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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 28, 2013

Tributação sobre grandes fortunas renderia R$ 10 bilhões, diz Paulo Teixeira

por Redação RBA
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Teixeira: "Proporcionalmente, o Brasil tributa mais o pobre do que o rico. Precisamos de reforma tributária"
São Paulo – Autor do Projeto de Lei Complementar (PLC) 130, de 2012, que institui o Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto no artigo 153 da Constituição Federal, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) calcula que a nova tributação renderia R$ 10 bilhões aos cofres públicos, valor que poderia ser investido em serviços para a população: "Calculamos que cerca de 10 mil famílias estariam dentro desse imposto. Ele permitiria uma renda de R$ 10 bilhões, que poderia ser investida na saúde, área que custa caro e cujo serviço é universal."
Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (28), Teixeira diz que o Brasil precisa melhorar serviços públicos como educação saúde e transporte, cujos investimentos podem ser feitos a partir de uma "tributação mais justa": "O Brasil tributa mais o pobre do que o rico, proporcionalmente à sua renda.  Precisamos de uma reforma tributária mais profunda. Demos um passo com a desoneração dos produtos da cesta básica, mas precisamos tributar o outro lado, o das grandes fortunas, que são ganhos e patrimônios com valores acima de R$ 14 milhões."

Teixeira afirma ser preciso dialogar com a juventude a partir do "tipo de linguagem" que ela tem. "O PT precisa estar com a juventude. De certa forma, nos afastamos dela, mas é fundamental dialogar e entender que ela tem uma forma de participação e comunicação diferente de movimentos tradicionais. Ela privilegia o diálogo nas redes sociais, tem outra forma de se comunicar."

O PLC está desde setembro de 2012 na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.

Ouça a reportagem completa na Rádio Brasil Atual
*

O voto distrital
é uma arapuca

Voto distrital é coisa do Cerra para afastar o povo do poder


A propósito do post “O voto distrital vem aí, o Cerra ganhou !“, o amigo navegante Renato enviou esses devastador comentário:


O voto distrital que não permite ao cidadão fazer uma escolha de candidato conforme o seus próprios interesses.

Bancário não pode votar em bancário.

Ruralista não pode votar em ruralista.

Evangélico não pode votar em evangélico.

Militante gay não pode votar em militante gay.

Fã do Tiririca não pode votar no Tiririca.

Cada um tem que votar nos candidatos do bairro em que mora.

Eu, que moro em Jurubatuba, estou lascado.

Atenciosamente, Renato
*PHA

Alckmin corta R$ 355 milhões, mas vende 600 terrenos a R$ 900 milhões

Enquanto governador anuncia 'corte fiscal' de 0,07% do Orçamento, tucanos votam projeto que aliena até o Ibirapuera. CUT e Passe Livre dizem que problema é de transparência, e não de gastos
por Gisele Brito, Eduardo Maretti e João Peres, da RBA publicado 28/06/2013 19:42, última modificação 28/06/2013 19:45
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Guilherme Lara Campos/Palácio dos Bandeirantes
São Paulo – No mesmo dia em que se vale de pronunciamento para anunciar cortes de R$ 355,5 milhões que incluem fechamento de secretaria, fusões e venda de veículos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pede que a Assembleia Legislativa aprove um projeto de lei que vende 600 terrenos a R$ 900 milhões – incluindo o local onde fica o Ginásio do Ibirapuera, na zona sul da capital. Ao mesmo tempo, o tucano investe R$ 226 milhões em publicidade só neste ano, totalizando quase R$ 2,5 bilhões nos últimos dez anos de administração do PSDB.
O governador culpou a revogação do aumento de tarifas de trens e metrô, anunciado no dia 19 após forte mobilização popular, pela necessidade de cortar de outras fontes, embora conte com ao menos R$ 12 bilhões em caixa e tenha deixado todos os anos de executar parte do orçamento estadual, que só em 2013 prevê R$ 173 bilhões em despesas.
Foi a mesma posição defendida pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), ao voltar atrás na decisão de elevar o preço da passagem de ônibus. De lá para cá, o petista cancelou a licitação do sistema de transporte público e prometeu abrir as planilhas de gastos do setor, como exigido pelo Movimento Passe Livre (MPL), organizador das manifestações que resultaram na revogação.
Mayara Vivian, militante do MPL, considera que o governador erra ao indicar que a revogação do aumento é mera questão de remanejamento orçamentário. “É uma questão de prioridade. A gente mostrou dados de que se investia muito mais em transporte individual do que em transporte público. Então era só uma questão de se inverter prioridades, se vai fazer Ponte Estaiada ou se vai fazer corredor de ônibus. E, por outro lado, cortar é cortar o lucro do empresário, que ninguém sabe qual é.”
O vice-presidente da CUT de São Paulo, Douglas Izzo, vai no mesmo caminho ao pedir que Alckmin exponha à população os contratos do transporte público. “Tem muitos recursos em que o governo tem dificuldade na aplicação até para investimento. São várias obras paradas e ele não consegue colocar essas obras para andar e utilizar os recursos previstos anualmente. Não tem necessidade de fazer esses ajustes.”
Os cortes anunciados hoje, chamados pelo governador de “pacote de ajuste fiscal”, preveem uma redução de custos de R$ 129,5 milhões este ano, o equivalente a 0,07% do Orçamento, e de R$ 226 milhões em 2014. Entre as ações está a extinção da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, criada pelo próprio Alckmin em 1º de janeiro de 2011. "A gente pode ter uma secretaria a menos sem nenhum prejuízo para a população", disse o governador, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sem explicar por que abriu a estrutura que agora extingue.
“A secretaria que ele está fechando foi criada para acomodar pessoas da base governista”, critica o deputado Carlos Giannazi (Psol). “Dos 94 deputados, no mínimo 66 são da base do governo e ele negocia cargos, distribui secretarias. Tem que alimentar a base. O que ele fez hoje é só pró-forma para imprensa.”
Outra das medidas anunciadas pelo governo estadual é a fusão de três autarquias:  Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam), Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) e Fundação Seade. O Seade funciona com este nome desde 1978, mas é herança de uma estrutura criada ainda no século 19 para garantir a formulação de pesquisas e relatórios fundamentais para o planejamento de ações governamentais. “A Fundação Seade é importante para quem tem de buscar dados econômicos e sociais do estado de São Paulo. A gente lamenta e espera que essa fusão não venha acompanhada de rebaixamento das condições de trabalho dos funcionários dessas três fundações”, diz Izzo, da CUT.
O pacote inclui também a redução da frota de veículos, o que, segundo Alckmin, provocará economia de R$ 3,1 milhões ao ano, acrescidos de R$ 6,5 milhões devido à redução no aluguel de veículos. A venda de um helicóptero resultará em corte de R$ 4,5 milhões ao ano. Outras fontes serão cortes de água, luz, combustível e telefonia. "Com isso nós não afetaremos um centavo os investimentos do governo que são necessários para poder gerar mais emprego e melhorar os serviços públicos", argumenta o tucano.
No mesmo dia, a base aliada ao governador na Assembleia prepara a votação do Projeto de Lei 650, de 2012, que autoriza a venda de até 600 imóveis para garantir a aplicação do Programa de Parcerias Público-Privadas. Trata-se de uma tentativa, na visão do Executivo, de viabilizar investimentos no metrô, em trens e em rodovias, em um total de R$ 45 bilhões. “É uma contradição enorme. Vamos votar hoje uma Lei de Diretrizes do Orçamento antissocial que não investe o suficiente na educação, saúde. O Alckmin faz isso para inglês ver, para a opinião pública. Para fazer marketing”, afirma Giannazi. “É um procedimento administrativo para mostrar que está impondo a moralidade, a austeridade. É uma perfumaria.”
As bancadas do Psol, do PT e do PSD tentaram barrar a apreciação do texto e cobraram do governador a realização de audiências públicas para debater o tema, mas não tiveram sucesso. Para a oposição ao Palácio dos Bandeirantes, a aprovação equivale a passar um cheque em branco ao governo para dispor de prédios e terrenos públicos de alto valor monetário, sem que sejam vendidos pelo montante que realmente valem.

Investimentos

Embora diga que os cortes visam a não prejudicar os investimentos previstos para este ano, a realidade da execução orçamentária contraria o tucano. No metrô, por exemplo, em 2011 e 2012 havia previsão de destinar R$ 9,3 bilhões tanto em melhorias como em expansão do sistema, mas apenas R$ 3,4 bilhões foram gastos, menos de 40% do total.
Em modernização e capacitação das linhas já existentes, o governo também destinou menos do que o orçamento previa. Por exemplo, a linha 3-Vermelha, que liga Itaquera, no extremo leste, à Barra Funda, na zona oeste, e que em horários de pico é a mais superlotada, deveria ter recebido investimentos de R$ 484 milhões, mas o governo conseguiu aplicar R$ 384 milhões.

A linha 1-Azul, a mais antiga, inaugurada nos anos 1970, teria recebido R$ 552 milhões se o orçado em 2011 e 2012 fosse aplicado integralmente, mas o total investido foi de R$ 382 milhões. Na linha 2-Verde, a diferença entre orçado e realizado foi a menor. Eram previstos R$ 135 milhões e foram investidos R$ 131 milhões. E a linha 5-Lilás, que já previa o menor montante em investimento somados os dois anos de Geraldo Alckmin, R$ 8,2 milhões, recebeu pouco mais da metade, R$ 4,8 milhões.
Em educação, novamente o que se nota é uma aplicação inconstante. Estudo feito pela liderança do PT na Assembleia mostra que as obras de expansão da rede física escolar, por exemplo, caíram um quarto, de R$ 1,002 bilhão, em 2012, para R$ 751 milhões em 2013. A redução é de R$ 251,2 milhões.
Em aperfeiçoamento dos profissionais do ensino fundamental e médio, em relação ao ano passado, o orçamento em vigor registrou queda de 15,34% no primeiro (de R$ 71,4 milhões para R$ 60,4) e 25,8% no segundo, que diminuiu de R$ 52,9 milhões para R$ 39,2 milhões.

O Programa Ler e Escrever, lançado em 2007 na gestão de José Serra (PSDB) para promover a melhoria do ensino em toda a rede estadual, com ações incluindo apoio aos professores e distribuição de materiais pedagógicos e outros subsídios, teve recursos e número de alunos beneficiados reduzidos. Na peça orçamentária de 2012, eram 681.763 alunos, com verbas de R$ 85,9 milhões. Em 2013, os números caíram para 661.731 (2,9%) e R$ 65 milhões (24,3%), respectivamente.

O programa de alimentação escolar apresenta redução dos recursos (de R$ 368 milhões para R$ 336 milhões), enquanto o número de alunos a ser alcançado aumentou de 2.140.622 para 2.208.489, o que pode representar a diminuição da qualidade nutricional oferecida aos alunos, segundo o estudo.

O programa Escola da Família, criado na primeira gestão de Alckmin, que previa o funcionamento das escolas em fins de semana para atividades das comunidades onde se localizam, foi reduzido pela metade no governo de José Serra (2007-2010) e, no segundo mandato de Alckmin, permanece estagnado. Em 2012, eram 2.390 escolas participantes do programa, número que permanece igual este ano. Os recursos, porém, aumentaram de R$ 103,5 milhões para 119,3 milhões.

*RedeBrasilAtual
Equador oferece aos EUA, US$ 23 milhões, "ajuda econômica", para aprenderem sobre direitos humanos 
Equador oferece aos EUA "ajuda econômica" para capacitação em direitos humanos 
Opera Mundi
Oferta foi feita após Quito renunciar às preferências comerciais destinadas aos países andinos que combatem as drogas
O Equador anunciou nesta quinta-feira (27/06) que renuncia de maneira “unilateral e irrevogável” às preferências comerciais, a Atpdea (Lei de Preferências Comerciais Andinas e Erradicação das Drogas) dos Estados Unidos, frente às “ameaças de certos setores” do país de não renová-las, informou o secretário de Comunicação, Fernando Alvarado. Além disso, o país oferece aos EUA uma ajuda econômica de US$ 23 milhões anuais para a “capacitação em direitos humanos”. A quantia é o equivalente ao que o Equador recebe em preferências comerciais.

Segundo Alvarado, diante da “ameaça, insolência e prepotência de certos setores políticos, grupos midiáticos e poderes concretos norte-americanos, que pressionaram para que as preferências sejam retiradas”, o presidente Rafael Correa tomou essa decisão. O Equador “não aceita pressões ou ameaças de ninguém e não comercializa com os princípios nem os submete a interesses comerciais, por mais importantes que eles sejam”, sublinhou o secretário de Comunicação em coletiva de imprensa.
Efe (19/06/2013)

Correa, que ainda não recebeu pedido de asilo político de Snowden, criticou editorial escrito pelo Washington Post
Ontem, Correa rebateu editorial do jornal Washington Post, que criticou a decisão de Quito de considerar asilo político ao ex-consultor da CIA Edward Snowden. "Se Snowden tivesse vazado as informação a partir do Equador, não só ele, mas qualquer jornalista que recebesse suas informações poderia estar sujeito a uma sanção financeira, seguida de processo", disse o jornal.

Correa respondeu no Twitter. “Que descaramento!". E acrescentou: "Vocês percebem o poder da imprensa internacional? Eles conseguiram centrar a atenção em Snowden e nos países do 'mal' que o 'apoiam', fazendo-nos esquecer as coisas terríveis denunciadas contra o povo norte-americano e de todo o mundo. A ordem mundial não é apenas injusta, é imoral", acrescentou.

De acordo com Alvarado, o “Equador lembra ao mundo que as preferências comerciais foram originalmente outorgadas como uma compensação aos países andinos por sua luta contra as drogas, mas rapidamente se transformaram em um novo instrumento de chantagem”.
Sobre a “ajuda econômica”, Alvarado destacou que o valor poderia ser destinado à capacitação em matéria de direitos humanos, “que contribuiria para evitar atentados à intimidade das pessoas, torturas, execuções extrajudiciais e demais atos que denigram a humanidade”. Ele lembrou que o Equador é um dos sete países americanos que ratificaram os instrumentos interamericanos de direitos humanos, e por isso “solicita fraternalmente aos EUA que ratifiquem alguns deles”.

“Entendo que devem existir mecanismos de luta contra o terrorismo, mas não podemos admitir que esse empenho atropele os direitos humanos e a soberania dos povos”, afirmou o secretário de Comunicação equatoriano. Além disso, ele expressou o “carinho e respeito ao povo norte-americano, com o qual sempre mantivemos excelentes relações e com o qual nos solidarizamos pela espionagem massiva da qual também é alvo”.

Segundo Alvarado, “nos teria agradado que a mesma urgência exigida para a entrega do senhor [Edward] Snowden caso ele pise solo equatoriano fosse aplicada para diversos fugitivos da justiça equatoriana refugiados nos EUA”, se referindo especialmente “aos banqueiros corruptos que quebraram o país em 1999, cujas extradições foram reiteradas vezes negadas”.

Snowden

Na mesma coletiva de imprensa, a ministra coordenadora de Política, Betty Tola, explicou que é falsa a informação de que o governo do Equador havia entregado um documento ao ex-consultor da CIA. “Qualquer documento desse tipo não é responsabilidade” de Quito, sublinhou.

O governo quatoriano também informou que ainda não processou o pedido de asilo feito por Snowden porque a solicitação ainda não chegou a nenhuma de suas representações diplomáticas.

Snowden fugiu dos EUA para Hong Kong este mês depois de revelar informações sobre programas de vigilância secreta do governo dos EUA. De lá ele voou para Moscou, no domingo, e esperava-se que fosse para Havana na segunda-feira, mas não embarcou no avião que seguiu para Cuba.

O norte-americano de 30 anos, que enfrenta acusações de espionagem nos EUA, não é visto em público desde a chegada a Moscou. Autoridades russas disseram que ele permanece em uma área de trânsito do aeroporto Sheremetyevo.

* Com informações do jornal equatoriano El Telégrafo
*Mariadapenhaneles

O “prôfêsô” FHC esquecido


Um dia, FHC pediu aos brasileiros que esquecessem os livros que ele escrevera. 
Os brasileiros, em sua maioria, nunca esqueceram, porque não os leram. 
Vez por outra, o “prôfêsô”, após ter ficado oito anos na presidência do país, aparece dando “aulas” de gestão pública – depois de ter quebrado o Brasil. 
Ontem à noite, ele voltou à carga. 
Agora para “ensinar” os governantes a governarem, criticando-os por não fazerem a reforma política. 
Pensa que alguns brasileiros esqueceram que ele nunca moveu um dedo para fazer a reforma andar, quando presidia a Nação. 
Falou também sobre Educação, defendendo mais recursos para o setor, ontem, durante a entrevista – certamente depois de ter visto as manifestações pedindo mais dinheiro para a área. 
O “prôfêsô” pensa que a gente se esqueceu de que ele criticou o projeto dos royalties, orientando parte da bancada do seu partido a votar contra o projeto que destinava 100% dos recursos arrecadados para a Educação
O “fessô” esquece de tudo e quer que a gente siga seu exemplo.
*cutucandodeleve

Rede Globo sonega bilhões de reais em impostos


Globo_Mafia01 
O mensalão da Globo Miguel do Rosário em seu O Cafezinho
O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente tucana, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
Esconder dólares na cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos, todos mostrados ao fim do post. Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no Congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à Globo, a Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tona, a operação para abafar as investigações sempre é bem-sucedida. Vide a inércia da procuradoria em investigar a privataria tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão mineiro.
Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais do que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$400 bilhões. Deste total, as Organizações Globo respondem por um percentual significativo.
A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e Congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.

Centrais sindicais e MST marcam ato unitário para 11 de julho em todo o país


Em reunião com a presidenta Dilma Rousseff (foto acima), realizada nesta quarta-feira (26) em Brasília (DF), centrais sindicais apresentaram as pautas da mobilização nacional

Em reunião realizada nessa terça-feira (25), as centrais sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcaram para 11 de julho o Dia Nacional de Lutas, com o lema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”. As paralisações, greves e manifestações terão como objetivo destravar a pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional e nos gabinetes dos ministérios, além de construir e impulsionar a pauta que veio das ruas nas manifestações realizadas em todo o país nos últimos dias.
Vão participar da mobilização nacional a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Sindicatos do Brasil (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), além do MST.
Na reunião dessa terça-feira, as centrais sindicais e o MST estabeleceram uma plataforma unitária de lutas, com os seguintes pontos: 1) Educação: pelos 10% do PIB, melhoria da qualidade, ciranda infantil nas cidades, etc.; 2) Saúde: garantia de investimentos conforme a Constituição, melhoria do Sistema Único de Saúde (SUS), apoio à vinda dos médicos cubanos, etc.; 3) Redução da jornada de trabalho para 40 horas: aprovação do projeto que está na Câmara; 4) Transporte público de qualidade: proposta de tarifa zero em todas as grandes cidades; 5) Contra a PEC 4330: projeto do governo que institucionaliza o trabalho terceirizado sem nenhum direito, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e férias; 6) Contra os leilões do petróleo; 7) Pela Reforma Agrária: solução dos problemas dos acampados, desapropriações, recursos para produção de alimentos sadios, legalização das áreas de quilombolas, entre outras reivindicações; 8) Pelo fim do fator previdenciário, que afeta a classe trabalhadora ao se aposentar.
Além disso, os movimentos sociais defendem como bandeiras da mobilização a reforma política e do plebiscito popular sobre o tema; a reforma urbana para enfrentar a crise das grandes cidades e a especulação imobiliária; e a democratização dos meios de comunicação, com o encaminhamento ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Iniciativa Popular construído pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e em fase de coleta de assinaturas.
A mobilização nacional também denunciará o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas; a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais; e a impunidade dos torturadores da ditadura civil-militar. Além disso, as centrais sindicais e os movimentos demonstrarão repúdio à aprovação do estatuto do nascituro e à redução da maioridade penal.
Nesta quarta-feira (26), os itens da pauta foram apresentados à presidenta Dilma Roussef, em audiência realizada no Palácio do Planalto.



israel E ainda se consideram vítimas?



 Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o país promoveu seis guerras e quatro invasões.

Ainda hoje, a entidade sionista ocupa 3 países ( Palestina, Síria e Líbano).

Mantém 11.000 prisioneiros políticos encarcerados sem julgamento.

O estado sionista promove diariamente demolições de casas.

Discriminações raciais.

Alem de 653 bloqueios de estrada.

E o maior campo de concentração do mundo.

                                 bombas de fósforo israelenses contra escolas palestinas

E esses são alguns dos pouquíssimo exemplos das brutalidades que os israelenses praticam contra os palestinos.

Quem quiser mais detalhes é só navegar pelo blog.
Postado há por

Testemunho de Sílvio Mota, Juiz Federal, sobre a ação da PM do governador Cid Ferreira Gomes


  • Testemunho de Sílvio Mota, Juiz Federal, sobre a ação da PM do governador Cid Ferreira Gomes, ontem (27/6/2013):
    “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!”

    Era isso que eu ia cantando quando avancei contra a PM do Sr. Cid Gomes.
    Por que avancei?
    Em primeiro lugar, porque a polícia não se manteve nas barreiras e avançou para acabar com a manifestação. Uma manifestação pacífica, de cara limpa, em que tremulavam bandeiras dos movimentos sociais e até de partidos políticos.
    Não é verdade que os manifestantes provocaram o enfrentamento.
    A PM do Ceará mentiu, e a Rede Globo também.
    A maior manipulação da Globo foi a de não seguir a linha do tempo, e apresentar imagens do final do conflito sem nada dizer das horas de bombardeio que sofremos.
    Tenho 68 anos e limitações de locomoção, e estava sentado quando eu e minha esposa, também com 68 anos, fomos atingidos por artefatos de gás lacrimogênio. Estávamos longe da barreira, com vários trabalhadores, professores universitários, profissionais da saúde, e até militantes das Pastorais da Igreja Católica.
    Minha esposa foi levada por jovens manifestantes para longe, a fim de ser tratada dos efeitos do gás. Eu fiquei, inclusive porque peso mais de 100 quilos. Estava aplicando uma esponjinha molhada de vinagre para poder respirar, mas vi uma jovem tão apavorada que passei minha esponja para ela.
    Levantei-me indignado e avancei contra os escudos da barreira, de cara limpa, com a camisa contra a PEC 37. Os PMs ficaram confusos, mas logo avançou um oficial superprotegido por escudos e asseclas que mal podia falar.
    Foi logo dizendo que eu não podia fazer aquilo, mas respondi que estava no meu direito de manifestar-me sem armas. Ele alegou que eu podia ser atingido por pedras, mas nenhuma foi arremessada contra mim. As poucas que havia no chão eram pequenas, e nenhum risco causavam a seus escudos e coletes. Disse-lhe que dispensava sua proteção, pois quem tinha me agredido era ele, e não pedras.
    Ele voltou para sua linha de escudos.
    Os jornalistas presentes logo me perguntaram se eu era promotor, e lhes disse que era juiz aposentado e meu nome. Até defendi o plebiscito proposto pela Presidenta Dilma.
    O garboso oficial com seus escudos laterais saiu da linha de novo e disse que iria prender-me.
    Disse-lhe que não podia fazer isso porque eu era um magistrado vitalício e não estava cometendo nenhum crime. Exibi-lhe minha carteira funcional, e ele disse que não ia me prender, mas que ia prender a um senhor militante do MST que tinha avançado para meu lado para proteger-me e estava usando a camisa do movimento. Disse-lhe então que iria com ele, e na confusão o camponês correu e o garboso oficial não teve coragem de abandonar a linha para persegui-lo.
    Dei-lhe as costas e voltei para a meninada, que já estava mais calma, mas então ele teve coragem de mandar disparar pelos menos cinco artefatos de gás nas minhas costas. Os meninos apagaram quatro deles em baldes de água, e um quinto me atingiu no meio das costas. Caiu no chão e chutei para o lado. É bom saber: nunca dê as costas para uma hiena.
    Depois de voltar para a manifestação encontrei minha mulher, ficamos ainda algum tempo aguentando gás lançado contra nós sem motivo, em trajetórias de longo alcance e ainda deu tempo para sair com nosso carro e almoçarmos em um restaurante (o que tinha que fazer com urgência, pois já eram duas da tarde e sou diabético).
    Só então tivemos notícias dos confrontos mostrados nas imagens da Globo, por celular.

    Sílvio Mota
    Magistrado Federal"