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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, novembro 21, 2011

Mauro Santayana: O BRASIL, OS BRICS, E A NOVA ARMA HIPERSÔNICA DOS ESTADOS UNIDOS.

Sanguessugado do Mauro Santayana

O fato de os Estados Unidos, mesmo em crise econômica e política - com milhares de pessoas ocupando as ruas para protestar contra o sistema - terem anunciado o sucesso, há três dias, do vôo de teste, entre o Havaí e as Ilhas Marshall, de uma nova bomba voadora, de velocidade supersônica, capaz de atingir qualquer ponto do globo em menos de uma hora, tem que servir de alerta para o Brasil e para os BRICS.
Enquanto investimos bilhões na compra de equipamento e tecnologia militar obsoleta, como os submarinos Scorpéne e, eventualmente, o Rafale, desenvolvidos há mais de 30 anos, os Estados Unidos não cessam de pesquisar novas armas de destruição em massa, e sistemas de armamento naval como o canhão magnético de munição cinética, anunciado no ano passado, que não depende de combustível para atingir alvos a uma distância de 300 quilômetros.
Isso, apesar de Washington ter um déficit de 7 trilhões de dólares, boa parte dele derivado dos 35 bilhões de dólares que gasta, por semana, para manter seus soldados no Iraque e no Afeganistão, países dos quais já prepara a retirada de suas tropas convencionais - com o rabo entre as pernas - a partir do ano que vem.
A insistência de os Estados Unidos em continuarem se armando, mesmo em uma situação de crise econômica e institucional crescente, aponta para a cristalização de uma perigosa equação, que, do ponto de vista do resto do mundo – excetuando-se a Europa, cada vez mais submissa aos interesses norte-americanos - equivale a um mendigo louco com uma arma na mão na praça de alimentação de um Shopping, ou, à velha metáfora, mais usada antigamente, de um macaco solto em uma loja de louças.
Como a história mostrou nos anos do equilíbrio do terror da Guerra Fria, quando os EUA não ousariam invadir países como o Iraque e o Afeganistão, sem a aquiescência tácita da URSS, de nada adianta construir uma nova ordem multipolar, se o poder no mundo continuar obedecendo a uma situação unipolar do ponto de vista militar.
O BRICS tem se erguido, nos últimos anos, na economia e na diplomacia, justamente para fazer frente à Europa e aos Estados Unidos, porque o mundo não pode continuar refém, como tem acontecido, das decisões que são tomadas em uma Europa e em uma América do Norte cada vez mais frágeis, no âmbito político-institucional, e cada vez mais decadentes, do ponto de vista econômico.
Nada disso funcionará, no entanto, se a projeção do crescente poder do BRICS não se fizer, também, na área militar. Não dá para se pensar em uma estratégia de defesa viável, no futuro, se não juntarmos nossos recursos financeiros e tecnológicos, nosso conhecimento e nossos pesquisadores militares aos da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul para o desenvolvimento de uma nova geração de armamentos que vá, como está ocorrendo com os Estados Unidos, um pouco além do armamento convencional hoje existente.
Não se pode confiar nem cooperar com os países ocidentais nessa área. Eles só nos vêem como “parceiros” da hora dos coquetéis de seus adidos militares, ou no quando tem interesse de nos vender material obsoleto para utilizar o lucro no desenvolvimento de novas gerações de armamentos. Quando chega o momento de a onça beber água, eles se aliam entre si, e nos vêem como sempre nos viram, como um bando de subdesenvolvidos. Que o diga a Argentina, que até hoje não esqueceu as lições que aprendeu quando precisou de armamento para reposição na Guerra das Malvinas.

Niemeyer apresenta novos projetos


Niemeyer cria teatro para o Aterro e mostra novos projetos
Perto dos 104 anos, arquiteto apresenta novos planos na revista ‘Nosso caminho’
Luiz Fernando Vianna Leonardo Aversa / Leonardo Aversa
O arquiteto Oscar Niemeyer completa 104 anos Leonardo Aversa / Leonardo Aversa

RIO - Oscar Niemeyer completará 104 anos em 15 de dezembro. Avesso a comemorações, prevê receber amigos em seu escritório, em Copacabana, para o lançamento do 11 número de "Nosso Caminho", revista trimestral e trilíngue (português, espanhol e inglês) que criou e a que se dedica com especial carinho. A edição trará novos projetos do arquiteto, que continua passando as tardes fazendo os traços originais daqueles que levam sua assinatura.
p>Dentre as mais recentes criações está uma que provocará polêmica: o Teatro Musical Rio’s, um enorme espaço destinado a shows e musicais, situado no Parque do Flamengo, com uma cúpula que dialoga com as curvas do Pão de Açúcar. O projeto foi encomendado pelo Brasil Foodservice Group (BFG), que controla a rede de churrascarias Porcão, cuja unidade no parque continuará existindo ao lado do teatro no caso de ele ser mesmo construído. Idealizado pela urbanista Lota Macedo Soares, o parque feito sobre o Aterro do Flamengo é tombado pelo patrimônio público desde 1965. Isto significa que só pode passar por qualquer alteração se o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorizar.
Os planos de modificação da Marina da Glória visando aos Jogos Panamericanos de 2007, por exemplo, foram vetados porque dificultavam a vista do Pão de Açúcar. Em maio passado, o empresário Eike Batista conseguiu, mesmo sob protesto dos ambientalistas, ter aprovada sua reforma para a Marina, argumentando que muitas instalações ficarão no subsolo da edificação, poupando a paisagem.
O BFG ainda não quer falar sobre o teatro, pois está preparando a documentação necessária para apresentar seus planos ao Iphan e à Prefeitura do Rio, proprietária do terreno. Atendendo a pedido de seu cliente, o escritório de Niemeyer não comenta o projeto, que está na fase de estudos preliminares.
A obra prevê uma plateia de 2 mil lugares e um balcão com mais 500, além de camarotes. No térreo, um auditório para eventos e um salão de exposições. Na revista "Nosso Caminho", há um comentário de Niemeyer:
"Fiquei muito entusiasmado, desde o primeiro momento, em conceber um novo espaço destinado a espetáculos musicais. E logo me ocorreu uma solução capaz de provocar surpresa e atrair o público: uma cúpula magnífica a ser construída ao lado do restaurante, localizando-a em frente ao Pão de Açúcar."
Se vingar, o teatro será uma das principais obras do arquiteto na cidade, ao lado do Sambódromo e dos Cieps. Por sua natureza, o parentesco maior será com o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.
Quando pertencia aos irmãos gaúchos Mocelim, a rede Porcão travou uma disputa com o Garcia & Rodrigues pelo restaurante do Parque do Flamengo. Hoje, ambos pertencem ao BFG. Em 2012, será inaugurado um Porcão onde era o Garcia, que irá para outro endereço no Leblon.
Harmonia com a natureza
Outra novidade é o projeto de uma casa em Londres, pensada para ser um exemplo de beleza e convivência harmônica com a natureza sob a ótica da arquitetura modernista. A encomenda foi feita por Julia Peyton-Jones, diretora da Serpetine Gallery — que já pedira a Niemeyer um pavilhão em 2003, montado no Hyde Park. A obra deve acontecer em 2012, e o projeto guarda afinidade com a Casa das Canoas, criada em 1952 para ele mesmo morar.
— São duas residências que foram projetadas com extremo apuro, de modo a sublinhar a leveza de suas formas e o modo singular de integração com a natureza — diz Niemeyer, em resposta enviada por escrito.
Em agosto, começaram as obras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu. A primeira etapa vai até o fim de 2013. A instituição quer iniciar em seguida a fase final.
— Será um espaço onde alunos e professores de distintas nacionalidades poderão realizar trocas sociais significativas — acredita Niemeyer.
Na nova "Nosso Caminho", o arquiteto lembra o amigo Vinicius de Moraes no texto "Num teatro em Paris" — "como era bom e afetuoso este velho companheiro, a nos contar, animado, sua vida cheia de alegrias e flores!". Em depoimentos à jornalista Regina Zappa, o compositor Edu Lobo e o cineasta Miguel Faria Jr. também recordam o poeta. Ainda há um texto do escritor uruguaio Eduardo Galeano, "Haiti, país ocupado".
Sobre a chegada dos 104 anos, Niemeyer procura não torná-la especial:
— O futuro se revela problemático e incerto para todos nós. A vida é um sopro, não canso de repetir. O que ainda nos conforta é ter a nosso lado uma mulher, uma boa companheira (Vera). O resto, conforme já confessei a amigos de "O Pasquim", seja o que Deus quiser...
*LuisNassif

Um Desabafo sobre o Movimento Gota D'água


*esquerdopata

Deleite Bebel Gilberto

Vídeo Arte: Ritmo, poesia e simetria.


*tireotubo

Os bastidores de um encobrimento

O Viomundo, de Luis Carlos Azenha e Conceição Lemes, generoso como sempre, ouviu-nos sobre o trabalho deste blog na apuração dos fatos por trás do mais do que encoberto vazamento do poço perfurado pela Chevron-Texaco no poço de Frade.
Repetimos: o deputado Brizola Neto, como parlamentar, e eu, jornalista, não fizemos mais do que a nossa obrigação, política e profissional.
E, creio que falo em nome de ambos, com imensa tristeza.
Não apenas por ser, em si, um episódio lastimável um acidente poluidor desta expressão mas, sobretudo, porque a  imprensa – que deveria representar um papel vital na revelação do caso – comportou-se de forma distante, preguiçosa e, muitas vezes, submissa  ou cúmplice  de uma grande empresa estrangeira em algo imperdoável: a destruição da natureza brasileira.
Bom que os fatos – ainda que não todos – tenham começado a vir à tona. Os indícios são de uma grande irresponsabilidade, provocada pela ganância e por um certo desdém  com o Brasil e sua capacidade de responsabilizar – criminal, econômica e político-administrativamente – quem coloca em risco o patrimônio natural deste país.
Se você quiser ler sobre como foi nossa teimosia atrás do caso, acesse aqui a matéria do Viomundo.
*Tijolaço

Pilantragem dos Amiguinhos do ssERRA

Chevron é investigada pela PF por suposta tentativa de alcançar o pré-sal

Chevron é investigada pela PF por suposta tentativa de alcançar o pré-sal Foto: diariodopresal

Origem do vazamento de petróleo na Bacia de Campos pode ter sido causada por perfuração além do limite permitido para atingir camadas mais profundas

21 de Novembro de 2011 às 07:30
A possibilidade de a petroleira Chevron estar tentando indevidamente alcançar a camada pré-sal do campo de Frade começou a ser discutida internamente na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na tentativa, teria ocorrido a ruptura de alguma estrutura do poço perfurado, dando origem ao vazamento de petróleo na Bacia de Campos (RJ), que já dura 11 dias.
A Polícia Federal confirmou que investiga a informação de que a empresa teria perfurado além dos limites permitidos. O delegado Fábio Scliar, titular da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e responsável pelo inquérito, disse que “uma das hipóteses com as quais trabalhamos é a de que o acidente pode ter ocorrido pelo fato da empresa ter perfurado além dos limites permitidos”, disse o delegado. Os especialistas da ANP suspeitam de que o emprego pela Chevron de uma sonda com capacidade para perfurar a até 7.600 metros, quando o petróleo em Frade aparece a menos da metade dessa profundidade, é um indicativo de que a companhia poderia estar burlando seu plano de prospecção do campo.
Além de investigar a hipótese de que haveria em curso, antes do acidente, uma ação exploratória em direção ao pré-sal, a ANP pretende apurar falhas na construção do poço, o emprego de material inadequado e a falta de realização de testes de segurança antes do início da perfuração.
A Chevron tem quatro poços autorizados no campo de Frade. O site da ANP informa que um deles está concluído e os outros três (6CHEV4ARJS, 9FR47DRJS e 9FR49DPRJS), em fase de perfuração, em lâminas d’água que variam entre 1.184 metros e 1.276 metros de profundidade.
Ex-presidente da Associação Brasileira dos Geólogos de Petróleo, Nilo Azambuja afirma que as conjecturas que surgem em relação às causas do vazamento na Bacia de Campos, até mesmo as que vêm sendo investigadas pela ANP, não podem ser consideradas definitivas.
Segundo ele, a Chevron poderia estar tentando alcançar o pré-sal, sem que isso represente uma irregularidade. “A área é dela, se quiser pode ir ao Japão”, afirmou ele, acrescentando que a empresa deve, com até 20 dias de antecedência, avisar a ANP sobre seus planos de perfuração, com detalhes da profundidade final a ser atingida.
Para Azambuja, a hipótese mais provável é que durante o trabalho de injeção de água em um poço tenha havido movimentação de terreno e o petróleo represado no que os especialistas chamam de trapa (armadilha) acabou escapando. “Esse é um fenômeno que pode acontecer. Em reservatórios, o óleo pode ficar preso numa trapa. Quando a trapa rompe, há vazamento”, concluiu.
A Polícia Federal também investiga a suspeita de que a Chevron empregue estrangeiros em situação irregular no País. Segundo o delegado Fábio Scliar, há indícios de que até pessoas que não deram entrada oficialmente no Brasil estejam trabalhando em plataformas localizadas no litoral brasileiro.
“Trata-se de um ilícito administrativo. Mas é algo sério. Se isso for comprovado e esses estrangeiros em situação irregular estiverem recebendo salários no exterior, por exemplo, já se configura crime de sonegação fiscal e de sonegação previdenciária”, explicou o delegado responsável.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), aproveitou o vazamento de óleo que está ocorrendo em um campo na Bacia de Campos, no norte fluminense, para reforçar sua posição de que os estados produtores de petróleo têm que receber uma maior parte dos royalties pois são afetados pela operação.
“Sem dúvida é um momento de tensão para o nosso Estado, para a nossa costa, para a fauna. Esse acidente é a demonstração clara do que significa um dano ambiental em um Estado produtor de petróleo. É uma prova de que os Estados produtores devem receber uma parte maior dos royalties”, disse o governador. (O Estado de S. Paulo)

Documentário sobre o grande intelectual brasileiro Celso Furtado

Este documentário – O Longo Amanhecer - nos aproxima da obra intelectual de Celso Furtado (1920-2004).
O vídeo de 72 minutos (na íntegra) mostra a atualidade do economista, que sempre pensou o Brasil no contexto internacional do capitalismo contemporâneo, verificando o quanto o chamado “subdesenvolvimento” a que estivemos submetidos foi uma política intencional das nossas elites para fazer funcionar um País para apenas 10% de sua população. Hoje, felizmente superamos essa fase de submissão do Brasil aos centros dinâmicos do capital, mas ainda há muito caminho a percorrer. Estamos apenas no começo do processo de autonomização das nossas potencialidades. Muita política haverá de passar sob essa ponte.
Uma releitura do que Celso Furtado escreveu sobre o subdesenvolvimento (anos 60) mostra claramente sua atualidade. Utilizando o raciocínio estruturalista e o método histórico, Furtado chega a conclusões do tipo: "o subdesenvolvimento é ... um processo histórico autônomo", não constituindo "uma etapa necessária ... de formação das economias capitalistas"; "a única tendência visível é para que os países subdesenvolvidos continuem a sê-lo"; "o desenvolvimento do século XX vem provocando uma concentração crescente da renda mundial", com "uma ampliação progressiva do fosso entre as regiões ricas e os países subdesenvolvidos"; "o subdesenvolvimento é a manifestação de complexas relações de dominação-dependência entre povos, [tendendo] a autoperpetuar-se sob formas cambiantes"; tudo isso requerendo "a tomada de consciência da dimensão política da situação de subdesenvolvimento", com a formação de "centros nacionais de decisão válidos".
 
*comtextolivre

O que prova que realmente o uso do cachimbo pode entortar a boca.

O erro de Pondé

As participações de Luiz Felipe Pondé me incomodam da mesma maneira que as participações do historiador Marco Villa. Não chega a ser um grande incômodo, mas confesso que o tom de censura e militância cria uma espécie de freio emocional.
Hoje, Pondé me dá argumentos racionais ao sentimento. No seu artigo "O erro de Foucault", publicado na Folha (leia abaixo), começa sintomaticamente denunciando o apoio que Michel Foucault teria dado á revolução iraniana no final de sua vida e avança sobre a ocupação da reitoria da USP pelos estudantes. A ponte entre Foucault e os estudantes da USP não é ingênua. Foucault ficou conhecido por protagonizar seminários famosos durante as barricadas de Maio de 68, em Paris.
Qualquer um tem direito de discordar das teorias libertárias ou da esquerda. Mas é preciso se conter ou se joga a água com o bebê juntos, ou seja, elimina-se a boa relação democrática entre contrários. Pondé caiu nesta vala no artigo de hoje. Termina o artigo assim:
Proponho que da próxima vez que os indignados sem causa ocuparem a faculdade de filosofia da USP (ou fefeleche, nome horrível) que sejam trancados lá até que descubram que não são donos do mundo e que a USP (sou egresso da faculdade de filosofia da USP) não é o quintal de seus delírios.
Não é possível que alguém que pretensamente esteja defendendo a democracia e a ordem brinque desta maneira num artigo publicado no maior jornal do país. O artigo não fica apenas nesta frase. É uma "rodada de baiana" no estilo "Cansei".
O que prova que realmente o uso do cachimbo pode entortar a boca.

Charge do Dia

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