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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 01, 2015

Teerã

O que acontecerá no Irã após a revogação das sanções

© Sputnik/ Alexander Yuriev
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O sucesso das negociações sobre o programa nuclear iraniano, sem sombra de dúvida, influenciará seriamente a economia nacional, regional e internacional. E já é possível traçar previsões sobre quem será o maior beneficiado disso, consideram os especialistas entrevistados pela agência Sputnik Persian.
Na opinião de Sajad Taieri, analista político do portal iraniano iranianpolicy.net, os maiores beneficiados, além do Irã, serão os países da União Europeia (UE) e, possivelmente, do Sudeste Asiático, por poderem ganhar acesso à uma fonte alternativa de recursos energéticos e um novo grande mercado.
“No caso da revogação das sanções, a economia iraniana se abrirá para além dos seus parceiros tradicionais do Oriente Médio e da Europa. Ficará disponível para cooperar com os países do Sudeste Asiático, ampliará os laços comerciais com a China. Além disso, o que é claro, em primeiro lugar poderemos ver um considerável aumento nas exportações do petróleo iraniano”, disse o especialista.
Segundo a agência de notícias oficial iraniana, IRIB, Irã possui mais de 20 milhões de barris de petróleo bruto armazenados em navios-petroleiros, prontos para zarpar dos portos do país. Alguns analistas pontuam: assim que as sanções contra Teerã forem retiradas, após acordo sobre o programa nuclear, esse petróleo será imediatamente encaminhado para os clientes. Além disso, Irã aluga grandes depósitos especializados em armazenar petróleo na China, nos quais há um volume desconhecido desse mineral. 
Enquanto isso, o preço do barril segue despencando, à espera do acordo preliminar sobre o programa nuclear iraniano, cujas negociações acontecem esta semana na Suíça. No entanto, os especialistas iranianos, em sua maioria, consideram que a revogação das sanções deve influenciar de modo patente a economia da República Islâmica, mas não a da região como um todo. E economia do entorno está sendo determinada por outros fatores, dos quais depende o valor do barril, disse o cientista político e membro da editoria do Centro iraniano de pesquisas para Eurásia, Reza Hojat-Shamami.   
“Irã vive sob sanções internacionais desde 1979. Os acontecimentos dos últimos anos, entretanto, afetaram de modo radical a conjuntura interna e de toda a região. Um dos principais fatores seria a dependência da economia do país do andamento das negociações sobre o programa nuclear iraniano. A experiência demonstrou que, se chegarmos a um acordo desejado por todas as partes do processo de negociação, a economia do Irã, a curto prazo, sofrerá mudanças positivas. Já a longo prazo, podemos esperar a queda nos preços dos produtos no mercado interno. A revogação das sanções poderá colaborar com o reestabelecimento de muitos segmentos mais afetados pelo embargo, como o setor energético, bem como com projetos desenvolvidos em parceria com outros países. Quanto ao preço do petróleo, eu entendo que neste caso há muitos outros fatores determinantes a atuar no momento. Um deles seria a situação no Oriente Próximo, como as rebeliões no Iêmen, que podem se expandir para toda a região e alterar o preço do petróleo. Afinal, muitos países produtores de petróleo estão situados aqui. Por isso, em geral, se as partes chegarem a um acordo e as sanções contra o Irã forem revogadas, a longo prazo isso não refletirá em alterações do preço no mercado do petróleo”, concluiu Hojad-Shamami. 
Visando a revogação das sanções, Irã também avalia as opções para exportação do seu gás natural. Ainda em setembro do ano passado, em Nova York, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, o presidente do Irã, Hassan Rohani, ofereceu ao seu colega austríaco, Heinz Fischer, uma “fonte estável de gás”, considerando crises no fornecimento do recurso em função das tensões entre Rússia e Ucrânia. Segundo a autoridade iraniana, seu país estaria pronto para organizar uma rota de fornecimento de gás natural para Europa através da Áustria. 
Apesar do gás natural não ter sido prioridade no Irã nos últimos anos, segundo os especialistas o potencial de crescimento do setor no país é expressivo. Até 2020 a produção deve crescer até o volume de 215 bilhões de metros cúbicos anuais, o que abrirá possibilidade de exportar cerca de 35 bilhões de metros cúbicos por ano. Essas contas são de conhecimento de Bruxelas, que há muito busca uma alternativa ao gás russo, que garante um terço das necessidades da UE pelo recurso (163 bilhões de metros cúbicos em 2013).   
Segundo especialistas, entretanto, levaria no mínimo 8 anos para organizar grandes volumes de fornecimento de gás do Irã para a Europa. Quanto ao transporte de petróleo, a situação é bem mais simples. Porém, tudo depende da decisão política.  
Por isso, em linhas gerais e a curto prazo, Irã ainda não poderia ser avaliado como uma fonte de recursos energéticos segura e alternativa à Rússia. Já a médio prazo, tudo dependerá da situação no mundo, no Oriente Próximo, no Oriente Médio e no próprio Irã. O balanço de forças políticas no país refletirá, de modo necessário, a política interna e externa de Teerã.  
Por isso, as notícias frequentes sobre as possibilidade de exportação do petróleo e do gás iraniano para Europa podem ser avaliadas como mais um episódio de um fino e complexo jogo político entre diversos atores internacionais. Os americanos querem impedir a aproximação entre Rússia e Irã. União Europeia sonha com a diversificação das fontes de recursos energéticos. Já o Irã busca a revogação das sanções nas melhores condições possíveis.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/opiniao/20150401/622999.html#ixzz3W6tzCKwz

Brasil firma convênio com Suécia e vai passar a produzir caças


Parceria que visa à transferência tecnológica servirá de base para a criação de um novo polo industrial no país: a indústria de caças militares
Da Redação, com informações do Blog do Planalto
Wallemberg anunciou a transferência de tecnologia após reunião com a presidenta Dilma. Foto: Renan Carvalhais – Gabinete Digital/PR
Wallemberg anunciou a transferência de tecnologia após reunião com a presidenta Dilma. Foto: Renan Carvalhais – Gabinete Digital/PR
Brasil e Suécia firmaram convênio para transferência de tecnologia aeroespacial nesta terça-feira (31). O anúncio foi feito pelo presidente dos Conselhos de Administração da SAAB, Marcus Wallenberg, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.
Segundo Walllenberg, a previsão é que até 2019 a primeira das aeronaves contratadas pelo governo brasileiro já esteja em operação. “O mais importante dessa audiência com a presidenta Dilma foi justamente o nosso acordo consensual em torno da possibilidade concreta do projeto FX2, do caça sueco, de modo a envolver a participação da indústria brasileira nesse projeto e assegurar transferência tecnológica, efetivamente, à indústria aeroespacial brasileira”, afirmou o executivo em entrevista coletiva.
Dentre as ações do programa de transferência tecnológica estão o estabelecimento, a partir de 2015, de um grupo de professores suecos no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos.  Além da criação de curso de pós-doutorado em Engenharia Aeronáutica financiado pela SAAB e pelo governo sueco, também no ITA.
A iniciativa inclui ainda o apoio para estada de doutores suecos no Brasil e concessão de bolsas de mestrado e doutorado para cientistas brasileiros, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras. Além disso, a cooperação pretende atingir futuramente áreas como energia sustentável, tecnologia ambiental, defesa, segurança, transporte e desenvolvimento urbano.
*revistaforum

China empresta R$ 11 bilhões à Petrobrás




A Petrobrás acaba de dar o “drible do dragão” nas forças especulativas que tentam vergá-la, tentando abocanhar pedaços maiores da nossa indústria de petróleo e atividades agregadas.
À diferença da mídia, da direita e do exército de zumbis que marcham nas ruas pedindo intervenção militar, a China não quer que a Petrobrás saia do controle do Estado brasileiro.
Porque a China sabe que, se isso acontecer, ela vai acabar nas mãos de empresas norte-americanas, ou seja, sob controle do governo americano.
Para quebrar a Petrobrás, portanto, a mídia e a oposição (um monstro com dois troncos, mas uma só cabeça) terão que passar por cima do cadáver do governo Dilma, dos movimentos sociais, das maiores centrais sindicais, dos estudantes, e agora também do dragão chinês.
Os R$ 11 bilhões do título correspondem aos US$ 3,5 bilhões que o banco oficial da China anunciou que emprestará à estatal.
*
Saiu no Globo.
Petrobras fecha empréstimo de US$ 3,5 bilhões com banco chinês
Operação foi concluída um dia após a estatal anunciar a venda de ativos na área de exploração e produção de petróleo na Argentina
RIO – A Petrobras informou nesta quarta-feira ter assinado um contrato de financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor de US$ 3,5 bilhões. A operação foi concluída um dia após a companhia ter anunciado a venda de ativos na área de exploração e produção de petróleo na Argentina por US$ 101 milhões.
Às 10h50m, as ações ordinárias e preferenciais da empresa subiam com força na Bolsa de Valores de São Paulo: em torno de 5%. Segundo um especialista, essa operação mostra o esforço da nova direção em captar recursos para melhorar o caixa da companhia.
Com limites para realizar captações no mercado, em meio a denúncias de corrupção que envolvem a empresa, a Petrobras disse anteriormente que estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa”, até para fazer frente aos pesados investimentos projetados. A estatal não conseguiu até agora publicar seu balanço auditado de 2014.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o contrato de financiamento assinado hoje na China é o primeiro de um acordo de cooperação que será implementado ao longo de 2015 e 2016. A operação foi fechada durante visita do diretor financeiro, Ivan Monteiro, à China.
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A estatal explica que o contrato de financiamento foi assinado pela a Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras. Segundo a Petrobras, “as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo.”
A estatal afirma ainda que o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”.
A Petrobras não informou as condições e taxas do financiamento chinês, nem se está atrelado à compra de equipamentos na China.
*ocafezinho

 Justiça Federal decreta prisão de diretores do Grupo RBS


Nas primeiras horas desta quarta-feira, em Brasília, o juiz Marco Ioffer Jahr Macieira, da 28ª Vara da Justiça Federal da 1ª Região (DF), expediu mandado de prisão preventiva contra todos os integrantes do Conselho de Administração do Grupo RBS, além dos membros da Diretoria Executiva daquela corporação. Agentes da Polícia Federal já estão voando até a capital gaúcha para cumprir a ordem judicial. A medida cautelar foi solicitada pelo Ministério Público Federal, por meio daPromotoria de Defesa da Ordem Tributária (Pdot).

Os procuradores formularam o pedido baseados nos relatórios consolidados da Operação Zelotes, da Polícia Federal. A ação, realizada no último dia 26, desbaratou um esquema criminoso bilionário que causava o sumiço de débitos tributários, desfalcando os cofres públicos. As fraudes ocorriam no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão da Fazenda onde contribuintes podem contestar administrativamente — ou seja, sem passar pela Justiça — certas tributações aplicadas pela Receita. A força-tarefa descobriu a existência de empresas de consultoria que vendiam serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais no Carf. Tais consultorias tinham como sócios conselheiros ou ex-conselheiros do Carf. Elas conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas. O esquema de sonegação seria um dos maiores já desvendados no país, e envolve valores que chegam a R$ 19 bilhões. Segundo a Polícia Federal, já foram comprovados prejuízos de cerca de R$ 6 bilhões. De acordo com a investigação, a RBS teria efetuado o pagamento de R$ 15 milhões para fazer desaparecer um débito de mais de R$ 150 milhões. No total, as investigações apontam que os débitos da RBS com o Fisco chegam a R$ 672 milhões, em valores não corrigidos.

Informado do mandado de prisão, o advogado do Grupo, senador Lasier Martins (PRBS), ainda tentou demover o juiz de sua decisão, prometendo ao magistrado, como recompensa, uma caixa com salames coloniais e uvas premiadas de Caxias do Sul. 

A chegada dos agentes federais à sede da RBS, no bairro Azenha, em Porto Alegre, está prevista para as 12h, a tempo de ser noticiada ao vivo no Jornal do Almoço, edição de hoje, 1º de abril.

No CloacaNews

Em ato na quadra dos Bancários em São Paulo, nesta terça-feira, 31, presidente Lula detona cobertura da mídia burguesa e alerta que os ataques ocorrem desde 2003.


Em ato na quadra dos Bancários em
 São Paulo, nesta terça-feira, 31, presidente Lula detona cobertura da mídia burguesa e alerta que os ataques ocorrem desde 2003.




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Puta preconceito né?

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Puta preconceito né?

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Putin: Rússia usará potencial dos BRICS para “fortalecer a segurança mundial”

© Sputnik/ Michael Klimentyev

A Rússia procurará utilizar o potencial das economias emergentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para reforçar a segurança no mundo, segundo declarou o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (1º), dia em que o país assume a presidência rotativa do grupo.
O líder russo observou que a cúpula na cidade de Ufa, planejada para o início de julho, será realizada em meio às comemorações do 70º aniversário da vitória soviética na Grande Guerra Patriótica contra a Alemanha nazista e do fim da Segunda Guerra Mundial.
"Com a devida consideração pelas trágicas lições do passado, os países BRICS defendem consistentemente a solução pacífica dos conflitos internacionais e condenam qualquer tentativa violenta de pressão e interferência nos assuntos internos de Estados soberanos", disse Putin, em um comunicado publicado no site da presidência russa no BRICS.
"A presidência russa será orientada exatamente no sentido do máximo uso eficiente das possibilidades dos cinco [países] para reforçar a segurança e a estabilidade no mundo", ressaltou.
O presidente russo destacou que os cinco países do grupo somam quase metade da população mundial e cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Ele afirmou ainda que "durante este período de tempo bastante curto, o formato de cooperação provou estar em demanda e ser eficiente", e disse que o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul "estão cada vez mais coordenando suas abordagens para as questões-chave da agenda internacional, assumindo assim um papel ativo na formação de uma ordem mundial multipolar e no desenvolvimento de um modelo moderno para o sistema global de finanças e comércio".


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