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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

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CLIQUE E CONFIRME PRESENÇA 
Dia 26.04, sábado, tomaremos as ruas pela legalização da cannabis. Afinal, a cada dia mais países se dão conta da falência da “guerra às drogas” e o Brasil não pode seguir nas trevas do proibicionismo. É hora de dizer basta às mortes, prisões e demais ingerências do Estado e abrir um sorriso à vida, à liberdade e aos potenciais usos médicos, industriais, religiosos e recreativos da maconha. Aconteceu o que @s caretas temiam: o futuro chegou, e ele é verde. Legalize _\|/_
Enquanto drogas legais são regulamentadas e controladas, crimes relacionados a drogas ilícitas são os que mais encarceram pessoas no Brasil. O consumo não é afetado, o abuso não é bem tratado e o povo é pessimamente informado sobre os potencias benéficos e maléficos destas substâncias. E a violência segue vitimando a todos. É contra isso que se levanta a Marcha da Maconha São Paulo, defendendo uma cultura de paz, informação, diálogo e ativismo.
Somos um movimento social autônomo organizado desde 2007 em rede pelo Brasil, de maneira horizontal, sem lideranças e hierarquias, e sem ligação com empresas, partidos políticos e grupos religiosos. Assim como os efeitos da proibição afetam toda sociedade, acreditamos que a defesa de mudanças na política de drogas é uma demanda de todos, sejam usuários ou não, jovens ou idosos, trabalhadores ou desempregados, moradores do centro ou da periferia.
Nossa manifestação é pacífica, multicolorida e comporta muitos mundos. Traga o seu bloco, suas cores, bandeiras e gritos e fortaleça a luta pela legalização. O fim da guerra também depende de você, e é na rua que a coisa muda. Sai do armário e vem pra Marcha! (mas deixe o B.O em casa, porque vai tá cheio de PM =D)
CULTIVE LIBERDADE PARA NÃO COLHER A GUERRA
* NÃO PORTE SUBSTÂNCIAS ILÍCITAS. AINDA É CRIME.
*coletivodar

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