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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

Charge foto e frase do dia














































































































































O reacionário está na moda

 

Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta

Marcelo Semer*
Não foi surpresa que logo após o comentário em que deu status de legítima defesa a justiceiros (relembre aqui), a jornalista Rachel Sheherazade tenha tido a oportunidade de escrever artigo no espaço mais nobre de um grande jornal.
Foi vociferando a altos brados, contra todas as formas de ‘esquerdismo’, sem sutilezas nem decoros, que Reinaldo Azevedo ganhou o status de colunista nesse mesmo diário.
Lobão foi guindado a uma revista semanal depois que minimizou a tortura dos anos de chumbo, desprezando quem se disse vítima por ter tido “umas unhazinhas arrancadas”.
Diogo Mainardi pulou da revista para a TV a cabo, apelidando semanalmente o presidente de anta.
Até humoristas que se orgulham de ser politicamente incorretos, sobretudo com o mais vulnerável, vêm emplacando programas próprios na telinha.
Se alguém ainda tinha dúvidas, elas estão sendo dissipadas: o reacionário está definitivamente na moda.
Não há veículo da grande imprensa que não tenha hoje um ou mais comentaristas dispostos a tirar o espectador da ‘zona de conforto’, e destilar o mais profundo catastrofismo, enquanto estimulam a ira e desprezam a dignidade humana em nome de uma hipotética Constituição de um único artigo: a liberdade de expressão absoluta.
Tamanha reação do conservadorismo extremo, pelos novos ícones da classe média, poderia indicar que, de alguma forma, o país anda no caminho certo.
Nenhuma redução de desigualdade, seja ela econômica, social, racial, de gênero ou orientação sexual, passa incólume à reação. Tradição e privilégios jamais se rendem sem resistência.
Mas há dois componentes neste jogo que complicam a equação e nos aproximam da intolerância.
Primeiro, o fato de que o catastrofismo sem limites, o derrotismo por princípio e o esforço de detonar o Estado de todas as formas e sob todas as forças, produz uma inequívoca sensação de que estamos sempre à beira do abismo. Mesmo quando evoluímos.
A estabilidade política é desprezada, sufocada pela ideia que resume toda política em corrupção –mas que, inexplicavelmente, considera o corruptor apenas uma vítima do sistema que patrocina.
Todo mal reside nos políticos, nos partidos, enfim no Estado –nunca no mercado ou nos mercadores.
A maior autonomia dos órgãos de investigação e a independência dos operadores do direito, somadas ao fim da censura, têm ligação direta com esse mal-estar da liberdade: a democracia não é pior porque produz mais monstros, apenas mais incômoda porque é impossível escondê-los.
O derrotismo desproporcional, que remete toda e qualquer política à vala comum, acaba por conferir a violência foros de alternativa.
A criminalização da política é, assim, uma poderosa vitamina da intolerância. E seus responsáveis são justamente aqueles que mais bradam contra a violência que ao mesmo tempo estimulam.
reacionário moda
(Ilustração / Pragmatismo)
Mas não é só.
A política também tem perdido seu prestígio por estar sendo sepultada pelo fator eleitoral.
O pragmatismo sem freios destroça ideologias, pensamentos e valores e é um consistente obstáculo ao avanço civilizatório. Quando o poder é mais relevante que a política, os fins sempre servem para justificar meios.
A rendição à pauta religiosa, de governos e oposições, é um sintomático reflexo desse excesso de pragmatismo que comprime o espaço republicano.
A submissão rala à pauta punitiva, que ameaça inserir o país na lógica de um Estado policial, é outro indício. Como o instrumento penal é sempre seletivo, mais repressão significará mais desigualdade.
Esvaziar a política nunca é uma tarefa prudente, menos ainda quando o canto da sereia do reacionarismo está cada vez mais afinado.
Há 50 anos, nossa democracia foi estuprada por militares que deram um golpe, civis que o financiaram e reacionários que o justificaram, inclusive e fortemente na imprensa.
Que a efeméride, ao menos, nos mantenha vigilantes.
*Marcelo Semer é juiz de direito, escritor e edita o blog sem juízo
*pragmatismopolitico

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

     Marcelo Freixo e o rojão da Globo


Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:



As maiores vítimas da campanha sistemática da Globo contra o deputado Marcelo Freixo e os “vândalos” são a verdade e, em seguida, ela própria.

Depois de basear sua cobertura nas declarações apressadas e confusas de Jonas Tadeu, advogado dos acusados de soltar o rojão que matou Santiago, o Globo publicou alguns editoriais que merecem entrar para qualquer antologia do jornalismo.

(Tadeu, é bom lembrar, defendeu o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães, citado na CPI das Milícias presidida em 2008 por Freixo. Antes disso, fora condenado por dano moral em 2000. Já ameaçou desistir de trabalhar com Caio Souza e Fábio Raposo algumas vezes. Passa muito longe de ser a chamada fonte fidedigna).

Num primeiro editorial, ainda com o cadáver de Santiago quente, publicou-se o seguinte: “O crime jogou luz sobre a inaceitável atuação do gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) em defesa de vândalos”.

Mais tarde, diante da reação ao massacre insustentável de Freixo — inclusive por parte de um colunista do Globo, Caetano Veloso –, veio um mea culpa esquisito: “O que faz um jornal diante disso? Omite os fatos na presunção de que o deputado Marcelo Freixo é um homem acima do bem e do mal? Mas esses homens, infelizmente, não existem.”

Dizer uma platitude dessas é de lascar, mas, no caso de Freixo, ainda serve como uma desculpa esfarrapada para uma cotovelada. Afinal, Freixo, que se acha acima do bem e do mal, é só um político sacana como qualquer outro.

Mas o pior estava por vir: “O jornal não disse em momento algum que o deputado Marcelo Freixo era ligado ao homem do rojão, nem de forma alguma induziu seus leitores a acreditarem nessa versão. Seria absurdo e leviano, porque não há prova alguma sobre isso”.

Bem, então o que explica a manchete do dia 9 de fevereiro?: “Advogado: ativista diz que jovens envolvidos em lançamento de rojão que atingiu cinegrafista seriam ligados a Freixo”.

O PT do Rio divulgou nota oficial, se solidarizando com o PSOL e Freixo, “vítimas recentes da sanha da mídia empresarial” — embora muitos de seus militantes continuem achando que o deputado, de alguma maneira, merece apanhar.

Deveria ser caso para processo. Não será, provavelmente, porque não dará em nada. Brizola levou anos para ter um direito de resposta no Jornal Nacional. Agora, uma coisa é certa: a cobertura da Globo de seu próprio equívoco está servindo, novamente, para que ninguém tenha dúvida a respeito da repulsa que ela provoca e que se mostrou, de maneira clara, nas ruas. E esse ódio é culpa exclusivamente de suas práticas, expostas diariamente.

 Zeca Dirceu critica tirania do sinístro Barbosa

247 – No dia em que Joaquim Barbosa tende a ser derrotado na votação dos últimos embargos da AP 470, Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, critica seu autoritarismo no caso. O STF deve derrubar as condenações por formação de quadrilha no processo do chamado mensalão, o que reduzirá as penas de José Dirceu, Delubio Soares e José Genoino.
Para o deputado federal do PT-PR, no final, prevalecerá a verdade: “mas temo o caminho que estamos seguindo, com decisões tiranas com as quais os poderes legítimos estão perdendo a imparcialidade e a independência”.
Leia o artigo publicado na Folha de S. Paulo:
Álbum de família
Tenho certeza de que essa parte triste na história da nossa família será, mais uma vez, uma grande contribuição do meu pai para o Brasil
O carinho e a atitude política do meu pai, José Dirceu, me tornaram um homem apaixonado pela minha família e pelas causas coletivas.
Infelizmente, entre imagens de encontros felizes e de movimentos sociais, teremos no álbum da memória da nossa família recordações do sofrimento que estamos vivendo. Passamos por uma tormenta de pressão midiática e todas as suas consequências, não só meu pai, mas também seus companheiros, a esquerda, o PT e todo um projeto político.
Meu pai está preso desde novembro sem a garantia de seu direito de trabalhar, previsto em sua condenação a regime semiaberto.
Tenho clareza de que, no final, prevalecerá a verdade, mas temo o caminho que estamos seguindo, com decisões tiranas com as quais os poderes legítimos estão perdendo a imparcialidade e a independência.
A última atitude autoritária e injustificada do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi a de revogar, sem que tenha sido provocado por recurso, a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que determinava a análise imediata do pedido de meu pai para trabalhar fora do presídio da Papuda, em Brasília.
Além de incomum, a decisão soa como inaceitável perseguição e repercute de maneira negativa inclusive entre seus colegas no Supremo, já que invalidou a de um substituto de forma monocrática, sem submetê-la a plenário.
Arbitrariedades poderiam até ser comuns na ditadura militar, mas agora, em tempos de democracia, são inadmissíveis! Mas não perco o entusiasmo; ao contrário, sou motivado a continuar na luta pelo apoio de gente de bem. São amigos, dirigentes partidários e militantes do PT, representantes de movimentos sociais e cidadãos comuns que reconhecem a história de meu pai e não o abandonarão nunca.
Prova disso são as doações para o pagamento da multa quase milionária que lhe foi imposta. Muitos companheiros têm mostrado solidariedade. Milhares de brasileiros oferecem mais do que a sua contribuição financeira, mas um gesto de humanidade e consciência política.
Somos muito gratos e nos sentimos imensamente mais seguros por sabermos que estamos agindo numa corrente e que juntos vamos vencer todas essas injustiças.
Tenho orgulho do meu pai! Só um homem muito forte tem coragem de se manter em pé, com punho cerrado e de cabeça erguida em meio a um bombardeio que já dura oito anos, culminando agora com a sua prisão. Justo ele, que tanto lutou pela liberdade política social e econômica de todo um povo, vê seu direito de liberdade, novamente, sendo restringido de maneira cruel.
Como bons marinheiros, passaremos por este momento difícil e reencontraremos o sol e novos horizontes. Sabemos que precisamos aceitar grandes provações para que a verdadeira revolução aconteça e beneficie a todos.
Tenho certeza de que essa parte triste na história da nossa família será, mais uma vez, uma grande contribuição do meu pai para o Brasil. Mais uma lição de que o "Zé guerreiro, do povo brasileiro!" não vira a página sem resolver tudo o que precisa e não desiste de suas lutas jamais.

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CLIQUE E CONFIRME PRESENÇA 
Dia 26.04, sábado, tomaremos as ruas pela legalização da cannabis. Afinal, a cada dia mais países se dão conta da falência da “guerra às drogas” e o Brasil não pode seguir nas trevas do proibicionismo. É hora de dizer basta às mortes, prisões e demais ingerências do Estado e abrir um sorriso à vida, à liberdade e aos potenciais usos médicos, industriais, religiosos e recreativos da maconha. Aconteceu o que @s caretas temiam: o futuro chegou, e ele é verde. Legalize _\|/_
Enquanto drogas legais são regulamentadas e controladas, crimes relacionados a drogas ilícitas são os que mais encarceram pessoas no Brasil. O consumo não é afetado, o abuso não é bem tratado e o povo é pessimamente informado sobre os potencias benéficos e maléficos destas substâncias. E a violência segue vitimando a todos. É contra isso que se levanta a Marcha da Maconha São Paulo, defendendo uma cultura de paz, informação, diálogo e ativismo.
Somos um movimento social autônomo organizado desde 2007 em rede pelo Brasil, de maneira horizontal, sem lideranças e hierarquias, e sem ligação com empresas, partidos políticos e grupos religiosos. Assim como os efeitos da proibição afetam toda sociedade, acreditamos que a defesa de mudanças na política de drogas é uma demanda de todos, sejam usuários ou não, jovens ou idosos, trabalhadores ou desempregados, moradores do centro ou da periferia.
Nossa manifestação é pacífica, multicolorida e comporta muitos mundos. Traga o seu bloco, suas cores, bandeiras e gritos e fortaleça a luta pela legalização. O fim da guerra também depende de você, e é na rua que a coisa muda. Sai do armário e vem pra Marcha! (mas deixe o B.O em casa, porque vai tá cheio de PM =D)
CULTIVE LIBERDADE PARA NÃO COLHER A GUERRA
* NÃO PORTE SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS. AINDA É CRIME.
*coletivodar

Lula adverte para 'calote humanitário' dos países ricos ao Haiti


Soldado brasileiro em missão humanitária no Haiti.

Não vamos nos esquecer do Haiti

Em 2014, completam-se dez anos de presença da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti e quatro anos do terremoto que devastou e agravou a frágil situação deste que é o país mais pobre da América Latina.

Grandes crises institucionais e catástrofes naturais levam países às manchetes em todo o mundo e despertam durante algum tempo a atenção da imprensa internacional e dos governantes. Mas depois, sobretudo se o país vitimado é pobre e periférico, sem peso no jogo geopolítico global, os holofotes se apagam, as notícias se tornam cada vez mais raras, o clamor de solidariedade arrefece e boa parte das promessas de apoio são esquecidas. Até porque a reconstrução das áreas atingidas e a solução real dos problemas de suas populações não acontece, obviamente, na mesma velocidade com que as notícias são difundidas na internet e na televisão. Exige uma atuação paciente e continuada, com inevitáveis altos e baixos, ao longo de anos, que vá muito além do socorro humanitário. E isso supõe um forte compromisso ético e político dos países envolvidos.

    AZEREDO CONFIRMA MANOBRA PARA FUGIR DO STF



Com a comunicação oficial da renúncia à suprema corte, caberá ao ministro Luís Roberto Barroso (relator do caso) decidir se o processo do "mensalão tucano", continuará em tramitação no STF, uma vez que, como ex-deputado, o ex-governador de Minas não tem mais o foro privilegiado; Azeredo é acusado de desvio de dinheiro público durante a campanha pela reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998; para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Azeredo atuou como “um maestro” no esquema; ele renunciou nesta quarta (19) ao mandato na Câmara e quer ser julgado em Minas; Barroso avaliará se Azeredo tentou manipular a jurisdição do seu caso

19 DE FEVEREIRO DE 2014

247 - Avança a manobra do ex-governador de Minas Eduardo Azeredo para evitar que seu caso seja julgado no Supremo Tribunal Federal e volte para a primeira instância. Depois de renunciar ao mandato parlamentar, abrindo mão, assim, do foro privilegiado, seu advogado, José Gerardo Grossi, comunicou a decisão ao STF. Caberá, agora, à suprema corte decidir se Azeredo agiu ou não de modo deliberado para manipular um caso, que estava prestes a ser julgado. "O STF tem reagido um pouco quando considera que tem havido algum tipo de manipulação da jurisdição. Não estou fazendo nenhum tipo de juízo de valor, mas é um dois elementos a serem considerados", disse o ministro Luis Roberto Barroso.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil:

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O advogado do ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), Jose Gerardo Grossi, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a renúncia do ex-parlamentar. Com a comunicação oficial, caberá ao ministro Luís Roberto Barroso decidir se a Ação Penal 536, o processo do mensalão mineiro, continuará em tramitação na Corte. Barroso é o relator da ação. No processo, Azeredo é acusado de desvio de dinheiro público durante a campanha pela reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998.

Azeredo renunciou hoje (19) ao mandato na Câmara dos Deputados. A carta, entregue pelo filho de Azeredo, Renato Azeredo, no início da tarde, foi lida em plenário minutos depois, oficializando o afastamento do político.

Com a renúncia, Azeredo perdeu o foro privilegiado e o processo poderá ser remetido à Justiça de primeira instância. No entanto, o envio das acusações não é automático. No caso do ex-governador mineiro, Barroso vai avaliar se a renúncia teve a intenção de retardar o fim da ação penal.

No dia 11 deste mês, Barroso abriu prazo de 15 dias para que o advogado de Azeredo apresente as alegações finais no processo. Esta fase é a última antes do julgamento pelo plenário da Corte. Após manifestação da defesa, o processo deverá seguir para o revisor, ministro Celso de Mello, e, em seguida, para Barroso, relator da ação penal.

Nas alegações finais do Ministério Público, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que Azeredo atuou como “um maestro” no suposto esquema e que ele desviava recursos públicos em benefício próprio para financiar sua campanha política. O procurador também diz que a prática dos crimes só foi possível por meio do "esquema criminoso" montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Jair Bolsonaro está fora da Comissão de Direitos Humanos


Reunião realizada nesta terça-feira entre o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e líderes partidários fechou acordo que evitará que o deputado Jair Bolsonaro presida a Comissão de Direitos Humanos.

Na reunião, o PT concordou em escolher a CDH, enquanto o PP, que ameaçava indicar Bolsonaro para a presidência, ficará com as comissões de Trabalho e Transporte.
Um reunião prévia, realizada nesta terça-feira pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) com líderes partidários, foi fechado acordo que evitará que o deputado Jair Bolsonaro presida a Comissão de Direitos Humanos da Casa (CDH). Na reunião, o PT concordou em escolher a CDH e o PP, que ameaçava indicar Bolsonaro para a presidência, ficará com as comissões de Trabalho e Transporte.
Os líderes decidiram criar uma nova comissão, dividindo a Comissão de Desporto e Turismo, para contemplar o PSC que tinha perdido o direito de presidir comissão com a criação das duas novas legendas: PROS e Solidariedade.