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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 14, 2011

A droga da mídia

Mais do que não se saber o que fazer com o crack, não se sabe falar dele.
Com honrosas exceções, como a matéria de Eduardo Duarte Zanelato publicada pela revista Época, caderno São Paulo, no dia 27 de março passado e intitulada “Elas tiram as pedras do caminho, a rotina das agentes de saúde que trabalham na cracolândia para convencer os usuários de drogas a se tratarem da dependência”, a mídia tem se dedicado a publicar matérias e programas televisivos sensacionalistas e irresponsáveis a respeito do crack.
Muitas equipes de reportagem acompanharam o trabalho de agentes de saúde, enfermeiros e médicos que conseguem romper o cerco que existe entre esses intocáveis e o resto da sociedade. Foram testemunhas da persistência desses trabalhadores do SUS, do conhecimento de histórias de pessoas com vidas difíceis, quando não escabrosas, que são cuidados, que pedem ajuda. Mas não deram uma linha a respeito.
Esses repórteres conheceram homens, mulheres, jovens e crianças que deram um curso inesperado a suas vidas, e estão sendo atendidos pelas equipes de saúde da família ou pelos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS Álcool e Drogas e Infantil da Sé, mas preferem divulgar a ideia de que, se você fumar uma pedra de crack, nunca mais se livrará dela, que a pedra custa cinco reais e que por dois reais você pode adquirir outra destilada com querosene ou gasolina chamada oxi. E dá o endereço: Rua Dino Bueno com Helvetia ou seu entorno chamado “cracolândia paulistana”.
Depois da carga midiática, a população flutuante que frequenta a região dos Campos Elíseos e adjacências aumentou significativamente. Se durante a semana há centenas de pessoas nas ruas usando crack, durante o fim de semana são milhares. É só conferir.
Em 1979, Gilles Deleuze produziu um texto luminoso que começa afirmando: “Está claro que não se sabe o que fazer com a droga (mesmo com os drogados), porém não se sabe melhor como falar dela” (Duas Questões, in Saúde Loucura 3, Hucitec, São Paulo, 1991). Hoje, em 2011, também não sabemos o que fazer com a droga, temos muitas dificuldades para cuidar dos drogados e não sabemos, ou sabemos muito mal falar dela.
Quando alguém se candidata a tratar, cuidar ou, ilusoriamente, salvar essas pessoas, passa a fazer parte de um conjunto-droga: produção, distribuição, consumo, repressão, tratamento... Ser cuidador dessas pessoas requer adentrar em um território complexo, controverso e fascinante.
De que serve o consultório se eles não vão às consultas? Ou as unidades de saúde que abrem às 7 horas da manhã, se a vida nas bocadas invade a madrugada?
Em São Paulo, os profissionais do Sistema Único de Saúde conseguem se vincular com essas pessoas, baseados na práxis do cuidado, na posição ética de defensores da vida e de promotores de cidadania. Mas esses profissionais enfrentam inúmeros obstáculos.
Quanto custa conhecer a biografia de um “noia”? Conseguir que a pessoa tire seus documentos e adira ao tratamento de sua tuberculose, sífilis ou AIDS? Ainda mais quando chegam os guardas municipais, com seus famosos rapas, e deixam essas pessoas sem documento e sem remédios. O afeto dos agentes de saúde colide com o gás de pimenta da Guarda Civil Metropolitana, a truculência da Polícia Militar, a falta de vagas em abrigos, a ausência de locais atrativos para homens e mulheres como um dia foi o Boraceia.
Na edição 56 da revista Piauí, Roberto Pompeu de Toledo, em “Crianças do crack”, mostrou detalhes da vida de alguns jovens e algumas crianças e o impasse sistemático da metodologia do Serviço de Atenção Integral ao Dependente (SAID), hospital psiquiátrico conveniado com a Prefeitura de São Paulo e que importa um pacote de tratamento norte-americano.
Os meninos e meninas magistralmente descritos nessa matéria lá estão, em sua grande maioria graças ao vínculo de confiança conquistado pelos agentes de saúde, médicos e enfermeiros do Projeto Centro Legal e do Programa de Saúde da Família do Centro da Cidade de São Paulo. Porém, uma vez lá internados, nessa e em outras clínicas, eles perdem o contato com seus cuidadores. A metodologia centrada exclusivamente na internação hospitalar não se relaciona com os universos onde as pessoas vivem e por isso os processos terapêuticos ficam truncados.
É preciso repetir incansavelmente: não é possível enfrentar de modo simplificado problemas de tamanha complexidade.
Não é verdade que se você experimenta uma vez uma pedra de crack se tornará um viciado, essa ideia só funciona como alma do negócio.
Não é verdade que a internação seja “a solução” para o tratamento dos drogados, se assim fosse não haveria nas clínicas pessoas com 30, 40 ou 50 internações.
Também não é verdade que os verdadeiros toxicômanos mudem com qualquer metodologia clínica conhecida.
É preciso ter condições sociais, relacionais, biológicas e institucionais para se transformar em um verdadeiro toxicômano.
Mas cocaína e crack são absolutamente funcionais a uma sociedade que funciona por falta. O efeito fundamental dessas drogas é o da fissura, da falta de drogas e é disso que as pessoas se tornam adictos: da falta do produto e do produto que produz quimicamente falta.
E assim como a sociedade capitalista vive da produção de falta, a mídia vive da produção de notícia ruim. Os espectadores e leitores, transformados em voyeurs, consomem horas de TV e páginas de jornais e revistas.
Mas a formação do caráter do cuidador ensina ao mesmo tempo nunca cantar vitória e procurar os pontos e linhas de vida em qualquer experiência. Vemos que nem tudo está perdido. Enquanto termino de redigir estas linhas, leio na Folha de S.Paulo a entrevista de Paulina Duarte, Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, sob o título “Falar que o País vive epidemia de crack é grande bobagem”, no qual pode se apreciar serenidade e seriedade.
Mais além de começar a desmontar essas ideias alarmistas e que incitam ao consumo, a mídia poderia se questionar a respeito da eficácia de sua ação e divulgar com maior cuidado os resultados positivos do trabalho de tratamento dos CAPS – Álcool e Drogas, dos consultórios de rua, da equipes de redutores de danos, dos atendimentos de urgência em hospitais e pronto socorros, etc.
O trabalho das equipes de Saúde da Família do Centro da Cidade de São Paulo precisa ser estudado. Elas são a porta de entrada para um mundo quase impenetrável e se pudessem atuar de modo integrado, sem dúvida, teriam maior eficácia. Nunca esquecendo de que o problema das drogas não é de exclusiva competência da saúde.
As manobras e propagandas contra as drogas só promovem exclusão e incitação ao uso. E por outro lado, como afirmou um enfermeiro que atua na região, a cracolândia é o lugar mais democrático da cidade, ali qualquer um é aceito.
Divulgando cada passo positivo, valorizando o trabalho desses cuidadores, a mídia provavelmente não faria bons negócios, mas contribuiria para uma das mais preciosas tarefas da construção da democracia: a de tratar como cidadãos os nossos piores congêneres.
Antonio Lancetti é psicanalista, autor de Clínica Peripatética (Editora Hucitec). Morador do bairro Campos Elíseos, em São Paulo, próximo à cracolândia.
*comtextolivre

Carlos Latuff: Prêmio de Melhor Charge

Uma tira de cartoon que descreve a resposta espirituosa de uma criança palestina aos comentários racistas de um garoto israelense venceu nos Estados Unidos "Prêmio de Melhor Charge".
O prêmio foi dado ao cartunista brasileiro Carlos Latuff pelo cartoon "Once Upon a Time, em Rafah," Fars News Agency.
No desenho, o garoto israelense aborda a criança palestina, dizendo:
- "Meu pai me disse que os árabes são animais terroristas".
Em resposta, o espirituoso dicas criança palestina a violência de Israel, dizendo:
- "Meu pai não me disse nada! Ele foi assassinado pelo seu."
*comtextolivre

quarta-feira, julho 13, 2011

Kassab, o brinquedo assassino





O prefeito Gilberto Kassab é um fenômeno político. Criou um modelo de gestão que consiste em não fazer absolutamente nada sério pela cidade de São Paulo, a não ser destruí-la. Conseguiu se reeleger assim.

Em um requinte de nulidade, criou um partido assumidamente sem ideologia: “Não é de direita, nem de centro, muito menos de esquerda”. Tamanha sinceridade poderia até merecer elogios, se ignorássemos o que isso quer dizer. Sabiamente, o tal PDB já foi apelidado em Brasília de Partido da Boquinha.

Enquanto isso, Kassab avança em seu projeto de tornar a vida do paulistano ainda mais insuportável. Enquanto as enchentes não voltam, ele se ocupa em bancar o Estádio do Corinthians com dinheiro público, numa das maracutaias mais indecentes da história da República.

Não bastasse São Paulo ser uma metrópole árida e feia, a prefeitura decidiu doar uma área verde de 20 mil metros quadrados, com diversos equipamentos sociais e de lazer num bairro nobre da cidade. A empresa que assumir o terreno, provavelmente para erguer espigões e impermeabilizar o solo, terá que construir 200 creches em contrapartida.

Aí fica clara a dupla incompetência da gestão Kassab. Além de ser incapaz de manter um terreno que empresta alguma dignidade urbanística à capital, assume de público ser incompetente para construir creches. É um atestado de inépcia, arrogância e burrice que vai entrar para a história da falência do poder público neste país.

Como só está para brincadeira, Kassab, o boneco Chucky da administração municipal, na mesma semana, conseguiu que a Câmara reajustasse o salário do próprio prefeito e de seus secretários. O cara é um Highlander, um Freddy Krueger, um Coringa!

Nada mal, para quem veio do nada, chegar assim a lugar nenhum. Ainda bem que ele não pode mais se reeleger. Era até capaz. O paulistano, quando vai às urnas, é um pesadelo. Só elege vilões.

*esquerdopata

Em entrevista, Obama cogita não pagar previdência e pensões em agosto

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ameaçou nesta terça-feira (12/07), em entrevista à rede de televisão CBS, não liberar o pagamento do mês de agosto da previdência social além das pensões para veteranos de guerra e inválidos. Isso ocorreria, segundo o chefe de Estado, se o congresso norte-americano não concordar em elevar o teto da dívida do país até o dia 2 de agosto.
"Não posso garantir que os valores serão pagos no dia 3 de agosto se não resolvermos essa questão. Simplesmente porque não há dinheiro nos cofres para pagá-los", afirmou Obama na entrevista.
A entrevista foi divulgada um dia depois de o presidente ter dado uma polêmica declaração de que se o país fracassar em elevar o teto da dívida, os EUA poderão entrar em uma nova recessão e deixar milhões de trabalhadores desempregados.
Ele cobrou união do Congresso para a realização de um acordo amplo, mas enfrenta resistência dos republicanos que não querem aumentar impostos.
O teto da dívida dos EUA, acima de 14 trilhões de dólares, foi alcançado em maio deste ano. Desde então, o governo precisou congelar seu endividamento. Por causa da alta da receita fiscal, o governo dos EUA ainda acredita que terá caixa para honrar os compromissos até agosto.
Entretanto, se o novo teto não for aprovado, os Estados Unidos correm o risco de deixar de pagar títulos da dívida que irão vencer, o que será uma moratória, mesmo que em curto período. Na terça, Obama disse que os EUA "nunca deixaram nem deixarão de pagar sua dívida".
*operamundi

Enquanto a economia mundial vai pras cucuias, o mercado da morte vai “muito bem, obrigado”

A espiral explosiva da despesa mundial em armamentos
Sem surpresa, os EUA são responsáveis por metade das despesas*
Redacção Global da Prensa Latina

segue abaixo

Trilhões para a Guerra nem 0,1 centavo para a PAZ

As despesas mundiais em armamento, sempre encabeçadas pelos Estados Unidos, tiveram em 2010 um crescimento de 1,3 por cento, atingindo um trilião e 630 mil milhões de dólares.
Os cem maiores fabricantes mundiais de armamento, com excepção da China, venderam 401 mil milhões de dólares de produtos bélicos em 2009, com o recorde para os Estados Unidos, cuja encomenda governamental continua a elevar-se.
Com a despesa mundial em armamentos durante 2010 poderiam manter-se 212 milhões de crianças de aproximadamente um ano, ao custo médio necessário num país desenvolvido europeu. A manutenção estimada por criança ali, segundo fontes extra-oficiais, é de quatro mil 715 dólares ao ano, enquanto o investimento em meios bélicos aumentou em 2010, globalmente, a um trilião e 630 mil milhões de dólares.
Nove milhões de crianças morrem de fome anualmente no mundo, e só o protótipo do super avião britânico não tripulado Taranis acumulou um custo de 215 milhões de dólares, os que bastariam para alimentar 45.599 crianças ao ano.
Nos países do sul poderiam alimentar-se muitos mais pequenos, se só se tratasse de cobrir as necessidades básicas para não morrer de inanição e de doenças previsíveis ou curáveis, ainda que o anterior se assume hoje só como relações matemáticas.
Mas o Tiranis, nome do Deus celta do trovão e qualificado como “a cúpula” da engenharia britânica e do desenho aeroespacial não é o maior exemplo bélico, pois as despesas em armamentos compreendem enormes meios com capacidade de destruição totalmente global.
O Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo (SIPRI) considera, no seu relatório sobre o ano passado, que as armas nucleares continuam a representar um grande perigo apesar das promessas de redução.
Como causa da pronunciada pirâmide armamentista, intensifica-se a luta pelas riquezas naturais devido ao aumento da procura internacional e da penúria induzida especialmente pelas mudanças climáticas.
Neil Melvin, director no SIPRI do programa Conflitos Armados e Gestão dos Conflitos, considera que os recursos são “um factor maior de conflito”.
Em sua opinião, o petróleo tem desempenhado o seu papel nas tensões no Sudão e na Líbia, onde contribui para a guerra civil, ao que pode acrescentar, na opinião de analistas, que motiva também os bombardeamentos da OTAN.
O aumento súbito da procura pelo consumo, segundo o SIPRI, é a causa principal de uma concorrência crescente na busca de recursos exploráveis, até no Árctico, e do aumento dos preços, sobretudo os da alimentação.
Ante tais previsões, o alarme é maior se se considera que os preços dos alimentos poderiam duplicar de agora a 2020.
Em relação a isto, os múltiplos actos de violência da chamada primavera árabe foram engendrados em grande parte “por distúrbios causados pela fome” e os altos “preços dos produtos alimentares”, opina.
Sobre as armas nucleares, o SIPRI explica que as reduções anunciadas foram amplamente compensadas mediante a modernização e a multiplicação dos vectores.
Só oito países possuem mais de 20.500 ogivas nucleares.
Desse total, “mais de cinco mil estão deslocadas e prontas para serem usadas, e duas mil são mantidas em estado de elevado alerta operacional”.
Cinco desses estados, assinantes do Tratado de não Proliferação, “ou já estão deslocando novos sistemas de armas nucleares, ou têm anunciado a sua intenção de o fazer”.
Considera assim mesmo que as despesas mundiais em armamento, sempre encabeçadas pelos Estados Unidos, experimentaram em 2010 um crescimento de 1,3 por cento, até o trilião e 630 mil milhões de dólares.
Os cem maiores fabricantes mundiais de armamento, excepto a China, venderam 401 mil milhões de dólares de produtos bélicos em 2009, com o recorde para os Estados Unidos, cuja encomenda governamental continua a elevar-se.
O seu orçamento militar para 2011 é de 708 mil milhões de dólares, 42,8 por cento da despesa mundial, com o que quase atinge a soma de todos os demais países.
Não obstante o dispendioso - e na opinião de muitos inútil - comércio e despesa em armas, a realidade evidencia que este custo é insustentável, a não ser que se reembolse mediante a conquista de territórios e de outros recursos.
Promover as guerras - fratricidas todas elas - conduz ao aniquilamento humano.
Durante a última década, dois milhões de crianças foram assassinadas em guerras, e calcula-se que 150 milhões são exploradas como força de trabalho.
Quatro milhões de recém-nascidos, segundo meios jornalísticos, morrem no primeiro mês de vida, 82 por cento não recebem antibióticos, vários milhões de menores de 14 anos têm AIDS e 500 mil mulheres falecem anualmente ao parir.
Ademais, 600 milhões de crianças no mundo são vítimas da pobreza, 100 milhões vivem na rua, 150 milhões de meninas e 73 milhões de menores de 18 anos são explorados sexualmente e um milhão e 800 mil caíram no comércio sexual.
Expande-se a opinião de que “há muito os países poderosos… escolheram o caminho do armamento e da guerra para resolver as suas carências de energia e outros recursos naturais, sem pensar e analisar o que podem acarretar estes factos no futuro”.
O Taranis, capaz de empreender tanto tarefas de espionagem e vigilância como de transportar armas para atacar todo tipo de alvos, foi desenvolvido por BAE Systems, Rolls-Royce, Qinetiq e GE Aviation com o apoio do Ministério de Defesa britânico, durante quatro anos concluídos em 2010.
Gerald Howarth, o ministro para Assuntos de Defesa, declarou à BBC Mundo que “Taranis é um projecto realmente de vanguarda. Primeiro do seu tipo no Reino Unido, reflecte melhor os avanços de desenho e as capacidades tecnológicas de nosso país e constitui um programa líder no cenário mundial”.
Mas “é um primeiro passo para o Reino Unido”, pois “não se trata de um avião que vá entrar em serviço, mas de uma demonstração tecnológica que provará técnicas, demonstrará capacidades e assinalará a direcção na qual vamos”.
Segundo as pesquisas, compreendeu-se de que se trata… e é só um exemplo.
Sobretudo quando os deficits públicos se mantêm à ordem do dia, descem as despesas sociais, se privatizam bens do património, também na União Europeia, e se elevam os orçamentos militares em países aos quais ninguém agride.
Os seus investimentos bélicos impedem salvar aos famintos, ao mesmo tempo que provocam a morte, também em espiral.
(*) Redacção Global da Prensa Latina.

Charge do Dia

Brasil vence concorrência mexicana e terá fábrica da BMW



A BMW escolheu o Brasil e não o México para construir sua nova fábrica de automóveis prevista para a América Latina. Principais concorrentes da márca bávara, Audi e Mercedes-Benz já tiveram produtos produzidos aqui, mas as operações não prosperaram. O local das novas instalações, quais modelos serão produzidos e o montante investido pela fabricante no novo empreendimento ainda não foram anunciados pela filial brasileira.

As informações foram dadas, em primeira mão, pelo engenheiro e jornalista automotivo Fernando Calmon, por meio de seu perfil no Twitter. Calmon afirmou que rumores dão conta de que o SUV compacto X3 seria o primeiro modelo fabricado na planta brasileira.

Outra possibilidade levantada pelo engenheiro e jornalista é a de que o modelo que sairá da fábrica brasileira da BMW deverá montado em regime SKD (Semi Knocked Down), o que significa conjuntos semidesmontados. Esse tipo de produção indica uma capacidade limitada de manufatura na planta e também que a produção em si não demandará altos investimentos. A instalação da fábrica foi disputada por seis estados brasileiros.

A próxima marca a ter uma operação fabril em território nacional pode ser a Mazda. Recentemente a fabricante japonesa escolheu o México para abrigar uma planta. Após decidir-se pelo país da América do Norte, executivos da marca afirmaram que "pode ser a vez do Brasil" quando perguntados sobre onde a Mazda faria seu próximo investimento.

*esquerdopata

Ascenção Social


*esquerdopata

Jornal britânico Financial Times vê limites no lulismo

Segundo o jornal britânico Financial Times (FT), o governo de Lula foi marcado por uma combinação de benefícios sociais, generosos aumentos do salário mínimo, acesso mais fácil ao crédito e um controle estável da economia. Essa estratégia, endossada pela chegada de 33 milhões de pessoas à classe média em seus oito anos de governo, levou o lulismo a ser alardeado como uma solução para os problemas da América Latina, uma região marcada pela desigualdade entre as classes sociais.
O Financial Times acredita que o governo Lula construiu a base para a expansão da classe média ao lançar o Bolsa Família e elevar consideravelmente o salário mínimo. Também "aproveitou a boa sorte" ao se tornar um forte parceiro da China e exportar commodities para o gigante asiático, o que ajudou a economia brasileira a sair forte da crise financeira mundial.