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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 21, 2014

JUSTIÇA DA VENEZUELA DECIDE MANTER OPOSITOR GOLPISTA PRESO


Nas proximidades da prisão onde está López, manifestantes pró-caos demonstraram apoio ao opositor

O opositor Leopoldo López, dirigente do partido Vontade Popular e acusado pelo presidente Nicolás Maduro de ser autor intelectual da violência nos protestos vividos no país nos últimos dias, teve uma nova medida privativa de liberdade ditada na madrugada desta quinta-feira (20/02) e continuará na prisão, após ter se entregado na última terça.
 
O Presidente Maduro e a maioria absoluta do povo venezuelano, enfrentam um modelo de insurreição covarde e sanguinário, que segue um padrão made in USA, que já foi testado com êxito no Egito, Líbia, na Síria, na Ucrânia. A teoria do caos e da  terra arrasada foi testada em junho no Brasil que fracassou. Continuará fracassando. A grande ofensiva no Brasil - esta escrito - se dará durante a copa do mundo. (Mviva)
QUANTO PIOR MELHOOOOORRR
A decisão do tribunal, que se deslocou até a prisão militar de Ramo Verde, onde se encontra López, veio depois de horas de espera pela audiência, que se realizou durante a noite.
 
Com a medida privativa de liberdade, há um prazo máximo de 45 dias em que o Ministério Público pode acusar, sobressair ou arquivar o caso, segundo informou um dos advogados do dirigente. Antes da confirmação de que López continuaria preso, manifestantes se reuniam em diferentes pontos de Caracas para protestar contra o governo, formando barricadas com fogo e fechando ruas.
 

Em um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite de ontem, Maduro disse que não aceita nenhum tipo de grupo armado. “Quem use armas em nome do movimento bolivariano vai ser preso, as armas da república estão com as Forças Armadas, eu assumo minha responsabilidade, onde haja indicações claras e as investigações conduzirem, que o poder judicial julgue e que condene”, afirmou.
“As ordens são muito claras de preservar a paz, o respeito, de construir convivência, amansar os loucos fascistas, amansá-los com a lei, com a autoridade”, expressou o chefe de Estado. “Os bolivarianos, patriotas, gente decente democrata deste país temos que manter a luta para derrotar essas bandas fascistas”, disse ele, durante um conselho de ministros no palácio presidencial.
Durante o discurso, Maduro informou que grupos estavam atacando uma torre da Cantv (serviço de telecomunicações do país) no estado venezuelano de Lara. Diversos edifícios estatais foram atacados na última semana. Segundo o governo, meios de transporte público como ônibus e estações de metrô também sofreram ataques, deixando feridos.

OS TERMOS DO ULTIMATO: ESTABELEÇAM UM GOVERNO PRÓ-AMERICANO OU FOMENTAREMOS O CAOS
O presidente venezuelano sustenta que há um plano para levar o país ao “caos social, político e militar” para gerar uma “crescente espiral de ódio e confrontação de povo contra povo e logo justificar o injustificável, o chamado a uma intervenção militar nos assuntos internos da Venezuela”.

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