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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, agosto 23, 2010

Protógenes está proibido "TRE" de dizer que prendeu . Além de prender Maluf, Protógenes foi responsável pela prisão do Daniel Dantas










Protógenes tem propaganda suspensa pelo TRE


Fonte: Claudio Leal
Terra Magazine

O juiz Mário Devienne Ferraz, da Justiça Eleitoral de São Paulo, acolheu pedido de liminar do deputado federal Paulo Maluf (PP) e suspendeu a propaganda eleitoral do delegado federal e candidato a deputado Protógenes Queiroz (PCdoB) na TV.

Entre os méritos de Protógenes, a propaganda apresentava a prisão de Paulo Maluf, que considerou “o conteúdo ofensivo e degradante”.

O delegado afirmou que as imagens exibidas em seu programa eleitoral “são imagens públicas da punição penal aos prejuízos causados por Maluf à prefeitura e ao Estado de São Paulo”.

Protógenes tem 48 horas para recorrer da decisão. O candidato foi notificado nesta sexta-feira (20), às 18h30.

Maluf já conseguiu a suspensão e pede também a “perda do tempo equivalente ao tempo usado no período do horário gratuito subsequente”. Se houver reincidência, haverá perda do dobro do tempo.

Por ora, Protógenes está proibido de dizer que prendeu o ex-governador de São Paulo. Além de prender Maluf, Protógenes foi responsável pela prisão do banqueiro Daniel Dantas, durante Operação Satiagraha.

*ProtógenesQueiróz

Se, sim, viúvos e viúvas do grande prócer paulista migrarão seus votos pra quem?

Serra perderá um aliado?

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Via estadão

TRE-SP barra candidatura de Paulo Maluf


Ique - 24/08/2010


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