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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 23, 2010

ss Erra






Descaramento e sem-vergonhice

Serra passou oito anos criticando tudo de bom que o presidente Lula fez para o país e para todos os brasileiros. Criticou o Bolsa Família: chamou o maior programa de transferência de renda do mundo de" bolsa esmola". Criticou o presidente Lula porque não deixou o país quebrar como na era Serra- FHC. Na eleição de 2002, usou a Regina Duarte para fazer terrorismo eleitoral, com o famoso "eu tenho medo". Em 2005 o PDSB/DEM, seu partido e seu aliado, tentaram dar um golpe no povo. O DEM, seu aliado na figura do Bornhausen, disse que iria acabar com raça do PT por 30 anos. E agora, na eleição, vendo a viola em cacos, sentindo o gosto amargo da derrota novamente, usa a imagem do presidente Lula para se promover, para ganhar uns votos. Porque Serra não coloca imagens de FHC no seu programa, já que ele foi governo junto com FHC? O PSDB chora agora o leite derramado. Serra fez uma mega imposição ao PSDB para sair candidato à presidência. Tanto o PSDB quanto seus aliados não queriam Serra, já havia sido difícil agüentá-lo no governo de SP. Serra, avesso ao dialogo, não admite ser contrariado, é truculento, centralizador. De fato, o PSDB tinha um candidato e não era Serra, era o Aécio Neves, que o Serra detonou. Sabendo da importância de Aécio para angariar os votos do MG, Serra queria Aécio como vice. Aécio pulou fora, pois tem garantida a sua vaga no Senado. Depois desse episódio Serra amargou uma longa busca por um vice. Foi difícil, ninguém estava disposto a ser vice do Serra. Tentou o Tasso Jereissati, do PSDB, por ser do Nordeste, mas esse recusou e disse a amigos que não confiava no Serra. Tentou o Agripino Maia, do DEM, e esse também declinou. E olhe que o DEM disse que só abria a mão do vice para o Aécio Neves. Tentou o PP, o senador Francisco Dornolles, mas este também não aceitou. Por fim, nomeou por menos de 24 horas o Álvaro Dias, senador do PSDB pelo Paraná, mas não emplacou: o DEM chiou, ameaçou, e tirou da cartola um ilustre desconhecido, o tal Índio da Costa. Um garotão da elite do RJ, ex-genro do banqueiro-ladrão Cacciola, e que diz gostar de ter amantes. Depois de ter falado muitas mentiras e bobagens, anda escondido. Serra, que foi governo junto com FHC por anos, agora esconde o seu mentor. Com a popularidade de FHC beirando 15%, não seria um bom fiador para Serra. Dizem amigos chegados a FHC-Serra, que há a promessa de que, se Serra for eleito, FHC será ministro de Serra: um biscoito para acalmar FHC, que está pelas tampas com o candidato. Serra, em troca de apoio e tempo na TV, aliou-se ao que há pior na política brasileira: o DEM do Arruda, o PPS do Roberto Freire, o PTB do Roberto Jefferson (que também perdeu a paciência com Serra e o detonou e a seu marqueteiro no Twitter). Aliou-se com Roriz, que, segundo Arruda, pagou propina para o MP, mas garantiu palanque para o Serra no DF. Os políticos do PSDB/DEM nos estados, vendo que Serra não agrega votos, muito pelo contrario, em suas propagandas na TV, no rádio, nos comícios, nos santinhos, ignoram Serra, não falam dele, virou cada um por si, o Serra que se lasque. Desesperado com esse afastamento dos seus partidários e aliados, Serra, cinicamente, tenta vincular seu nome ao do presidente Lula, que combateu ferozmente por oito anos, achando que povo é bobo, que o povo não tem memória. Seria ótimo se o PT mostrasse na TV trechos do programas eleitoral do Serra em 2002, quando ele disputou a presidência com Lula, com os ataques que fez a Lula. Os adjetivos que agora cabem melhor no Serra é sem-vergonha, descarado, dissimulado, mentiroso. E esse sujeito quer ser presidente do Brasil! Vai ficar querendo!
Jussara Seixas
*DesabafoBrasil

Serra e Folha: Decadência de um modelo de manipulação midiática

Há algumas diferenças entre a campanha presidencial de 2006 e a deste ano, e uma das mais notáveis é a perda de influência dos setores da mídia que apostaram numa compreensão unilateral da informação. Esse (des)entendimento da informação como uma avenida de mão única é parte da explicação do colapso da candidatura de José Serra e do baile sociológico-estatístico sofrido por um de seus suportes, o DataFolha. Eles apostaram no mundo velho.

Por Idelber Avelar
[22 de agosto de 2010 - 09h36]
Há algumas diferenças entre a campanha presidencial de 2006 e a deste ano, e uma das mais notáveis é a perda de influência dos setores da mídia que apostaram numa compreensão unilateral da informação. Esse (des)entendimento da informação como uma avenida de mão única é parte da explicação do colapso da candidatura de José Serra e do baile sociológico-estatístico sofrido por um de seus suportes, o DataFolha. Eles apostaram no mundo velho.

Desde o princípio, a candidatura de Serra optou por um modelo de relação com a informação: a opção pela compra da boa vontade dos oligopólios de mídia com contratos públicos em São Paulo, a truculência na direção da TV Cultura e a forte tendência autoritária, censora, de ligar para redações pedindo cabeça de jornalista ou de reagir agressivamente a qualquer pergunta indócil, questionadora. Essa tendência se manifestava tão mais claramente justo quando o Sr. Serra e a direita brasileira insistiam que o governo federal “censura” a mídia, como se não soubéssemos o que a imprensa brasileira publica sobre o presidente Lula.

Superestimando o poder dos conglomerados máfio-midiáticos do país, Serra apostou neles as suas fichas e perdeu. Foi mais um de seus muitos erros, numa lista que inclui a sucessão de trapalhadas na escolha de um vice que ele nunca vira, a modorrenta e ególatra espera à qual submeteu a si e seus correligionários antes de se candidatar, a ingênua ideia de que poderia dar xeque-mate em Aécio simplesmente esperando sentado em sua cauda de pavão, o privilégio ao método de bastidores, conchavos e guilhotina em vez do embate de peito aberto na pólis. Não são esses, no entanto, os motivos de sua derrota, como sabe qualquer interessado em política brasileira que não viva em Marte. O motivo básico de sua derrota é só um: o povo quer continuar o governo Lula e quem continua o governo Lula, segundo o próprio, é a Dilma. Assim de simples.

Por isso, é de uma desfaçatez inominável que a Folha faça um editorial de cônjuge traído, chilique de cornudo(a) que se sente abandonado(a) pelo seu candidato, o mesmo que a Folha teimosamente insiste em não endossar em editorial. Lendo a Folha de hoje, não há como não fazer a pergunta: como é possível que ela não soubesse que essa seria a estratégia, que esses “erros” de Serra, afinal de contas, não são simples erros, mas consequências necessárias da própria concepção de política de Serra nos últimos tempos? Descobriram agora que ele é autoritário, não ouve ninguém, adora conchavos e tem tendência ao autismo político? Onde estiveram nos últimos vinte anos em que lhe ofereceram apoio, editorialistas da Folha? Ou vocês não enxergaram antes porque estavam lá nos bastidores dos conchavos também? Que tal agora descobrir que Serra tem uma política de comunicação baseada no unilateralismo, na troca de favores com os oligopólios e com a distorção mentirosamente neutra da informação? Que tal, por exemplo, fazer uma investigação e revelar como é possível que três funcionários ou membros do PSDB sejam "sorteados" para fazer perguntas num debate aí na sua própria cozinha, Folha? Que tal avançar nas descobertas, Folha?

A Folha não pode dizer claramente que os “erros” de Serra não foram “erros”, mas consequência lógica e inevitável de uma concepção de política. Afinal de contas, essa foi a concepção na qual a Folha apostou também, a da fabricação de escândalos, falsificação de documentos, a mentira pura e simples e a blindagem vergonhosa em volta do Sr. Serra (ao ponto de jamais terem publicado, por exemplo, jornalismo real sobre os escabrosos negócios da Educação em São Paulo). Superestimando seu próprio poder, usando um instituto de pesquisa para fazer politicagem e reagindo de forma autista a uma realidade que ainda parecem incapaz de entender, o Grupo Folha é o mais siamês parceiro de derrota de José Serra, o candidato que agora zanza como um zumbi vampiresco pelas madrugadas da internet, desdizendo hoje o que disse ontem.

Que o Grupo Folha tenha a dignidade de fazer a autocrítica dessas escolhas antes do mergulho final na irrelevância.
*revistafórum

Lula: adversário que usa minha imagem quer enganar a sociedade

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta segunda-feira (23) o uso de sua imagem pela campanha do tucano José Serra à Presidência, o que classificou de “enganação”. Na última quinta-feira (19), o presidenciável do PSDB usou imagens em que aparece ao lado de Lula durante seu programa eleitoral na TV, o que motivou uma representação do PT na Justiça contra o candidato.

Charge de Ique para o JB Online

"Todo mundo sabe que eu tenho lado, que eu tenho uma candidata, que eu tenho um partido, e todo mundo sabe quem eu quero que seja eleita presidente. É sempre muito ruim pessoas que, em momento de eleição, achem que seja possível enganar a sociedade com imagens de pessoas que você tem participação política contrária".

Apesar da crítica, Lula afirmou que o uso de sua imagem por adversários faz "parte do processo político brasileiro". O presidente disse ainda que não entrará na Justiça para impedir que adversários utilizem sua imagem. "Não vou entrar na Justiça. Quem tem que fazer isso é o partido".
*vermelho


*GilsonSampaio

Será que o Ricardo salva a grana do Serra


TCHAU JA VAI TARDE



Os tucanos estão passando o chapéu, falta dinheiro para a campanha do Serra. É que tucano rouba até tucano. Paulo Preto passou a mão em R$ 4 milhões. E dinheiro de caixa 2. Tucano pode? Até outro dia era homem de total confiança do tucanato. Mesmo quando foi preso tentando vender jóia roubada. Foi diretor do Roubanel, obra exemplo da "ingestão" do vampiro. O homem certo, no lugar exato.

Agora a coisa está feia. Será preciso pedir reforços. Quem seria? O Ricardo Sérgio de Oliveira? Afinal, este é leal e tem larga experiência no assunto, já foi tesoureiro de Serra e FHC.

O único problema é que os tucanos têm pavor do nome. Há anos está escondido em algum armário. Talvez em algum lá de Cayman. Ele não só pode acabar de vez com a eleição de José Serra, mas até mandar para a cadeia algumas aves bicudas.

Em breve nos melhores cinemas, teatros e tvs. do Brasil, uma superprodução que naufragou antes, muito antes, do que eles imaginavam.




*BrasilMobilizado

Adilson re-escreve o “E agora, José ?”
Sensacional !


É, José, em Minas dizem assim: “até nunca mais”

O amigo navegante Adilson Filho acaba de compor essa obra-prima do cancioneiro drummondiano:

Prezado Paulo Henrique,

Segue “o poema” E agora José?! ou Canção do dia “pra sempre”
Um abraço

Adilson (E agora?)

E agora, José?!


E agora, José?! (ou Canção do dia “pra sempre”)


E agora, José?

A festa acabou,

a Dilma ganhou

o Índio sumiu,

a Globo mudou..

e agora, José?

e agora, você?


você que é sem graça,

que zomba da massa,

você que fez plágio

que amou o pedágio

e agora, José?


Está sem “migué”

está sem discurso,

está sem caminho..

não pode beber,

não pode fumar,

cuspir não se pode,

nem mesmo blogar?


a noite esfriou,

o farol apagou

o voto não veio,

o pobre não veio,

o rico não veio..

não veio a utopia

não veio o João

tão pouco a Maria


e tudo acabou

o Diogo fugiu

o Bornhausen mofou,

e agora, José


E agora, José ?

Sua outra palavra,

seu instante de Lula:

careca de barba!

sua gula e jejum,

sua favela dourada

sua “São-Paulo de ouro”

seu telhado de vidro,

sua incoerência,

seu ódio – e agora ?


com a chave na mão

quer abrir qualquer porta,

não existe porta;

o navio afundou

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..

José, e agora ?


Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa da despedida

e a Miriam tirasse…

se você dormisse,

se você cansasse,

como o leitor do Noblat

se você “morresse”

Mas você não morre,

você é vaso “duro”, José !


E sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem megalomania

Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..

sem Cantanhede

para se encostar,

sem o cheiro da massa

pra você respirar..


e sem cavalo grego

que fuja a galope,

sem o Ali Babá

pra lhe arranjar algum golpe,

você marcha, José !

José, pra onde?

pra sempre?


E agora, José?

Se quando a festa acabou, o povo falou

que sem você, podia muito mais..

Então, nesse caso: Até nunca mais, José!


*conversaafiada

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