (PSDB) com helicóptero pertencente, a Agropecuária Limeira, preenchido com 450 quilos de cocaína, no qual foi divulgado amplamente pelo canal Telesur e um dos sites mais famosos dos EUA, o TMZ. O juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa do Espirito Santo, recebeu em seu gabinete o agente da Polícia Federal Rafael Pacheco. Ele estava acompanhado de dois homens que falavam português com sotaque.

Apresentaram-se ao juiz como agentes da DEA – a agência antidrogas americana. Os investigadores estrangeiros queriam saber o local do pouso do helicóptero que trouxe de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, pelo menos 445 quilos de pasta base de cocaína. O local do pouso estava registrado no GPS da aeronave.

A conversa era informal e se alongou. Os agentes da DEA contaram ao juiz que, assim como o México é a rota da droga para os Estados Unidos, o Brasil se transformou no principal corredor da cocaína exportada para a Europa, e assim como no México o tráfico de drogas alimenta a política, no Brasil não seria diferente, e essa especulação que envolve o nome do Senador Aécio Neves, "os interessa e muito"!.

Telesur é um dos maiores canais de televisão da America Latina, já TMZ ganhou notoriedade quando o artista Michael Jackson faleceu. O TMZ foi a primeira mídia a divulgar sua morte superando grandes redes de notícias mundiais. 4 Horas mais tarde, a informação foi confirmada e o TMZ se tornou oficialmente uma referência de informações sobre celebridades.



Foco da investigação do DEA

A policia investiga se o aeroporto de Cláudio foi utilizado como rota para o tráfico de drogas, uma vez que já é pública a informação de que o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, da família do senador Zezé Perrela, apreendido no Espírito Santo transportando 445 quilos de cocaína em novembro passado, chegou a pousar antes em um ponto do povoado de Sabarazinho (apenas 14 km de distância do aeroporto mineiro de Cláudio), três horas antes de seguir viagem para um sítio na cidade capixaba de Afonso Cláudio. A PF chegou a tal confirmação baseando-se no rastreamento do GPS do helicóptero, assim como nas anotações do plano de voo dos pilotos. e apreendido pela Polícia Federal do Espírito Santo, no sudeste do país, no último ano. 
*PlantãoBrasil

quarta-feira, dezembro 03, 2014

MARACATU 8 PATRIMONIO

Iphan analisa novos registros de patrimônio cultural do Brasil

Maracatu Nação, de Recife, é mais um Pratimônio Cultural do Brasil. 
O Maracatu Nação, o Maracatu Baque Solto  e o Cavalo-Marinho, expressões culturais e musicais repletas de simbologia, ganharam o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A decisão foi tomada por unanimidade durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do IPHAN, na manhã desta quarta-feira (3/12), em Brasília (DF). O Conselho, composto por 23 conselheiros e 13 representantes, continuará reunido até a próxima quinta-feira (04/12) para decidir sobre outros bens que podem ganhar o mesmo título.
O Maracatu Nação, também conhecido como Maracatu de Baque Virado, apresenta conjunto musical percussivo e um cortejo real que sai as ruas durante o carnaval. No cortejo, há rei, rainha e outros personagens como baianas e orixás. Esse maracatu é entendido como forma de expressão que congrega relações comunitárias, compartilhamento de práticas, memória e fortes vínculos com o sagrado.
Já o Maracatu Baque Solto ocorre durante as comemorações do Carnaval e da Páscoa. Compõe-se de dança, música e poesia e está associado ao ciclo canavieiro da Zona da Mata. As apresentações ocorrem na Região Metropolitana do Recife e outras localidades. Os mais antigos maracatus têm sua origem em engenhos por trabalhadores rurais, trabalhadores do canavial, cortadores de cana-de-açúcar, entre fins do século XIX e início do XX. Diferente do Maracatu Nação, o Maracatu Baque Solto é um resultado da fusão de manifestações populares, como Cambindas, Bumba-meu-boi, Cavalo Marinho e Coroação dos Reis Negros. 
Por fim, o o Cavalo-Marinho é uma brincadeira popular que envolve performances dramáticas, musicais e coreográficas durante o ciclo natalino. Quem participa, em geral, são os trabalhadores da Zona da Mata, mas também há apresentações na região metropolitana do Recife e de João Pessoa (PB), entre outras localidades. No passado, tinha lugar nos engenhos de cana-de-açúcar. Durante a apresentação, representam-se cenas do cotidiano e do mundo do trabalho rural, com variado repertório musical, poesia, rituais, danças, linguagem corporal, personagens mascarados e bichos, como o boi e o cavalo (que dá nome à brincadeira). 

Reunião do Conselho

A 77ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio também analisará, na quinta-feira (4/12),  a possibilidade de registro como Patrimônio Cultural brasileiro, a Tava Miri dos M'bya Guaranis, lugar sagrado para o povo indígena guarani, situado no Sítio São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Também poderão merecer tombamento a Coleção Geyer, do Museu Imperial de Petrópolis (RJ), o Acervo do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte (MG) e o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja, de Cachoeira (BA).
Integram o Conselho, que avalia os processos de tombamento e registro, especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros que representam instituições, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes da sociedade civil, com conhecimento nos campos de atuação do IPHAN.
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura
Com informações do IPHAN

Qual a diferença do escravo para o trabalhador moderno?

Qual-a-diferenca-do-escravo-para-o-trabalhador-moderno
O escravo tinha o seguinte dia-a-dia: acordava, ia para o trabalho, voltava para a casa e descansava para poder se preparar para o próximo dia de trabalho. Ocasionalmente, havia alguma diversão garantida a ele, geralmente representada por danças e encontros com outros escravos, com a intenção de proporcionar entretenimento. É praticamente a mesma rotina que o trabalhador segue hoje, mudando apenas a maneira que é executada: o traje do trabalhador hoje usa jaleco enquanto naquela época usava camiseta, em vez de danças em grupo no espaço público, hoje existem boates etc.
Pode-se dizer então que todas as mudanças são extremamente superficiais assim? Acredito que sim. Porém, uma análise aqui se torna importante de fazer em relação a uma dessas diferenças na maneira de execução desse cotidiano: a realidade do trabalhador em cada época em relação a uma situação de crise. A crise para o escravo era constituída essencialmente de agressões físicas, seja de fração de horas, dias ou semana. Fora isso, ele sempre teria sua sobrevivência garantida pelo seu amo. Hoje, ao trabalhador, a crise se apresenta na forma de desemprego. Mas, diferente, do escravo, ele não tem a sua existência garantida após o término dessa. Até porque, para muitos, essa crise nunca termina. Pode-se alegar então: “mas os escravos também podiam morrer depois de açoitados!”. De fato, poderiam. Mas não eram, em mesmo número/proporção, por um simples motivo que será apresentado. O escravo custava caro ao amo. Na grande maioria dos casos, era extremamente dispendioso trazer um escravo, já que teriam que vir de outros continente. O amo sabia que, se perdesse uma grande quantidade destes, teria a sua produção prejudicada. O mesmo não acontece hoje, em que o operário pode ser encontrado em qualquer lugar, a custo praticamente zero.
*http://www.anarquista.net/qual-diferenca-escravo-para-o-trabalhador-moderno/