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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 11, 2015

, advertiu Kadafi".

Em Março de 2011, dizia uma manchete: "'Milhares de pessoas irão invadir a Europa a partir da Líbia. E não haverá ninguém para detê-las', advertiu Kadafi".
Em uma entrevista a uma revista francesa chamada Le Journal du Dimanche, Kadafi disse assim:
"Se nos ameaçarem, se nos desestabilizarem, iremos à confusão, a Bin Laden, a grupos armados. Vocês terão imigração, milhares de pessoas que invadirão a Europa a partir da Líbia. E não haverá ninguém para detê-las."
"Haverá uma jihad islâmica diante de vocês, no Mediterrâneo. Eles atacarão a 6ª frota americana, haverá atos de pirataria aqui, às suas portas, a 50 km de suas fronteiras. Os homens de Bin Laden vão cobrar resgates em terra, em mar. Será realmente uma crise mundial e uma catástrofe para todo o mundo. Eu não deixarei isso ser feito."
"Fico realmente surpreso que não se entenda que o que ocorre aqui (na Líbia) é uma luta contra o terrorismo", acrescentou. "Por que quando estamos em combate ao terrorismo aqui na Líbia não vêm nos ajudar?", indagou Kadafi, ao destacar que, nos últimos anos, seu país cooperou muito no assunto.
Parece 2015, mas Kadafi faleceu em Outubro de 2011, por uma "revolução" patrocinada pelos Estados Unidos com direito a bombardeios dos próprios estadunidenses e entrada de grupos que hoje os mesmos combatem (Tipo Estado Islâmico) na Líbia com financiamento da OTAN combatendo em nome dos Líbios, ou melhor, do imperialismo.

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 Frente Brasileira de Solidariedade com a Síria compartilharam a foto de Rede Revolucionária.

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