Páginas
segunda-feira, agosto 23, 2010
Eleitor tem que saber mais sobre documentos para votar
Uma minirreforma eleitoral criou para as eleições deste ano a obrigatoriedade de levar um documento com foto, além do título de eleitor, no momento da votação, o que pode significar um complicador para muitos brasileiros.
Em primeiro lugar, porque se está mudando uma regra de anos. Para votar em todas as eleições depois da democratização do país, bastava um documento reconhecido em todo o território nacional, que não precisava sequer ser o título de eleitor. Votava-se com a carteira de identidade, de trabalho, o passaporte ou a carteira de motorista.
A partir do momento em que se altera uma regra elementar como essa, seria preciso uma grande campanha de massa, iniciada bem antes das eleições, talvez com um ano de antecedência, para que as pessoas assimilassem a nova conduta que terão que adotar. Mas não foi isso o que aconteceu. O TSE lançou uma campanha publicitária no dia 31 de julho, que contém várias peças sobre voto consciente, voto em trânsito e papel de cada um dos representantes que o povo elegerá, e apenas uma sobre a necessidade de dois documentos, que é a mais necessária e urgente.
Ainda não a tinha visto e fui encontrá-la no YouTube. Fiz uma pesquisa informal junto a pessoas próximas e ninguém lembrava de ter visto qualquer propaganda sobre a exigência de um documento com foto além do título de eleitor. Assim, acho que a população poderá não estar esclarecida até o dia da votação e ser surpreendida quando chegar à cabine de votação.
O outro complicador que a medida traz atinge diretamente as pessoas mais simples e dos lugares mais distantes dos centros urbanos, que muitas vezes não dispõem de um documento com foto, mas têm o seu título de eleitor bem guardado para uso em cada eleição. Ou então não possuem o título eleitoral, mas têm ao menos um documento com foto e estão habituadas a votar assim. Será que a informação da nova necessidade chegará a cada canto do país de forma clara e em tempo hábil?
O TSE gasta muito com processos sofisticados como a identificação biométrica que será utilizada esse ano em 34 municípios, mas evita medidas simples como um comprovante impresso do voto para possíveis verificações ou uma campanha mais ampla e eficiente para informar os brasileiros sobre uma mudança essencial como essa no exercício do direito do voto.
*Tijolaço
Lula, Dilma e Mercadante na porta da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, às 5h da manhã de hoje. Vejam outras fotos.
Congresso de Jornalistas apoia Plebiscito pelo limite da propriedade da terra
Via correio RedeReformaAgrária
O 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, que será encerrado hoje (sábado) em Porto Alegre, acaba de aprovar Moção de Apoio à Campanha pelo Limite à Propriedade da Terra e ao Plebiscito da Semana da Pátria, apresentada por iniciativa do movimento Luta, Fenaj!
Saudações agrárias
Alvaro Britto - RJ
ss Erra
Descaramento e sem-vergonhice
*DesabafoBrasil
Serra e Folha: Decadência de um modelo de manipulação midiática
Há algumas diferenças entre a campanha presidencial de 2006 e a deste ano, e uma das mais notáveis é a perda de influência dos setores da mídia que apostaram numa compreensão unilateral da informação. Esse (des)entendimento da informação como uma avenida de mão única é parte da explicação do colapso da candidatura de José Serra e do baile sociológico-estatístico sofrido por um de seus suportes, o DataFolha. Eles apostaram no mundo velho.
Desde o princípio, a candidatura de Serra optou por um modelo de relação com a informação: a opção pela compra da boa vontade dos oligopólios de mídia com contratos públicos em São Paulo, a truculência na direção da TV Cultura e a forte tendência autoritária, censora, de ligar para redações pedindo cabeça de jornalista ou de reagir agressivamente a qualquer pergunta indócil, questionadora. Essa tendência se manifestava tão mais claramente justo quando o Sr. Serra e a direita brasileira insistiam que o governo federal “censura” a mídia, como se não soubéssemos o que a imprensa brasileira publica sobre o presidente Lula.
Superestimando o poder dos conglomerados máfio-midiáticos do país, Serra apostou neles as suas fichas e perdeu. Foi mais um de seus muitos erros, numa lista que inclui a sucessão de trapalhadas na escolha de um vice que ele nunca vira, a modorrenta e ególatra espera à qual submeteu a si e seus correligionários antes de se candidatar, a ingênua ideia de que poderia dar xeque-mate em Aécio simplesmente esperando sentado em sua cauda de pavão, o privilégio ao método de bastidores, conchavos e guilhotina em vez do embate de peito aberto na pólis. Não são esses, no entanto, os motivos de sua derrota, como sabe qualquer interessado em política brasileira que não viva em Marte. O motivo básico de sua derrota é só um: o povo quer continuar o governo Lula e quem continua o governo Lula, segundo o próprio, é a Dilma. Assim de simples.
Por isso, é de uma desfaçatez inominável que a Folha faça um editorial de cônjuge traído, chilique de cornudo(a) que se sente abandonado(a) pelo seu candidato, o mesmo que a Folha teimosamente insiste em não endossar em editorial. Lendo a Folha de hoje, não há como não fazer a pergunta: como é possível que ela não soubesse que essa seria a estratégia, que esses “erros” de Serra, afinal de contas, não são simples erros, mas consequências necessárias da própria concepção de política de Serra nos últimos tempos? Descobriram agora que ele é autoritário, não ouve ninguém, adora conchavos e tem tendência ao autismo político? Onde estiveram nos últimos vinte anos em que lhe ofereceram apoio, editorialistas da Folha? Ou vocês não enxergaram antes porque estavam lá nos bastidores dos conchavos também? Que tal agora descobrir que Serra tem uma política de comunicação baseada no unilateralismo, na troca de favores com os oligopólios e com a distorção mentirosamente neutra da informação? Que tal, por exemplo, fazer uma investigação e revelar como é possível que três funcionários ou membros do PSDB sejam "sorteados" para fazer perguntas num debate aí na sua própria cozinha, Folha? Que tal avançar nas descobertas, Folha?
A Folha não pode dizer claramente que os “erros” de Serra não foram “erros”, mas consequência lógica e inevitável de uma concepção de política. Afinal de contas, essa foi a concepção na qual a Folha apostou também, a da fabricação de escândalos, falsificação de documentos, a mentira pura e simples e a blindagem vergonhosa em volta do Sr. Serra (ao ponto de jamais terem publicado, por exemplo, jornalismo real sobre os escabrosos negócios da Educação em São Paulo). Superestimando seu próprio poder, usando um instituto de pesquisa para fazer politicagem e reagindo de forma autista a uma realidade que ainda parecem incapaz de entender, o Grupo Folha é o mais siamês parceiro de derrota de José Serra, o candidato que agora zanza como um zumbi vampiresco pelas madrugadas da internet, desdizendo hoje o que disse ontem.
Que o Grupo Folha tenha a dignidade de fazer a autocrítica dessas escolhas antes do mergulho final na irrelevância.
*revistafórum
Lula: adversário que usa minha imagem quer enganar a sociedade
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (23) o uso de sua imagem pela campanha do tucano José Serra à Presidência, o que classificou de “enganação”. Na última quinta-feira (19), o presidenciável do PSDB usou imagens em que aparece ao lado de Lula durante seu programa eleitoral na TV, o que motivou uma representação do PT na Justiça contra o candidato.
Charge de Ique para o JB Online
Apesar da crítica, Lula afirmou que o uso de sua imagem por adversários faz "parte do processo político brasileiro". O presidente disse ainda que não entrará na Justiça para impedir que adversários utilizem sua imagem. "Não vou entrar na Justiça. Quem tem que fazer isso é o partido".
*vermelho
*GilsonSampaio
Será que o Ricardo salva a grana do Serra
Os tucanos estão passando o chapéu, falta dinheiro para a campanha do Serra. É que tucano rouba até tucano. Paulo Preto passou a mão em R$ 4 milhões. E dinheiro de caixa 2. Tucano pode? Até outro dia era homem de total confiança do tucanato. Mesmo quando foi preso tentando vender jóia roubada. Foi diretor do Roubanel, obra exemplo da "ingestão" do vampiro. O homem certo, no lugar exato.
Agora a coisa está feia. Será preciso pedir reforços. Quem seria? O Ricardo Sérgio de Oliveira? Afinal, este é leal e tem larga experiência no assunto, já foi tesoureiro de Serra e FHC.
O único problema é que os tucanos têm pavor do nome. Há anos está escondido em algum armário. Talvez em algum lá de Cayman. Ele não só pode acabar de vez com a eleição de José Serra, mas até mandar para a cadeia algumas aves bicudas.
Em breve nos melhores cinemas, teatros e tvs. do Brasil, uma superprodução que naufragou antes, muito antes, do que eles imaginavam.
Adilson re-escreve o “E agora, José ?”
Sensacional !
O amigo navegante Adilson Filho acaba de compor essa obra-prima do cancioneiro drummondiano:
Prezado Paulo Henrique,
Segue “o poema” E agora José?! ou Canção do dia “pra sempre”
Um abraço
Adilson (E agora?)
E agora, José?!
E agora, José?! (ou Canção do dia “pra sempre”)
E agora, José?
A festa acabou,
a Dilma ganhou
o Índio sumiu,
a Globo mudou..
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem graça,
que zomba da massa,
você que fez plágio
que amou o pedágio
e agora, José?
Está sem “migué”
está sem discurso,
está sem caminho..
não pode beber,
não pode fumar,
cuspir não se pode,
nem mesmo blogar?
a noite esfriou,
o farol apagou
o voto não veio,
o pobre não veio,
o rico não veio..
não veio a utopia
não veio o João
tão pouco a Maria
e tudo acabou
o Diogo fugiu
o Bornhausen mofou,
e agora, José
E agora, José ?
Sua outra palavra,
seu instante de Lula:
careca de barba!
sua gula e jejum,
sua favela dourada
sua “São-Paulo de ouro”
seu telhado de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?
com a chave na mão
quer abrir qualquer porta,
não existe porta;
o navio afundou
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..
José, e agora ?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa da despedida
e a Miriam tirasse…
se você dormisse,
se você cansasse,
como o leitor do Noblat
se você “morresse”
Mas você não morre,
você é vaso “duro”, José !
E sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem megalomania
Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..
sem Cantanhede
para se encostar,
sem o cheiro da massa
pra você respirar..
e sem cavalo grego
que fuja a galope,
sem o Ali Babá
pra lhe arranjar algum golpe,
você marcha, José !
José, pra onde?
pra sempre?
E agora, José?
Se quando a festa acabou, o povo falou
que sem você, podia muito mais..
Então, nesse caso: Até nunca mais, José!
*conversaafiada
Depoimentos de soldados israelenses sôbre o comando nazi-sionista
Depoimentos da tropa sionista
*cidadãdomundo
Humor esta muito atrasado
Com 13 anos de atraso, humoristas protestam contra entulho autoritário criado por FHC para se reeleger
Corria o ano de 1997, FHC era presidente, surfando no populismo dos déficits fiscais e cambiais do plano real, que quebrou o Brasil no ano seguinte.
Com apoio da Globo, Veja, Estadão e Folha, planejou meticulosamente sua própria reeleição.
A emenda da reeleição foi a maior batalha e o maior escândalo, mas não foi a única para reeleger o demo-tucano.
Era preciso encurtar a campanha eleitoral na TV, para reduzir o período de exposição a críticas da oposição. Era preciso aplicar uma mordaça aos poucos dissidentes da imprensa que ousassem satirizar a imagem do "príncipe dos sociólogos". Era preciso "melar" os debates na TV.
Para isso foi criada, sob medida para reeleger FHC, a Lei 9504, de 30 de setembro de 1997, um ano antes das eleições.
Durante estes 13 anos, a lei nunca incomodou os donos de jornais e TVs e seus humoristas demo-tucanos. Eles se encarregavam de não fazer charges, nem humorismo forte contra FHC, a ponto de prejudicar sua reeleição, nem de serem multados pelo TSE.
Nas eleições de 2002 e 2006, o TSE era extremamente liberal, e os donos da imprensa puderam fazer o quiseram com a imagem de Lula, sem que o TSE e o MPE os incomodasse.
Agora a própria oposição judicializou a política. Acreditando que Serra realmente manteria a dianteira na frente das pesquisas, interessava interditar o debate político no judiciário, para fazer uma campanha silenciosa, travada.
A própria oposição submeteu o TSE aos rigores da lei 9504, processando por propaganda subliminar até a sombra do presidente Lula.
Até blogueiros, como nós, viramos alvo de perseguição, como se blogs fossem mero espaço para anunciantes.
O TSE passou a seguir a Lei 9504 com um rigor excessivo, e nela existe o artigo 45:
Art. 45. A partir de 1º de julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
...
II - usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular programa com esse efeito;
...
V - veicular ou divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos;
Após 13 anos da lei em vigor, só quando Dilma ultrapassou Serra, e passou a ser a candidata alvo para ser depreciada pelas charges, novelas e programas humorísticos, na forma de propaganda subliminar negativa, "descobriram" que a lei criada para reeleger FHC "censura o humor" e "é inconstitucional".
É bom que o Congresso mude a lei eleitoral, após as eleições, para acabar com excessos e regulamentar o que se entende exatamente por "propaganda subliminar", mas é bom também que se dê nome aos bois de quem criou esse entulho autoritário, que tudo multa, e que quis exercer "controle sobre a imprensa" e sobre o humor, para sua própria reeleição: foi FHC e sua turma, incluindo José Serra, Alckmin, Jereissati, Agripino, Arthur Vigilio, Cesar Maia, e toda essa turma demo-tucana.
Humoristas famosos da Rede Globo e outros canais, só agora que Serra está atrás nas pesquisas, fizeram um protesto em frente ao Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, contra a lei.
Só erraram de endereço. Deveriam tê-lo feito em frente às sedes do PSDB, do DEMos, em frente ao apartamento de César Maia (DEMos), do vice do ex-Gabeira, da mansão de José Serra (PSDB/SP) em Pinheiros, do apartamento de FHC em Higienópolis.