Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 26, 2011

Murdoch em Oslo

O ódio ao imigrante é um dos produtos de um jornalismo sórdido que alimenta a direita, da Alemanha à Inglaterra, dos EUA ao Brasil.
Mauro Santayana
Mauro Santayana é colunista da RdBMurdoch símboliza a manipulação das ideias, a serviço do fundamentalismo mercantil. A crise política de 1929 fez com que o capitalismo alemão financiasse Hitler. Mediante o controle dos meios, o nazismo envenenou parte do povo alemão. A crise atual do capitalismo neoliberal financiou Murdoch e seus 200 jornais no mundo – mas ele não está só.
Entre as explicações para a grande tragédia de Oslo –  anúncio sangrento de que o nazismo, com outros nomes, está de volta –, uma não mereceu maior atenção dos analistas: a influência dos grandes meios de comunicação, como os controlados por Rupert Murdoch, xenófobos, anti-islâmicos, defensores de uma “Europa limpa e pura”.
Não é difícil associar o processo de homogeneização dos meios de comunicação do mundo inteiro – na defesa de ideias como as de que há uma guerra de civilizações, entre o Islã e o Ocidente Cristão – e o crescimento global de organizações de extrema direita. Melanie Phillips, no Daily Mail, resumiu a situação: “Brejvik talvez seja um psicopata desequilibrado, mas o que emerge agora de seu ato atroz é o delírio de uma cultura ocidental que perdeu sua razão”.
Por mais voltas que dermos à inteligência, na busca de profundas e complexas interpretações para essa tendência ao suicídio da civilização contemporânea, sempre chegaremos à ideia mais simples: o capitalismo apodreceu o que restava de solidariedade no processo de civilização ocidental ao universalizar o american dream, fundado na competição e no êxito individual, de qualquer forma. Quando um líder chinês, Deng Xiaoping, proclama que é bom enriquecer, o calvinismo se une ao taoísmo para sepultar Mao Tsé-tung e execrar Marx.
O grande perigo da infecção que, sob a Alemanha de Hitler, se identificou no nazismo é a combinação do instinto das feras – que lutam pela supremacia em seu espaço de caça – com a aparente lógica científica. O racismo é o mais perfeito “apodrecimento da razão”, conforme a definição de Lukács. Investigações recentes sobre a inteligência revelam que não há a menor diferença da capacidade mental entre todas as etnias do mundo: um negro africano tem, em média, o mesmo QI de qualquer nórdico. O que pode diferenciá-los, como indivíduos, e não como grupos étnicos, é a educação, isto é, o treinamento intelectual.
Desde que as sociedades políticas se organizaram, a linguagem passou a servir como instrumento de convencimento a favor do poder e como arma na resistência contra os opressores. A retórica está a serviço do poder, legítimo ou não; a crítica serve à resistência libertária. Como em tudo o mais, o melhor exemplo é grego: os oradores se dividiam, na praça pública, em defesa dos governantes ou contra eles. E os outros meios de comunicação – textos literários, ensaios filosóficos e, sobretudo, o teatro – iam mais além, na crítica ou no elogio ao sistema político de então.
As coisas não mudaram muito em sua essência, mas a tecnologia ampliou a força da palavra – e da imagem. A maioria dos mais poderosos veículos é controlada pelo poder financeiro, e tem servido para submeter governantes aos seus interesses. A técnica é impor o pensamento único e exacerbar a violência, a fim de manter os povos submissos, reduzir os homens à condição de trabalhadores dóceis e consumidores vorazes.
Murdoch é hoje o símbolo da manipulação da verdade e das ideias, a serviço do fundamentalismo mercantil. A crise política de 1929 fez com que o capitalismo alemão financiasse Hitler e seus criminosos. E mediante o controle dos meios de comunicação o nazismo envenenou parte do povo alemão com o mito da superioridade racial. A crise atual do capitalismo neoliberal financiou Murdoch e seus 200 jornais no mundo – mas ele não está só.
O ódio ao imigrante, um dos produtos desse jornalismo sórdido, deu origem a Brejvik, e alimenta a direita, da Alemanha à Inglaterra, dos Estados Unidos a São Paulo e ao Rio Grande do Sul. Os muçulmanos são os novos judeus da Europa, enquanto, para a extrema direita nacional, os negros, nordestinos e mestiços são os odiados “muçulmanos” do Brasil.

Jô Soares detona campanha do Padreco


*comtextolivre

quinta-feira, agosto 25, 2011

Jô Soares faz críticas à Rede Globo como as pessoas mudam





*militância

McDonald’s e o inferno do trabalho

Por Vivian Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Pesquisa aponta que o McDonald’s é a empresa que mais contrata no Brasil e uma das cem melhores empresas para se trabalhar no país. A avaliação divulgada nesta semana foi produzida pelo Instituto Great Place to Work – que atua no país em parceria com a revista Época (Editora Globo). No entanto, a rede de fast food é alvo de denúncias de funcionários e do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis e Restaurantes de São Paulo (Sinthoresp). As principais denúncias são em função dos baixos salários e ambiente de trabalho degradante.



Cuidado, Dilma. FHC é traíra!

Por Altamiro Borges

Josias de Souza relata em seu blog: “Nesta terça (23), após fazer uma palestra a empresários, FHC conversou rapidamente com os repórteres. Falou sobre corrupção. Sem citar o nome de Lula, o grão-tucano responsabilizou-o pela sistematização dos malfeitos: ‘[É preciso] acabar com a corrupção sistêmica que, na verdade, foi o que foi sendo consolidado no governo anterior [de Lula]’”.

CARTA DE CHE GUEVARA Á JUVENTUDE COMUNISTA

http://cille85.files.wordpress.com/2009/04/che1.jpg


"O jovem comunista sempre foi e sempre será símbolo de renovação; não este símbolo descaracterizado, mistificado e calcado numa fé que não trabalha; mas um jovem que tenha a honra de ser comunista e que demonstra sê-lo com orgulho e a cada momento, porque esta é a sua bandeira.

É necessário que tenha a consciência de dever para com a sociedade, com os seres humanos, com a humanidade. Sensibilidade para identificar os problemas e injustiça; inconformidade e espírito guerreiro contra todo e qualquer formalismo. O jovem comunista deve sempre ser um exemplo vivo, um espelho para os mais velhos que já perderam a sua jovialidade, o entusiasmo juvenil e a fé na vida e que, frente a esses exemplos acabam sempre por reagir vem.

Ser jovem comunista é ser essencialmente humano, ser tão humano que este sentimento seja capaz de purificar o próprio homem através do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade para com seu povo e todos os povos do mundo. É desenvolver o máximo a sua sensibilidade e sentir-se entusiasmado frente a uma injustiça cometida em qualquer canto do mundo, mas também sentir-se entusiasmado quanto, em algum canto do mundo, se alçar uma nova bandeira.

O jovem comunista não deve ser limitado pelas fronteiras, deve ser um internacionalista proletário, baseado nos exemplos vitoriosos de uma realidade palpável na luta contra o imperialismo e todas as formas de opressão dos sistemas injustos. Somos um facho de luz, unidos no mundo ideal, um espelho aos povos da América, aos povos oprimidos do mundo, que lutam por sua liberdade. Devemos ser sobretudo dignos desses exemplos.
Os jovens devem ser românticos, idealistas inveterados, quase utópicos; mas capazes de mostrar que uma nova sociedade é possível.

Cabe ao jovem trabalhar todos os dias, aumentar seus conhecimentos sobre o mundo que o rodeia, colocando sempre os problemas do mundo como seus próprios problemas. E, assim, com o passar dos anos, de muitos sacrifícios e de muitas vezes termos estado á beira da destruição, teremos criado, junto com os povos do mundo, a sociedade comunista, o nosso ideal!"
 

SETE BILHÕES (EU DISSE SETE!) DE PESSOAS NA TERRA EM 2011 - EM ORDEM INVERSA A PRODUÇÃO DE ALIMENTO QUE DECLINA = GUERRA?

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2010/06/18/article-1287643-06A92BFC000005DC-110_468x226.jpg A população mundial superará a barreira dos 7 bilhões de pessoas em 2011, sendo a África o continente que mais cresce, segundo estudo bianual publicado pelo Instituto Francês de Estudos Demográficos (Ined) neste mês de agosto.

Segundo o relatório, a população mundial levou 12 anos para chegar aos 7 bilhões, depois de superar os 6 bilhões em 1999.
http://studentsfile.com/wp-content/woo_custom/14-crowd.jpg
De acordo com as projeções do Ined, a Terra terá 8 bilhões de pessoas em 2025.
Este ano, o crescimento se estabilizará durante um século, situando-se entre 9 e 10 bilhões de pessoas, segundo o Ined - que faz seus estudos em paralelo aos da ONU, o Banco Mundial e outros institutos nacionais.
http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2011/07/19/article-2016459-007F7CAD1000044C-615_468x305.jpg
Em 2011, o crescimento demográfico mundial cairá 1,1% em 2011, visto que contrasta com o aumento de 2% alcançados há 50 anos, segundo o estudo.
A desaceleração do crescimento responde à diminuição da taxa de fecundidade mundial, que caiu a uma média de 2,5 anos por mulher contra cinco filhos em 1950.
http://confusedious.files.wordpress.com/2011/05/cropped-confusediousheader.jpg
Confira vídeo: POPULAÇÃO MUNDIAL CHEGA A 7 BILHÕES EM 2011 da revista NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL que vai discutir os desafios do crescimento da população mundial, que está prestes a atingir esta elevada marca de habitantes. A série de grandes reportagens começou na edição de janeiro. 

Neste vídeo, veja detalhes da reportagem de capa de revista NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL de janeiro.
 
O Ined destaca as enormes diferenças entre alguns países, como por exemplo no Níger (sete filhos por mulher) frente a Taiwan (com taxa de 0,9).http://churchandstate.org.uk/wordpressRM/wp-content/uploads/2011/01/promulgation.jpg
A África é o continente onde o crescimento demográfico continuará em clara ascenção, principalmente na zona subsaariana, assim como uma parte da Península Arábica e as regiões que vão do Afeganistão ao norte da Índia.
http://drpinna.com/wp-content/uploads/2011/03/population-explosion.jpg
A população africana poderia quadruplicar em um século, segundo o Ined, passando de 800 milhões de pessoas no ano 2000 para 3,6 bilhões em 2100, apesar da alta mortalidade causada pela Aids.
"Em menos de um século, uma em cada três pessoas viverá na África, contra uma em cada sete hoje em dia", explicou à AFP o investigador Gilles Pison, autor do estudo.
http://www.spotlightofpeace.com/wp-content/uploads/2011/01/population.jpg Confira vídeo da BBC: Quantas pessoas podem viver na Terra? (Parte ¼) Em um programa especial, o naturalista Sir David Attenborough investiga se o mundo ruma a uma crise populacional. Em sua longeva carreira, ele observou a população humana mais que dobrar, de 2.5 bilhão em 1950 para quase 7 bilhões. David reflete sobre os efeitos profundos desse rápido crescimento, para o homem e para o meio ambiente. Embora a maior parte do crescimento projetado da população provenha do mundo em desenvolvimento, é o estilo de vida de muitos países do ocidente que mais impacta o planeta. 

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2011/01/25/article-1350373-0CE6CA6A000005DC-187_468x549.jpg
Alguns peritos sustentam que os consumidores da Grã-Bretanha usam duas vezes e meia a parcela que teriam direito sobre os recursos. David afirma que não é apenas obrigação do homem se comprometer a ter famílias pequenas, mas de mudar sua forma de vida pelo bem da humanidade e do planeta.
Atualmente, os países mais populosos do mundo são China (1,33 bilhão), Índia (1,17 bilhão), Estados Unidos (306,8 milhões), Indonésia (243,3 milhões), Brasil (191,5 milhões), Paquistão (180,8 milhões) e Nigéria (162,3 milhões).
http://www.medlock-method.co.uk/blog/wp-content/uploads/2009/07/taipei-hsimen-ding-2005-0631-1023x769.jpg
Estes países representam mais da metade da população mundial.

Em menos de 10 anos, a Índia se tornará o país com mais habitantes da Terra, com um crescimento anual de 28 milhões de pessoas, superando a China, que aumenta anualmente 16,3 milhões de pessoas.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTGrT40RUl0c2HyAe4LgSla2FVQyP6dL8Q20zjrnRqwtmPJR2czsrLFXEBJ5_gZR72cCgIjnQ94cXYIgVTmfdih7UmptRniRr8jTl75yayM2pRP7QUE7dHnJBWzlPzpv2mz-xa3al-bc/s400/crowd.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTGrT40RUl0c2HyAe4LgSla2FVQyP6dL8Q20zjrnRqwtmPJR2czsrLFXEBJ5_gZR72cCgIjnQ94cXYIgVTmfdih7UmptRniRr8jTl75yayM2pRP7QUE7dHnJBWzlPzpv2mz-xa3al-bc/s400/crowd.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTGrT40RUl0c2HyAe4LgSla2FVQyP6dL8Q20zjrnRqwtmPJR2czsrLFXEBJ5_gZR72cCgIjnQ94cXYIgVTmfdih7UmptRniRr8jTl75yayM2pRP7QUE7dHnJBWzlPzpv2mz-xa3al-bc/s400/crowd.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTGrT40RUl0c2HyAe4LgSla2FVQyP6dL8Q20zjrnRqwtmPJR2czsrLFXEBJ5_gZR72cCgIjnQ94cXYIgVTmfdih7UmptRniRr8jTl75yayM2pRP7QUE7dHnJBWzlPzpv2mz-xa3al-bc/s400/crowd.jpghttp://blogs.thehindu.com/delhi/wp-content/uploads/2009/07/2009072650050301.jpghttps://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipTGrT40RUl0c2HyAe4LgSla2FVQyP6dL8Q20zjrnRqwtmPJR2czsrLFXEBJ5_gZR72cCgIjnQ94cXYIgVTmfdih7UmptRniRr8jTl75yayM2pRP7QUE7dHnJBWzlPzpv2mz-xa3al-bc/s400/crowd.jpg
Segundo o estudo, a classificação dos países mais populosos mudará pouco em 2050: a Índia terá 1,69 bilhão de habitantes, à frente da China 1,31 bilhão, a Nigéria 433 milhões, os Estados Unidos, 423 milhões.
http://www.tribuneindia.com/2005/specials/tribune_125/population.jpg
O Paquistão se situará na quinta posição, seguido da Indonésia, enquanto Bangladesh alcançará o sétimo lugar, desbancando o Brasil.

A União Europeia tem atualmente 502,2 milhões de habitantes, mas registrará um leve crescimento até 2050, quando o Ined prevê que alcance os 513 milhões.
http://assets.knowledge.allianz.com/img/global_risks_2011_demographic_challenges_population_cluster_bombs_rtr2ekxx_ah_26530.jpg
A população da Espanha, com 46,2 milhões de pessoas, praticamente não crescerá até a metade do século XXI, quando chegar aos 49 milhões.
.
Confira vídeo da BBC – Quantas pessoas podem viver na Terra? (Parte 2/4)

 
A América Latina sofrerá um crescimento importante até 2050, passando de 596 milhões de habitantes a 746 milhões de pessoas.

Em 40 anos, o México será o país que terá o maior crescimento - à frente do Brasil -, passando de 114,8 milhões de pessoas para 144 milhões. Será seguido de Argentina (de 40,5 para 58 milhões), Venezuela (de 29,3 a 42 milhões), Guatemala (de 14,7 a 27 milhões) e Bolívia (de 10,1 a 17 milhões).
http://www.blogcdn.com/massively.joystiq.com/media/2009/06/mmogrowthstrategyanalyticsreport2_580px.jpg
Por outro lado, o Japão é o país do mundo com maior número de pessoas idosas - 23% da população têm 65 anos ou mais -, à frente da Alemanha (21%).
http://www.risingsunofnihon.com/wp-content/uploads/2011/02/japan-population-growth.jpg
O país asiático também é aquele com maior expectativa de vida, 83 anos, enquanto a média mundial é de 70 anos.

A expectativa de vida na União Europeia é de 80 anos, enquanto Afeganistão e Zimbábue têm as mais baixas, com 44 e 46 anos, respectivamente.
 
 
*militânciaviva 

EMBAIXADA DA VENEZUELA NA LÍBIA É ASSALTADA E SAQUEADA




(ANSA) - A Embaixada da Venezuela na Líbia, localizada em Trípoli, foi "assaltada e saqueada" hoje, informou o presidente Hugo Chávez, citando um informe do ministro de Comunicação e Informação, Andrés Izarra. 

O mandatário venezuelano classificou o ataque como um atentado contra a própria Venezuela, "levando em conta que uma embaixada é território do país que representa", observou.   

Chávez declarou hoje na sede do governo, o Palácio de Miraflores, que o "drama da Líbia" não irá terminar com a queda do governo de Muammar Kadafi, mas ao contrário disso, "irá começar". "Destroçaram um país e não foi [culpa de] Kadafi", mas da "loucura imperial e da crise do capitalismo global", criticou.  

Para ele, a perseguição a Kadafi vivo ou morto faz parte desta "loucura desatada" que classificou como "pilhagem" por parte dos países que alimentam interesses "imperialistas". Segundo o venezuelano, "não os interessa que saibamos" o que ocorre na Líbia.    

Chávez lembrou que, "além do destino do nosso amigo Kadafi", incontáveis crianças foram vítimas do conflito que está em curso no país. Ele ainda revelou ter informações que comprovam que a entrada em Trípoli por parte do exército rebelde foi feita "em meio a um massacre da população civil" que incluiu "bairros inteiros".   

"Falam de dois ou três mil [mortos], ninguém sabe, ninguém saberá a cifra exata", concluiu o presidente, que ontem afirmou que só reconheceria um governo na Líbia caso este fosse liderado por Kadafi.   

O chefe de Estado venezuelano recebeu o secretário do Comitê Popular Geral de Planejamento e Finanças da Líbia, Abdulhafid M. Zlitni, enviado do ditador Muammar Kadafi, no começo deste mês.  

Ele disse na ocasião que Kadafi estava "resistindo à agressão da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], que bombardeia até meios de comunicação", e ao mundo, que assiste a tudo de braços cruzados.
*Cappacete

Greve nacional no Chile: os conflitos e limites de um modelo




Uma greve nacional de dois dias segue no Chile nesta quinta-feira, resultando em confrontos violentos entre policiais e grevistas. Segundo o governo, 36 pessoas ficaram feridas e 348 foram detidas nos confrontos. Inúmeros sindicatos aderiram ao chamado da Central Unitária de Trabalhadores (CUT). A central sindical exige uma reforma tributária, da previdência social e do sistema de ensino, além de uma nova Constituição.
– Há uma escandalosa desigualdade social e econômica, cuja face mais suja é a forte concentração de riqueza do país, que faz com que os 20% mais ricos detenham 80% dos recursos nacionais – afirma um porta-voz da CUT.
Durante anos, o Chile se orgulhou de ter a economia mais forte da região e foi apontado como um modelo para seus vizinhos. Hoje, o país sofre as consequências de um sistema marcado por desigualdades na distribuição de renda e nas oportunidades.
– O sistema neoliberal não é suficiente para estabelecer um dos bens mais importantes na vida de um país, a paz social. Estes protestos são um sintoma da insatisfação com esse sistema. Em um país rico como o Chile de hoje, é absolutamente necessário que os políticos encontrem formas de diálogo para solucionar esse problema. Se uma sociedade se esquece de seus jovens, isso traz grandes problemas, que podem gerar manifestações e protestos sociais ainda mais violentos – diz o pesquisador Stefan Rinke, do Instituto de Estudos Latinoamericanos da Universidade Livre de Berlim, especialista em história latino-americana.

Educação em crise
Cara, ruim e elitizada: assim é caracterizada a educação chilena por aqueles que a criticam. O Chile é um dos países em que a contribuição estatal para a educação superior é mais baixa – inferior a 20% – e a maior parte dos custos fica por conta dos estudantes.
De acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as universidades chilenas estão entre as mais caras do mundo. Estudar Medicina no país, por exemplo, pode custar até 800 euros por mês. Em busca de melhores oportunidades, milhares de estudantes migram para a Argentina, onde há universidades públicas gratuitas.
Embora por lei a educação no Chile não deva ter fins lucrativos e seus lucros devam ser reinvestidos na própria universidade, isso não ocorre na prática. O fim dos lucros é uma das principais reivindicações dos estudantes, os quais veem as universidades – que recebem recursos do Estado – ganhando dinheiro enquanto eles se endividam.
– Os novos setores que têm acesso à educação superior ingressam num sistema com uma dívida que os acompanhará durante os primeiros 15 ou 20 anos de sua vida profissional – aponta Juan Eduardo García-Huidobro, diretor de educação da Universidade Alberto Hurtado, em Santiago.
Um dos problemas básicos é a segmentação da sociedade. Quem tem uma renda mais baixa e estudou em escola pública, onde a educação é de pior qualidade, dificilmente terá acesso à universidade. Cerca da metade das famílias chilenas paga pela educação de seus filhos, buscando o melhor colégio possível de acordo com sua renda. Assim, há escolas para distintos grupos socioeconômicos, dependendo de quanto se pode pagar por elas.
A desigualdade social se reflete no desempenho acadêmico. Na PSU 2010 – prova de seleção nacional para ingressar nas universidades chilenas –, os alunos de colégios municipais gratuitos obtiveram uma média de 472 pontos; os dos particulares subsidiados (em que os pais pagam uma parte), 501; e os dos privados pagos, 611.

Ponto cego
A agitação social ultrapassou o âmbito da educação e o conflito adquiriu um caráter político. Diante da convocação da greve nacional, o governo ameaçou aplicar a Lei de Seguridade Interior do Estado, medida duramente criticada e que remete à repressão dos tempos do ditador Augusto Pinochet.
Para o chileno José Miguel Insulza, diretor da Organização dos Estados Americanos (OEA), isso seria um erro gravíssimo, pois não é o momento de reprimir manifestações, mas sim de canalizá-las.
– Este tipo de movimento juvenil é um sinal de esperança. Antes havia no Chile essa atitude dos jovens de ‘não estou nem aí’ e, com esse movimento, eles mostram a força que têm para se organizar e se fazer ouvir sobre um tema fundamental para o futuro do país – diz Rinke. Contudo, ainda não se vê uma solução.
García-Huidobro diz que o conflito chegou a uma espécie de ponto cego, com inflexibilidade de ambos os lados.
– O movimento social se sente com muito poder, eles sabem que têm um grande apoio. Pedem mudanças estruturais, de um sistema basicamente mercantil para um que volte a conceder ao Estado o papel central. E negar isso faz parte da ideologia de direita – considera.
*Cappacete

Charge do Dia

http://www.provafinal.net/wp-content/uploads/2011/06/libia.jpg

Dilma aposenta os aprendizes de feiticeiro


*Tijolaço