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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 01, 2015


Vladimir Putin, presidente da Rússia

Putin: Rússia usará potencial dos BRICS para “fortalecer a segurança mundial”

© Sputnik/ Michael Klimentyev

A Rússia procurará utilizar o potencial das economias emergentes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para reforçar a segurança no mundo, segundo declarou o presidente russo Vladimir Putin nesta quarta-feira (1º), dia em que o país assume a presidência rotativa do grupo.
O líder russo observou que a cúpula na cidade de Ufa, planejada para o início de julho, será realizada em meio às comemorações do 70º aniversário da vitória soviética na Grande Guerra Patriótica contra a Alemanha nazista e do fim da Segunda Guerra Mundial.
"Com a devida consideração pelas trágicas lições do passado, os países BRICS defendem consistentemente a solução pacífica dos conflitos internacionais e condenam qualquer tentativa violenta de pressão e interferência nos assuntos internos de Estados soberanos", disse Putin, em um comunicado publicado no site da presidência russa no BRICS.
"A presidência russa será orientada exatamente no sentido do máximo uso eficiente das possibilidades dos cinco [países] para reforçar a segurança e a estabilidade no mundo", ressaltou.
O presidente russo destacou que os cinco países do grupo somam quase metade da população mundial e cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Ele afirmou ainda que "durante este período de tempo bastante curto, o formato de cooperação provou estar em demanda e ser eficiente", e disse que o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul "estão cada vez mais coordenando suas abordagens para as questões-chave da agenda internacional, assumindo assim um papel ativo na formação de uma ordem mundial multipolar e no desenvolvimento de um modelo moderno para o sistema global de finanças e comércio".


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