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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 13, 2011

Brasil vence concorrência mexicana e terá fábrica da BMW



A BMW escolheu o Brasil e não o México para construir sua nova fábrica de automóveis prevista para a América Latina. Principais concorrentes da márca bávara, Audi e Mercedes-Benz já tiveram produtos produzidos aqui, mas as operações não prosperaram. O local das novas instalações, quais modelos serão produzidos e o montante investido pela fabricante no novo empreendimento ainda não foram anunciados pela filial brasileira.

As informações foram dadas, em primeira mão, pelo engenheiro e jornalista automotivo Fernando Calmon, por meio de seu perfil no Twitter. Calmon afirmou que rumores dão conta de que o SUV compacto X3 seria o primeiro modelo fabricado na planta brasileira.

Outra possibilidade levantada pelo engenheiro e jornalista é a de que o modelo que sairá da fábrica brasileira da BMW deverá montado em regime SKD (Semi Knocked Down), o que significa conjuntos semidesmontados. Esse tipo de produção indica uma capacidade limitada de manufatura na planta e também que a produção em si não demandará altos investimentos. A instalação da fábrica foi disputada por seis estados brasileiros.

A próxima marca a ter uma operação fabril em território nacional pode ser a Mazda. Recentemente a fabricante japonesa escolheu o México para abrigar uma planta. Após decidir-se pelo país da América do Norte, executivos da marca afirmaram que "pode ser a vez do Brasil" quando perguntados sobre onde a Mazda faria seu próximo investimento.

*esquerdopata

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