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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 27, 2015

Há 47 anos, em 26 de junho de 1968, acontecia a Passeata dos Cem Mil.

Há 47 anos, em 26 de junho de 1968, acontecia a Passeata dos Cem Mil.
Cerca de 100 mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar até então.
A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo; dela também participaram intelectuais, artistas, padres e um grande número de mães.

Há muitas evidências de que a Operação Lava Jato não passa de uma farsa






Há muitas evidências de que a Operação Lava Jato não passa de uma farsa que visa, exclusivamente, destruir Lula e o PT, mas, talvez, a mais contundente resida em entrevista que o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal (MPF), deu à Agência Reuters na última terça-feira (23).

Perguntado sobre os boatos de que Lula estaria sendo investigado no âmbito da Lava Jato, Santos Lima, que integra a força-tarefa do MPF que investiga o caso Petrobras, afirmou que, “Neste momento”, não há investigação contra o ex-presidente porque o que há contra ele são “só notícias da imprensa”, mas que, se a força-tarefa conseguir encontrar algo, Lula será investigado.

Antes de prosseguir no tratamento que o MPF e a própria Operação Lava Jato estão dando a políticos de acordo com o partido a que pertencem, vale comentar uma segunda informação do procurador Santos Lima, de que essa Operação “deve levar ao menos mais dois anos” para ser concluída e irá chegar ao setor elétrico, mais especificamente a obras da Eletrobras como Belo Monte e Angra 3.

Saiba, leitor, que a crise econômica que o país está vivendo tem ligação íntima com a Operação Lava Jato. Sem ela, o país já poderia estar recomeçando a crescer.

Na verdade, se não houvesse exploração política das investigações e o segredo de Justiça estivesse sendo mantido, a Lava Jato não estaria interferindo na economia. Contudo, essa investigação se transformou em um espetáculo regado a vazamentos seletivos que atingem, única e exclusivamente, o PT e seus aliados, de modo que o mercado tem dúvidas sobre a governabilidade e, sem governabilidade, não há confiança do empresariado para investir, e, sem investimento, ficamos atolados na crise.

A Lava Jato e sua força-tarefa, que congrega MP e Polícia Federal, demonstram, com seus vazamentos seletivos, o claro objetivo de, em primeiro, impedir que o país volte a crescer, pois isso poderia resultar em recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff, e, em segundo, de estender essas investigações até a próxima eleição presidencial.

Enquanto um procurador do Ministério Público Federal diz abertamente à imprensa que está caçando elementos para implicar Lula, a mesma instituição engaveta evidência escandalosamente forte contra o líder da oposição, presidente do PSDB, Aécio Neves.

Lula nunca foi acusado diretamente de nada, jamais foi sequer citado nas delações premiadas, nada existe contra ele além de mísera especulação da imprensa de que teria “proximidade” com a Odebrecht, como se a empreiteira não tivesse igual “proximidade” com vários outros políticos de oposição, como Aécio Neves, Fernando Henrique Cardoso etc.

Ao contrário de Lula, porém, Aécio Neves foi citado pelo doleiro Alberto Yousseff. Em delação premiada, o doleiro afirmou que o ex-deputado José Janene (PP/PR) – condenado no processo do Mensalão e mentor do esquema de propinas na Petrobrás – lhe contou que “dividia diretoria de Furnas com Aécio Neves”.

“O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves. Tinha algumas operações que ele (Janene) dividia com o então deputado Aécio Neves (PSDB).”

Youssef disse que não sabia qual diretoria Janene controlava em Furnas. “Mas ouvi dizer que, na verdade, ele dividia essa diretoria com o então deputado na época Aécio Neves. O partido (PP) tinha a diretoria, mas quem operava a diretoria era o Janene em comum acordo com o então deputado Aécio Neves.”

Youssef disse que não falara sobre esse caso antes porque “Janene era compadre dele e ele não quis abordar”. Como ninguém perguntou, ele também não falou. Indagado sobre quem lhe disse sobre Aécio, ele respondeu: “O próprio deputado José Janene. Mais de uma vez.”

Segundo Youssef, esse assunto surgiu em conversas políticas que eles estavam tendo”. Eu estava junto, acabava escutando. Por exemplo, ele (Janene) conversando com outro colega de partido, então, naturalmente, saía essa questão de que na verdade o Partido Progressista não tinha a diretoria só e, sim, dividiria com o PSDB, a cargo do deputado Aécio Neves.”

Quem era o operador do PSDB na época?, perguntaram os procuradores ao doleiro na audiência de fevereiro. “A gente sabe por ouvi dizer. Ouvi dizer, não tenho certeza, não posso afirmar, mas diziam que era a irmã dele, a irmã do Aécio. Uma das irmãs, não sei se ele tem duas ou uma. Ouvi do seu José [Janene], na época”.

Os defensores de Aécio poderão dizer que as acusações são vagas. Sim, de fato são. Contudo, as acusações ao hoje presidente do PSDB são muito mais do que existe contra Lula, contra quem não existe absolutamente nada.

Ora, como falar em investigar Lula sem que exista nada contra ele além de suposta “proximidade” com a Odebrecht enquanto, contra Aécio, existe uma citação formal na delação premiada de Alberto Yousseff? Como é que o MP e a mídia não dizem nada sobre isso enquanto ficam transformando especulações sem prova alguma contra Lula em investigação iminente?

Poder-se-ia perguntar, também, por que, apesar de tantas relações que a Odebrecht e tantas outras empreiteiras têm com o PSDB, só se fala nas relações dessas empresas com o PT.

Defensores dos tucanos dirão que quem controla a Petrobras é “o PT” – o que é falso, porque a Petrobras é controlada por um governo de coalizão integrado pelo PT. Mas o PSDB controla vários governos estaduais que têm íntimas relações com as empresas investigadas.

Se houvesse interesse real em acabar com a corrupção no Brasil, todas as relações dessas empreiteiras com governos de todos os níveis estariam sendo investigadas. Porém, como está se vendo, a Lava Jato irá continuar investigando só o PT até 2018, a fim de manter a economia andando de lado e, no ano eleitoral, inventar alguma coisa contra Lula para que nem se candidate ou tenha possibilidade de influir no pleito.

Assista o vídeo em que Alberto Yousseff acusa Aécio Neves e a irmã. As principais acusações estão nos primeiros minutos.

A presidenta Dilma embarcou hoje (27) para os Estados Unidos

A presidenta Dilma embarcou hoje (27) para os Estados Unidos, onde faz visita oficial de trabalho. Além do encontro com o presidente Barack Obama, em Washington, ela tem reuniões com empresários e visita centros de pesquisa e inovação, em Nova Iorque e São Francisco. Acompanhe com a gente!

Aparecimento do 'unicórnio' da Eslovênia intriga biólogos locais

ReproduçãoReprodução

A Eslovênia pode ser palco do aparecimento do animais mais próximo de um unicórnio que já se teve notícia. Por lá que surgiu um crânio de um veado com chifre só, que lembra muito a criatura conhecida apenas na mitologia.

Esse tipo de deformação encontrada no “unicórnio esloveno” é até comum em muitos cervos, embora a motivação dela varie caso a caso, o que faz com que um chifre único perfeito e raro seja muito raro.

Por conta da raridade, o biólogo local Boštjan Pokorny se interessou extremamente pelo crânio em questão. Segundo ele, o fato que o faz raro não é o chifre único, mas sim a motivação: segundo ele, uma pequena anomalia fez com que os dois chifres do animal se fundissem em um.

E a mudança deste animal, provavelmente, foi também a causa de sua morte. Segundo Pokorny os veados precisam de seus chifres para lutar entre si e conquistar fêmeas. Com uma estrutura óssea deficiente, ele deve ter sido derrotado facilmente, fato que o impediu de se reproduzir.
*yahoo

El objetivo de Rusia y China es acabar con el dominio del dólar


La cooperación entre Rusia y China se está desarrollando en diversos ámbitos de la economía y su alianza a corto plazo tiene como objetivo poner fin al dominio de EE.UU., sostienen medios internacionales.
"Estamos siendo testigos de una gran cooperación financiera entre Moscú y Pekín. En un intento por poner fin a la dependencia del dólar en sus pagos mutuos, los bancos centrales de ambos países firmaron un acuerdo sobre el intercambio de divisas con el fin de revitalizar sus monedas nacionales", señala el diario turco 'Yeni Safak'.
Según el periódico, el ejemplo más representativo es el del gigante energético ruso Gazprom, que quiere desdolarizar lo máximo posible sus contratos con China, y en su lugar hacerlos en yuanes y/o rublos.
Además, si Rusia en sus transacciones comerciales reemplaza las monedas occidentales por el yuan, esto le permitirádisminuir los riesgos de los efectos de las sanciones antirrusas impuestas por Occidente. Pero también reducirá los costos tanto para Moscú como para Pekín, que quieren "poner fin al dominio del dólar", continúa.
"En la actualidad alrededor del 63% de las reservas de los bancos centrales del mundo están dominadas por el dólar, seguido por el euro, 22%, (…) Rusia y China han desafiado a EE.UU. y este plan de terminar con su dominio no es del agrado de muchos", concluye 'Yeni Safak'.
*RT

Brasileiro cria sistema que faz moto andar 500km só com um tanque de água

  

Já pensou em pegar sua moto e andar 500 quilômetros sem gastar uma gota de gasolina? E, melhor ainda, abastecer de graça em qualquer torneira? Parece sonho, mas é o sistema criado pelo brasileiro Ricardo Azevedo, que aos 56 anos chegou a um aparelho que faz com que motos utilizem hidrogênio obtido através da utilização da água como combustível.

O sistema ganhou o nome de Moto Power H2O e utiliza a propulsão de hidrogênio, já conhecida pela industria de automóveis, para funcionar. O reservatório de Azevedo é colocado atrás da moto e ligado por um cano a um recipiente colocado ao lado da roda traseira. Lá ficam uma série de placas metálicas negativas e positivas, alimentadas por uma bateria de carro.

A eletricidade faz o papel de separar o hidrogênio da molécula de água, seguindo por um outro cano onde ele, altamente explosivo, é enviado a um novo recipiente que fica próximo ao reservatório e tem a função de enviar o combustível para o carburador da moto, obtendo assim a combustão necessária para que a motocicleta entre em movimento.

O sistema criado pelo morador de Itú, no interior paulista, ainda não emite poluente, já que apenas vapor d’água sai pelo escapamento. Isso ainda é somado ao fato de que o sistema faz com que a moto rode 500 quilômetros por litro, dez vezes mais do que faria com gasolina — e isso pegando uma motocicleta extremamente eficiente. Ele ainda avisa que qualquer água pode ser utilizada, mas que quanto mais pura e tratada ela for, melhor.

O projeto inovador, agora, procura investidores que possam fazer com que ele passe a ser produzido em larga escala. Funcionário público, Azevedo afirma não ter dinheiro para fazer com que seu sistema de abastecimento seja produzido para mais pessoas sem a ajuda de dinheiro vindo de investidores.
*Yahoo

Não me surpreende que as pessoas escolham comprar sua maconha de um estabelecimento que recolhe impostos

“Não me surpreende que as pessoas escolham comprar sua maconha de um estabelecimento que recolhe impostos ao invés de financiar o mercado negro por um produto que sequer é testado ou regulado. Quando você vai a uma loja legal, sabe o que está recebendo e que o produto não está contaminado”.
Time - 08/04/2015
No alto de uma montanha, a sede da Secretaria de Segurança Pública abriga um estranho museu — uma coleção objetos apreendidos em operações contra o narcotráfico. O Museo de Enervantes, também chamado de narcomuseu, tem amostras de drogas (incluindo a raríssima cocaína preta), armas cravejadas de diamantes, celulares banhados à ouro, lança-granadas e muitas outras honrarias dadas pelos cartéis aos seus melhores vendedores. O museu também revela a engenhosidade do tráfico para transportar as drogas até os Estados Unidos: fundos falsos em carros, catapultas para atirar volumes por cima do muro da fronteira e até nádegas falsas.
Os agentes da fronteira americana lutam há décadas contra essas técnicas de contrabando, mas parecem incapazes de conter o fluxo de drogas rumo ao norte do país e o fluxo de dólares e armas no sentido sul. Mas a quantidade de uma droga — a maconha — finalmente parece ter diminuído. A polícia da fronteira tem apreendido quantidades cada vez menores da erva. O número passou de 1,5 mil toneladas em 2011 para cerca de 1 mil em 2014. O exército mexicano notou uma diminuição ainda maior, apreendendo 600 toneladas da droga em 2014, uma queda de 32% em relação ao ano anterior.
A queda parece ter menos a ver com o endurecimento da lei do que com a onda de legalização da cannabis que tomou conta dos EUA. Os votos pela legalização em Washington e no Colorado em 2012, seguida por Alaskae Oregon fez florescer uma nova indústria. Os growers americanos produzem variedades de nomes exóticos como White Widow, Golden Goat e Oaktown Crippler, ao contrário da simplória ‘mota’ mexicana. A maconha vendida pelos dispensários americanos é classificada pelo nível de THC e contém no rótulo a mistura exata entre sativa e indica.
Os ativistas de uma nova política de drogas enfatizam que a transição dos traficantes mexicanos em cultivadores licenciados é uma boa razão para ampliar a legalização. “Não me surpreende que as pessoas escolham comprar sua maconha de um estabelecimento que recolhe impostos ao invés de financiar o mercado negro por um produto que sequer é testado ou regulado”, diz Tom Angell, presidente da Marijuana Majority. “Quando você vai a uma loja legal, sabe o que está recebendo e que o produto não está contaminado”.
Analistas ainda estão tentando calcular a longo prazo os efeitos dessa mudança nas finanças do cartéis mexicanos e na violência. A indústria da maconha legal é provavelmente o setor que mais cresce na economia americana, aumentando em 74% seu valor de mercado que hoje chega a 2,7 bilhões de dólares segundo a ArcView, um fundo de investimento e pesquisa da cannabis. Esse número inclui as receitas de estabelecimentos recreativos e medicinais da erva. O grupo prevê que esse mercado valerá $4 bi em 2016.
Isso significa menos dinheiro para o narcotráfico comprar armas, subornar policiais e encomendar mortes. No mesmo período da legalização, a violência no México caiu. Segundo a polícia, os homicídios, que eram quase 23 mil em 2011, caíram para 15,649 no último ano.
Outros fatores contribuíram para a diminuição da violência, conta Alejandro Hope, analista de segurança e ex-oficial do serviço de inteligência mexicano. “O dinheiro da maconha pode ter tido impacto sobre a violência, mas é preciso olhar para as outras causas. Muitos dos comandantes dos cartéis mais violentos foram mortos ou presos”, diz. Entre os chefões derrubados está Heriberto Lazcano, chefe dos Zetas, um ex-soldado conhecido como O Executor pelas valas comuns onde enterrava seus desafetos. A marinha mexicana abateu Lazcano em 2012, embora seus comparsas tenham invadido o velório e roubado o cadáver do traficante.
Apesar da queda nos assassinatos, a violência no México ainda atinge níveis alarmantes. Em setembro do ano passado, chefes de um cartel, junto da polícia, mataram um grupo de 43 estudantes de uma escola rural.
Um dos principais problemas é que os cartéis têm diversificado sua carteira de crimes, de tráfico sexual ao roubo petróleo bruto dos oleodutos mexicanos. Eles também ganham bilhões de contrabando de drogas pesadas. As apreensões de heroína e metanfetamina na fronteira EUA-México subiram como as de maconha afundaram. De acordo com a US Homeland Security, com agentes apreenderam um recorde de 16 toneladas de metanfetamina em 2014.
De acordo com um relatório da Casa Branca, os EUA gastam 100 bi de dólares em drogas anualmente. Estima-se que a maconha corresponda a 40% desse valor, de modo que o comércio legal representa uma pequena fração desse montante. Uma das barreiras de crescimento desse mercado é que a lei federal americana ainda proíbe a cannabis, dificultando trâmites bancários e afugentando investidores.
À longo prazo, os reformistas da política de drogas esperam o surgimento de um mercado de maconha legal em toda a região. Isso traria a possibilidade do México produzir e exportar legalmente seus medicamentos para os EUA, aproveitando da mão de obra mais barata. “Cannabis não é muito diferente do vinho”, diz Sanho Tree, diretor do Projeto de Políticas de Drogas do Instituto de Estudos Políticos de Washington. “Eu posso comprar uma garrafa de vinho US$ 200. Mas muitas pessoas vão preferir o produto mais barato do mercado de massa”, argumenta. Um defensor da legalização é o ex-presidente do México, Vicente Fox, que manifestou apoio para um empresário americano que quer importar maconha para os Estados Unidos.
Qualquer mercado transfronteiriço exigiria uma mudança de tratados da ONU, que proíbem a maconha. O assunto virá à tona em discussão em uma Sessão Especial da Assembleia Geral sobre Drogas, em abril de 2016. “Eu me sinto otimista sobre uma mudança. Este movimento tem impulso “, diz Angell, da Marijuana Majority. “É interessante relembrar que os Estados Unidos foram, historicamente, a força motriz da proibição das drogas. Agora partes dos EUA estão liderando a mudança”.