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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 22, 2012

CHAUÍ EMOCIONA PÚBLICO EM ATO PELA COMISSÃO DA VERDADE DA USP

O Ato teve um encerramento emocionante, com uma integrante da Comissão que leu em voz alta do nome de desaparecidos na ditadura que possuíam vínculos com a USP. À leitura de cada nome, todos gritavam “presente”.

Do SpressoSP

marilena chauí usp
  Heleny Guariba, uma das desaparecidas pela ditadura militar (Foto: Spresso SP/Arte Jornal Brasil Atual)


O ato pela criação da Comissão da Verdade na USP, realizado na semana passada no auditório da Faculdade de Economia e Administração (FEA), contou com a presença de mais de 500 pessoas e teve como um dos destaques o depoimento da filósofa e professora Marilena Chaui.
Chauí iniciou sua fala relatando o caso de dois grandes amigos, Heleny Guariba, uma das desaparecidas na ditadura militar, e de Luiz Roberto Salinas Fortes, morto por conta dos reflexos deixados pela tortura que sofreu também na época da ditadura.

Ela também relembrou como era entrar na USP em 1969, após a proclamação do Ato Institucional número 5, o AI 5, que foi assinado em dezembro de 1968. “A sensação que a gente tinha era de não saber se voltaria para casa, você não tinha nenhuma garantia de que não seria preso e torturado, portanto você não sabia se seus alunos estariam na classe, e quando você se dava conta de que alguns não estavam você não ousava a perguntar onde eles estavam, se eles tinham faltando na aula, se eles tinham partido para um exílio, se eles já estavam presos ou se já estavam mortos. E a mesma coisa com relação aos colegas.”

Ela disse que acha de “essencial importância que a Comissão da verdade resgate todos os decretos da USP, com as datas de implantação e por quem eles foram implementados”. E adiantou que se coloca desde já à disposição para depoimentos e para ajudar na Comissão. A filósofa também criticou o atual reitor João Grandino Rodas: “Este reitor foi formado e teve seu aprendizado como dirigente nesse caldo de cultura da ditadura. Essa forma de gestão explica essa coisa inacreditável. Isso nem a ditadura fez: pôr a polícia dentro do campus para espancar os alunos”.

Também participaram do ato o professor Paul Singer (FEA/USP), Edson Teles, doutor em filosofia pela USP, professor da UNIFESP, ex-preso político e membro da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Vera Paiva, professora do Instituto de Psicologia da USP e filha do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar, e Eduardo Gonzales Cueva, diretor do programa Verdade e Memória do Centro Internacional para a Justiça de Transição. Roberto Schwarz, professor da USP/Unicamp, também convidado não pôde estar presente, mas enviou sua solidariedade ao movimento. O encontro também contou com a participação de representantes do DCE, do Sintusp, da Adusp e de alguns Centros Acadêmicos da universidade.

A professora Vera Paiva ressaltou que o movimento de democratização da USP tem perdido tempo em discussões por divergências partidárias ao invés de ficar mais atento ao verdadeiro inimigo. Em resposta à pergunta sobre qual verdade queremos, a professora respondeu: “Verdade que permita dizer que isso nunca mais pode acontecer no Brasil.”.

Sua fala também foi marcada por uma preocupação em relação aos órgãos de imprensa que, segundo ela, continuam não apurando os fatos de maneira limpa e clara. Na sua opinião, precisa-se resgatar o que significa “o terrorismo de Estado com a cumplicidade dos órgãos de imprensa”. E acrescentou ao final que é inaceitável o fato de ter de viajar passando por um viaduto com o nome Costa e Silva e por uma estrada chamada Castelo Branco.

Edson Telles disse que não se deve aceitar mais do Estado respostas que tratam a violação dos direitos humanos como uma “reconciliação nacional”, pois não estamos nesse conflito. Eduardo Gonzales acrescentou que a Comissão da Verdade é importante para que se acabe com a história de que as violações aos direitos humanos no Brasil na ditadura foram inferiores a outras ditaduras onde houve mais mortos e desaparecidos: “Direitos humanos não são uma questão de aritmética, mas sim de princípios”. Além disso, destacou que a Comissão da Verdade vai ser importante também para apurar esses números.
Paul Singer destacou que se deve investigar o passado, “pois só assim podemos entender o presente”.

Assista trechos:

*MidiaCaricata
Acidente deixa ao menos dois mortos em obra do Metrô em São Paulo







Grua que caiu no canteiro de obras da futura Estação Eucaliptos, em Moema, em São Paulo

De acordo com o Corpo de Bombeiros, 14 agentes e cinco viaturas estão trabalhando do atendimento da ocorrência. As duas vítimas fatais eram operários contratados pelo Consórcio Heleno Fonseca/Triunfo-Iesa para a construção da estação.
A Polícia Militar (PM) informou que recebeu o chamado para atender a ocorrência às 12h57 e o helicóptero Águia foi direcionado para o local e fez o resgate de uma pessoa. 
Segundo o Metrô, uma sindicância foi aberta para apurar as causas e responsabilidades do acidente. A investigação será conduzida pela gerência de engenharia de obras da linha 5-Lilás.
O Metrô também informa que lamenta profundamente as mortes e que "além de uma rigorosa investigação, prestará plena assistência às famílias das vítimas".
*Mariadapenhaneles

Um país que se submete ao clero fica condenado ao Inferno



 

Austrália: «sem religião» já são 20%


Segundo o censo australiano de 2011, os «sem religião» ultrapassaram os 20%. Pela primeira vez, houve mais pessoas a responder «sem religião» (4,8 milhões), do que «anglicano» (3,7 milhões). O único grupo maior do que os «sem religião» são os «católicos» (5, 4 milhões). Por enquanto.
 

Suíça: «sem religião» já são 20%


Segundo o censo suíço de 2010, os «sem religião» quase que duplicaram numa década: passaram de 11,2% em 2000 para 20,1% em 2010.
*DiarioAteista

Vamos falar de alianças?


do tudo em cima

Da esquerda para a direita: Gilberto Kassab (PSD-SP), José Arruda (DEM-DF), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Joaquim Roriz (PSC-DF), Jaqueline Roriz (PMN-DF), Paulo Preto (ex-diretor da Dersa e ex-assessor de Serra), Silas Malafaia (pastor fundamentalista), Soninha Francine (PPS-SP), Índio da Costa (DEM-RJ), Marconi Perillo (PSDB-GO), Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Esses são apenas alguns dos cébelebres aliados e apoiadores de José Serra. Ajude-nos a completar a lista, que é longa *

Unasul exige democracia no Paraguai


*Miro

Sem saída, Cachoeira está pronto para falar e derrubar a República


O mafioso CONTRAVENTOR CONTINUA PRESO E, QUANTO MAIS O TEMPO PASSA, MAIS ELE VAI SE DISPONDO A FALAR; QUER INCLUSIVE VOLTAR À CPMI; SEGUNDO PESSOAS PRÓXIMAS, SE ELE NÃO SAIR DA CADEIA NAS PRÓXIMAS SEMANAS, ‘O BICHO VAI PEGAR’

Preso, vivendo a agonia de quem vai ser solto a qualquer momento mas não vê este momento chegar nunca, Carlinhos Cachoeira está com vontade de falar. Está a um passo de falar, falar muito. E se isso acontecer enquanto está preso, pode falar sem calibrar a mira.
A informação corre entre amigos do contraventor. Estão deixando Cachoeira acuado e ele, se assim continuar por mais algumas semanas – duas, na avaliação das fontes –, ficará incontrolável. Ameaça para que o tirem logo da cadeia? Não, aviso, garantem.

Cachoeira teria até combinado com um veículo de circulação nacional uma entrevista exclusiva. Depois, recuou. Até quando? Não se sabe. Ele também tem considerado voltar à CPMI, em Brasília, para dar as respostas que adiou. É só lembrar que, em vários momentos quando de seu depoimento, ele insinuou vontade de falar, só não seria naquela hora.
Mas o que ele teria a dizer? Ninguém sabe ao certo, porém cada um conta um ponto, mostrando um novelo de relações que junta PT, PSDB, PMDB, empreiteiras diversas e, principalmente, a Delta. A Delta seria um barril de pólvora capaz de incendiar o País.
Nesta quinta, 21, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios entendeu que o contraventor Carlinhos Cachoeira deve permanecer preso. A negação do pedido referente ao processo da Operação Saint-Michel foi decisão unânime, como informou o 247 .
Se Cachoeira falar, será uma mudança na estratégia de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos. Mas não será algo inédito para Bastos. Como advogado da milionária Tânia Bulhões, ele conseguiu evitar que sua cliente fosse presa ao propor a ela o benefício da delação premiada. Tânia atribuiu toda a culpa pelo esquema de sonegação em suas lojas de luxo ao contador e, desta maneira, foi condenada apenas a prestar serviços comunitários.
A diferença agora é que a estratégia pode ser colocada em prática à sua revelia, porque a vontade de falar é de Cachoeira. 
Vassil Oliveira_Goiás 247 –

Os jagunços de Daniel Dantas no Pará

Do sítio do MST:
Os sem terra que faziam um ato com mais de 1000 famílias em frente à sede da fazenda Cedro, em Marabá, no sudeste do Pará, foram atacados por capangas da propriedade do banqueiro Daniel Dantas, na manhã desta quinta-feira (21/6).

Foram feridos com gravidade pelo menos 16 trabalhadores rurais.



A área faz parte do complexo de 56 fazendas da Agroecuária Santa Bárbara, que concentra 600 mil hectares de terras no Sul do Pará.


Os sem terra faziam um protesto contra o desmatamento, o uso intensivo de agrotóxico e grilagem da terras públicas, no contexto das discussões promovidas com a realização da Rio+20, que acontece nesta semana no Brasil.

Depois do ataque dos pistoleiros, as famílias ocuparam a rodovia para denunciar a violência do latifúndio.


"Fomos recebido com muitos tiros por parte da escolta armada. Há muitos feridos, inclusive crianças de colo, que no foram levados para o hospital de Eldorado do Carajás, a 50 Km do local", denuncia Charles Trocatte, dirigente do MST.


Estudo do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) comprova que a fazenda Cedro é grilada e, pela Constituição, deve ser destinada para a Reforma Agrária.


A fazenda da Agropecuária Santa Bárbara foi ocupada por 240 famílias ligadas ao MST em 2009, para pressionar pela retomada dessa área.


A área é objeto de imbróglio jurídico que envolve o estado, a família Mutran e o grupo Santa Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas.

A ocupação


O antigo castanhal foi transferido através da ferramenta jurídica do aforamento, para ser explorado de forma extrativa pela família Mutran, em particular o pecuarista Benedito.


Ao longo dos anos o castanhal deixou de existir e em seu lugar surgiu o pasto. No Pará o aforamento abrange um período de concessão de 1955 a 1966.


A família Mutran foi a principal oligarquia do sudeste do Pará. É conhecida pela forma truculenta com que costuma tratar os seus adversários e pela prática de mão de obra escrava em áreas que controlou.


Abaixo, leia nota oficial sobre o ataque dos pistoleiros:


Trabalhadores Sem Terra são feridos a bala no Pará

Na manhã desta quinta-feira (21/6), jagunços travestidos de seguranças da fazenda Cedro, de propriedade do banqueiro Daniel Dantas, atiraram contra um grupo de trabalhadores rurais Sem Terra ligados ao MST, no Sudeste do Pará, que realizavam um ato político de denuncia da grilagem de terra pública, de desmatamento ilegal, uso intensivo de venenos na área e violência cotidiana contra trabalhadores rurais.

Até o momento, há confirmação de que 16 trabalhadores foram feridos a bala, sendo que, alguns deles, estão em estado grave. Não há confirmação de mortes.
Cerca de 300 famílias já estão acampadas nessa fazenda desde o dia 1º de março de 2009. Ao todo, foram seis fazendas do grupo de Dantas ocupadas pelos movimentos sociais no período.

Mesmo a então juíza da Vara Agrária de Marabá tendo negado o pedido de liminar de despejo feito pelo grupo à época, o Tribunal de Justiça do Estado cassou a decisão da juíza de autorizou o despejos de todas as famílias.

Através de mediação da Ouvidoria Agrária Nacional, foi proposto um acordo judicial perante a Vara Agrária de Marabá, através do qual, os movimentos sociais, com apoio do Incra, desocupariam três fazendas (Espírito Santo, Castanhais, Porto Rico) e outras três (Cedro, Itacaiunas e Fortaleza) seriam desapropriadas para o assentamento das famílias.

O grupo Santa Bárbara, que administra as fazendas do banqueiro, concordou com a proposta. Em ato contínuo, os trabalhadores Sem Terra desocuparam as três fazendas, mas, o Grupo Santa Bárbara tem se negado a assinar o acordo.

A formação da Fazenda Cedro e de muitas outras fazendas adquiridas pelo Grupo Santa Bárbara no sul e sudeste do Pará (ao todo, adquiriram mais de 60 fazendas num total de mais de 500 mil hectares) vem de uma trama de ilegalidades históricas envolvendo grilagem, apropriação ilegal de terras públicas, fraude em Títulos de Aforamento, destruição de castanhais, trabalho escravo e prática de muitos outros crimes ambientais.

História, que até o momento, por falta de coragem política, nem o Incra nem o Iterpa se propuseram a enfrentar. Terras públicas cobertas de floresta de castanheiras se transformaram em pastagem para criação extensiva do gado.

Frente à situação exposta, o MST exige:

- A liberação imediata das três fazendas para o assentamento das famílias dos movimentos sociais;

- Uma audiência urgente no Incra de Marabá, com a presença da Sema, do Iterpa, da Casa Civil para encaminhamento do assentamento e apuração dos crimes ocorridos na área.

- Apuração imediata, por parte da polícia do Pará dos crimes, cometidos contra os trabalhadores.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Pará.
Comissão Pastoral da Terra – CPT Marabá

LEVA (2012)No coração de São Paulo pulsa o maior movimento de luta por moradia da América Latina.

 
Sinopse: No coração de São Paulo pulsa o maior movimento de luta por moradia da América Latina. Famílias desabrigadas ocupam o edifício Mauá, um dentre muitos ocupados no centro da cidade., O documentário LEVA acompanha a vida de moradores da ocupação e revela a organização de siglas que se unem numa organização para transformar os espaços abandonados em habitáveis. A estruturação do edifício pelos movimentos de luta de moradia irá refletir na reorganização e redescoberta das pessoas como indivíduos através do coletivo.

"Quem não luta está morto".
*DocVerdade

Presidente Correa sobre pedido de asilo do criador do Wikileaks, Julian Assange: 'A decisão do Equador será soberana '


           
   
           
   
           
   
           
   
           
   
           
           
           
   
       


Pelo que se depreende da entrevista, e também pelas posições políticas e atitudes do presidente do Equador Rafael Correa, a decisão será soberana e pela concessão do asilo político.

A justiça do Reino Unido, onde Assange estava em prisão domiciliar até refugiar-se na embaixada do Equador em Londres, decidiu pelo envio do fundador do Wikileaks para a Suécia, onde ele é acusado de crimes sexuais... Vou contar pra vocês o que foram os tais crimes:

Assange praticou sexo consensual com duas mulheres, em menos de 10 dias, sem o uso de preservativo. Na Suécia. Lá, ambas as coisas são proibidas: sexo sem preservativo e com duas mulheres diferentes em prazo inferior a 10 dias.

Enviado à Suécia, o que se comenta é que ele seria extraditado para os Estados Unidos, que querem a cabeça de Assange (leia Analista da Fox News prega no ar assassinato de Assange, do Wikileaks: 'Illegally shoot the son of a bitch'), porque mostrou ao mundo, entre outras coisas, estas imagens de um helicóptero americano Apache assassinando civis (inclusive crianças) no Iraque, em 2007:



Nos Estados Unidos, provavelmente, Assange seria condenado à morte.
*BlogdoMello