Com a queda do socialismo no Leste Europeu e a "terapia de choque" rumo a uma "economia de mercado", nos moldes da cartilha neoliberal, cerca de 1 milhão de pessoas em idade produtiva (entre 15 e 59 anos) foram mortas. Estes dados são resultado desta pesquisa publicada no jornal The Lancet, da Universidade de Oxford, em 2009.
O programa de rápida privatização levou a um aumento de 56% da taxa de desemprego nos antigos países socialistas, os quais também passaram pela pior taxa de mortalidade dos 50 anos anteriores à década de 1990, com mais de 3 milhões de mortes evitáveis e 10 milhões de homens "desaparecidos", segundo a ONU.
Estas informações são criminalmente omitidas pela burguesia e sua imprensa, que prometeu o céu e entregou o inferno a esses países. A sedução de um paraíso de gadgets e outras mercadorias inúteis oferecidas pelo capitalismo, além de não ter se efetivado no Leste Europeu, requereu ainda um alto custo humano. Mais de 20 anos após a queda do socialismo, o que se verifica na região é o aumento da disparidade econômica com o restante da Europa, e não a prometida aproximação.
Segundo esta reportagem do Financial Post, o Leste Europeu tem enfrentado nos últimos anos um grande êxodo de sua população, sendo o gap econômico entre a região e o restante da Europa uma de suas principais causas. A Hungria, por exemplo, tinha uma população de 10,4 milhões de pessoas em 1989. Mais de 20 anos depois, já em 2012, tinha menos de 10 milhões.
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