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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 22, 2015

Brasil nao precisa dos EUA para resolver seus problemas de economia


Real brasileiro e dólar norte-americano

Brasil não precisa dos EUA para resolver problemas na economia

© AFP 2015/ VANDERLEI ALMEIDA

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participou na segunda-feira (20) do Bloomberg Americas Monetary Summit, que contou com a presença do presidente da Reserva Federal norte-americana, William Dudley.
Levy reafirmou que o Brasil vai cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Ele também sublinhou que o governo já está alcançando o objetivo estabelecido:
“Acreditamos que podemos chegar a 1,2%, estamos continuando com os esforços para que as medidas que enviamos ao Congresso sejam aprovadas”.
Segundo o ministro, o governo brasileiro tem intenção de melhorar o mercado de trabalho e aumentar as receitas. Ele sublinhou que trabalha no aumento de investimentos do Brasil e quer trabalhar no mercado de capitais para transformar a infraestrutura de uma classe de ativos. No momento a economia do Brasil se transforma da estimulada pelo consumo para outra mais do lado da oferta.
A economia de oferta prevê aumentar a capacidade produtiva do sistema econômico, tal tipo de economia implica reduções fiscais como forma de estimular a poupança e investimentos, o que deve incentivar a força de trabalho e o risco empresarial.
Neste ano, o Brasil também está vivendo uma pressão do dólar. Mais cedo, o FMI publicou o relatório no qual declarou que as dificuldades econômicas do Brasil levariam a América Latina para a estagnação.
Como os países do Mercosul poderiam sofrer danos devido à crise na economia do Brasil, eles começaram os esforços para estabilizar a situação.
Desde 1 de dezembro do ano passado o Brasil e o Uruguai começaram fazer comércio em moedas locais em vez de utilizarem dólares. Tal decisão permite transferências internacionais mais eficientes e com custos reduzidos.
As reformas econômicas do Brasil e a aliança cada vez mais estreita com países do Mercosul faz crer que o Brasil pode acabar com os problemas na economia além da pressão do dólar.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150421/822302.html#ixzz3Y3PifYv8

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