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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, agosto 29, 2015

GRUPO DE 35 DEPUTADOS PEDE AFASTAMENTO DE CUNHA

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Oposicao nao tem vergonha na cara!

sexta-feira, agosto 28, 2015

contribuição seria cobrada anualmente de pessoas com patrimônios ou herança superior a R$ 50 milhões.

Dilma Rousseff decide dar apoio à taxação de grandes fortunas

Um giro a esquerda?


Portal IG-

A presidente Dilma Rousseff decidiu dar apoio à aprovação no Congresso da proposta que estabelece uma tributação maior para grandes fortunas. A pauta vem sendo encarada pelo governo como capaz de pavimentar o caminho de reaproximação da presidente com movimentos sociais e de agradar partidos de esquerda que integram a base governista.

Aliada à reforma administrativa, a taxação de grandes fortunas está entre os assuntos que o governo deve se aprofundar nos próximos dias. O corte de pastas carrega a simbologia de que o governo faz sua parte na contenção de gastos. Já a taxação dos mais ricos recupera a ideia de um governo voltado para os mais necessitados e preocupado em combater desigualdades.

Ao dar apoio a ideia da taxação, Dilma atende a demanda do movimento social ao oferecer, de acordo com integrantes do governo, uma contrapartida ao bom trato dispensado até agora aos banqueiros.

Dilma ainda atende a um conselho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em maio deste ano, disse em um encontro com jovens que a presidente teria garantido a ele que mandaria um projeto de lei ao Congresso, a fim de taxar grandes fortunas.

Preparação

O assunto foi tratado por Dilma em reunião com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil na quarta-feira (26). A senadora é relatora da Medida Provisória 675, que cria a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSL). Gleisi encomendou à consultoria do Senado um estudo sobre taxação das grandes fortunas, com o objetivo inclusive de desenhar o impacto da tributação e o próprio conceito de “grande fortuna”.

Propostas sobre a taxação de grandes fortunas foram apresentadas na Câmara e no Senado
Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
Propostas sobre a taxação de grandes fortunas foram apresentadas na Câmara e no Senado
O estudo ainda elenca projetos existentes sobre o assunto que estabelecem a “Contribuição Social sobre Grandes Fortunas” e vinculam a receita desse imposto à área da saúde.

Nova posição

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é declaradamente contra o imposto, mas, de acordo com interlocutores do governo, já ouviu de Dilma sua nova posição de apoio à proposta.

Até agora, Dilma evitou falar sobre o assunto. No máximo, apoiou indiretamente a taxação de heranças, proposta que consta inclusive da “Agenda Brasil”, apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Em contraponto à agenda de Renan, a taxação de grandes fortunas acabou incluída na “Agenda Brasil” da Câmara, proposta nesta semana por partidos da base do governo, entre eles, o PT. 

Propostas

A lista da Câmara aposta na “defesa de propostas na área tributária que ampliem a progressividade da tributação”, entre elas, o projeto de lei complementar PL 130/2012, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que prevê uma alíquota de 0,5 % a 1% sobre patrimônio líquido de alto valor que exceda 8 mil vezes o valor do limite mensal de isenção do Imposto de Renda, seja qual for a fonte de renda.

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O silêncio de Dilma sobre o assunto tem incomodado o PT que elegeu a pauta como uma das prioridades do partido na primeira reunião da comissão executiva da legenda, após a reeleição da presidente. Integrantes da bancada do PT na Câmara avalia que a pauta tem potencial para a chamada “virada à esquerda”, pretendida pela legenda e aconselhada à presidente por petistas e por membros dos movimentos sociais.

No Senado, o senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou a proposta para instituir o Imposto sobre Grandes Fortunas. Pela proposta, a contribuição seria cobrada anualmente de pessoas com patrimônios ou herança superior a R$ 50 milhões.

Leia tudo sobre: Dilma Rousseff • grandes fortunas • imposto • tributação • Congresso
*plantaoBrasil

Para conseguir seu objetivo, Washington emprega a fundo a velha direita anexionista latino-americana, herdeira do colonialismo europeu e treinada depois pelo neocolonialismo norte-americano

EUA não desistem na Pátria Grande

Via GranmaE
OS Estados Unidos sabem que perderam preponderância em Nossa América e querem recuperá-la a qualquer custo, com uma explosão em cadeia que consiga tirar do poder os governos progressistas da região, aos quais consideram “inimigos”, que devem ser destronados de qualquer forma e por meio de “golpes suaves, baixos ou violentos”, tanto faz.
Patricio Montesinos

nota do CHEbola: Plutocracia

OS Estados Unidos sabem que perderam preponderância em Nossa América e querem recuperá-la a qualquer custo, com uma explosão em cadeia que consiga tirar do poder os governos progressistas da região, aos quais consideram “inimigos”, que devem ser destronados de qualquer forma e por meio de “golpes suaves, baixos ou violentos”, tanto faz.
Estes são os casos atuais da Venezuela, Brasil, Equador, El Salvador, como tem sido a Argentina, e como poderão ser outros países daqui por diante, onde o controle é exercido pelos executivos que implementam processos autóctones, antiimperialistas e antineoliberais e em defesa da integração da Pátria Grande.
Para conseguir seu objetivo, Washington emprega a fundo a velha direita anexionista latino-americana, herdeira do colonialismo europeu e treinada depois pelo neocolonialismo norte-americano, e que só sabe lançar mão da força, tanto para permanecer no poder, como quando se quer impor a partir da oposição.
Naturalmente que estes partidos conservadores tradicionais, desgastados por suas ações repressivas contra os povos, o paramilitarismo, os fatos de corrupção, suas ligações com o tráfico de drogas e o servilismo sem fim à Casa Branca, sabem que nas urnas têm poucas chances de sucesso, a menos que cometam uma fraude escandalosa.
Eles levam como ponta de lança os meios de comunicação sob seu controle, os quais usam, ao mesmo tempo, como armadura da “liberdade de imprensa” para mentir, caluniar, apelar à desobediência civil e, inclusive, incentivar e convocar sem escrúpulos distúrbios de rua, como os montados no Brasil e no Equador.
Violam todas as regras da ‘democracia’ que alegam defender, e sua demanda é a mesma: que os presidentes dos governos progressistas demitam.
Travam verdadeiras guerras econômicas, como ainda fazem na Venezuela, criando escassez de alimentos básicos, ou como fizeram na Argentina com os fundos abutre, depravam políticos, militares e figuras fracas da ‘esquerda’ e até lançam mão de gangues criminosas para gerar situações de caos, como aconteceu em El Salvador.
Também, os EUA atiçam históricas disputas territoriais, que enfraquecem os governos ‘adversários’ da Pátria Grande, enquanto fazem brotar divisões contrárias à unidade regional.
Por outro lado, aqueles terceiros países considerados ‘amigos’ pela Casa Branca, atuam como bases operacionais dos serviços especiais do Pentágono para acompanhar e apoiar os planos desestabilizadores, aumentando neles sua presença militar.
É claro que o financiamento para todos esses programas o faz Washington, chefões da droga com diferentes disfarces, e organizações com “uniformes de cooperação e ajuda ao desenvolvimento”, escondendo seus verdadeiros objetivos: subverter a ordem nas bases populares e exacerbando as diferenças nas chamadas minorias étnicas, credos religiosos e diferentes grupos sociais das classes mais baixas, os camponeses, mineiros e trabalhadores em geral.
A nova grande operação contra a América Latina e o Caribe está em andamento, tal como alertaram vários dignitários, mas o que os Estados Unidos não conseguem entender, por sua arrogância imperial, é que estamos vivendo novos tempos, com grandes mudanças geopolíticas no mundo, o que certamente vai atrapalhar seu delírio de dominação da Pátria Grande. (Extraído de Rebelion.org)