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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, janeiro 30, 2012
A Embraer está de olho no mercado de jatos executivos da China e contará com Jackie Chan, que receberá seu avião personalizado em São José dos Campos na próxima sexta-feira
Embraer quer decolar na China
A Embraer está de olho no mercado de jatos executivos da China, segmento ainda muito pequeno naquele país, mas com potencial enorme, dado o grande número de novos ricos no país asiático. Um estudo feito pela companhia brasileira prevê que os chineses demandarão nada menos que 635 jatos em 10 anos. Ou seja, nesse período, as expectativas são de que esse mercado será o segundo ou mesmo o primeiro do mundo, movimentando US$ 21 bilhões. Para abocanhar uma fatia desse bolo, a empresa sediada em São José dos Campos (SP) contará até com uma ajuda especial, a do ator Jackie Chan, ídolo chinês conhecido pelos filmes de luta, para abrir portas e encarar a forte concorrência na Ásia.
Atualmente, os Estados Unidos lideram o mercado de jatos executivos, seguidos por México e Brasil. Na China, a Embraer aposta firme na venda de modelos maiores e mais caros: o Legacy 650, com capacidade para até 14 passageiros e autonomia de 6,7 mil quilômetros, e o Lineage 1000, para até 19 passageiros e capacidade para voar 8,3 mil quilômetros sem escalas — os dois modelos custam US$ 30 milhões e
US$ 50 milhões, respectivamente.
Atualmente, a companhia brasileira tem uma frota superior a 100 jatos comerciais voando na China e outros 53 deverão ser entregues nos próximos anos. Segundo a empresa, os jatos da Embraer lideram o mercado de
aviação regional chinês, com 76% de participação, resultado de uma mudança recente na China, marcada pela abertura aos modelos fabricados fora do país.
A parceria entre a Embraer e Jackie Chan nasceu da necessidade de fincar pé na China. A estratégia de guerra começou a ser desenhada em outubro de 2011, durante uma feira especializada em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde a Embraer Executive Jets, subsidiária da marca brasileira para os jatos executivos, vendeu um Legacy 650 para o ator. Chan, estrela de A Hora do Rush 3, receberá seu avião personalizado em São José dos Campos na próxima sexta-feira, ocasião em que formalizará o contrato por meio do qual se tornará o embaixador da marca na Ásia. Além do avião vendido ao ator, a Embraer já comercializou outros 13 jatos Legacy 650 na China. Outras sete unidades estão em negociação.
*APOSENTADO INVOCADO
ROSANA HESSEL
Fábrica em São José dos Campos: de olho no potencial dos novos ricos |
A Embraer está de olho no mercado de jatos executivos da China, segmento ainda muito pequeno naquele país, mas com potencial enorme, dado o grande número de novos ricos no país asiático. Um estudo feito pela companhia brasileira prevê que os chineses demandarão nada menos que 635 jatos em 10 anos. Ou seja, nesse período, as expectativas são de que esse mercado será o segundo ou mesmo o primeiro do mundo, movimentando US$ 21 bilhões. Para abocanhar uma fatia desse bolo, a empresa sediada em São José dos Campos (SP) contará até com uma ajuda especial, a do ator Jackie Chan, ídolo chinês conhecido pelos filmes de luta, para abrir portas e encarar a forte concorrência na Ásia.
Atualmente, os Estados Unidos lideram o mercado de jatos executivos, seguidos por México e Brasil. Na China, a Embraer aposta firme na venda de modelos maiores e mais caros: o Legacy 650, com capacidade para até 14 passageiros e autonomia de 6,7 mil quilômetros, e o Lineage 1000, para até 19 passageiros e capacidade para voar 8,3 mil quilômetros sem escalas — os dois modelos custam US$ 30 milhões e
US$ 50 milhões, respectivamente.
Atualmente, a companhia brasileira tem uma frota superior a 100 jatos comerciais voando na China e outros 53 deverão ser entregues nos próximos anos. Segundo a empresa, os jatos da Embraer lideram o mercado de
aviação regional chinês, com 76% de participação, resultado de uma mudança recente na China, marcada pela abertura aos modelos fabricados fora do país.
A parceria entre a Embraer e Jackie Chan nasceu da necessidade de fincar pé na China. A estratégia de guerra começou a ser desenhada em outubro de 2011, durante uma feira especializada em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde a Embraer Executive Jets, subsidiária da marca brasileira para os jatos executivos, vendeu um Legacy 650 para o ator. Chan, estrela de A Hora do Rush 3, receberá seu avião personalizado em São José dos Campos na próxima sexta-feira, ocasião em que formalizará o contrato por meio do qual se tornará o embaixador da marca na Ásia. Além do avião vendido ao ator, a Embraer já comercializou outros 13 jatos Legacy 650 na China. Outras sete unidades estão em negociação.
França cria "CPMF" em transações financeiras
França cria "CPMF" em transações financeiras
Em ato polêmico às vésperas de uma cúpula europeia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, diz que taxará operações bancárias em 0,1%
Paris — Num gesto altamente polêmico e de alcance duvidoso, com potencial para desencadear uma nova crise entre os países europeus e com os Estados Unidos, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a criação de um imposto sobre transações financeiras. A taxação de 0,1% sobre as operações bancárias foi anunciada como parte de um pacote de medidas para recuperar a economia francesa e deve entrar em vigor em agosto. O anúncio da medida coincidiu também com a confirmação de que o atual mandatário do país vai concorrer às eleições presidenciais marcadas para 22 de abril e 6 de maio. O pacote foi anunciado na noite de ontem, véspera da reunião de líderes em Bruxelas.
Sarkozy não confirmou oficialmente se concorrerá à reeleição para o cargo, mas deixou subentendido, numa entrevista a um pool de canais de televisão franceses, que será o candidato natural a um novo mandato nas eleições da primavera. “Tenho um encontro com os franceses e não fugirei disso”, afirmou. A três meses da eleição presidencial, o mandatário da França voltou sua atenção para o crescimento do país, com medidas destinadas a suavizar os encargos trabalhistas das empresas e a financiar o sistema de bem-estar social.
Sarkozy insistiu que os custos da reforma do sistema de bem-estar social vão incidir mais sobre o consumo e menos sobre o custo do trabalho, uma estratégia que, a seu ver, foi inspirada na ação do ex-chanceler social-democrata da Alemanha, Gerhard Schröder.
Deficit
O presidente francês disse esperar que outros países europeus também adotem a taxação sobre as transações financeiras, seguindo o exemplo de Paris. Polêmica e contestada, a medida já vigorou no Brasil entre 1997 e 2007, sob o nome de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
No pacote da França, houve ainda o aumento de 1,6 ponto na taxa do TVA, o imposto de valor agregado do país, que passará para 21,2% e permitirá financiar isenções de encargos trabalhistas no valor de 13 bilhões de euros. A elevação do TVA incide sobre os bens de consumo e deve entrar em vigor em 1º de outubro, incentivando as compras por antecipação, de modo a contribuir para o crescimento, disse o presidente.
O objetivo das medidas anunciadas ontem é restabelecer a competitividade da economia francesa e fazer parar a sangria de empregos da indústria. “Em 10 anos, a França perdeu 500 mil empregos industriais”, disse Sarkozy, observando que para um salário de 4 mil euros os encargos se elevam a 840 euros na Alemanha e o dobro disso na França.
O líder francês também afirmou ter observado uma melhora no horizonte da crise na Zona do Euro. “Os elementos para a estabilidade da situação financeira mundial e da Europa se apresentam”, declarou Sarkozy, às vésperas de uma reunião de cúpula europeia em Bruxelas. Ele avaliou que a situação relacionada à crise do euro está mais calma e estável porque “a Europa não está mais à beira do abismo”. Acrescentou ainda que o deficit público da França em 2011 deve fechar melhor que o previsto, chegando a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ou, talvez, a 5,3%, contra os 5,7% estimados até agora.
*APOSENTADO INVOCADO
Em ato polêmico às vésperas de uma cúpula europeia, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, diz que taxará operações bancárias em 0,1%
Sarkozy fala a um pool de canais de televisão: "Tenho um encontro com os franceses e não fugirei disso" |
Paris — Num gesto altamente polêmico e de alcance duvidoso, com potencial para desencadear uma nova crise entre os países europeus e com os Estados Unidos, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem a criação de um imposto sobre transações financeiras. A taxação de 0,1% sobre as operações bancárias foi anunciada como parte de um pacote de medidas para recuperar a economia francesa e deve entrar em vigor em agosto. O anúncio da medida coincidiu também com a confirmação de que o atual mandatário do país vai concorrer às eleições presidenciais marcadas para 22 de abril e 6 de maio. O pacote foi anunciado na noite de ontem, véspera da reunião de líderes em Bruxelas.
Sarkozy não confirmou oficialmente se concorrerá à reeleição para o cargo, mas deixou subentendido, numa entrevista a um pool de canais de televisão franceses, que será o candidato natural a um novo mandato nas eleições da primavera. “Tenho um encontro com os franceses e não fugirei disso”, afirmou. A três meses da eleição presidencial, o mandatário da França voltou sua atenção para o crescimento do país, com medidas destinadas a suavizar os encargos trabalhistas das empresas e a financiar o sistema de bem-estar social.
Sarkozy insistiu que os custos da reforma do sistema de bem-estar social vão incidir mais sobre o consumo e menos sobre o custo do trabalho, uma estratégia que, a seu ver, foi inspirada na ação do ex-chanceler social-democrata da Alemanha, Gerhard Schröder.
Deficit
O presidente francês disse esperar que outros países europeus também adotem a taxação sobre as transações financeiras, seguindo o exemplo de Paris. Polêmica e contestada, a medida já vigorou no Brasil entre 1997 e 2007, sob o nome de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
No pacote da França, houve ainda o aumento de 1,6 ponto na taxa do TVA, o imposto de valor agregado do país, que passará para 21,2% e permitirá financiar isenções de encargos trabalhistas no valor de 13 bilhões de euros. A elevação do TVA incide sobre os bens de consumo e deve entrar em vigor em 1º de outubro, incentivando as compras por antecipação, de modo a contribuir para o crescimento, disse o presidente.
O objetivo das medidas anunciadas ontem é restabelecer a competitividade da economia francesa e fazer parar a sangria de empregos da indústria. “Em 10 anos, a França perdeu 500 mil empregos industriais”, disse Sarkozy, observando que para um salário de 4 mil euros os encargos se elevam a 840 euros na Alemanha e o dobro disso na França.
O líder francês também afirmou ter observado uma melhora no horizonte da crise na Zona do Euro. “Os elementos para a estabilidade da situação financeira mundial e da Europa se apresentam”, declarou Sarkozy, às vésperas de uma reunião de cúpula europeia em Bruxelas. Ele avaliou que a situação relacionada à crise do euro está mais calma e estável porque “a Europa não está mais à beira do abismo”. Acrescentou ainda que o deficit público da França em 2011 deve fechar melhor que o previsto, chegando a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) ou, talvez, a 5,3%, contra os 5,7% estimados até agora.
Datafolha e Cracolândia. Que vergonha!
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Antes que Deus me leve quero ter a oportunidade de debater, olho no olho, com ao menos um desses mistificadores da grande mídia que adubam, dia após outro, a estupidez, a desinformação e o egoísmo que o povo da cidade de São Paulo não se cansa de exibir.
Esses pistoleiros da Veja, da Globo, do Estadão ou da Folha não resistiriam a 5 minutos de debate sério sobre questões como a operação policial que foi objeto de pesquisa de opinião pelo instituto Datafolha, a operação na Cracolândia paulistana.
Antes que Deus me leve quero ter a oportunidade de debater, olho no olho, com ao menos um desses mistificadores da grande mídia que adubam, dia após outro, a estupidez, a desinformação e o egoísmo que o povo da cidade de São Paulo não se cansa de exibir.
Esses pistoleiros da Veja, da Globo, do Estadão ou da Folha não resistiriam a 5 minutos de debate sério sobre questões como a operação policial que foi objeto de pesquisa de opinião pelo instituto Datafolha, a operação na Cracolândia paulistana.
*Miro
Globo tenta implodir base do governo
Por José Dirceu, em seu blog:
Há muito tempo o jornal O Globo - ninguém sabe de quem parte a iniciativa lá, mas desconfia-se - vem agindo para criar fatos políticos e pressionar governos em determinadas direções. No caso da relação do governo com o PMDB é evidente o esforço do jornal de criar situações que afastem o partido da base aliada. Em relação à Petrobras, seu dia-a-dia, decisões, negócios, rotina administrativa, idem.
Há muito tempo o jornal O Globo - ninguém sabe de quem parte a iniciativa lá, mas desconfia-se - vem agindo para criar fatos políticos e pressionar governos em determinadas direções. No caso da relação do governo com o PMDB é evidente o esforço do jornal de criar situações que afastem o partido da base aliada. Em relação à Petrobras, seu dia-a-dia, decisões, negócios, rotina administrativa, idem.
O machismo da mídia brasileira
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Quando eu era um estagiário da editoria de Esportes de O Globo, no final dos anos 70, contava-se a história de que ao descer à redação, coisa que não fazia muito, um dos irmãos de Roberto Marinho – se ainda me recordo, Rogério – perguntou a um velho funcionário do jornal, espantado com a quantidade de mulheres na redação:
- Mas elas se comportam direitinho?
Quando eu era um estagiário da editoria de Esportes de O Globo, no final dos anos 70, contava-se a história de que ao descer à redação, coisa que não fazia muito, um dos irmãos de Roberto Marinho – se ainda me recordo, Rogério – perguntou a um velho funcionário do jornal, espantado com a quantidade de mulheres na redação:
- Mas elas se comportam direitinho?
Justiça? Nahas faliu e mora em mansão
A Falência daJustiça
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
Em 1989, o mega-especulador Naji Nahas praticamente levou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro à falência. Agora em 2012, ele consegue a proeza de levar a própria Justiça à falência.
Não à falência financeira, muito pelo contrário, pois o Poder Judiciário parece até ir muito bem de caixa, como provam os super-salários de alguns juízes do Rio de Janeiro. O que está ruindo é a própria razão de ser do Judiciário, a capacidade de fazer justiça...
Nahas quebrou a Bolsa do Rio deixando um rastro de dívidas que deveria alcançar seus bens. Sua holding Selecta S/A faliu quando seu esquema falhou. A Justiça do Rio de Janeiro condenou o especulador e tipificou o crime como falência fraudulenta. Nahas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o processo ficou "dormindo" até prescrever, livrando-o da condenação. Um primeiro sinal da falência da nossa Justiça.
Por razões que só o Judiciário e os governos tucanos podem explicar, Nahas fica falido e não é ele quem é despejado de sua mansão. Quem é tirado de suas casas desumanamente são 1,7 mil famílias no Pinheirinho, em São José dos Campos, num terreno que pertencia à Selecta e pelo qual deve milhões de reais em impostos não pagos.
A constatação de que Nahas continua vivendo em sua mansão – com quadra de tênis, piscina e elevador, entre outros luxos –, sem ser despejado, prova que a lei para os ricos é uma, e para os pobres é outra.
O Judiciário pode gastar páginas e mais páginas, recorrendo a leis e mais leis para explicar como essa situação chegou a tal ponto, mas todo esse compêndio não passará dos autos que atestarão a falência da Justiça no Brasil.
Diante disso, fica a pergunta: quem fará a "reintegração de posse" da Justiça para o povo brasileiro?
Em 1989, o mega-especulador Naji Nahas praticamente levou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro à falência. Agora em 2012, ele consegue a proeza de levar a própria Justiça à falência.
Não à falência financeira, muito pelo contrário, pois o Poder Judiciário parece até ir muito bem de caixa, como provam os super-salários de alguns juízes do Rio de Janeiro. O que está ruindo é a própria razão de ser do Judiciário, a capacidade de fazer justiça...
Nahas quebrou a Bolsa do Rio deixando um rastro de dívidas que deveria alcançar seus bens. Sua holding Selecta S/A faliu quando seu esquema falhou. A Justiça do Rio de Janeiro condenou o especulador e tipificou o crime como falência fraudulenta. Nahas recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o processo ficou "dormindo" até prescrever, livrando-o da condenação. Um primeiro sinal da falência da nossa Justiça.
Por razões que só o Judiciário e os governos tucanos podem explicar, Nahas fica falido e não é ele quem é despejado de sua mansão. Quem é tirado de suas casas desumanamente são 1,7 mil famílias no Pinheirinho, em São José dos Campos, num terreno que pertencia à Selecta e pelo qual deve milhões de reais em impostos não pagos.
A constatação de que Nahas continua vivendo em sua mansão – com quadra de tênis, piscina e elevador, entre outros luxos –, sem ser despejado, prova que a lei para os ricos é uma, e para os pobres é outra.
O Judiciário pode gastar páginas e mais páginas, recorrendo a leis e mais leis para explicar como essa situação chegou a tal ponto, mas todo esse compêndio não passará dos autos que atestarão a falência da Justiça no Brasil.
Diante disso, fica a pergunta: quem fará a "reintegração de posse" da Justiça para o povo brasileiro?
Governo Alckmin é condenado por racismo
Material
distribuído por professora da rede pública a alunos associava a cor
negra ao demônio; indenização será de R$ 54 mil a família que se sentiu
atingida
Fernando Porfírio _247 -
O governo paulista foi condenado por disseminar o medo e a
discriminação racial dentro de sala de aula. A decisão é do Tribunal de
Justiça que deu uma “dura” no poder público e condenou o Estado a pagar
indenização de R$ 54 mil a uma família negra. De acordo com a corte de
Justiça, a escola deve ser um ambiente de pluralidade e não de
intolerância racial.
O Estado quedou-se calado e
não recorreu da decisão como é comum em processos sobre dano moral. O
juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública, a quem cabe
efetivar a decisão judicial e garantir o pagamento da indenização, deu
prazo até 5 de abril para que o Estado dê início à execução da sentença.
O caso ocorreu na capital do Estado mais rico
da Federação e num país que preza o Estado Democrático de Direito
instituído há quase 24 anos pela Constituição Federal de 1988. Uma
professora da 2ª série do ensino fundamental, de uma escola estadual
pública, distribuiu material pedagógico supostamente discriminatório em
relação aos negros.
De acordo com a decisão, a
linguagem e conteúdo usados no texto são de discriminatórias e de mau
gosto. Na redação – com o título “Uma família diferente” – lê-se: Era
uma vez uma família que existia lá no céu. O pai era o sol, a mãe era a
lua e os filhinhos eram as estrelas. Os avós eram os cometas e o irmão
mais velho era o planeta terra. Um dia apareceu um demônio que era o
buraco negro. O sol e as estrelinhas pegaram o buraco negro e bateram,
bateram nele. O buraco negro foi embora e a família viveu feliz.
O
exercício de sala de aula mandava o aluno criar um novo texto e
inventar uma família, além de desenhar essa “família diferente”. Um dos
textos apresentados ao processo foi escrito pela aluna Bianca, de sete
anos. Chamava-se “Uma Família colorida” e foi assim descrito:
“Era uma vez uma família colorida. A mãe era a vermelha, o pai era o azul e os filhinhos eram o rosa. Havia um homem mau que era o preto. Um dia, o preto decidiu ir lá na casa colorida. Quando chegou lá, ele tentou roubar os rosinhas, mas aí apareceu o poderoso azul e chamou a família inteira para ajudar a bater no preto. O preto disse: - Não me batam, eu juro que nunca mais vou me atrever a colocar os pés aqui. Eu juro. E assim o azul soltou o preto e a família viveu feliz para sempre”.
A
indenização, que terá de sair dos cofres públicos, havia sido
estabelecida na primeira instância em R$ 10,2 mil para os pais do garoto
e de R$ 5,1 mil para a criança, foi reformada. Por entender que o fato
era “absolutamente grave”, o Tribunal paulista aumentou o valor do dano
moral para R$ 54 mil – sendo R$ 27 mil para os pais e o mesmo montante
para a criança.
De acordo com a 7ª Câmara de
Direito Público, no caso levado ao Judiciário, o Estado paulista
afrontou o princípio constitucional de repúdio ao racismo, de eliminação
da discriminação racial, além de malferir os princípios constitucionais
da igualdade e da dignidade da pessoa humana.
“Sem
qualquer juízo sobre a existência de dolo ou má-fé, custa a crer que
educadores do Estado de São Paulo, a quem se encarrega da formação
espiritual e ética de milhares de crianças e futuros cidadãos, tenham
permitido que se fizesse circular no ambiente pedagógico, que deve ser
de promoção da igualdade e da dignidade humana, material de clara
natureza preconceituosa, de modo a induzir, como induziu, basta ver o
texto da pequena Bianca o medo e a discriminação em relação aos negros,
reforçando, ainda mais, o sentimento de exclusão em relação aos
diferentes”, afirmou o relator do recurso, desembargador Magalhães Coelho.
Segundo o relator, a discriminação racial está latente, “invisível muitas vezes aos olhares menos críticos e sensíveis”.
De acordo com o desembargador Magalhães Coelho, o racismo está,
sobretudo, na imagem estereotipada do negro na literatura escolar, onde
não é cidadão, não tem história, nem heróis. Para o relator, ao
contrário, é mau, violento, criminoso e está sempre em situações
subalternas.
“Não é por outra razão que o
texto referido nos autos induz as crianças, inocentes que são, à
reprodução do discurso e das práticas discriminatórias”, afirmou Magalhães Coelho. “Não
é a toa que o céu tem o sol, a lua, as estrelas e o buraco negro, que é
o vilão da narrativa, nem que há “azuis poderosos”, “rosas delicados” e
“pretos” agressores e ladrões”, completou.
O
desembargador destacou que existe um passado no país que não é
valorizado, que não está nos livros e, muito menos, se aprende nas
escolas.
“Antes ao contrário, a pretexto de
uma certa “democracia racial”, esconde-se a realidade cruel da
discriminação, tão velada quanto violenta”, disse. Segundo
Magalhães Coelho, na abstração dos conceitos, o negro, o preto, o judeu,
o árabe, o nordestino são apenas adjetivos qualificativos da raça, cor
ou região, sem qualquer conotação pejorativa.
“Há
na ideologia dominante, falada pelo direito e seus agentes, uma enorme
dificuldade em se admitir que há no Brasil, sim, resquícios de uma
sociedade escravocrata e racista, cuja raiz se encontra nos processos
históricos de exploração econômica, cujas estratégias de dominação
incluem a supressão da história das classes oprimidas, na qual estão a
maioria esmagadora dos negros brasileiros”, reconheceu e concluiu o desembargador.
Vi no Terra Brasilis
*Ocarcará
Brasil, Alemanha e Japão pedem (deveriam exigir)Conselho de Segurança maior
"Compartilhamos a visão comum de um Conselho de Segurança ampliado que reflita melhor as realidades geopolíticas do século 21", indicaram os representantes desses países em comunicado conjunto apresentado à Assembleia Geral, onde nesta quinta-feira se debatia novamente a reforma do principal órgão de decisão da ONU.
Esses países, que formam o chamado Grupo dos Quatro (G4), buscam a condição de membros permanentes do Conselho de Segurança.
"Uma ampla coalizão de Estados-membros apoia a ampliação do Conselho de Segurança tanto em sua categoria temporária como na permanente, e também respalda a melhora de seus procedimentos de trabalho", acrescentou o G4 em sua mensagem, apresentada pela embaixadora brasileira na ONU, Maria Luiza Viotti.
O grupo defendeu que essa ampliação seja realizada "levando em consideração as contribuições dos países na manutenção de paz e da segurança internacionais, assim como a necessidade de uma maior representação dos países em vias de desenvolvimento em ambas as categorias".
ÁFRICA
"Em muitas ocasiões, defendemos nossa visão de que a África deveria estar representada na categoria de membros permanentes em um Conselho de Segurança ampliado", acrescentou Viotti em nome do G4, ao tempo que assinalou que 80 países já mostraram por escrito seu respaldo à reforma proposta pelo grupo.
A sessão desta quinta-feira foi a primeira das cinco que a Assembleia Geral tem previstas sobre a reforma do Conselho de Segurança daqui até abril, e nela também se apresentou novamente a coalizão "Unidos Para o Consenso", integrada por Itália, Paquistão, Espanha e México, entre outros países.
Essa coalizão se opõe à proposta do G4 e não deseja a ampliação do número de membros permanentes, mas só dos não-permanentes.
O embaixador italiano na ONU, Cesare Maria Ragaglini, afirmou à Assembleia Geral que o plano do G4 recebe o apoio apenas de 35% dos Estados-membros, "longe da maioria requerida pela Carta das Nações Unidas", em referência aos dois terços da Assembleia e o voto afirmativo dos cinco membros permanentes que contempla a normativa.
VIRAR A PÁGINA
"Após quase 20 anos de debates, chegou o momento de virar a página e pedir ao presidente da Assembleia Geral que reconstrua uma atmosfera de confiança entre os Estados-membros na busca de um compromisso verdadeiro", disse Ragaglini, que pediu "maior flexibilidade" ao G4 em seus pedidos.
A ONU tentou várias vezes desde 1979 empreender negociações para modificar os métodos de trabalho e a composição do principal órgão internacional de segurança, que ainda é um reflexo da situação geopolítica do final da Segunda Guerra Mundial.
O Conselho é composto atualmente por 15 membros, dos quais cinco são permanentes e têm poder de vetar resoluções - França, China, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia.
Os outros dez são escolhidos pela Assembleia Geral por um período de dois anos, representando grupos regionais. Atualmente, os membros não-permanentes são Alemanha, Azerbaijão, Colômbia, Guatemala, Índia, Marrocos, Paquistão, Portugal, África do Sul e Togo.
*MilitâncaViva
O DEUS NO JUDICIÁRIO BRASILEIRO, A SONOLÊNCIA E OS ESCÂNDALOS DIÁRIOS NA MÍDIA
Durante anos, o poder Judiciário, ao contrário dos outros dois poderes da República, não despertava a atenção dos cidadãos, exceção à sua notória morosidade na solução dos litígios processuais.
Os
operadores do Direito, no entanto, reclamavam, para o aperfeiçoamento
democrático estabelecido pela Constituição, a criação de um órgão de
controle externo do Judiciário. Órgão com competência para realizar o
controle administrativo dos tribunais e com poderes correcionais e
sancionadores nos casos de desvio de conduta por magistrado. Aliás,
magistrados que, pela Lei Orgânica, possuem direitos e obrigações.
Embora
não se tenha conseguido criar um órgão de controle externo, chegou-se
ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cujos membros, na sua maioria,
são magistrados.
Pela
atuação do CNJ, o cidadão comum começou a perceber que, como em toda a
corporação, existiam magistrados com atuação deficiente e alguns fora
do padrão ético desejado. As corregedorias dos tribunais, como se
sabia antes da criação do CNJ, eram deficientes.
Muitas vezes, só puniam juízes de primeiro grau e os desembargadores permaneciam impunes: o corregedor sempre é eleito pelos desembargadores. Daí, a tradição de poupar os pares togados.
Muitas vezes, só puniam juízes de primeiro grau e os desembargadores permaneciam impunes: o corregedor sempre é eleito pelos desembargadores. Daí, a tradição de poupar os pares togados.
A
atuação do CNJ tornou o Judiciário um pouco mais transparente. Na
verdade, o CNJ começou a incomodar, embora ainda esteja muito longe do
ideal.
Pelos
incômodos causados, as associações de magistrados passaram, como se
sabe, a contestar as suas atuações correcionais e, por decorrência, a
validade de sanções aplicadas a juízes, desembargadores e ministros.
Para a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o CNJ não tem autonomia e só poderia atuar subsidiariamente. Depois das corregedoriais ou quando estas se omitem A propósito, essa é a tese do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu liminar — no apagar das luzes do ano judiciário de 2011 e sem qualquer urgência que justificasse a concessão de liminar — para suspender a atuação do CNJ.
A partir da heroica reação da ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ e ministra do Superior Tribunal de Justiça, os brasileiros perceberam que “havia algo de podre no reino da Dinamarca”, para usar a frase colocada por Shakespeare na boca do personagem Hamlet. E o “podre” deve ser entendido como a existência de poder fechado, que recusa a transparência e protege indevidamente os seus membros.
A
partir do célebre atrito entre a corregedora Eliana Calmon e o
ministro Cezar Peluso, presidente do STF e do CNJ, os jornais,
diariamente, informam sobre ações corporativas e reprováveis. Algumas
escandalosas.
Hoje,
por exemplo, os jornais noticiam o aforamento, pelo Ministério Público
Federal, de uma ação de improbidade administrativa contra três
magistrados federais, da 1ª Região e que já presidiram a associação
classista. Eles teriam vendido uma sala da associação classista que
presidiam e o valor obtido com a venda teria sido empregado para
quitar dívidas pessoais.
Não
bastasse, os jornais informam que o presidente do CNJ, em sessão
secreta, pediu escusa por falha havida do seu pessoal administrativo. Na
sequência, obteve o apoio dos conselheiros a fim de manter uma
licitação milionária e sob suspeita de direcionamento em favor de certa
empresa concorrente.
Complexo de Deus? |
Pano rápido.
Espera-se que os ministros do STF, em sessão plenária, percebam a
razão que levou à criação do CNJ, algo que o ministro Marco Aurélio
Mello faz questão de ignorar. Solenemente.
AS BRAVATAS DO MINISTRO MELLO, O MAIS ARROGANTE DA REPÚBLICA
"STF não irá se curvar!", afirma Marco Aurélio.
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ontem que a Corte tem de atuar de forma independente, não se curvando a pressões e ao clamor público. "Vamos atuar pouco importando o aplauso ou a crítica", disse, ao ser indagado sobre declarações de magistrados de que por trás da crise do Judiciário estaria o processo do mensalão.
Durante
encontro em Teresina, como revelou ontem o Estado, presidentes dos
Tribunais de Justiça do País afirmaram que o STF está "emparedado" e
sugeriram que "alguns réus" do mensalão estariam atuando para
desestabilizar a Corte.
O
ministro foi direto: "Nessa quadra psicodélica, tudo é possível".
Procurado por meio de sua assessoria, o presidente do STF, Cezar Peluso,
não quis comentar as manifestações feitas pelos magistrados. Para
Marco Aurélio, ao contrário do que deveria ser, existe atualmente no
Supremo "uma preocupação muito grande em relação à repercussão das
decisões". "O dia em que atuarmos de acordo com o clamor público
estaremos mal", afirmou. O ministro lembrou que já disse no plenário do
STF que a magistratura está intimidada. "Será que o Supremo também
está?"
Ele
citou o fato de o tribunal não ter julgado no ano passado a Ação
Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que questiona o poder do CNJ de
iniciar, por conta própria, investigações contra magistrados suspeitos
de envolvimento com irregularidades, apesar de ela ter sido colocada na
pauta semanas antes.
Nota do militanciaviva
*MilitânciaViva
A fila
A Ford anuncia a intenção de assumir pessoal. Não muito, mas já é suficiente para formar uma fila, alguns passaram a noite em tendas. O resultado são as seguintes imagens, que não passaram em nenhum noticiário americanos.
A fila
A Ford anuncia a intenção de assumir pessoal. Não muito, mas já é suficiente para formar uma fila, alguns passaram a noite em tendas. O resultado são as seguintes imagens, que não passaram em nenhum noticiário americanos.
Após algumas horas, a Ford fechou as portas: os candidatos eram demais.
*Informaçãoincorreta
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