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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 31, 2015

Dólar morrerá em 60 dias no máximo 90 dias.

Pelo menos 44 países manifestaram intenções de participar do AIIB, Asian Infrastructure Investiment Bank, banco de desenvolvimento criado pela China.
BR.SPUTNIKNEWS.COM|POR SPUTNIK

  • Castro J Joao
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Dólar morrerá em 60 dias
Tanto o dólar como a economia dos EUA morrerão em apenas 60, no máximo 90 dias. Esta previsão foi feita pelo economista norte-americano Todd Walker. Professor que trabalhou por 20 anos como consultor no Banco da Reserva Federal de Nova York e no Banco da Reserva Federal de Cleveland.
Os cálculos de Todd são confirmados por outros especialistas, mas eles não são levados a citar a data exata do colapso da economia dos EUA. Isso, por exemplo, o ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan disse no final de fevereiro, numa situação financeira extremamente precária do país e até mesmo previu uma inflação forte.
"Estamos diante de uma pressão crescente nos mercados monetários e de inflação mais cedo do que a maioria de nós esperava", - disse Greenspan.
O especialista também observam uma redução acentuada em investimentos de longo prazo. O que certamente é um deplorável efeito sobre a economia dos Estados Unidos.
A propósito, desde o momento da previsão de Todd já passou 20 dias.
Fonte: TV Zvezda - http://bit.ly/1IMGs7u

O problema das crenças religiosas e o medo da mudança

O problema das crenças religiosas para o desenvolvimento da sociedade, e o medo da mudança. Trecho do filme Zeitgeist Addendum.
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Índios foram submetidos a trabalhos forçados e torturas. Reparação de crimes cometidos nas aldeias ainda é pouco debatida.

Ditadura criou campos de concentração indígenas
Índios foram submetidos a trabalhos forçados e torturas. Reparação de crimes cometidos nas aldeias ainda é pouco debatida.

PASTORES PENTECOSTAIS TOCAM FOGO EM TEMPLOS INDÍGENAS NO BRASIL

PASTORES PENTECOSTAIS TOCAM FOGO EM TEMPLOS INDÍGENAS NO BRASIL. “URUCUM É BOSTA DO DIABO”


Ras Adauto da ppaberlim, nos alertou sobre a grave situação em que vivem os Guaranis no Mato-Grosso do Sul: “A luta dos índios guaranis no Mato Grosso do Sul para preservarem suas tradições religiosas  necesssita de intervenção do governo federal,  suas práticas religiosas estão sendo acintosamente satanizadas pelas seitas pentecostais.”
O 25 mil índios que ainda restam na região em que eles foram donos, estão sendo vítimas no momento de um massacre e genocídio cultural. 36 igrejas pentecostais  concorrem entre si pelas almas indígenas, somente em uma reserva com 12 mil indios em Dourados.
Os indígenas já não podem nem mais usar urucum, pois segundo os pastores das igrejas, a tinta  usada pelos indígenas para cobrir seus corpos, é “bosta” do diabo.
Reportagem de Fábio Pannunzio para a Rede Bandeirantes de Televisão.

Igreja tem que provar que não lucra para se isentar de contribuição sindical


Igrejas têm que comprovar ao Ministério do Trabalho e Emprego que não exercem atividades econômicas com fins lucrativos para se isentarem do pagamento das contribuições sindicais.
Com base nesse entendimento, a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho não acolheu recurso da Igreja Universal do Reino de Deus contra condenação que determinou o pagamento de R$ 3,7 milhões em contribuições ao Sindicato das Entidades Culturais Recreativas de Assistência Social de Orientação e Formação Profissional de Mato Grosso do Sul.
O débito é referente aos anos de 2003 a 2007, período em que a Universal não comprovou junto ao MTE de que não exerce atividade econômica com fins lucrativos (artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho). O documento apresentado nesse sentido pela igreja se referia a 2008, posterior aos débitos cobrados no processo.
A condenação abrangeu 31 igrejas em todo o Mato Grosso do Sul. Na fase de execução, a Universal interpôs embargos com o objetivo de alterar o sistema adotado pelo perito responsável pelos cálculos do valor devido. Ele considerou como base para a contribuição sindical o número de igrejas, quando a movimentação econômica da matriz, por si só, reuniria todo o movimento econômico da instituição no estado.
Ao julgar os embargos, o juiz de primeiro de grau entendeu que os temas tratados já tinham sido superados pelo trânsito em julgado do processo, decisão confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região. A Igreja interpôs ainda recurso revista para o TST, cujo prosseguimento foi negado pelo TRT-24. Por fim, interpôs Agravo de Instrumento para liberar o recurso para análise do TST, o que foi negado pela 7ª Turma.
Para o ministro Vieira de Mello Filho, relator do processo na turma, ao fundamentar o Agravo de Instrumento a Universal não atendeu aos requisitos do artigo 896, parágrafo 2º, da CLT, pois não renovou a indicação de violação aos dispositivos constitucionais que havia apontado no recurso de revista. Com isso, o agravo ficou sem fundamento, "pois apenas as matérias ventiladas no recurso de revista e reiteradas no Agravo de Instrumento podem ser apreciadas nesta oportunidade".
O artigo 896, parágrafo 2º, dispõe que os recursos em processos em fase de execução só são admitidos na hipótese de ofensa direta à Constituição Federal, o que não foi o caso. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.
Processo AI11100-71.2008.5.24.0003

PT planeja abrir mão de doação de empresas



As principais correntes internas do PT estão próximas de um acordo que prevê a proibição de instâncias do partido receberem doações de empresas privadas. A sigla pretende compensar a perda criando uma ferramenta digital para coleta de doações do mais de 1 milhão de filiados. Pela proposta, candidatos da legenda a cargos eletivos estão liberados para receber doações privadas, mas assumirão totalmente a responsabilidade pela origem dos recursos.
A proibição faz parte da tese elaborada pela corrente Mensagem ao Partido para a segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT, marcado para junho. Conta com o apoio do Movimento PT, segunda maior corrente interna da legenda, dos presidentes dos 27 diretórios estaduais reunidos ontem em São Paulo e de lideranças importantes, como o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia.
As principais lideranças do partido preferem acabar com o financiamento privado de campanha a conviver com as suspeitas de ilegalidade que as doações legais possam suscitar. "Por que financiamento privado para outros partidos é doação e para o PT é propina?", questionou Falcão. Nesse sentido, discorrem os representantes, é preferível "acabar com essa palhaçada".
A ideia surgiu na semana passada, depois que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, se tornou réu da Operação Lava Jato. Vaccari é acusado de receber propinas de empresas fornecedoras da Petrobrás em forma de doações legais ao partido e seus candidatos. Ele nega as acusações.
A proposta da proibição amadureceu na segunda-feira, 30, durante reunião entre o ex-presidente Lula, a executiva nacional do PT e os presidentes dos 27 diretórios estaduais do partido. Entre as principais forças políticas internas, apenas um setor da corrente majoritária Construindo Um Novo Brasil (CNB) resiste à ideia. Segundo relatos, durante a reunião de ontem, apenas a secretária de Relações Internacionais, Monica Valente, mulher do ex-tesoureiro Delúbio Soares, preso por envolvimento no mensalão, foi contra a proposta. "Não tem consenso nisso", disse ela, de acordo com participantes da reunião.
As decisões sobre a proibição das doações privadas e o afastamento de Vaccari da tesouraria petistas serão definidas na próxima reunião do diretório nacional do PT, dia 17 de abril.
Afastamento
Sobre o futuro do tesoureiro, o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro defendeu ontem seu afastamento do cargo, enquanto Lula preferiu o silêncio, o que foi interpretado como um recuo do ex-presidente na defesa de Vaccari. "Se ele for denunciado e a denúncia for aceita, como é a informação que nós temos, acho que o partido deve pedir que ele se afaste e, se não se afastar, afastá-lo preventivamente", disse Tarso ao deixar o local da reunião.
O encontro se deu em um hotel na região Sul de São Paulo a portas fechadas. Por determinação de Lula, todos os participantes tiveram de deixar os celulares na entrada do salão. Lula reclamava de quem saía para ir ao banheiro e pedia insistentemente que a porta fosse mantida fechada. De acordo com relatos, o ex-presidente fez um discurso ensaiado no qual apontou quatro crises a serem enfrentadas pelo governo e pelo PT: corrupção, política, econômica e de comunicação. O ex-presidente chegou a usar de ironia diante de avaliações positivas de alguns dirigentes estaduais. "Ouvi os informes de todos os Estados, gostei muito, mas tem gente que está mentindo", disse Lula.
Antes da reunião, os convidados ouviram uma explanação do novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Um dos convidados era o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, investigado na Lava Jato.

10 fotografias que retratam a História do Brasil de uma maneira que você não está habituado


Policial Militar do Rio de Janeiro pisa a cabeça de um suspeito algemado em uma cena que resume muitas críticas feitas à polícia militar brasileira e seus métodos de atuação. Essa foto recebeu prêmios internacionais de jornalismo e foi capa do Jornal do Brasil em 1997. 


Cabeças decapitadas do temido bando de cangaceiros de Lampião, elas foram expostas ao público após uma emboscada que matou 11 dos 34 membro do grupo, incluindo Lampião e Maria Bonita. Eles foram alvejados a tiros de metralhadora em uma madrugada chuvosa em um esconderijo no sertão de Sergipe, foto de 1938.

Quando você pensa em História do Brasil, o que vem a sua cabeça? É comum ter como resposta qualquer coisa como "um país pacífico e cordial de histórias cheias de politicagens pouco interessantes". Um olhar mais atento sobre alguns acontecimentos e dados pode revelar, para o bem ou para o mal, exatamente o contrário: somos um país extremamente violento e com episódios históricos assombrantes. 


O palco da desigualdade também revela números apavorantes: um terço de todos homicídios do continente americano acontecem aqui, somos responsáveis por 10% de todos os assassinatos do mundo. Décadas após o fim do regime militar, tornamo-nos o primeiro país no ranking de medo de tortura policial. 

Neste sentido, é mais cabível pensar no Brasil como um país anestesiado, dopado por um discurso midiático de um povo muito cordial e passivo. As fotografias abaixo demonstram uma face pouco conhecida da nossa história. 

Escrava brasileira serve de "cavalinho" para criança branca. Esta fotografia, datada do final do século 19, tem uma carga simbólica imensa e pode ser relacionada com inúmeros eventos violentos ocorridos no Brasil durante os séculos posteriores.

Ruínas de uma igreja no Arraial de Canudos após a Guerra de Canudos, um conflito sangrento em que tropas da República entraram em confronto direto com um grupo de sertanejos que, liderados pelo peregrino Antônio Conselheiro, fundaram uma comunidade auto-suficiente, contrariando os interesses latifundiários e a política tributária do país. Não houve rendição, Canudos resistiu até o último homem, no que resultou na morte de cerca de 20 mil sertanejos, foto de 1897.

Bonde virado por populares durante a Revolta da Vacina, um conflito urbano violento que estourou  no Rio de Janeiro com a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola. Nos primeiros anos da República, a população conviveu com um Estado cada vez mais forte e intrusivo, durante a vacinação obrigatória, era comum agentes invadirem as casas e fazerem uso da violência para aplicar a vacina, foto de 1904.

Soldados brasileiros fazem patrulha de reconhecimento após a Batalha de Montese, na Itália, a mais sangrenta participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial, entre mortos e mutilados, calcula-se mais de mil vítimas deste confronto entre brasileiros e nazistasfoto de 1944.

Homem é torturado em público, preso ao temido pau-de-arara, durante uma demonstração de métodos de tortura institucional da Guarda Rural Indígena, em uma parada militar em Minas Gerais, foto de 1970.

As duas imagens acima, assim como a do homem torturado em um pau-de-arara, demonstram a face sombria do Regime Militar instituído a partir de 1964. Na imagem à esquerda, uma índia da tribo cinta-larga brutalmente assassinada a mando de latifundiários, ela foi cortada ao meio. Na imagem à esquerda, o corpo do jornalista Vladimir Herzorg em uma cena de suicídio forjado, ele foi uma das muitas vítimas fatais da tortura durante os anos da ditadura. Entre subversivos e "obstáculos", muitos brasileiros pagaram com a própria vida o preço de não fazer parte dos interesses dos militares.


Contagem de detentos após o Massacre do Carandiru, uma ação policial que resultou na morte de 111 presos durante uma rebelião no que era considerado a pior penitenciária da América Latina, foto de 1992.

Fonte: http://www.historiailustrada.com.br/2014/06/historia-do-brasil-como-vc-nunca-viu.html#.U5ZHtij-XK3