247 – Líderes da oposição na Câmara oficializaram nesta quinta-feira 10 o lançamento da frente pró-impeachment, a fim de coletar assinaturas em defesa da saída da presidente Dilma Rousseff do poder. Os deputados divulgaram a página www.proimpeachment.com.br para o abaixo-assinado eletrônico.
O site se baseia e divulga a íntegra do pedido de impeachment apresentado pelo jurista e fundador do PT Hélio Bicudo. O movimento é uma forma de cobrar do presidente da Câmara, deputado Eduardo Câmara (PMDB-RJ), que coloque em andamento na Casa os pedidos de impeachment apresentados.
A página traz a seguinte mensagem:"Os brasileiros não aceitam mais: mentiras, crise ética/moral, corrupção generalizada, desemprego crescente, inflação alta, pedaladas fiscais, mensalão e petrolão, aumento de impostos, luz e gasolina mais caras, cortes na saúde, educação e segurança. Estamos ao lado da população, indignados com tanta bandalheira! E, assim como a maioria dos brasileiros, defendemos que a presidente seja afastada o mais rápido possível, através do seu impeachment! Participe você também do Movimento Pró-Impeachment!"
Além de assinar, o usuário pode deixar comentários na página, personalizar sua foto com o logo do movimento e compartilhar imagens nas redes sociais, junto com a frase: "Se até um fundador do PT pede impeachment de Dilma é porque o governo não tem nenhuma condição moral de continuar".
A frente pró-golpe é encabeçada por líderes como Carlos Sampaio (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Roberto Freire (PPS) e Rubens Bueno (PPS). Participam ainda líderes do PSC, do Solidariedade e da Minoria. "O Brasil não suporta mais três anos e meio de Dilma", protestou Sampaio.
O líder do SD, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), disse que mesmo na base do governo há parlamentares que se colocam a favor do impeachment. "Esse movimento quer congregar a todos. Eduardo Cunha tem obrigação de colocar o pedido em pauta."
Segundo informações da Agência Câmara, no segundo mandato do governo Dilma, já foram protocolados 21 pedidos de impeachment. Desses, nove foram arquivados pelo presidente Eduardo Cunha, sendo quatro em fevereiro e cinco recentemente. Doze pedidos, incluindo o de Hélio Bicudo, estão atualmente em análise.
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