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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 06, 2012

Explosão de Alegria na França após a vitória de Holande


*esquerdopata

Currículo Vitae de Fernando Haddad, candidato a prefeito de São Paulo: Na USP, se formou em direito, fez mestrado em economia e doutorado em filosofia. Currículo de José Serra: participou da Privataria da Tucanalha e tenta criar uma guerra santa para ser prefeito.

 

 

*AposentadoInvocado

Veja e o “tema proibido” na Folha

 


Por Altamiro Borges
Numa atitude corajosa, a ombudsman da Folha, Suzana Singer, decidiu criticar o silêncio de boa parte da mídia sobre as ligações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a revista Veja. Aos poucos, o conluio mafioso vai se desfazendo. E há boatos de que novas revelações surgirão em breve, forçando a convocação dos capos do Grupo Abril para depor na CPI do Cachoeira.

François Hollande, Sciences Po graduate (class of 1978), is elected French president.



François Hollande, Sciences Po graduate (class of 1978), is elected French president. He is the fourth French president in a row to have been educated at Sciences Po.


Charge do Dia



Bessinha #31
Bessinha #30


serra_alckmini

Deleite Mercedes Sosa

O RESGATE DE UMA ERA

Ao dar posse ao novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, a presidente Dilma Rousseff elogiou a tradição trabalhista e resgatou um personagem (Jango) vilipendiado tanto pela direita quanto por uma certa tradição intelectual "esquerdista" e uspiana para a qual o movimento operário pré-1964 se resumiu à manipulação populista das massas. 


Um dia de desagravo a Vargas, Janto e Brizola



Da Carta Maior
Em seu discurso de despedida do Senado, em dezembro de 1994, o presidente eleito Fernando Henrique Cardoso anunciou o fim da Era Vargas. Foi generosamente elogiado pelas corporações midiáticas, saudado pelos bancos, aplaudido pelo capital estrangeiro, incensado, enfim, pelo dinheiro grosso e seus áulicos de escrita fina.

Era preciso sedimentar o estigma maniqueísta para legitimar o projeto conservador. Foi o que se fez e ainda se faz. Não escapa ao observador atento a entrevista 'oportuna' de FHC à Folha esta semana para advertir a Presidenta em corajosa ofensiva contra os bancos para a redução dos juros."Vá devagar, não se brinca (sic) com o mercado financeiro", protestou o tucano. É coerente. Pelos quase dez anos seguintes seu governo negociaria barato o patrimônio público construído, na verdade, por décadas de lutas de toda a sociedade brasileira. A nova referência autossuficiente da economia, da sociedade e da história seriam os livres mercados --sobretudo o capital especulativo que não presta contas a ninguém. 
Inclua-se nesse arremate a Vale do Rio Doce, mas também algo de incomensurável importância simbólica: a auto-estima da população, seu discernimento sobre quem tem o direito e a competência para comandar o destino de uma sociedade e do desenvolvimento. Entorpecida a golpes do tacape midiático, essa consciência seria desqualificada para a entronização dos 'mercados desregulados' como o portador autossuficiente do futuro e da eficiência. Em suma, era a vez do 'Brasil não caipira'.

Três vitórias seguidas do PT resumem o escrutínio da população sobre os resultados desse ciclo de desmonte da esfera pública, endividamento da Nação e depreciação da cidadania em dimensões profundas, talvez ainda não suficientemente avaliadas; por certo, não superadas em suas usinas realimentadoras. 

Seria preciso, porém, uma crise capitalista igual ou pior que a de 1929 para sacudir de vez a inércia ideológica e o interdito histórico que recusavam admitir nas conquistas sociais e econômicas do ciclo iniciado em 2003, um fio de continuidade com tudo aquilo antes execrado e sepultado como anacrônico e populista.

Lula cutucou-os não poucas vezes; no fígado da intolerância histórica em certas ocasiões , como quando anunciou a autossuficiência do petróleo em 2006, e disse: " a seta do tempo não se quebrou". E o demonstraria na prática pouco depois, com a regulação soberana do pré-sal, fazendo das encomendas da Petrobrás uma alavanca industrializante capaz de fixar um novo divisor produtivo. 

Conquistas acumuladas em décadas de luta pelo desenvolvimento seriam assim resgatadas de um reducionismo a-histórico, desmentido nos seus próprios termos pelo colapso planetário das premissas esfareladas na crise de 2008. 

Coube nesta 5ª feira à Presidenta Dilma Roussef acrescentar a essa espiral dialética um discurso pedagógico. Na cerimônia de posse do novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, nomes e agendas que a soberba conservadora se propôs um dia a banir da história brasileira, retornaram com orgulho e reconhecimento à narrativa de um governo soberano que, desde 2003, com tropeços e hesitações, aos poucos se liberta daqueles que ainda evocam o direito de cercear o passo seguinte da história brasileira. Esse tempo acabou e Dilma,ontem, fez do seu réquiem um desagravo à história da luta pelo desenvolvimento.Palavras da Presidenta Dilma Rousseff:

"O desemprego no Brasil está hoje nos mais baixos patamares de nossa história - 6,5% em março. Trata-se de um contraste gritante(...) o mundo perdeu 50 milhões de vagas formais de emprego, pulverizadas pela crise econômica, por políticas de austeridade exagerada, pela redução de direitos e precarização da legislação trabalhista. Nós navegamos na contramão dessa tendência (...) 

A partir do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma mudança (...) Nós mudamos a nossa forma de conceber o desenvolvimento e definimos um processo de desenvolvimento com inclusão social (...) Somente nesses últimos 15 meses do meu governo, nós geramos 2 milhões e 440 mil empregos formais (...) 
Jango (esq.) e Leonel Brizola
É assim, muito significativa, a circunstância que traz ao cargo de ministro um jovem que representa, inclusive, no sobrenome Brizola, uma história de mais de meio século de lutas sociais, de defesa do interesse nacional e de conquistas de direitos por parte dos trabalhadores brasileiros. Não bastasse levar o sobrenome Brizola, o novo ministro do Trabalho carrega consigo a história do seu tio-avô João Goulart, ex-presidente da República. Em 1953 - vejam os senhores que coincidência -, também aos 34 anos, também jovem e determinado, Jango foi empossado ministro do Trabalho do governo democrático de Vargas. Foi Jango quem deu à pasta do Trabalho grande peso político e grande dimensão. 

Assim, nomear como ministro do Trabalho e Emprego Carlos Daudt Brizola Neto reforça, em meu governo, é o reconhecimento da importância histórica do Trabalhismo na formação do nosso país" (Presidenta Dilma na posse do ministro do Trabalho, Brizola Neto)

Postado por Saul Leblon




Chuíça (*) é líder no tráfico.
Virada é a roubada cultural

Saiu no Estadão:

Tráfico chega a 5 flagrantes/hora em SP e é o crime que mais cresce desde 2000


Nº de apreensões é 4 vezes maior do que há 12 anos, mas há droga à vontade em circulação


William Cardoso,

de O Estado de S. Paulo


SÃO PAULO – O tráfico de drogas é o crime que mais cresceu nos anos 2000 no Estado de São Paulo. O número de flagrantes feitos pela polícia paulista é hoje quatro vezes maior do que há 12 anos. Foram cinco casos por hora no primeiro trimestre, graças a uma rede de distribuição cada vez mais pulverizada, que atrai pelo lucro fácil jovens e idosos, homens e mulheres, sem distinção.


Especialistas são unânimes em afirmar que há droga à vontade em circulação. “É evidente que a repressão aumentou, mas também deve ter aumentado a quantidade de drogas. Não se pode dizer que é apenas a ação da polícia a responsável pelo crescimento no número de flagrantes, porque aí poderia ter aumentado o preço. São as duas coisas”, diz o pesquisador em Segurança Guaracy Mingardi.


A queda significativa no preço deixa claro que há mais entorpecente em circulação do que a polícia consegue apreender. Sobra droga nas mãos dos traficantes.


Segundo a polícia, o preço da cocaína caiu pelo menos 30%, tanto no varejo quanto no atacado. O quilo da pasta custava no mercado nacional entre R$ 10 mil e R$ 12 mil no início dos anos 2000. Hoje, está entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. A “versão comercial” da droga, aquela que chega ao consumidor final, sai atualmente por algo entre R$ 4 mil e R$ 5 mil o quilo.


Para o coordenador do Observatório de Segurança Pública da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Luís Antonio Francisco de Souza, o mercado de drogas não segue necessariamente a mesma lógica dos demais, porque há um cálculo das perdas – pelo fato de ser algo ilegal. Mesmo assim, o aumento na quantidade de entorpecentes é sensível. “A droga está mais disseminada, porque ficou mais barata e porque os traficantes fazem seu cálculo de risco (sobre quando colocá-la no mercado).”


Além disso, a participação do tráfico sobre o total de boletins de ocorrência registrados nas delegacias paulistas cresceu três vezes em 12 anos – respondia por 0,44% dos BOs em 2000 e, hoje, alcança 1,38%.


O comércio da droga se expandiu sem fronteiras por São Paulo. Os flagrantes cresceram em todas as direções do Estado. Na Região Metropolitana, o aumento foi de seis vezes em 12 anos. Na capital, o número de flagrantes se multiplicou por 3,6 no mesmo período. No outro extremo, nos municípios do interior do Estado, o crescimento foi de 3,75 vezes, favorecido sobretudo pela disseminação do crack no campo, principalmente nos canaviais


(…)

Navalha
O amigo navegante há de se lembrar como a Rede Globo ajudou a estigmatizar o Rio como o centro mundial da droga e do tráfico.
Era para atingir os governos trabalhistas, especialmente o do Brizola.
Tratava-se de uma peripécia mirabolante dos Kamel e Mervais.
São Paulo consumia mais carros, pastas de dente e helicópteros que o Rio, e o Rio consumia mais droga que São Paulo.
Agora, está aí a Chuíca (*), nua em pelo.
E olha que na Secretaria de Segurança do Rio os numeros sobre a Segurança em São Paulo são levados tão a sério quanto os da circulação da Veja.


Ainda no Estadão, o amigo navegante poderá ler sobre a  catastrófica Virada Cultural concebida pelo Padim Pade Cerra e neste sábado extinta por seu herdeiro, o Kassab:

Adolescente morre durante a Virada Cultural e dois são baleados, informa Polícia Militar


A madrugada da 8ª edição da Virada Cultural de São Paulo deixou um saldo trágico. Segundo informações da Polícia Militar, uma menina de 17 anos morreu com suspeita de overdose de cocaína. A adolescente passou mal, foi socorrida no posto médico móvel instalado nas proximidades da Avenida São João e os médicos a encaminharam para o Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia, onde ela já chegou morta.


Além disso, o major da PM Carlos Alberto informou que durante os eventos da Virada Cultural um agente da Polícia Federal disparou em direção a um táxi e, por isso, foi abordado por policiais militares. O agente teria revidado a ação dos PMs, houve troca de tiros e ele ficou ferido no abdómen.


Esse mesmo agente teria atirado, ainda segundo a PM, em um jovem, que também ficou ferido e foi hospitalizado. O agente da Polícia Federal será autuado em flagrante por resistência à prisão e tentativa de homicídio.


(…)


E na Folha (**):

Alex Atala é vaiado após confusão para comer galinhada no Minhocão


As pessoas que aguardaram até cinco horas na fila –que chegou a 300 metros– para comer a galinhada do chef Alex Atala ficaram decepcionadas porque ele deixou o local quando finalmente o espaço no Minhocão foi aberto para a entrada do público.


(…)


À meia noite, ao invés de entrarem de 20 em 20 pessoas, como estava previsto, a multidão invadiu o local e se aglomerou em frente à barraca –que estava decorada com pôsteres de “Veta Dilma”, em referência ao código florestal votado no dia 25 de abril.


Mauricio Schwartz, da organização do evento, afirmou que todas as pessoas que pegaram uma das 500 senhas que haviam sido distribuídas iriam comer da galinhada. Enquanto a organização buscava uma maneira de vender os pratos, o público vaiava.


Cecília Russo, professora aposentada, 74, nunca comeu no restaurante do Atala. Ela conseguiu pegar a senha número um, e estava na fila desde as 22h. “Vim para prestigiar o Atala, ele é o quarto melhor do mundo e o gosto da galinhada faz jus ao prêmio. Veio muito mais gente que o esperado, por isso está essa confusão.”



(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

O crime da Veja. O que
leva Robert(o) em cana


O ansioso blogueiro encontra blogueira suja na Padaria Aracaju, onde o Alberto explica a crise do Euro melhor que a Urubóloga.

– O que você precisa explicar direitinho, ansioso blogueiro, é qual é o crime da Veja.

– Qual deles, pergunta o ansioso blogueiro à blogueira suja.

– Por exemplo, a Veja levou grana ?

– Do Cachoeira ?

– É. A Veja levou grana do Cachoeira ?

– Não, diretamente, não. Assim, de pegar o dinheiro numa mala e esconder num apartamento no Jardim Paulista, não. Desse jeito, não.

– Então, qual é o crime ?, ela pergunta, mais ansiosa que o ansioso.

– O primeiro crime é transformar a Veja num instrumento do crime organizado.

– Isso é crime ?

– E você ainda pergunta ? A Veja era a arma que o Cachoeira apontava para a fronte dos que prejudicassem os negocios dele e do Demóstenes.

– É o crime de cumplicidade.

– De co-autoria. A Veja sabia que o Cachoeira era um criminoso, e dava curso a ações criminosas do Cachoeira e prosseguiu no crime.

– E qual o interesse do Robert(o) Civita nisso ?

– Vários. Primeiro, ajudar a derrubar o Lula e a Dilma. E ele é visceralmente reacionário e entreguista.

– Calma, ansioso blogueiro. Use expresões mais sutis.

– Tá certo. Reacionário e entreguista.

– Sim, mas isso não é crime.

– O crime é usar as reportagens da Veja como gazua.

– Gazua ? O que é isso ?

– Gazua é um gancho, de ponta chinfrada, que os assaltantes usam para abrir portas, cofres e saquear.

– Caramba, isso é muito forte.

– Forte foi o saque. A Editora Abril caminha para a extinção. É um dinossauro. Só quem faz dinheiro ali naquela árvore é o galho podre da Veja. Por isso, o Robert(o) e os filhos já picaram a mula da Editora Abril e foram para o negócio da Educação.

– Então a Veja é a gazua dos novos negócios.

– Exatamente ! Funciona assim: ou dá ou meto você na capa da Veja.

– Uma chantagem.

– Bingo ! O Cachoeira fornecia o material que dava a forma, a dimensão da gazua.

– Como assim ?

– Ou você faz o que eu quero ou faço com você o que o Cachoeira fez com o José Dirceu.

– Mas, a vítima entendia, sabia que se tratava de uma gazua ?

– Minha cara, gazua não tem ombro.

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim