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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 26, 2011

Os Últimos Soldados da Guerra Fria Fernando Morais 


Uma rede terrorista anticastrista com sede nos Estados Unidos que conta com todos os poderes estadunidenses . É isso o que um grupo de doze homens e duas mulheres de Cuba infiltrados nos EUA descobrem em 1990, na Flórida. Uma narrativa digna dos melhores romances de espionagem.

Imparcialidade, jornalismo literário e investigação. São essas as premissas que rodeiam o último trabalho – assim como todos os outros – de Fernando Moraes. Personagem sempre pronto ao interesse em desvendar tantas mensagens ocultas resultantes da Revolução Cubana.

A Associação Cultural José Martí - como braço paranaense do movimento nacional de solidariedade à Cuba – também quer conhecer e discutir as perspectivas, propostas e opiniões do autor a respeito da campanha internacional pela libertação dos cinco heróis cubanos tomando como ponto de partida a recente obra de Moraes.



Com a finalidade de difundir e preservar a amizade e defender os interesses dos povos do mundo, seu direito de soberania e auto-determinação, a Associação José Martí – presente em todos os estados brasileiros – nada mais quer do que promover a solidariedade e ampliar o entrosamento cultural, principalmente entre os países da América Latina e Caribe.

Através de contato diretamente com a Embaixada Cubana no Brasil, o movimento presta todo o apoio aos cubanos residentes aqui como aos brasileiros interessados pelas questões de Cuba, ou que viajam para a Ilha seja a trabalho, estudo ou turismo.

Em uma forma de prestar solidariedade – palavra tão usada e pouco praticada em dias atuais - à Cuba, nosso interesse é justamente divulgar o movimento de libertação aos 5 Heróis Cubanos, sendo o lançamento de um livro que enfoca a questão sem as comuns distorções midiáticas, por um autor tão renomado, uma oportunidade rara de divulgar os aspectos políticos dessa luta, bem como romper o bloqueio midiático orquestrado contra Cuba e sua Revolução há tantas décadas.

Dia 28/09 às 19h30 nas Livrarias Curitiba do Shopping Palladium


Bate-papo com Fernando Morais e o lançamento de Os últimos Soldados da Guerra Fria
Presença da ACJM-PR
www.josemartipr.com
Silvia Valim

Fotos do Dia








*OJumento

Mantega pede no FMI resposta firme para evitar nova recessão

Quem diria que um dia o Brasil iria “engrossar o tom” com o todo poderoso FMI? Para quem era acostumado a ver s subserviência do país aos homens da “mala preta”, que chegavam ao Brasil como se fôssemos a “República das Bananas” e diziam o que deveria ou não ser feito. E foi assim até antes do governo Lula, que mudou radicalmente a situação.
A reportagem abaixo da Agência Brasil dá uma mostra dessa reviravolta:
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, cobrou neste sábado (24) uma "resposta firme" das autoridades econômicas para evitar que o mundo mergulhe em uma nova recessão.
"Turbulência excepcional nos mercados financeiros e confiança debilitada podem levar a uma nova recessão, especialmente nos Estados Unidos e na zona do euro", diz Mantega na declaração ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), que se reuniu em Washington.
"A não ser que haja uma resposta firme das autoridades, o melhor cenário para esses países parece ser estagnação prolongada, com alto desemprego", disse Mantega ao IMFC, que é o órgão que tem o papel de assessorar o Conselho de Diretores do Fundo Monetário Internacional (FMI) e recomendar a adoção de políticas.
Repetindo um alerta feito ao longo da semana, na qual participou de encontros de ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do G20 (grupo das principais economias avançadas e emergentes, entre elas o Brasil) na capital americana, Mantega disse que caso haja uma nova recessão, todos os países serão afetados, "em menor ou maior grau".
O ministro observa na nota que a situação atual é semelhante à de 2008, que marcou o auge da crise econômica mundial.
"A gravidade dos eventos recentes está nos levando a um daqueles pontos em que a cooperação é absolutamente indispensável", diz o texto apresentado pelo ministro, em nome do Brasil, e de mais oito países em desenvolvimento (Colômbia, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, Suriname e Trinidad e Tobago).
Segundo Mantega, os países avançados não podem mais lidar sozinhos com riscos à estabilidade global, em um momento em que as economias emergentes e em desenvolvimento são responsáveis pela maior fatia do crescimento econômico.
"Uma porção considerável dos recursos que o FMI tem emprestado nos últimos anos vem de reservas internacionais fornecidas por China, Brasil, Índia, Rússia e outros mercados emergentes", diz Mantega, sem citar o quinto integrante do Brics, a África do Sul, última a se unir ao bloco.
Em referência aos Estados Unidos, cujo governo recentemente apresentou uma proposta para geração de empregos, ainda dependente de aprovação do Congresso, Mantega diz que a medida é bem-vinda.
Essa “chamada” do Ministro Mantega tem um gostinho todo especial para quem se acostumou a ver o país sempre de pires na mão com o FMI.
Por: Eliseu 
*Ocarcará

Arábia Saudita: País modernoso libera voto e candidatura a mulheres em pleno século 21

Mulheres sauditas vão poder votar e concorrer em eleições

(Uauuuuuu!!!!!! - comentário meu)

Mulheres na Arábia Saudita devem poder concorrer e votar em eleições municipais (municipais?? (Uau!!! - outro descontrolado sintoma de admiração meu), anunciou o rei Abdullah (grande democrata) neste domingo.

Ele disse ainda que elas vão poder ser nomeadas para o Conselho Shura (e a Charia? Certamente o mais moderno sistema judiciário do mundo), órgão consultado em temas importantes no país.

As medidas são reivindicação (e o direito à mulher de dirigir um carro deve ficar fora, afinal as mulheres - mal acostumadas - querem demais. Assim já é abuso) antiga de ativistas que lutam por maiores direitos para as mulheres na conservadora Arábia Saudita.

Abdullah disse que os novos direitos devem passar a valer a partir do ano que vem.

Leia mais sobre o modernoso Conto das Arábias 
*Brasilmostraatuacara

Jilmar Tatto avalia que transporte será principal tema das eleições 2012

Suplicy: educação na base da formação social e Justiça

Haddad: transporte e desenvolvimento, faces da mesma moeda

Marta aposta no modelo petista para enfrentar desafios de SP

Polícia de NY prende 96 manifestantes


Os participantes do acampamento em Wall Street manifestaram-se pelas ruas novaiorquinas este sábado. A polícia tentou encurralá-los e prendeu quase cem manifestantes, que se queixam de violência policial sobre uma marcha pacífica. As detenções policiais violentas sobre a marcha pacífica chocaram os manifestantes e atrairam pela primeira vez a atenção dos grandes meios de comunicação para este protesto.

Polícia de NY prende 96 manifestantes



Por Redação, com Esquerda.net- Nova York

manifestação
Acampados desde o dia 17 em Wall Street, jovens protestam por mais democracia e menos poder para o setor financeiro
A manifestação de mais de mil pessoas saiu da zona da bolsa de Nova York, onde mais de duas centenas permanecem dia e noite, em direcção aUnion Square, no centro da cidade. “Mas antes de lá chegarmos, a polícia cercou-nos e começou a prender gente de forma violenta. E sabiam muito bem quem deviam levar. Principalmente gente da equipa de imprensa e audiovisuais e todos os que têm dirigido as assembleias diárias”, disse um dos ativistas.
Após a manifestação, o acampamento voltou a reunir cerca de 600 pessoas numa assembleia na praça Zucotti, junto a Wall Street, sempre rodeada pelo forte dispositivo policial que cerca o local desde o seu início no último dia 17. Esta praça é propriedade privada de uso público, um estatuto legal que impede a polícia de tirar as pessoas de lá, ao contrário dos jardins públicos que pertencem à Câmara dirigida por Michael Bloomberg. O prefeito de Nova Iorque foi o primeiro a declarar guerra ao acampamento ainda na véspera de começar, dizendo que não queria ver os motins do Cairo na cidade.
A forma pacífica como tem decorrido o protesto acabou por ser interrompida pela acção policial. Mas não é só a polícia que tem merecido críticas dos manifestantes. A imprensa de grande circulação também tem sido criticada pelo silêncio mantido ao longo da primeira semana sobre a iniciativa. De fato, só com os incidentes deste sábado é que os media dedicaram algum espaço à iniciativa.
Os manifestantes que aderiram à acampada em Wall Street são sobretudo jovens e com reivindicações a favor de mais democracia e menos poder para o setor financeiro.
*CorreiodoBrasil