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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

    Deputada petista diz que Joaquim Barbosa é um serviçal da direita reacionária


Com o patrão 
Deputada do PT: Barbosa "serve ao PSDB e à Globo" 

Bahia 247 - A deputada estadual Luiza Maia, do PT, fez 'desabafo' ao vivo na Rádio Sociedade da Bahia nesta quarta-feira sobre os "exageros" do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, sobretudo na condução do julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, que pôs quatro petistas de alto escalão na cadeia.

Luiza Maia chamou Barbosa de "demagogo" e disse que o chefe do Poder Judiciário "age na Justiça por razões políticas". Ela também afirmou que o presidente do STF "tem ligação direta com a Rede Globo, além de ser afiliado político do PSDB".

"Eu acho que ele é um político. Filiado do PSDB e ligado a Globo. O filho dele trabalha na emissora. Ele é um conservador arcaico e eu tenho muito mais prestígio do que ele. Fui eleita pelo povo e represento o povo. O plano dele é destruir o PT".

Alertada pelo apresentador Adelson Carvalho sobre suas "declarações contundentes", a deputada afirmou que "não existem motivos" para ela "se furtar da opinião sobre Joaquim Barbosa".

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