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quinta-feira, dezembro 30, 2010
A privatização do espaço público em São Paulo
Teatro Décio de Almeida Prado que Kassab quer vender para o setor imobiliário |
Passagem cara de ônibus leva paulistano a aderir às motos
O que é melhor: desembolsar R$ 150 por mês com ônibus ou R$ 179 na prestação de uma moto? A segunda opção está se tornando cada vez mais viável em São Paulo.
Ainda mais agora, que a tarifa de ônibus vai aumentar dos atuais R$ 2,70 para R$ 3 a partir do dia 5 de janeiro.
Em 25 dias de trabalho no mês, um ônibus na ida outro na volta, o gasto mensal chega a R$ 150. Se for preciso tomar ônibus e metrô, a despesa pula para os R$ 214,50.
Há motos 0 km de baixa cilindrada com prestações de R$ 179, sem entrada. É claro que é preciso somar a isso os gastos com manutenção, combustível e documentos. Mas para muitos vale a pena.
Especialistas criticam o aumento dos ônibus justamente por incentivar a migração para as motos, que expõem os seus usuários a mais acidentes no trânsito.
Há um ano, o estoquista Marcelo Batista Santos, 26, ficou sem sua moto e voltou a andar de ônibus. Não aguentou nem o transtorno nem o gasto com as passagens.
“É um inferno! Dá até desânimo de pensar em andar de ônibus. De moto, além da economia, você não pensa duas vezes antes de sair para buscar a namorada, ir à casa de algum parente…”
A recepcionista Tatiana Pereira da Silva, 26, trocou o ônibus e o metrô pela moto.
“O desconforto era grande e dava pra pagar a prestação com o gasto da condução. Agora, nem preciso acordar mais tão cedo”, afirma ela.
A microempresária Gleice Melo de Abreu Ferraz também optou pela moto para buscar e levar as filhas no trabalho e na escola. “O custo benefício vale muito a pena.”
*Luis Favre
ACM Neto, Kassab e o inferno dos demos
Lula se decide pela concessão de refúgio ao escritor italiano Cesare Battisti
Após conhecer o conteúdo do parecer que a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou à Presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se decidiu pela concessão do asilo permanente ao escritor italiano Cesare Battisti. Segundo análise da AGU, a permanência no Brasil de Battisti, julgado à revelia pelo assassinato de quatro pessoas na Itália, na década de 1970, quando militava em um grupo de extrema-esquerda, trata-se de uma decisão soberana do Brasil. Battisti nega a culpa pelos crimes dos quais é acusado.
No início da semana, Lula afirmou que acataria “prontamente” a decisão do advogado-geral, Luís Inácio Adams, que já havia se pronunciado favoravelmente à permanência de Battisti.
A decisão poderá ser anunciada até esta sexta-feira pelo presidente Lula. De acordo com a assessoria da Presidência da República, a decisão já está tomada, mas Lula preferiu receber alguns esclarecimentos sobre os aspectos jurídicos que envolvem a questão. Segundo o chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, a intenção do presidente é “evitar desdobramentos”.
Embora a AGU não tenha confirmado a entrega do parecer ao presidente, confirmou que houve a reunião entre Lula e Adams. De acordo com a AGU, o encontro aconteceu para “despachos internos que ocorrem toda semana” e um possível anúncio deverá ser comunicado pela Presidência da República.
A concessão de refúgio poderá gerar polêmica nas relações do Brasil com a Itália, já que fere o tratado de extradição acordado entre os países. Em novembro de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti, porém definiu que a decisão final cabe ao presidente da República.
*correioBrasil
Em nota oficial, Planalto reage à 'impertinência' do governo italiano e anuncia a decisão de manter Battisti no Brasil
*osamigosdoPresidenteLula
LULA DECIDIU: BATTISTI FICA!
Última palavra sempre foi de Lula: Battisti fica
Porém, segundo a Constituição brasileira e o Supremo Tribunal Federal só Lula poderia decidir sobre isso.
Não adianta o PiG espernear.
Quem decide é o presidente soberano da República do Brasil.
Paulo Henrique Amorim
quarta-feira, dezembro 29, 2010
Popularidade de Lula é recorde mundial, diz CNT/Sensus
Quando o poder é usado como deve ou seja do povo para o povo.
106 estados-membros da ONU já reconheceram oficialmente a Palestina
A maior parte do Mundo
28/12/2010, John V. Whitbeck, Al-Jazeera
Palestine: recognising the state
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu
John V. Whitbeck é advogado, especialista em Direito Internacional, conselheiro da delegação palestina nas negociações com Israel.
Dia 17 de dezembro, a Bolívia reconheceu diplomaticamente o Estado da Palestina, nas fronteiras de antes de 1967 (toda a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, inclusive Jerusalém Leste).
Acontecido imediatamente depois de Brasil e Argentina também reconhecerem a Palestina, o reconhecimento pela Bolívia eleva para 106 o número de Estados-membros da ONU que reconhecem o Estado da Palestina, cuja independência foi proclamada dia 15 de novembro de 1988.
Embora esteja sob ocupação beligerante, o Estado da Palestina atende a todas as exigências da lei consuetudinária internacional para ser considerado estado soberano. Nenhuma porção do território palestino está reconhecida por qualquer outro país (exceto pela potência ocupante, Israel) como seu território soberano e, de fato, Israel só se tem declarado soberano em pequena porção do território palestino – Jerusalém Leste “expandida” – o que implica que todo o território restante permanece legal e literalmente território palestino não contestado.
Nesse contexto, pode ser esclarecedor considerar a qualidade e a quantidade dos Estados que já reconheceram o Estado Palestino.
Dos nove estados mais populosos do mundo, oito (todos, exceto EUA) reconhecem o Estado da Palestina. Dos vinte estados mais populosos do mundo, 15 (todos, exceto EUA, Japão, México, Alemanha e Tailândia) reconhecem o Estado da Palestina.
Por outro lado, entre os 72 Estados-membros da ONU que atualmente reconhecem a República do Kosovo como Estado independente, só aparece um dos nove Estados mais populosos do mundo (EUA); e aparecem quatro dos vinte estados mais populosos do mundo (EUA, Japão, Alemanha e Turquia).
Quando, em julho, a Corte Internacional de Justiça declarou que a declaração unilateral de independência do Kosovo não violava a lei internacional, porque a lei internacional nada diz sobre a legalidade de declarações de independência (o que significa que nenhuma declaração de independência viola a lei internacional e que, portanto, todas são “legais”; e depende de decisão política de outros Estados soberanos reconhecer ou não a independência declarada), os EUA convocaram todos os países que ainda não haviam reconhecido o Kosovo para que o fizessem imediatamente.
Passados cinco meses, apenas três novos países responderam à convocação dos EUA – Honduras, Kiribati e Tuvalu.
Se a Liga Árabe convocasse a minoria de Estados-membros da ONU que ainda não reconheceram a Palestina, para que a reconhecessem imediatamente, não cabe dúvida de que a resposta seria bem mais eloquente (tanto em quantidade quanto em qualidade) do que a que os EUA receberam, em seu apelo a favor do Kosovo. Isso, precisamente, é o que a Liga Árabe já deveria ter feito.
Não obstante a evidência (baseada em meus cálculos pouco refinados) de que os estados nos quais vive 80-90% da população do planeta reconhecem o Estado da Palestina, e que os estados nos quais vive 10-20% da população do planeta reconhecem a República do Kosovo, a “mídia” ocidental (e, de fato, boa parte, também, da “mídia” não ocidental) age como se a independência do Kosovo fosse fato consumado; e como se a independência da Palestina fosse apenas um sonho que jamais se poderá realizar sem o consentimento de Israel-EUA. E boa parte da opinião pública (incluindo, parece, a liderança dos palestinos em Ramallah) tem-se deixado levar e tem reagido, pelo menos até recentemente, como objeto passivo de lavagem cerebral.
Como em vários aspectos das relações internacionais, o que interessa não é a natureza do ato (ou crime), mas, sim, quem faça o quê a quem.
A Palestina foi conquistada e continua ocupada, 43 anos depois, por forças militares de Israel. O que a maior parte do mundo (inclusive a ONU e cinco Estados-membros da União Europeia) ainda veem como a província sérvia do Kosovo foi conquistada e continua ocupada, 11 anos depois, por forças militares da OTAN.
Mas a bandeira dos EUA está sempre hasteada no Kosovo, ao lado da bandeira nacional; e a capital, Pristina, exibe um Boulevard Bill Clinton e uma estátua gigantesca, de proporções, pode-se dizer, “soviéticas”, do ex-presidente dos EUA.
O direito brota do poder, pelo menos nos corações e mentes dos poderosos, entre os quais se contam muitos políticos e formadores de opinião ocidentais.
Enquanto isso, quando um perpétuo “processo de paz” parece ameaçado repentinamente pelo recurso pacífico à lei internacional e a organizações internacionais, a Câmara de Deputados dos EUA acaba de aprovar, por unanimidade, projeto de lei redigido pelo AIPAC (American-Israel Public Affairs Committee), que proíbe o presidente Barack Obama de reconhecer o Estado da Palestina e dá aos EUA poder de veto para impedir que chegue a bom termo qualquer iniciativa dos palestinos para tornar-se membros da ONU.
Os políticos e a “mídia” ocidental usam em geral a expressão “comunidade internacional” para falar dos EUA e outros países que aceitem apoiar publicamente os EUA em determinadas questões. E chamam de “rogue state” [estado-bandido], qualquer país que resista ativamente à dominação de EUA-Israel sobre o mundo.
Pela subserviência a Israel – como outra vez se confirma na falta de qualquer voz, uma que fosse, que protestasse contra a nova resolução da Câmara de Deputados e contra a oferta (rejeitada) que o governo Obama fez a Israel, de fato tentativa de suborno (Obama ofereceu propina gigante a Israel, em troca de suspensão por apenas 90 dias, de seu programa ilegal de colonização) – os EUA já se autoexcluíram efetivamente da verdadeira comunidade internacional. Porque a verdadeira comunidade internacional tem de incluir a grande maioria da humanidade. E os EUA já se converteram eles próprios em “rogue state” [estado-bandido], com atos de flagrante e consistente violação, tanto da lei internacional quanto dos direitos humanos fundamentais.
Deve-se esperar que os EUA arranquem-se eles próprios do abismo e recuperem a independência. Mas todos os sinais apontam na direção oposta. Triste destino, para um país tantas vezes admirável.
Crise neoliberal e sofrimento humano
Reproduzo artigo do teólogo Leonardo Boff, publicado no sítio da Adital:
O balanço que faço de 2010 vai ser diferente. Enfatizo um dado pouco referido nas análises: o imenso sofrimento humano, a desestruturação subjetiva especialmente dos assalariados, devido à reorganização econômico-financeira mundial.
Há muito que se operou a "grande transformação" (Polaniy), colocando a economia como o eixo articulador de toda a vida social, subordinando a política e anulando a ética. Quando a economia entra em crise, como sucede atualmente, tudo é sacrificado para salvá-la. Penaliza-se toda a sociedade como na Grécia, na Irlanda, em Portugal, na Espanha e mesmo dos USA em nome do saneamento da economia. O que deveria ser meio transforma-se num fim em si mesmo.
Colocado em situação de crise, o sistema neoliberal tende a radicalizar sua lógica e a explorar mais ainda a força de trabalho. Ao invés de mudar de rumo, faz mais do mesmo, colocando pesada cruz sobre as costas dos trabalhadores. Não se trata daquilo relativamente já estudado do "assédio moral", vale dizer, das humilhações persistentes e prolongadas de trabalhadores e trabalhadoras para subordiná-los, amedrontá-los e, por fim, levá-los a deixar o trabalho. O sofrimento agora é mais generalizado e difuso afetando, ora mais ora menos, o conjunto dos países centrais. Trata-se de uma espécie de "mal-estar da globalização" em processo de erosão humanística.
Ele se expressa por grave depressão coletiva, destruição do horizonte da esperança, perda da alegria de viver, vontade de sumir do mapa e até, em muitos, de tirar a própria vida. Por causa da crise, as empresas e seus gestores levam a competitividade até a um limite extremo, estipulam metas quase inalcançáveis, infundindo nos trabalhadores, angústias, medo e, não raro, síndrome de pânico. Cobra-se tudo deles: entrega incondicional e plena disponibilidade, dilacerando sua subjetividade e destruindo as relações familiares. Estima-se que no Brasil cerca de 15 milhões de pessoas sofram este tipo de depressão, ligada às sobrecargas do trabalho.
A pesquisadora Margarida Barreto, médica especialista em saúde do trabalho, observou que no ano passado, numa pesquisa ouvindo 400 pessoas, que cerca de um quarto delas teve ideias suicidas por causa da excessiva cobrança no trabalho. Continua ela: "é preciso ver a tentativa de tirar a própria vida como uma grande denúncia às condições de trabalho impostas pelo neoliberalismo nas últimas décadas".
Especialmente são afetados os bancários do setor financeiro, altamente especulativo e orientado para a maximalização dos lucros. Uma pesquisa de 2009 feita pelo professor Marcelo Augusto Finazzi Santos, da Universidade de Brasília, apurou que entre 1996 a 2005, a cada 20 dias, um bancário se suicidava, por causa das pressões por metas, excesso de tarefas e pavor do desemprego. Os gestores atuais mostram-se insensíveis ao sofrimento de seus funcionários, acrescentando-lhes ainda mais sofrimento.
A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de três mil pessoas se suicidam diariamente, muitas delas por causa da abusiva pressão do trabalho. O Le Monde Diplomatique de novembro do corrente ano denunciou que entre os motivos das greves de outubro na França, se achava também o protesto contra o acelerado ritmo de trabalho imposto pelas fábricas causando nervosismo, irritabilidade e ansiedade. Relançou-se a frase de 1968 que rezava: "metrô, trabalho, cama", atualizando-a agora como "metrô, trabalho, túmulo". Quer dizer, doenças letais ou o suicídio como efeito da superexploração capitalista.
Nas análises que se fazem da atual crise, importa incorporar este dado perverso que é o oceano de sofrimento que está sendo imposto à população, sobretudo, aos pobres, no propósito de salvar o sistema econômico, controlado por poucas forças, extremamente fortes, mas desumanas e sem piedade. Uma razão a mais para superá-lo historicamente, além de condená-lo moralmente. Nessa direção caminha a consciência ética da humanidade, bem representada nas várias realizações do Fórum Social Mundial entre outras.
*Miro
Paulistano gastará 120 reais por mês, em média, com passagem de ônibus
São Paulo tem a tarifa de ônibus mais cara do Brasil
3 reais é o novo valor da passagem de ônibus na comarca dos tucanos
Ida e volta, 6 reais
Cinco dias por semana, 30 reais
O mês inteiro, 120 reais
Sem contar eventuais passeios de fim de semana
O salário mínimo vai para 540 reais
Quatro meses e meio de passagem paulistana
A passagem mais cara do mundo
Alguém tem alguma dúvida que os demotucanos vão continuar na prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012?
O que se passa com os paulistanos?
Os tucanos podem fazer o que quiser por aqui, o povo seguirá lhes dando seu voto.
Leia matéria abaixo, que trás cálculos mais precisos:
R7
Reajuste da tarifa de ônibus em SP vai “comer” até um quarto do salário do trabalhador
A pedido do R7, o vice-presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo), José Dutra Vieira Sobrinho, fez um cálculo para comprovar o peso do aumento da tarifa no bolso do paulistano.
Considerando a passagem atual, que custa R$ 2,70, e um passageiro com renda mensal de R$ 510 e que paga duas tarifas por dia, o gasto diário com ônibus é de R$ 5,40 ou de R$ 118,80 por mês. Esse valor representa 23,3% da renda comprometida com transporte, explica Dutra.
Com o aumento proposto por Kassab - com a tarifa de R$ 3 -, o paulistano passa a gastar R$ 6 por dia ou R$ 132 por mês. Para quem ganha R$ 510 por mês, os gastos com transporte sobem para 25,9%, segundo o economista do Corecon-SP.
- Isso significa que o cara vai ter que economizar, ou seja, tirar de alguma coisa que ele comprava para pagar o transporte.
Aumento maior que inflação
A mudança no preço do ônibus representa uma alta de 11,11%, quase o dobro da inflação acumulada no ano. Até novembro, o IPCA (índice adotado pelo governo para medir a variação de preços no país) estava em 5,25%.
O economista do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) André Braz aponta que o reajuste inclui um aumento real de preços, e não apenas a reposição das perdas com a inflação, já que houve uma redução de subsídios.
- Esse aumento de 11,11% é muito maior que a inflação e incorpora um aumento real, que tem a ver com a redução do subsídio [dinheiro] que é dado pela prefeitura. Como ela vai reduzir esse montante [pago às empresas], segundo prefeito para atuar em outras frentes, o consumidor paga a conta. O aumento real será de 5,07%.
- O que pesa mais na estrutura do transporte público é a remuneração do pessoal. Tem o motorista, o despachante, o trocador, o pessoal da oficina, os funcionários do RH... Todos recebem o dissídio coletivo, o que tem impacto significativo nas contas das empresas. Como essas categorias têm sindicatos com forte poder de barganha, eles anualmente têm conquistado aumentos reais que superam a inflação média do período.
Outros fatores que contribuem para a alta da passagem do ônibus são os gastos com pneus e peças - por causa do desgaste dos ônibus - e os combustíveis. Embora não tenha ocorrido um aumento substancial no preço do diesel em 2010, o economista da FGV aponta os congestionamentos nas grandes cidades como vilões, pois fazem o consumo do diesel aumentar.
O vice-presidente do Corecon-SP concorda com o economista da FGV em relação ao aumento substancial da tarifa em São Paulo. Para Dutra, o reajuste das tarifas de ônibus deveria seguir a inflação oficial (IPCA), que deverá ficar em 5,9% neste ano, segundo estimativas do Banco Central.
- Se a passagem estava R$ 2,70 e ele [Kassab] aumenta proporcionalmente à inflação, deveria ir para R$ 2,86 [considerando a previsão do Banco Central para a inflação deste ano]. A pergunta é a seguinte: por que tem que ser maior que a inflação? Por que a tarifa tem que subir 11,11%? Assim, não há cristão que aguente.