A justiça reacionária de Gilmar Mendes em 5 atos
Por que Gilmar Mendes conferiu Habeas corpus a Daniel Dantas e Roger Abdelmassih? Por que protegeu a Rede Globo e os financiadores privados de campanha?
Da Redação
Embora o julgamento tenha sido suspenso devido a um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes, seis outros já votaram pela procedência do pleito, reconhecendo que o financiamento privado de campanha desequilibra o sistema eleitoral brasileiro, enquanto apenas um foi contrário. Mendes pediu vistas do processo justamente após fazer as contas e ver que o resultado caminhava para este desfecho. Gilmar Mendes, sempre ele, travou a porta com o pé direito ao pedir vista do processo. E Fux adicionou a sua relatoria — impecável, como uma ponte de sobrevivência depois do mergulho no lamaçal da AP 470 — um prazo capaz de jogar a regra para 2018.
2) Habeas corpus em favor de Roger Abdelmissih
Foto: Wilson Dias / ABr
Para Procuradores, Regime Democrático foi atingido pela decisão do Presidente do STF, proferida em tempo recorde, desconstituindo a decisão que decretou a prisão temporária de conhecidas pessoas da alta sociedade brasileira, sob o argumento da necessidade de proteção ao mais fraco. Juízes federais também divulgam carta de protesto.
Foto: Viomundo
Foto: Viomundo
Em 2007, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ter dado sumiço no processo contra a Globopar, controladora das Organizações Globo, por sonegação fiscal. Como não poderia deixar de ser nesses casos, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu sua contribuição às trevas: foi ele que relatou o habeas corpus que soltou a funcionária da Receita, depois da ação de CINCO advogados junto ao STF.
Fábio Rodrigues Pozzebom / ABR
5) Gilmar Mendes votou contra a lei da Ficha Limpa
Fábio Rodrigues Pozzebom / ABR
5) Gilmar Mendes votou contra a lei da Ficha Limpa
O ministro chegou quase a perder a compostura ao defender seu ponto de vista. E, no calor do debate, distribuiu críticas aos legisladores que aprovaram a lei, por unanimidade, na Câmara e no Senado. Também sobrou para os membros dos conselhos de classe (como a OAB e o Conselho Nacional de Medicina, por exemplo), que, pela Lei da Ficha Limpa, também tornariam inelegíveis profissionais expulsos por infrações ético-profissionais.
*CartaMaior
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