Abílio Diniz está certo ao dizer que a crise atual está longe de ser uma das piores. Por Paulo Nogueira
Postado em 01 set 2015
O empresário Abílio Diniz disse o óbvio.
Esta está longe de ser a crise econômica que a imprensa e a oposição dizem que é.
É muito, mas muito menor. A rigor, é um ciclo normal de retração depois de anos de expansão.
Fundamentalmente, é uma crise política, para a qual ambos, imprensa e oposição, contribuem sinistramente.
A crise política nasce da criminosa tentativa de cassar os 54 milhões de votos de Dilma sob os mais ridículos pretextos.
Inventam a cada dia novos argumentos, patéticos sempre, para atacar a democracia, as urnas, os votos que os brasileiros deram há tão pouco tempo.
O mundo vive uma crise econômica que, finalmente, chegou ao Brasil. É este o ponto. Nem a China, que vinha crescendo a 14% ao ano, conseguiu escapar.
Diniz falou em crises piores. Ora, nem há 30 anos o Brasil enfrentava uma inflação de 80% ao mês, sob o comando econômico de um dos arautos do caos, Mailson da Nóbrega.
Por haver falado uma verdade inconveniente para a versão que mídia e oposição tentam propagar aos ingênuos, Abílio Diniz foi virtualmente ignorado.
Diniz falou num evento de empresários e executivos organizado pela revista Exame.
Ele começou sua fala lembrando que, na China, a palavra crise significa desafio e oportunidade.
No Brasil destes tempos, a oportunidade de que falam os chineses é para sabotar a democracia, ludibriar as pessoas e desinformar.
Um papel notável tem sido desempenhado, nisto, por Aécio, que virou um Napoleão de Hospício, ou Presidente de Manicômio.
Dias atrás, no Facebook, o jornalista e escritor Fernando de Morais escreveu linhas definitivas sobre Aécio.
Ele lembrou que em Portugal, no ocaso do ditador Salazar, este teve um problema de saúde que o impossibilitou de seguir adiante no comando do país.
Para aquietar Salazar, os portugueses montaram um gabinete de araque, no qual ele despachava como se estivesse trabalhando normalmente.
Podiam fazer o mesmo com Aécio, sugeriu Morais. Montar uma sala da presidência, entregar-lhe uma faixa e tratá-lo, obsequiosamente, como Presidente ou Imperador, caso ele prefira.
Porque seu comportamento lunático já pertence ao terreno não da política, mas da patologia psiquiátrica.
Os colunistas que tanto contribuem para a louca cavalgada de Aécio poderiam também produzir textos em que ele apareça na presidência, num Brasil maravilhoso.
Uma boa parte da crise política de que falou Abílio Diniz estaria resolvida com o realismo fantástico proposto por Fernando Morais.
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