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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, fevereiro 23, 2014

Golpe de estado derruba presidente da Ucrânia; neonazistas a um passo do poder

Ukrainian Insurgent Army, onde já vimos isso antes? 
Parlamento destitui Yanukovich e convoca eleições na Ucrânia
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Parlamento ucraniano destituiu neste sábado (22) o presidente do país, Viktor Yanukovich, por "abandono de suas funções constitucionais" e convocou eleições presidenciais antecipadas para o dia 25 de maio.

Mais cedo –por volta das 16h10 locais e 11h10 no horário brasileiro–, Yanukovich foi à televisão para dizer que não tinha a intenção de renunciar. Durante discurso exibido pelo canal "UBR" –que acredita-se ter sido feito da cidade de Kharkiv, no nordeste do país–, ele denunciou um "golpe de Estado".

"Há um golpe de Estado no país", declarou. "Não tenho a intenção de apresentar minha demissão. Sou um presidente eleito legitimamente. Não tenho a intenção de sair do país", completou Yanukovich, que também disse que as decisões do Parlamento são "ilegítimas".

Em Kiev pela manhã, manifestantes tomaram o escritório de Yanukovich e declararam a ocupação de todos os edifícios da administração oficial. O policiamento ostensivo também deixou as ruas da capital do país.
Volodymyr Rybak, líder do Parlamento e aliado de Yanukovich, renunciou e foi substituído por Oleksander Turchynov, próximo da opositora Yulia Timoshenko.
*http://esquerdopata.blogspot.com.br/

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