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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 18, 2010

Israel EstadoTerrorista estado dos USA






Há décadas, Israel comete crimes como o do ataque à flotilha - Por Noam Chomsky



Do The New York Times

O ataque violento de Israel à Flotilha da Liberdade que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza chocou o mundo.

Sequestrar barcos em águas internacionais e matar passageiros é, com certeza, um crime grave. Mas o crime não é nada novo.

Há décadas, Israel vem sequestrando barcos entre o Chipre e o Líbano e matando ou sequestrando passageiros, algumas vezes mantendo-os como reféns em prisões israelenses.

Israel supõe que pode cometer tais crimes com impunidade porque os Estados Unidos os toleram e a Europa geralmente segue a direção dos EUA.

Como os editores do The Guardian muito bem observaram em 1º de junho, "se ontem um grupo armado de piratas somalis tivesse entrado em seis barcos em alto mar, matando pelo menos 10 passageiros e ferindo muitos outros, uma força-tarefa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estaria se dirigindo hoje para a costa somali". Nesse caso, o tratado da Otan determina que seus membros prestem ajuda a um país companheiro na Otan - a Turquia - atacado em alto mar.

O pretexto de Israel para o ataque foi que a Flotilha da Liberdade estava transportando materiais que o Hamas poderia usar para construir bunkers e lançar foguetes contra Israel.

O pretexto não é crível, Israel pode facilmente colocar um fim na ameaça dos foguetes por meios pacíficos.

O contexto histórico é importante. O Hamas foi considerado uma maior ameaça terrorista quando venceu uma eleição livre em janeiro de 2006. Os Estados Unidos e Israel reforçaram suas punições de palestinos, agora pelo crime de votarem da forma errada.

O cerco a Gaza, incluindo um bloqueio naval, foi uma consequência. O cerco se intensificou acentuadamente em junho de 2007, depois que uma guerra civil colocou o Hamas no controle do território.

O que é comumente descrito com um golpe militar do Hamas foi, na verdade, incitado pelos Estados Unidos e por Israel, em uma rude tentativa de reverter as eleições que tinham levado o Hamas ao poder.

Isso é de conhecimento público desde pelo menos abril de 2008, quando David Rose relatou na Vanity Fair que George W. Bush, a conselheira de Segurança Nacional Condoleezza Rice e seu vice, Elliott Abrams, "apoiaram uma força armada sob o comando do homem forte do Fatah Muhammad Dahlan, desencadeando uma sangrenta guerra civil em Gaza e deixando o Hamas mais forte do que nunca". O terror do Hamas incluía lançar foguetes nas cidades israelenses próximas - ato criminoso, sem dúvida, embora seja apenas uma minúscula fração dos crimes rotineiros dos Estados Unidos e de Israel em Gaza.

Em junho de 2008, Israel e o Hamas firmaram um acordo de cessar-fogo. O governo israelense o reconheceu formalmente até que Israel quebrou o acordo em 4 de novembro daquele ano, invadindo Gaza e matando meia dúzia de ativistas do Hamas. O Hamas não disparou um único foguete.

O Hamas propôs renovar o cessar-fogo. O gabinete israelense avaliou a oferta e a rejeitou, preferindo lançar sua invasão assassina de Gaza em 27 de dezembro.

Assim como outros estados, Israel tem o direito à autodefesa. Mas Israel tinha o direito de usar a força em Gaza em nome da autodefesa? A lei internacional, incluindo a Carta das Nações Unidas, não apresenta ambiguidades: uma nação tem esse direito apenas se esgotou os meios pacíficos. Neste caso, tais meios não foram sequer tentados, embora - ou talvez porque - houvesse todas as razões para se supor que teriam funcionando.

Dessa forma, a invasão foi uma agressão claramente criminosa, e o mesmo pode ser dito sobre Israel ter recorrido à força contra a flotilha.

O cerco é brutal, destinado a manter os animais enjaulados quase mortos com o objetivo de evitar o protesto internacional, mas não mais do que isso. É o último estágio dos antigos planos israelenses, respaldados pelos Estados Unidos, para separar Gaza da Cisjordânia.

A jornalista israelense Amira Hass, uma importante especialista em Gaza, descreve a história do processo de separação: "as restrições ao movimento palestino que Israel introduziu em janeiro de 1991 reverteram um processo iniciado em junho de 1967. Naquela época - e pela primeira vez desde 1948 -, grande parte da população palestina vivia novamente no território aberto de um único país - sem dúvida, um país que estava ocupado, mas, no entanto, estava inteiro".

Hass conclui: "A separação total da Faixa de Gaza da Cisjordânia é uma das maiores realizações da política israelense, cujo objetivo preponderante é evitar uma solução baseada em decisões e entendimentos internacionais e, em vez disso, ditar um acordo baseado na superioridade militar de Israel".

A Flotilha da Liberdade desafiou essa política e, por isso, deve ser esmagada.

Um esquema para encerrar o conflito árabe-israelense existe desde 1976, quando os países árabes introduziram uma resolução do Conselho de Segurança exigindo o estabelecimento de dois estados na fronteira internacional, incluindo todas as garantias de segurança da Resolução 242 das Nações Unidas, adotada depois da guerra de junho de 1967.

Os princípios essenciais são virtualmente apoiados pelo mundo todo, incluindo a Liga Árabe, a Organização dos Estados Islâmicos (incluindo o Irã) e protagonistas importantes que não são estados, incluindo o Hamas.

Mas os Estados Unidos e Israel lideraram a rejeição a esse arranjo por três décadas, com uma exceção crucial e altamente instrutiva. Em seu último mês no cargo, em janeiro de 2001, o presidente Bill Clinton iniciou em Taba, no Egito, as negociações entre israelenses e palestinos, que quase chegaram a um acordo, anunciaram os participantes, até que Israel encerrou as negociações.

Hoje, o legado cruel de uma paz fracassada continua a existir.

O cumprimento da lei internacional não pode ser exigido contra os estados poderosos, a menos que por seus próprios cidadãos. Isso é sempre uma tarefa difícil, particularmente quando a opinião articulada declara que o crime seja legitimado, seja explicitamente ou por meio da adoção tácita de um sistema criminal - o que é mais insidioso, porque torna os crimes invisíveis.

Noam Chomsky é professor emérito de lingüística e filosofia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts em Cambridge, Massachusetts. Artigo distribuído pelo The New York Times Syndicate.

magic liberal

Mais uma do estado terrorista de israel


Agora a denúncia é de Cecília Goin, da Cruz Vermelha em Jerusalém:

“O bloqueio tem de ser completamente levantado. É o único meio possível para que os gazenses consigam reconstruir a vida normal”.

“A energia elétrica é cortada durante sete horas, todos os dias. Sem energia elétrica, até o atendimento a pacientes internados é posto sob risco grave”.

“Depois que a energia elétrica é religada, os reatores ainda demoram de dois a três minutos para começar a funcionar. Nessas condições, os aparelhos eletrônicos não funcionam normalmente. Os respiradores artificiais têm de ser religados manualmente; as diálises são interrompidas; as cirurgias são suspensas ou adiadas, porque os centros cirúrgicos mergulham em total escuridão”.

“Demoramos cinco meses para obter permissão para trazer um aparelho para exames de mamografia para o Shifa Hospital, principal hospital em Gaza. E mais cinco meses, até Israel autorizar a entrada de um equipamento para diálise. Para trazermos peças de reposição para ambulância, foram oito meses”.

“Faltam remédios essenciais, como drogas antiepiléticas; faltam tubos para os ventiladores pulmonares. De cerca de 700 itens hospitalares descartáveis, há falta absoluta de cerca de 110 itens".

"A situação da saúde em Gaza é absolutamente crítica.”

do Cidadã do Mundo

Judeus contra judeus…


judeus euro-sionistas vestidos de preto contrários à assimilação

Nada como um dia depois de outro.

Não foram poucas as vezes em que este blog denunciou o racismo latente na sociedade israelense.

É verdade que antes o racismo escancarado era contra os semitas palestinos.

E a mídia jamais se preocupou com isto, insistindo na mentira de que Israel era uma democracia.

Pois bem, agora não é mais possível tapar o sol com a peneira.

Mais de 200 mil judeus asquenazis (euro-sionistas) saíram as ruas para deixar bem claro que não querem que seus filhos freqüentem as mesmas escolas dos judeus sefaraditas (ibero-arabes, ou seja, os autênticos semitas).

São esses mesmos euro-sionistas que sempre governaram Israel e jamais aceitaram qualquer assimilação.

São filhos deles os neonazistas e colonos os que hoje se divertem espancando rabinos e palestinos.

É essa gente que tem por hábito invadir igrejas e mesquitas para agredir os fieis, com o silêncio cúmplice da mídia.

Definitivamente, é preciso libertar os judeus de Israel

do Blog do bourdoukan



(Ensaio sôbre a cegueira) Saramago






Morreu o escritor José Saramago


O escritor português José Saramago morreu hoje, sexta-feira. O escritor, Prémio Nobel da Literatura, estava radicado na ilha espanhola de Lanzarote.

José Saramago faleceu cerca das 12.45 em Lanzarote, a mesma hora de Portugal continental, na casa em que residia, na localidade de Tias, na ilha espanhola de Lanzarote.

Em entrevista ao canal de televisão portuguesa, o editor de José Saramago confirmou a morte do escritor. "Aconteceu há pouco", disse Zeferino Coelho, recordando que o Nobel da Literatura "estava doente há algum tempo, às vezer melhor outras vezes pior".

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Aos 87 anos, morreu o primeiro Nobel da Literatura português.

Aos três anos, foi com os pais para Lisboa, cidade em que viveu a maior parte da vida adulta. Fez apenas os estudos secundários (liceal e técnico).

Serralheiro mecânico, exerceu, depois, outras profissões, destacando-se as de editor, tradutor e jornalista.

Publicou o primeiro livro, um romance, "Terra do Pecado", em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966.

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa", como comentador político.

Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores.

Foi galardoado com o prémio Nóvel da Literatura em 1998. Deixa uma vasta obra, da poesia, com que se iniciou, à prosa, que lhe valeu o reconhecimento da Academia Sueca.

Pensar, pensar


Junho 18, 2010 por Fundação José Saramago

Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma.

do Com Texto Livre



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Na ilha por vezes habitada

Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.



Morre escritor português José Saramago, aos 87 anos

Reuters/Brasil Online

MADRI (Reuters) - O escritor José Saramago, primeiro Prêmio Nobel português, morreu aos 87 anos nesta sexta-feira em sua casa nas Ilhas Canárias, informou a editora que publica seus livros na Espanha, a Alfaguara.

O autor, cuja frágil saúde provocou temores sobre sua vida há alguns anos, publicou no final de 2009 seu último romance "Caim", um olhar irônico sobre o Velho Testamento, muito criticado pela Igreja Católica.

Cético e pessimista contumaz, Saramago levantou sua voz por inúmeras vezes contra as injustiças, a Igreja e os grandes poderes econômicos, que ele via como grandes doenças de seu tempo.

"Estamos afundados na merda do mundo e não se pode ser otimista. O otimista, ou é estúpido, ou insensível ou milionário", disse o escritor em dezembro de 2008, durante apresentação em Madri de "As Pequenas Memórias", obra em que recorda sua infância entre os cinco e 14 anos.


José Saramago: "O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas"

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago: "O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas"


O mundo ficou mais burro e cego hoje!“.

Foi assim a definição do cineasta Fernando Meireles à respeito da morte de José Saramago.

Tem razão.

Era um “comunista hormonal” espetacular.




Morreu José Saramago

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José Saramago (16/11/1922 - 18/06/2010)



Fala do Velho do Restelo ao Astronauta

Aqui na terra a fome continua,
a miséria e o luto e outra vez a fome.

Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
de mais alto que nós, e melhor e mais puro.

No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.

Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.

José Saramago in Os Poemas Possíveis, Lisboa, Editorial Caminho, 1981



José Saramago fala sobre sua relação com Deus e a Igreja












O dr SS erra o jenio





O documentário, que virou assunto na 33ª Mostra Internacional de São Paulo, convida o público a refletir sobre o papel da imprensa hoje.

SE SÃO PAULO FOSSE UM PAÍS

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO SERIA O SEU HERÓI NACIONAL;
SEU PRESIDENTE SERIA JOSÉ SERRA E SEU VICE PAULO MALUF;
O PRÉ-SAL DA COSTA PAULISTA SERIA ENTREGUE À BRITISH PETROLEUM(BP) PARA SUA EXPLORAÇÃO;
ESTARIA EM GUERRA COM A BOLÍVIA;
NÃO FARIA PARTE DO MERCOSUL;
FARIA PARTE DA ALCA;
SUA LÍNGUA OFICIAL SERIA O INGLÊS;
O POVO PAULISTA TERIA APOSENTADORIA DE UM SALÁRIO MÍNIMO DE SP$ 510,00 AO COMPLETAR A IDADE DE 85 ANOS , TANTO PARA HOMENS QUANTO PARA MULHERES;
FECHARIA SUAS FRONTEIRAS COM O BRASIL E CONSTRUIRIA UM MURO DO MESMO TIPO QUE SEPARA GAZA DE ISRAEL OU MÉXICO DOS EUA , MAS COM MAIS TECNOLOGIA E COM TROPAS DA FORÇA PÚBLICA NAS FRONTEIRAS COM ORDEM DE MATAR QUALQUER BRASILEIRO QUE TENTASSE ULTRAPASSÁ-LA;
O MANDATO DOS CONGRESSISTAS , DO PRESIDENTE E SEU VICE SERIA DE 20 ANOS;E
A INTERNET SERIA CENSURADA.

do aposentado invocado

quinta-feira, junho 17, 2010

Impossível tapar o Sol






Amaury desafia delegado da Veja.
E vai contar tudo sobre o Serra

Eles não perdem por esperar o Amaury

Clique aqui para ler no site “Amigos do Presidente Lula”.

Amaury Ribeiro Jr. desmente Onézimo, quer depor e falar tudo

O jornalista Amaury Ribeiro Júnior rebateu o depoimento do ex-delegado da PF Onézimo Souza, nesta quinta-feira, na Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI) do Congresso Nacional.

O delegado disse ter ouvido de Amaury, que ele “teria dois tiros” contra o José Serra (PSDB/SP).

“Se me convocarem para depor, vou tranquilamente. Entrego tudo. Todo mundo sabe que o que eu tenho é do tempo das privatizações. Há muito tempo eu já tenho isso. Por que eu iria contratar o cara [Onézimo], se eu tivesse dois tiros contra o Serra? … o cara está mentindo. Esse cara é doido, mau caráter ou mentiroso.”, disse Amaury.

Independentemente do Congresso, Amaury prometeu que vai narrar os bastidores do encontro em seu livro “Nos porões da privataria”, a ser lançado depois da Copa da África.

O livro tira o sono de José Serra (PSDB/SP) porque mostra as relações societárias da filha do demo-tucano com a irmã de Daniel Dantas, presa na operação Satiagraha, em empresa no exterior. Mostra também negócios da filha e do genro de José Serra, envolvendo dinheiro de paraísos fiscais.

do Conversa Afiada


Por que a Comissão do dossiê não chama Amaury?

Os deputados e senadores da Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência, que estão investigando o suposto dossiê contra José Serra, estão desafiados a convidar o jornalista Amaury Ribeiro Jr para um depoimento. Em entrevista ao G1, Amaury refutou as acusações do ex-delegado da PF, Onésimo de Souza e afirmou que “entrega tudo” o que sabe sobre o caso.

“Se me convocarem para depor, vou tranquilamente. Entrego tudo. Todo mundo sabe que o que eu tenho [sobre o PSDB] é do tempo das privatizações. Há muito tempo eu já tenho isso. Por que eu iria contratar o cara [Onézimo], se eu tivesse dois tiros contra o Serra?”, questionou Amaury, referindo-se ao que disse o ex-delegado em seu depoimento à comissão do Congresso.

Amaury também rebateu as insinuações de Onézimo, de que teria gravado o encontro, e o desafiou: “Por que ele não mostra a gravação? Se ele tem, então mostra.”

Se a Comissão quer mesmo a verdade sobre o dossiê precisa chamar Amaury para ouvir sua versão e confrontá-la com a do ex-delegado. Vou conversar com os líderes dos outros partidos da base do governo e ver se articulamos esse convite.

do Tijolaço





Não a censura dos blogs independentes!


Querem calar a globosfera.


Não nos calaram e não nos calarão!


Todo o apoio para o blog Os Amigos do Presidente Lula


e ao Blog da Dilma!




Blog é perseguido por notícia publicada no Estadão

De acordo com o centro de divulgação da Justiça eleitoral, "Na ação cautelar [contra nosso blog], o MPE afirma que o blog enaltece a candidatura de Dilma Rousseff ao citar, por exemplo, relatório do banco suíço USB no qual se menciona que é significativa a probabilidade de Dilma ganhar a eleição no primeiro turno, “em razão do desejo do eleitor de manter as coisas como estão e o fato de ela ser associada com a candidata da continuidade”.

A notícia acima foi publicado no jornal Estadão:

O link para o estadão é este:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100604/not_imp561411,0.php

Causa estranheza o Ministério Público Eleitoral perseguir um blog por uma notícia publicada em um grande jornal.

Sandra Cureau quer calar o blog “Os amigos do Presidente Lula”

A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau,(foto) que propôs ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ação cautelar contra a Google para que seja retirado do ar o blog Os Amigos do Presidente Lula, não pode ser incluída no rol das flores que podemos cheirar.

Esta mesma senhora, que anteontem, 16/6, protocolou este tosco tolete jurídico, recheado de locuções latinas de almanaque, participou, dias atrás (7/5), de um seminário promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), ao lado de Arnaldo Versiani, ministro do TSE.
Batizado de "Encontro Imprensa e Eleições", o evento contou com a gentil cobertura da Folha de S.Paulo, feita pelo repórter Ranier Bragon. A certa altura da reportagem, encontramos a seguinte passagem, com a singela manifestação do pensamento da venerável Madame Cureau:
.
“Tanto Versiani quanto a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, disseram ser contra a punição de órgãos da mídia por dar maior espaço a candidatos cuja posição “exerça um poder maior de atração sobre a imprensa”.
.
Se você não bota fé no que dizemos – afinal, somos apenas um blog hidrófobo - , confira aqui com seus próprios olhos.
Lends Picantis In Ânus Autrem Q'sucus Est...Post do coleguinha querido Cloaca


Restrição à blogosfera favorece quem?

-A - +A

redacao



Ao lado, nossas humildes instalações. O próximo passo é comprar um domínio .com.br.

Nessa caça às bruxas instaurada pelo Ministério Público Eleitoral à blogosfera política, o conglomerado midiático anti-tucanês já contatou o departamento jurídico, a assessoria de imprensa, toda a redação e o diretor de jornalismo – dezenas de funções que, por uma questão de mercado, se concentram na mesma pessoa: eu, Lucas.

Certamente este blog não existiria se eu fosse um grande capitalista. Ora, perder tempo pra quê? Doaria milhões para a campanha de meu candidato preferido, para que ele pudesse contratar centenas de cabos-eleitorais, banners, brindes, fazer propaganda na tevê, pagar empresas para fazer sites, blogs, twitteres, etc.

Certamente este blog também não existiria se este blogueiro fosse um grande concessionário de rádio ou tevê. Ah, que beleza seria! Montaria uma equipe de jornalistas alinhados à minha visão de mundo e dessa forma convenceria muita gente a “vir pro meu lado”, em pouco tempo e com pouco esforço. Reunir-me-ía com meus colegas barões da mídia e juntos declararíamos guerra à candidatura da qual não gostamos. Se alguém me questionasse, diria que faço jornalismo, que sou neutro e apenas exerço a liberdade de imprensa. Quem sabe eu elegeria um presidente ou outro, com o slogan “caçador de alguma coisa”, quem sabe…

Igualdade aos desiguais

Quando se tem poder – econômico (caso dos empresários) ou econômico-midiático (caso dos barões da mídia) – em um curto espaço de tempo é possível criar ou desfazer, candidaturas e realidades. Num telefonema é possível fazer e acontecer.

Assim, proibir que pessoas comuns façam campanha para seus candidatos na internet, reservando-lhes apenas o curto espaço de tempo que a legislação permite, favorece o ‘mais forte’. Pois ‘os fracos’ precisam de tempo e, mesmo assim, para conseguir um poder de influência muito pequeno, horizontal.

Afinal, este blog demorou quase um ano para conseguir 30.000 visitas e 158 seguidores e algo em torno de 160 visitas diárias. Ora, a revista VEJA em um mês vende 1 milhão de exemplares, ainda fazendo política de um jeito muito mais poderoso, embora talvez menos honesto: travestindo de jornalismo todo um ideário político. Um blogueiro da Veja tem em 2 dias, chutando baixo, as visitas que eu tive em 1 ano. Isso para não citar o resto da Grande Mídia, que como se sabe tem lado e tem partido.

Assim fica claro que quanto menos tempo se permite fazer campanha na internet (este que é o único meio acessível às pessoas comuns) mais prevalece o poder econômico e midiático, capaz de mobilizar mundos e fundos rapidamente, às vésperas da eleição (portanto, dentro da lei).

À espera dos bilionários redentores

steve-jobs Enquanto não surge uma trupe de bilionários de Esquerda (ué, não tem pobre de direita?), que criem conglomerados midiáticos a fim de se contraporem ao maior ator político conservador do Brasil hoje – a Grande Mídia –, enquanto isso não acontece, creio que seja razoável permitir que pessoas comuns, sem a estrutura de partidos e empresas por trás (como o GenteQueMente), façam sim campanha para seus candidatos. São elas que freiam os abusos da Mídia e amenizam, com essa nova ferramenta que são os blogs, a desigualdade de meios existente na sociedade.

PS: o louco disso tudo é que é mais fácil que um mero blog, que diz honestamente de qual lado está, como Os Amigos Do Presidente Lula, ser processado; do que um veículo gigante, que faz campanha travestido de “neutralidade” jornalística, como a Veja ou a Globo. A preocupação deve ser outra que não a blogosfera. Pelo que eu saiba o blog supra-citado não possui um vultoso capital, do qual um terço é de empresários estrangeiros, como ocorre com a Editora Abril.

do Anti Tucano


SÓ PR'A MATAR DE RAIVA A IMPRENSA CORRUPTA , GOLPISTA E ULTRA RACISTA BRASILEIRA


CLIQUE NA FOTO
A IMPRENSA CORRUPTA , GOLPISTA E ULTRA RACISTA BRASILEIRA ESTÁ DEFINHANDO A OLHOS VISTOS.
A ESCOLHA DE SER UM PARTIDO POLÍTICO A LEVA A UMA DERROTA ACACHAPANTE.
SE ELA CUMPRISSE A SUA FUNÇÃO DE INFORMAR COM ISENÇÃO E MOSTRANDO OS FATOS , SERIA UMA ALIADA DO POVO BRASILEIRO , MAS COMO ESTÁ , É UMA INIMIGA A SER ABATIDA.

do aposentado invocado




É o meu direito e dele eu não abro mão

A Liberdade guiando o Povo
É o meu direito
Crônicas do Motta

São preocupantes essas últimas manifestações do Ministério Público Eleitoral sobre blogs com conteúdo político. Configuram, claramente, censura à livre expressão de pensamento e, assim, uma afronta à Constituição.

Este "Crônicas" é um blog político. Mas não é um blog partidário, embora o seu autor expresse, claramente, suas preferências. Nem por isso reprime manifestações contrárias a elas. Assim é a democracia.

Como cidadão brasileiro, tenho o direito de gostar ou não de um determinado político, tenho o direito de criticar suas ações, tenho o direito de dizer que sua ideologia é nefasta ao meu país.

Se não pudesse fazer isso, não seria um cidadão, não viveria numa democracia, não seria brasileiro.

Portanto, por mais que a Justiça Eleitoral pense o contrário, tenho todo o direito de dizer que não gosto do PSDB, não gosto de Fernando Henrique Cardoso, não gosto dos políticos tucanos, não gosto de José Serra.

Nem preciso dizer o que penso do PFL/DEM. Nem da linha auxiliar dos tucanos-pefelistas, esse ridículo PPS.
do esquerdopata



Mais Pão menos Canhão





Futebol e Arte







Respeitar






Ativistas fazem ato para protestar contra a morte de touros nas  touradas em Cali, na Colômbia - Foto: AFP

Ativistas fazem ato para protestar contra a morte de touros nas touradas em Cali, na Colômbia -

O Brasil avança a passos largos




Por Luiz Alberto Moniz Bandeira


O atentado terrorista contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, as guerras no Afeganistão e no Iraque, duas guerras ainda inconclusas, mas, de fato, perdidas pelos Estados Unidos, a crise imobiliária, a insolvência do Lehman Brothers e a debacle do sistema financeiro dos Estados Unidos, e a crise econômica e financeira que abala a União Europeia marcaram a primeira década do século XXI.

Em meio a tais acontecimentos, o Brasil emergiu não apenas como potência econômica, mas também como potência política global, ao lado de Rússia, Índia e China, o grupo denominado BRIC, que tende a mudar a correlação de forças na ordem internacional. Esse status foi alcançado, sobretudo, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o premier da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, firmaram um acordo com o presidente Mahmoud Ahmadinejad sobre a questão do urânio enriquecido pelo Irã, significativo êxito diplomático, resultante de negociações previamente efetuadas pelo embaixador Celso Amorim, considerado o world’s best foreign minister na atualidade, por David Rothkopf, integrante do Council on Foreign Relations dos Estados Unidos, em artigo publicado pela revista Foreign Policy.

O acordo atendeu a todas as solicitações que os Estados Unidos haviam feito ao Irã e o presidente Barack Obama informou detalhadamente ao presidente Lula da Silva, em carta datada de 20 de abril, três semanas antes de sua viagem a Teerã, que o Irã aceitou transferir seus 1,2 mil quilos de urânio enriquecido, no início do processo, a um terceiro país – especificamente a Turquia –, onde seria armazenado como caução durante o processo de produção do combustível.

A consecução desse acordo, que talvez Obama não esperasse, colocou seu governo em uma situação muito difícil. Independentemente do perigo representado tanto pelo fundamentalismo islâmico quanto por qualquer outro fundamentalismo religioso, cristão ou judaico, o que os EUA pretendem, uma vez descartada a opção militar, é derrocar Ahmadinejad e o regime xiita, com novas sanções que possam entravar o desenvolvimento do Irã, evitar que represente qualquer ameaça a Israel – e/ou à Arábia Saudita, e possa exercer maior influência sobre o governo do Iraque, também xiita, após a retirada da maior parte de suas tropas nos próximos anos.

O Brasil, contrapondo-se a tais sanções, está a defender seus próprios interesses nacionais. Das quatro potências que emergem e se inserem no jogo internacional do poder – Rússia, Índia e China –, é a única que não dispõe de armamentos nucleares, embora pudesse produzi-los, se quisesse, pois, desde 1987, domina o ciclo completo da tecnologia de enriquecimento de urânio, com uma proporção maior do isótopo 235 do que ocorre no urânio natural. Não conseguiu esse sucesso sem defrontar-se, durante quatro décadas, com implacável e sistemática oposição dos Estados Unidos.

Em 1953-1954, quando o governo de Getúlio Vargas encomendou aos cientistas alemães Wilhelm Groth, Konrad Beyerle e Otto Hahn, responsável pela fissão nuclear, três ultracentrífugas para instalar no Brasil uma usina de separação de isótopos ou produção de urânio enriquecido, a CIA descobriu e o brigadeiro inglês Harvey Smith, do Military Board Security, em Hamburgo, por ordem expressa do alto comissário americano, professor James Conant, impediu o embarque para o Brasil das peças dos equipamentos fabricadas secretamente na Alemanha. O vice-presidente João Café Filho (1954-1955), assumindo o governo com o suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954), promoveu a revisão da política brasileira de energia nuclear em consonância com a embaixada dos EUA, que qualificou o projeto das ultracentrífugas como “aventura germânica” e considerou “o estabelecimento, no Brasil, de um processo para a extração do urânio físsil, por meio de importantes organizações de um país europeu (...), uma ameaça potencial à segurança dos Estados Unidos e do Hemisfério Ocidental”. O projeto foi completamente obstruído.

Em 1967, o governo militar, sob o comando de Arthur da Costa e Silva, anunciou que adotaria uma política independente de desenvolvimento da energia nuclear. Os EUA reagiram com novas ameaças. E o dissídio agravou-se ainda mais após a Alemanha, em 27 de junho de 1975, firmar com o Brasil o Acordo de Cooperação para Usos Pacíficos da Energia Nuclear, visando transferir-lhe todo o ciclo de geração da energia nuclear, desde a pesquisa e lavra do urânio até o enriquecimento do mesmo pelo processo de jato centrífugo (jet nozzle), ainda em fase de experimentação, bem como de uma fábrica de reatores, a ser construída em Sepetiba (no Rio de Janeiro), cuja produção, com início calculado para o fim de 1978, possibilitaria a completa nacionalização dos equipamentos.

Os EUA se opuseram duramente à sua execução e, em março de 1977, o presidente Jimmy Carter pressionou o Chase Man-hattan Bank e o Eximbank para que suspendessem todos os financiamentos negociados com o Brasil, e até mesmo paralisou o fornecimento à Alemanha do serviço de enriquecimento de urânio. Quis compelir os dois países a denunciarem ou reverem o Acordo Nuclear, com a introdução de salvaguardas complementares (comprehensive safeguards) semelhantes às estabelecidas pelo Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), e a exclusão da usina de enriquecimento do urânio e reprocessamento do combustível.

As Forças Armadas não se conformaram com as salvaguardas impostas pela Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Daí que, fora do seu controle, empreenderam, a partir de 1979, o Programa Nuclear Paralelo, de modo que pudessem desenvolver tecnologias de separação de isótopos, inclusive por meio de raios laser e por processamento químico. E, conquanto constasse do texto não secreto do Acordo Nuclear que o processo de enriquecimento do urânio seria o dos jatos cruzados, o Brasil importou a tecnologia da ultracentrifugação, por intermédio dos técnicos e cientistas brasileiros que foram treinar nos centros de pesquisa de Jülich e Karlsruhe, bem como na própria Siemens, na Alemanha, posto que não estavam sujeitos às salvaguardas da Aiea. E, em setembro de 1987, o presidente José Sarney (1985-1990), anunciou oficialmente que o Brasil havia alcançado o completo domínio da tecnologia do enriquecimento do urânio pelo processo de ultracentrifugação.

O Brasil sempre se recusou a aderir ao TNP, cujo caráter discriminatório implicava o reconhecimento do status das cinco potências nucleares, na medida em que congelava o poder mundial, legitimando uma ordem internacional baseada no desequilíbrio de direitos e obrigações entre os Estados. Contudo, Fernando Collor de Mello envergou-se, prestou vassalagem aos Estados Unidos, e o Brasil começou a capitular, ao subscrever integralmente o Tratado de Tlatelolco, sem as ressalvas sobre as explosões atômicas para fins pacíficos. Em 1997, Fernando Henrique Cardoso completou a capitulação. Reverteu uma diretriz de política exterior, mantida inalterável ao longo de 29 anos, e submeteu o País ao TNP.

Não obstante, o Brasil ainda continua a sofrer restrições à aquisição de materiais nucleares no exterior. E os Estados Unidos e as demais potências europeias voltaram a renovar as pressões, inclusive com desinformações plantadas na imprensa de vários países, para que submeta suas instalações nucleares às inspeções intrusivas da Aiea. Em 2004, o Times já havia recomendado que os EUA “tomassem cuidado com o Brasil” e, no mesmo dia, um ex-funcionário do Pentágono propalou que a Aiea suspeitava que ele adquirira do cientista paquistanês Abdul Qadeer Khan, então acusado de envolvimento com o programa nuclear do Irã e da Coreia do Norte, equipamentos para ultracentrifugação de urânio. Tais intrigas configuravam uma guerra psicológica, com o fito de criar um clima negativo contra o Brasil e forçá-lo a permitir inspeções mais profundas, livre intrusão, a qualquer hora e sem aviso prévio, em todas as suas instalações nucleares.

Mais recentemente, em 2010, o ex-chefe do Estado-Maior de Planejamento do Ministério Federal da Defesa da Alemanha, Hans Rühle, escreveu um artigo, publicado na revista Der Spiegel, no qual atribuiu a oposição do Brasil às sanções que os Estados Unidos pretendem impor ao Irã ao fato de estar, provavelmente, fabricando a bomba atômica. Outros órgãos da imprensa alemã também disseminaram a mesma intriga.

Trata-se outra vez de uma campanha de guerra psicológica, com o mesmo objetivo de compelir o Brasil a aceitar o Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda com a Aiea. Se o Brasil o fizer, os inspetores dessa agência da ONU, vinculados de um modo ou de outro aos EUA e às demais potências, estarão autorizados a devassar, sem aviso prévio, qualquer instalação de sua indústria nuclear, tais como as fábricas de ultracentrífugas, a Fábrica de Combustível Nuclear de Resende (no Rio de Janeiro), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, em São Paulo, e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), em Minas Gerais, entre outras unidades. Terão assim a possibilidade de conhecer todos os segredos, de qualquer máquina, de suas partes e dos métodos de sua fabricação, inclusive do submarino nuclear.

O objetivo não é apenas político e geopolítico, por causa da construção do submarino de propulsão nuclear. É também econômico. O Brasil possui atualmente a sexta maior reserva de urânio, com 309 mil toneladas, porém, apenas 30% do território nacional foi prospectado até o início de 2009 e a estimativa é de que ainda haja mais 800 mil toneladas, o que a tornará uma das duas maiores do mundo.

Em tais circunstâncias, com a capacidade de enriquecer o urânio, em escala comercial, será autônomo na produção do combustível nuclear e poderá exportá-lo para outros países. Assim, a disseminação da suspeita sobre a construção da bomba atômica pode eventualmente criar o clima que permita aos Estados Unidos e aos seus aliados ameaçá-lo com sanções, se não abrir plenamente suas instalações nucleares aos inspetores da Aiea. E, com o vazamento do segredo tecnológico da ultracentrífuga autóctone, que desenvolveu, com importantes diferenciais em relação à de outros países, o Brasil perderá a competitividade científica, técnica, comercial e industrial, e seus esforços de capacitação nuclear poderão ser obstaculizados pelas grandes potências, empenhadas em manter o oligopólio não só militar, como também civil, existente no mercado mundial.

A Constituição e os diversos atos internacionais, inclusive o TNP, não permitem ao Brasil produzir a bomba atômica. É, entretanto, necessário, fundamental e premente fortalecer sua defesa e modernizar e reequipar suas Forças Armadas. É sobre a defesa que se sustenta a soberania, a “grande muralha da pátria”, como a definiu o notável jurista e diplomata Rui Barbosa, ao defender o princípio da igualdade entre os Estados na Assembleia de Haia, em 1907.

Com toda a razão, Eduardo Prado, autor de A Ilusão Americana, obra publicada em 1893, ressaltou que “não se toma a sério a lei das nações, senão entre as potências cujas forças se equilibram”. E como o único direito que não prescreve é o da força – acrescentou –, os juristas universalmente reconhecidos são Armstrong, Bange e Krupp, i. e., os grandes fabricantes de armamentos nos fins do século XIX. Essa lição deve pautar a estratégia nacional de segurança e defesa. O Brasil está potencialmente cercado. Os EUA operam um total de sete bases militares na Colômbia: Malambo, Atlântico; Palanquero, no Magdalena Medio; Apiay, Meta; as bases navais de Cartagena e o Pacífico; bem como o centro de treinamento de Tolemaida e a base do Exército de Larandia, no Caquetá. Suas tropas estão assentadas na Amazônia, fronteira do Brasil, enquanto a IV Frota navega no Atlântico Sul, à margem das enormes jazidas de petróleo descobertas nas camadas do pré-sal, em águas profundas, entre o Espírito Santo e Santa Catarina.

O Brasil tem de estar preparado para enfrentar, em nível tanto diplomático quanto militar, os imensos desafios que se delineiam no século XXI, a “era dos gigantes”, como o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães denominou esta quadra em que os grandes espaços econômicos e geopolíticos serão os principais atores da política internacional. Si vis pacem, para bellum.

do carta capital