Julian Assange escapa de prisão domiciliar e pede asilo ao Equador
Via
Ópera Mundi
Fundador do Wikileaks estava detido no Reino Unido sob ameaça de ser extraditado para a Suécia
Após
ter sua extradição para a Suécia determinada em última instância pela
Justiça britânica, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, escapou de
sua prisão domiciliar e se alojou na Embaixada do Equador no Reino
Unido. Ele agora pede asilo político ao governo de Rafael Correa.
A
informação é do chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que informou
nesta terça-feira (19/06) que o jornalista australiano solicitou asilo
político ao país. De acordo com o diplomata, o requerimento já está
sendo avaliado.
Patiño disse à imprensa que
Assange enviou uma carta ao presidente do país andino, Rafael Correa, na
qual afirma que existe "perseguição" política contra ele.
Efe
"A
perseguição da qual sou alvo em diversos países deriva não só de minhas
ideias e ações, mas de meu trabalho ao publicar informações que
comprometem os poderosos, de publicar a verdade e, com isso, desmascarar
corrupção e graves abusos aos direitos humanos ao redor do mundo", diz
Assange na carta lida pelo chanceler equatoriano.
No
documento, Assange diz que considera "impossível" o retorno a seu país
de origem após a "lamentável declaração efetiva de abandono" recebida
pelo governo da Austrália.
A Corte Suprema
britânica anunciou na última quinta-feira (14/06) que o recurso feito
por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A
partir de agora não restam mais possibilidades de reversão da sentença
do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.
Com
a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a
autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia
ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos
Humanos em Estrasburgo.
"A Corte Suprema do
Reino Unido desestimou o pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do
Sr. Julian Assange, que buscava reabrir sua apelação", declarou a máxima
instancia judicial do país na ocasião.
Os
magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último mês
de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa
requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.
O
fundador do WikiLeaks, que revelou milhares de documentos confidenciais
da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em
Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades da
Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes
medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra.
Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior
aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.
*Com informações da Efe.
*GilsonSampaio