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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 31, 2010

Fidel Castro não tem dúvidas: Bin Laden é um agente pago pela CIA







Fidel Castro não tem dúvidas: Bin Laden é um agente pago pela CIA
Ex-presidente cubano diz que documentos na WikiLeaks provam ligação.
O ex-presidente cubano Fidel Castro disse que o líder da Al-Qaeda, Bin Laden, é um agente pago pela CIA que sempre aparecia para assustar o mundo quando o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, precisava.
«Sempre que Bush precisava espalhar o medo e fazer um grande discurso, Osama aparecia e ameaçava as pessoas com uma história sobre o que iria fazer», disse Fidel, após um encontro com o escritor lituano Daniel Estulin, famoso por elaborar teorias da conspiração sobre grupos que querem dominar o mundo. «O apoio de Osama nunca faltou a Bush, na realidade, ele era um subordinado», acrescentou.
Fidel disse que documentos recentemente postados no site WikiLeaks «efectivamente provaram que ele era um agente da CIA», mas Fidel não detalhou as acusações.
Os comentários do ex-presidente cubano foram publicados hoje no jornal Granma, do Partido Comunista.
Durante o encontro, Estulin disse a Fidel que a voz verdadeira de Osama foi ouvida pela última vez no final de 2001, não muito depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro. Segundo ele, a pessoa que fez os alertas sobre ataques terroristas depois daquela data, se passando por Osama Bin Laden, era um «mau actor».
*comtextolivre

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