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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 11, 2015

PARALISAÇÃO NACIONAL NO DIA 15 DE ABRIL

PARALISAÇÃO NACIONAL NO DIA 15 DE ABRIL l CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST e Intersindical/CCT em reunião no final da tarde desta quinta-feira, decidiram convocar uma PARALISAÇÃO NACIONAL dos trabalhadores no dia 15 de abril, próxima quarta-feira.
A paralisação é contra o PL das terceirizações (PL 4330), já aprovada pelo Câmara de Deputados, e contra as MPs 664 e 665 do Governo Dilma.
Na reunião, a CSP Conlutas defendeu a paralisação nacional e reafirmou a necessidade das centrais sindicais construírem uma Greve Geral para derrotar estes ataques e defender os direitos dos trabalhadores. As demais centrais ficaram de amadurecer o tema e discutir conjuntamente em uma nova reunião após o dia 15.
Zé Maria esteve presente na reunião e defendeu a necessidade de construir um plano de ação unificado para preparar a Greve Geral.
"Precisamos fazer uma grande paralisação no dia 15 e dar continuidade a esta luta. A paralisação nacional é um passo importante na luta contra estes ataques. E devemos continuar avançando. É preciso um plano de ação unificado e comitês de mobilização para preparar uma greve geral que pare todo o país. O Brasil precisa de uma greve geral pra derrotar o PL das terceirizações e as MPs do Governo Dilma."
(assessoria)

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