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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 30, 2015


professores paraná 01
Foi um verdadeiro massacre. O Centro Cívico, em Curitiba, ao contrário do que o nome da praça sugere, foi transformado em campo de guerra para operações militares na tarde deste dia 29 de abril. A mando do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), quase 2.000 policiais militares utilizaram escudos, cassetetes, balas de borracha, spray de pimenta, bombas de gás lacrimogênio, jatos d’água, cavalaria, cachorros e até helicóptero para, covardemente, massacrar professores da rede estadual que estão em greve há três dias e tentavam acompanhar uma sessão da Assembleia Legislativa. Cerca de 20.000 pessoas participavam do protesto, das quais mais de 200 ficaram feridas.
Os deputados estaduais votaram hoje, a portas fechadas, o segundo turno do “pacotaço” de ajuste fiscal elaborado pelo Governo do Estado, cujo centro é o corte de investimentos em aéreas sociais e a retirada de direitos trabalhistas para “economizar” recursos dos cofres públicos e “equilibrar” as contas do Estado. Entre outras maldades, o projeto, aprovado por 31 votos a favor e 20 contrários, determina que os servidores públicos arquem com parte do fundo de previdência social, prejudicando cerca de 33.500 servidores públicos.
Em nota, o Sindicato do Professores do Paraná (APP-Sindicato) repudiou a violência e afirmou que “centenas de policiais foram deslocados(as) de todas as regiões para a capital apenas com o intuito de garantir a votação de uma proposta que poderia ter encontrado consenso, mas que, pela ganância e incompetência do governador, teve sua discussão atropelada. A polícia, em uma obediência cega e cruel, atirou milhares de balas de borracha, bombas de gás e jatos de água em pessoas que protestavam contra um projeto que coloca em risco suas aposentadorias. O futuro suado de cada um de nós, servidor e servidora do Paraná”.
O deputado federal Enio Verri (PT) disse que “é uma atitude truculenta e absurda, ultrapassada, parece o Brasil do século 19. São trabalhadores organizados fazendo uma mobilização não para conquistar direitos, mas para não perdê-los”, afirmou.
Há pouco mais de dois meses, uma greve histórica dos servidores públicos do Estado do Paraná, em especial a categoria dos professores, já havia sacudido o Paraná e dado um grande exemplo de luta aos trabalhadores de todo o Brasil. Entraram em greve naquela ocasião professores da rede estadual de ensino básico, professores e técnico-administrativos das universidades de Londrina e Maringá, agentes penitenciários, engenheiros, servidores da Saúde, do Judiciário, do Ministério Público e do Detran, entre outros. Agora, com a quebra dos acordos estabelecidos entre as entidades representativas dos servidores e o governador, nova greve geral está sendo preparada.
Da Redação
*AVerdade

Vietnam. Hace 40 años el heroico pueblo vietnamita derrotaba la invasión imperialista yanqui


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Resumen Latinoamericano/ 23 de Abril 2015.- Liberación del Sur: victoria conducente a la reunificación nacional. La liberación de Saigon (hoy Ciudad Ho Chi Minh) el 30 de abril de 1975 dio el toque final de la prolongada lucha llena de sacrificios y hazañas gloriosas del pueblo vietnamita por la reunificación nacional. 

En ocasión del aniversario 40 de la histórica efeméride, la Agencia Vietnamita de Noticias (VNA) ofrece a continuación un breve resumen de las campañas más importantes desarrolladas por las fuerzas patrióticas del 4 de marzo al 30 de abril de 1975.
La campaña estratégica Tay Nguyen (Altiplanicie Occidental) del 4 de marzo al 3 de abril de 1975, con asalto al punto clave de Buon Ma Thuot, cabecera de la provincia altiplana de Dak Lak, inició la Ofensiva General y levantamientos populares de la Primavera de 1975.

Tanques de las fuerzas por la liberación del Sur invaden el Palacio
En julio de 1954, bajo la orientación del entonces secretario general del Partido Comunista de Vietnam (PCV), Le Duan, el Estado Mayor General del Ejército Popular de Vietnam comenzó la elaboración del plan estratégico de liberación del Sur.
En los meses de octubre y diciembre, los miembros del Buró Político (BP) y la Comisión Militar Central del PCV celebraron dos reuniones, durante las cuales ratificaron su determinación y aprobaron la estrategia.
La decisión tomada por el partido es liberar el Sur en dos años de 1975 y 1976. Constituyeron las principales metas en ese período consolidar las fuerzas armadas y llevar a cabo sucesivos ataques y sublevación popular a fin de debilitar al enemigo y crear condiciones favorables para la gran ofensiva y levantamiento general en 1976.
A inicios de 1975, basado en sus estimaciones del poderío de las fuerzas enemigo y de sí mismo, el BP tomó la decisión de lanzar una ofensiva general para liberar totalmente el Sur del país y derrotar a los invasores estadounidenses.
Con el fin de realizar con éxito el plan, se creó una posición coordinada en todo el campo de batalla, estrechando el cerco en torno a Saigon y los municipios alrededores e impulsando la lucha en las tres regiones estratégicas del territorio sureño.

La primera cuestión es seleccionar un campo de batalla para comenzar el despliegue del plan estratégico.
Basado en un estudio integral, el Buró Político y la Comisión Militar Central del PCV determinaron que la Altiplanicie Occidental constituye el escenario inexpugnable por su posición geográfica.
Sin embargo, es donde la fuerza de defensa del enemigo se muestra más débil comparado con las acantonadas en los demás campos de batalla a lo largo de la región de la llanura central y el sureste.
Al contrario, Tay Nguyen es para las fuerzas revolucionarias el lugar donde puede movilizar las fuerzas diversas para formar un gran puño y realizar una operación interarmas y aprovechar los bosques para mantener sus acciones en secreto, garantizando la sorpresa de los ataques a los enemigos.
Comprendiendo que la victoria en ese campo creará un trampolín para avanzar en la zona deltaica central y dividir así las fuerzas enemigas, los dirigentes del PCV decidieron elegir Buon Ma Thuot como el punto álgido para la arremetida.
La dirección nacional designó el 5 de febrero de 1975 al general de división Hoang Minh Thao jefe de la Comandancia de la Campaña Tay Nguyen
A las 2:30 de la madrugada del 10 de marzo de 1975, el regimiento de misión especial número 198, fortificado con otras unidades con armas B72 y DKZ, acometió el aeropuerto de Buon Ma Thuot (conocido como aeródromo Hoa Binh).
Ho Chi Minh, forjador de la victoria que desgraciadamente murió antes de la misma.
Tras 30 horas de lucha consecutivas, a las 11:00 del día siguiente, Buon Ma Thuot fue librado totalmente.
Se trata de una ofensiva de significado estratégico que marcó el derrumbo por “efecto de dominó” de las tropas estadounidenses.
Según Le Duan, la hazaña Buon Ma Thuot, dejó una gran huella la historia vietnamita como una epopeya que dio inicio a la Ofensiva general de la Primavera.
Con este triunfo, el BP decidió el 18 de marzo de 1975 adelantar su plan de liberar el Sur en el mismo año.
La campaña Tay Nguyen culminó el 3 de abril, bajo la estrecha cooperación entre las fuerzas armadas y los pobladores y etnias minóricas en la Altiplanicie Occidental. Todas las provincias altiplanas y la región centrosureña quedaron liberadas.
Según especialistas, el ataque a Buon Ma Thuot demostró el sabio liderazgo del PCV en todos los aspectos desde la selección del campo de batalla, el momento para desencadenar la acometida y el punto clave para el ataque hasta el aprovechamiento de oportunidades para emprender y desarrollar la operación.
La campaña Tay Nguyen marcó un cambio crucial en la estrategia, creando condiciones propicias para que el ejército norvietnamita encaminara con un año de antelación la liberación total del Sur.
La victoria es fruto de los 30 años prolongados en la formación de contingente y lucha ardua del pueblo vietnamita y las minorías de la Altiplanicie Occidental.
Hoang Minh Thao enfatizó que el éxito de esa campaña creó nuevas fuerzas para el Ejército norvietnamita y apoyó en gran medida al espíritu combativo del pueblo.-VNA
Tropas especiales vietnamitas e historias poco contadas
En la lucha armada por la reunificación de Vietnam, resultó estratégica la contribución de las tropas especiales del Ejército Popular, con muchas de sus hazañas reveladas hace poco.
Fundadas por orientación del Presidente Ho Chi Minh, esas unidades elites crecieron en el seno de la lucha libertadora contra los invasores estadounidenses y dispusieron de fuerzas acuáticas, terrestres y urbanas.
Su potencia no residió en sofisticadas armas sino en la experiencia acumulada de las históricas guerras de defensa nacional, una paciencia ejemplar, una rara capacidad de resistencia corporal y, sobre todo, una férrea voluntad.

Con esas cualidades, los combatientes de “cabeza descubierta y pie descalzo” se convirtieron en una pesadilla para los invasores extranjeros al cumplir misiones casi imposibles.
Para dar un ejemplo, el coronel Do Van Ninh, ex-vicecomandante y jefe del Estado Mayor de la Fuerza Especial, citó la destrucción en marzo de 1975 del almacén de armas del aeropuerto de Bien Hoa, donde se encontraba la mayor reserva de explosivos estadounidenses.
Exploradores del batallón especial 113, asignado para la tarea, se aproximaron y cavaron un túnel para permanecer al lado del blanco, pero no pudieron penetrar a través de la densa cerca e intensa guardia del enemigo, dada la importancia estratégica del lugar.
Tras semanas de observación y análisis del sistema defensivo, cinco combatientes fueron enviados al almacén por el río de Dong Nai, vía menos esperada por los defensores.
Lograron instalar bombas de tiempo en determinados puntos y se retiraron antes de activarlas sin pérdida alguna.
Otra hazaña poco contada fue la liberación del archipiélago Truong Sa a principios de abril de 1975, según órdenes directas del legendario general y comandante en jefe Vo Nguyen Giap.
“Una compañía de 250 combatientes acuáticos tuvo la tarea de atacar seis grupos de islas fortificadas en una amplia y lejana zona marina sin ningún vehículo de guerra o conocimiento del lugar y sistemas defensivos”, recordó el octogenario general Mai Nang, el comandante de esa campaña.
“La misión, añadió el ex Comandante de la Fuerza Especial, fue la primera de su tipo, para la cual sus efectivos no tuvieron experiencia similar alguna, ni tiempo para exploraciones por cuestiones de urgencia y sorpresa.
Entonces, debimos aplicar una táctica nueva de explorar y atacar a la vez, reveló el condecorado posteriormente con el título Héroe de las Fuerzas Armadas”.
Desde tres barcos simulados como pesqueros, los soldados nadaron dos millas marinas para aproximarse a sus objetivos, con plena disposición de sacrificarse al saber que no tenían ningún tipo de refuerzos, narró Nang.
Pero sólo 15 minutos después de bajar al agua, el entonces coronel recibió otra orden para detener la operación. Visto que era imposible revertir el ataque, Nang decidió asumir la responsabilidad y llevarlo a cabo.

Con valentía, determinación y magistral arte de combate, las tropas especiales acuáticas recuperaron un valioso territorio y legítimo de Vietnam en el Mar Oriental, con sólo dos bajas.
Otro histórico mérito de estas fuerzas en aquella gloriosa primavera fue la ocupación de 14 puentes alrededor de Saigon, capital del régimen pronorteamericano.
Esta misión resultó vital para el avance directo de las cinco columnas libertadoras hacia los centros neurálgicos del enemigo y aceleró así la reunificación del país.
A diferencia de otras operaciones, cuyas metas solían ser atacar y destruir, esta misión fue la de atacar ocupar y defender la posición, destacó el coronel Van Ninh, también Héroe de las Fuerzas Armadas.
Su pelotón logró aniquilar unidades guardianas de forma rápida en sorprendentes combates nocturnos en el puente Ghenh, narró y remarcó que la batalla para defender ese nudo de transporte resultó mucho más cruenta.
En varios casos, los equipos elites combatían hasta dos días bajo fuego del enemigo sin conocer el momento de la entrada de las fuerzas principales.
En Ghenh, 50 de los 52 movilizados cayeron en combate, pero ninguno abandonó su puesto y el pelotón logró defenderlo hasta el final, contó el veterano coronel con expresa lastima y orgullo a la vez.
Otro personaje histórico, el sargento de tropas especiales Pham Duy Do participó en la ocupación y defensa del puente de la carretera Bien Hoa y fue quien después ondeó la bandera libertadora en el palacio presidencial del gobierno títere de Saigon, hecho que marcó la victoria final de los revolucionarios.

Ingresado al Ejército a los 17 años de edad y en su vida militar de seis años, Duy Do se escapó dos veces de la muerte pese a graves heridas pero no pudo hacer lo propio del Agente Naranja o la dioxina esparcida en los bosques vietnamitas durante la guerra, reveló el ex combatiente elite en entrevista con la VNA.
Sus hijos sufren hoy de defectos físicos y mentales causados por ese tóxico, uno de los peores conocidos por el hombre, pero se consideró aún afortunado de poder disfrutar una vida pacífica y sencilla cuando otros compañeros cayeron en la lucha.
La operación de los 14 puentes fue el mayor ejercicio de las tropas especiales vietnamitas durante la guerra, con la participación de una división, una brigada, cuatro batallones y numerosos comandos urbanos.
Esas construcciones abrieron, el 30 de abril de 1975, el paso para la entrada triunfante del Ejército Popular en Saigon, inaugurando una nueva era de reunificación, paz y desarrollo.
*http://www.resumenlatinoamericano.org/2015/04/23/vietnam-hace-40-anos-el-heroico-pueblo-vietnamita-derrotaba-la-invasion-imperialista-yanqui/

Debate cultivo de maconha


Eu sou Ativistas DA PAZ compartilhou um link.
3 h · 
Regulamentação do cultivo da maconha - 30/03/2015 A discussão sobre a maconha envolve...

OLHO DO FURACÃO


Manifestantes pedem ajuda para socorrer feridos, mas são atropelados pela polícia (PM-SP).

Prefeito de Curitiba faz apelo a governador: "Já temos muitos feridos"


  • Reprodução/Facebook
    Gustavo Fruet (PDT) pediu o fim do conflito entre PM e manifestantes no Facebook
    Gustavo Fruet (PDT) pediu o fim do conflito entre PM e manifestantes no Facebook
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), fez um apelo ao governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), pelo fim do conflito entre os policiais militares e os manifestantes no Centro Cívico da capital paranaense.
"Estamos fazendo o possível para atender os feridos na Prefeitura, mas nossa capacidade é limitada", disse em sua conta do Facebook. "Faço um apelo ao governador, Secretaria de Estado da Segurança Pública e Assembleia. Momento é de pacificar. Já temos muitos feridos aqui."
Mais de cem manifestantes ficaram feridos durante confronto com nesta quarta-feira (29), afirma a Prefeitura. Dentre os feridos, 35 pessoas que precisavam de atendimento médico foram encaminhadas a hospitais, principalmente o Hospital Cajuru.
Os professores da rede estadual e servidores em greve do Estado protestam contra o projeto de lei Paraná Previdência, que foi aprovado em primeira sessão na segunda-feira (27) por 31 votos a 21. A segunda votação que promete mudanças na previdência dos servidores foi marcada para esta quarta-feira (29) por Nelson Justus (DEM), presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania).
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Em greve, professores da rede estadual protestam no Paraná 42 fotos

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29.abr.2015 - Professores da rede estadual de ensino e servidores em greve protestam na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico da capital paranaense, nesta quarta-feira (29), contra o projeto de lei Paraná Previdência que será votado hoje na Assembleia Legislativa do Estado. O grupo entrou em confronto com agentes da Polícia Militar que acompanhavam o ato. Alguns manifestantes ficaram feridos ao serem atingidos por balas de borracha Joka Madruga/Futura Press/Estadão Conteúdo

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quarta-feira, abril 29, 2015

INDIGNAÇÃO PSDB CAOS O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.

Jornalistas Livres e outras 2 pessoas compartilharam a foto de Jean Wyllys.

O que está acontecendo no Paraná é estarrecedor e deveria ser, agora mesmo, o foco de atenção de todos aqueles e aquelas que defendemos a democracia como forma de vida. O governador Beto Richa (PSDB) transformou hoje a cidade de Curitiba num verdadeiro cenário de guerra! Os professores e professoras da rede pública e outras categorias tinham se mobilizado para protestar contra a votação de um projeto de lei do governo estadual que pode desfinanciar o fundo estadual da previdência dos servidores públicos (porque o governador quer usar esses recursos dos trabalhadores para cobrir o rombo das contas públicas que sua má gestão provocou) e o protesto, legítimo, foi reprimido de forma brutal pela Polícia Militar sob as ordens do tucano, deixando mais de 150 feridos, dos quais alguns em estado grave. Os e as policiais — foram mobilizados mais de 4 mil agentes — estão usando balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta, cassetete, jatos de água e até cachorros que são lançados sobre manifestantes e jornalistas, que acabam sendo mordidos. Parecem cenas da época da ditadura militar!
Acabei de conversar por telefone com nosso companheiro Cesar Fernandes, do diretório municipal do PSOL de Curitiba. Ele me contou que os manifestantes foram atacados durante mais de uma hora e meia com bombas de gás lacrimogênio e existem, nos prédios que rodeiam a manifestações, franco-atiradores (!!) colocados pela polícia, que atiram com balas de borracha e acertam, em muitos casos, na cara dos manifestantes. Bombas de efeito moral foram jogadas de helicópteros e também foi usada uma nova forma de repressão que consiste em atordoar as pessoas com um aparelho que produz um tipo de som insuportável para o ser humano. A prefeitura da Capital (não alinhada com Richa), em estado de emergência, mobilizou o sistema de saúde para atender os feridos e a OAB está colaborando com os sindicatos e movimentos sociais, porque há muitos manifestantes presos.
Um dado chocante: dezessete policiais estão presos, por ordem do governador, porque se recusaram a participar da repressão brutal contra os trabalhadores.
Parte da grande mídia, como sempre, fala em “confronto entre professores e policiais”, o que resulta em ridículo: é como falar em confronto entre o peito e a bala, entre as costas e a paulada. Como bem explica Bernardo Pilotto, ex-candidato a governador do PSOL do Paraná, de um lado há trabalhadores e do outro tem até helicópteros. E a categoria que mais se mobilizou foi a dos professores, composta majoritariamente por mulheres e "envelhecida" pela falta de concursos públicos. Aliás, quem já participou de greves e mobilizações sabe que a violência sempre parte do lado da polícia (e, quando parece que partiu do lado dos manifestantes, geralmente trata-se de pessoas infiltradas pela própria polícia para provocá-la e depois dizer que foram “vândalos”).
Acabamos achando natural que uma manifestação de estudantes ou trabalhadores só pode terminar com cenas de violência, mas não é assim. Existem experiências em outros países (onde antes acontecia o mesmo) que provam que quando os governos mudam a política de repressão violenta dos conflitos sociais pela negociação, com o diálogo e a contenção não violenta das manifestações, com a polícia se limitando apenas a cuidar do patrimônio e a segurança das pessoas (também dos próprios manifestantes), um protesto pode sim começar e terminar em paz.
O Paraná é um bom exemplo do extremo contrário. O jeito tucano de fazer as coisas (o governo não aceitou negociar ou ceder em nada e, enquanto a polícia instalava a barbárie fora da Assembleia Legislativa, dentro votavam tudo o que ele queria) se mistura com as pretensões autoritárias do governador, que age como um ditadorzinho arrogante e violento. O resultado disso são dezenas de pessoas feridas e hospitalizadas e gás lacrimogênio até nas creches próximas ao local da repressão.
O Brasil precisa dar um basta a Beto Richa.




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