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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 16, 2014

Charge foto e frase do dia



































































































































 Riocentro: pela 1ª vez, militares terroristas serão julgados pelo atentado a bomba

Para Justiça Federal, ação de 1981 configura-se crime contra humanidade 

Do R7

A Justiça Federal aceitou na última terça-feira (13) denúncia do MPF (Ministério Público Federal) no Rio de Janeiro contra seis acusados por envolvimento no atentado a bomba no Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, no dia 30 de abril de 1981, durante um show para comemorar o Dia do Trabalhador. Com a decisão, pela primeira vez na história uma denúncia criminal relativa ao atentado no Riocentro será processada e irá a julgamento.
O General Newton Cruz e o terrorismo de Estado. O que viria depois disso?

A partir da decisão, o coronel reformado Wilson Luiz Chaves Machado, o ex-delegado Claudio Antonio Guerra e os generais reformados Nilton de Albuquerque Cerqueira e Newton Araujo de Oliveira e Cruz respondem pelos crimes de homicídio doloso tentado (duplamente qualificado por motivo torpe e uso de explosivo), por associação criminosa armada e por transporte de explosivo. Newton Cruz responde ainda pelo crime de favorecimento pessoal. Já o general reformado Edson Sá Rocha responde por associação criminosa armada e o major reformado Divany Carvalho Barros por fraude processual.
A juíza da 6ª Vara Federal Criminal, Ana Paula Vieira de Carvalho, considerou que os crimes denunciados pelo MPF configuram-se como crimes contra a humanidade e, por isso, imprescritíveis para todos os Estados, segundo o direito internacional.
Segundo a juíza, "os fatos narrados na denúncia encontram-se, em tese, dentro deste contexto, na medida em que, segundo a tese ministerial, a ser submetida ao contraditório, o atentado a bomba descrito fazia parte de uma série de outros 40 atentados a bomba semelhantes ocorridos no período de um ano e meio, direcionados à população civil, com o objetivo de retardar a reabertura política que naquele momento já se desenhava. Não por acaso teriam sido escolhidas as festividades do dia 1º de maio, no Riocentro, tidas como símbolo dos movimentos contrários à ditadura. Também a referendar essa ideia está a suposta tentativa de atribuir o atentado a movimentos de esquerda, narrada na inicial acusatória." 

Para os procuradores da República do Grupo de Trabalho Justiça de Transição do MPF no Rio, "a decisão, além de reafirmar o compromisso do Estado brasileiro com as normas do direito internacional, reforça a compreensão disseminada na sociedade brasileira de que os crimes cometidos na época da ditadura militar devem ser punidos”. 
Denúncia
Na denúncia encaminhada à Justiça em fevereiro passado, o MPF apresentou novos documentos e testemunhas que permitiram a identificação de pessoas envolvidas no atentado a bomba no Riocentro, revelaram diversos codinomes de militares e civis e trouxeram elementos de prova novos.
Foram tomados depoimentos de 42 testemunhas e investigados. As investigações, que duraram quase dois anos, identificaram o envolvimento dos seis denunciados, além de outros nove envolvidos que já morreram. 
De acordo com as investigações do MPF, os denunciados planejaram minuciosamente o ataque desde um ano antes até o dia do show, tendo praticado o crime com a participação decisiva de outros militares já falecidos. Para a execução do atentado, a organização criminosa tinha um núcleo de planejamento e um núcleo operacional (também chamado "Grupo Secreto").
O MPF pede que Wilson Machado, Claudio Guerra e Nilton Cerqueira sejam condenados a penas não inferiores a 36 anos de reclusão; Newton Cruz a pena de pelo menos 36 anos e seis meses de reclusão; Sá Rocha a pena não inferior a dois anos e seis  meses e Divany Barros a no mínimo um ano de detenção.
O MPF requer ainda que os denunciados sejam condenados à perda do cargo público, com o cancelamento de aposentadoria, à perda de medalhas e condecorações obtidas e a pagar indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 500 mil, a ser dividido pelos denunciados.
O atentado
Uma bomba explodiu do lado de fora do Riocentro na noite do dia 30 de abril de 1981, durante um show em comemoração ao Dia do Trabalhador. Dois militares teriam tentado plantar bombas no local do show, mas uma delas explodiu antes, matando o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Na época, o governo culpou os radicais de esquerda pelo ataque. Para a Comissão Nacional da Verdade, o atentado foi uma "ação articulada do governo militar".

Em reunião em Londres, MST oferece asilo a Julian Assange em assentamento


Via Brasil de Fato
Assange recebeu asilo político do governo de Rafael Correa, mas se deixar o local será detido imediatamente. Ao menos dois policiais ficam 24 horas por dia à sua espreita
15/05/201
Por Maíra Kubík Mano
Da Página do MST/Agência Pública
Em frente à Embaixada do Equador em Londres, um grupo de cinco pessoas reúne-se todos os dias para protestar. Com alguns cartazes e uma faixa costurada à mão, exige a libertação de Julian Assange, o fundador do Wikileaks, confinado no prédio. “Em 19 de junho faremos um grande ato, você pode participar?”, perguntam aos curiosos que passam pela rua. A Embaixada fica em uma área turística da cidade, bem ao lado de uma grande loja de departamentos, e a manifestação chama atenção.
A prisão de Assange foi pedida pela Suécia em um processo de assédio sexual e ele, que é australiano, entrou na Embaixada do Equador para evitar a extradição. Recebeu asilo político do governo de Rafael Correa, mas se deixar o local será detido imediatamente. Ao menos dois policiais ficam 24 horas por dia à sua espreita, o que custa, por ano, módicos 3,8 milhões de libras (R$ 14,6 milhões), conforme revelou a polícia metropolitana. “Além de tudo estão gastando nosso dinheiro”, critica uma das ativistas, uma senhora chilena que vive em Londres desde o golpe contra Salvador Allende.
O isolamento forçado de Assange limita não só seus movimentos físicos como sua comunicação.  Quem quiser falar com ele precisa antes passar por seus assessores e ter sua vida checada. Ao entrar no prédio, celulares, câmeras e quaisquer outro tipo de aparelhos eletrônicos são confiscados, para garantir sua privacidade. Jornalistas são terminantemente proibidos. E expulsos, caso tentem — imagine como consegui essa informação.
Nesta quinta-feira (14), é um dos principais movimentos sociais do Brasil, o MST, quem vai encontrar o cabeça de uma organização que sacudiu a diplomacia internacional, bancos e até a igreja da Cientologia após vazar milhares de documentos em seus 7 anos de atividade. Na pauta, a aliança entre os movimentos sociais latino-americanos e o Wikileaks.
A reunião é longa e, às 18h, o grupo que protestava diante do prédio se retira. “Vou para a Embaixada da Síria. A situação está feia lá”, diz uma delas. Agora sou apenas eu e os policiais olhando para a Embaixada, que é uma lateral térrea de um prédio sofisticado. O espaço onde Assange está, dizem, tem poucos metros quadrados.
Após duas horas de conversa — e muitas voltas na quadra —, João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, saiu afirmando que “é importantíssimo que os movimentos sociais estejam juntos na luta em defesa do asilo de Assange no Equador”. Segundo o dirigente, o papo "fluiu", e o MST vai contribuir para pressionar a Suécia a permitir a ida dele ao país sul-americano.
O fundador do Wikileaks estaria também temeroso com a possibilidade de ser extraditado para os Estados Unidos. “Ele acha que, caso seja preso pela Suécia, vão mandá-lo para os Estados Unidos por conta das acusações de espionagem”, conta Rodrigues.
O MST prometeu então se juntar à mobilização do dia 19 de junho, quando Assange completa dois anos na Embaixada, realizando protestos nas representações diplomáticas suecas e estadunidenses. Os sem-terra vão circular ainda um abaixo-assinado junto com outros movimentos sociais e intelectuais, que deve ser entregue ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).
Em troca de toda a solidariedade recebida, o Wikileaks se prontificou a repassar ao movimento informações que sejam de seu interesse e irá abrir seus arquivos para que os sem-terra contribuam na triagem das informações — Assange teria milhares de documentos que não foram analisados e cujo valor político não se tem ideia. Uma próxima reunião para combinar os detalhes será agendada em breve.
Ao final, os representantes do MST entregaram ao fundador do Wikileaks um cartaz assinado pelos “movimentos sociais da Alba” (Aliança Boliariana para os Povos da América) com as fotos de Assange, Chelsea Manning — condenada a 35 anos prisão pelo vazamento de dados confidencias dos EUA — e Edward Snowden, antigo funcionário da CIA e atualmente exilado na Rússia. “Toda solidariedade aos combatentes do Império”, dizia o poster.
Posaram para fotos juntos, todas tiradas pela assessora de Assange, que edita as imagens antes de liberá-las — até agora elas não chegaram. Muitos cliques com o boné vermelho do MST. Bem-humorado, Rodrigues colocou o movimento à sua disposição: “caso precise de um asilo no Brasil, oferecemos os nossos assentamentos”. Ganhou de volta um abraço.
À noite, sobraram só os policiais.
*GilsonSampaio

 85 mais ricos têm mesma riqueza que metade do mundo, diz organização



DESIGUALDADE

Riqueza de 1% da população é 65 vezes maior que a da metade do mundo. 70% das pessoas vivem em países onde desigualdade cresceu em 30 anos.

Relatório divulgado nesta segunda-feira (20) pela organização Oxfam International aponta que as 85 pessoas mais ricas do mundo concentram a mesma riqueza que a metade menos favorecida da população mundial. A entidade reúne organizações que trabalham pelo fim da pobreza e da desigualdade.

Em outra comparação, o texto mostra que  1% da população tem a fortuna de US$ 110 trilhões. “Esse montante é 65 vezes maior que a riqueza total da metade menos favorecida da população mundial”.

O estudo aponta, ainda, que sete a cada dez pessoas vivem em países onde a desigualdade econômica cresceu nos últimos 30 anos. Os dados têm como fonte relatórios do Fórum Econômico Mundial e do Credit Suisse de 2013, diz a Oxfam.

A entidade aproveita a realização do Fórum Econômico Mundial, em Davos, para pedir políticas que contenham o rápido aumento da desigualdade.

"A extrema desigualdade econômica é prejudicial e preocupante por várias razões: é moralmente questionável, pode ter impactos negativos sobre o crescimento econômico e sobre a redução da pobreza e pode multiplicar os problemas sociais. Ela agrava outras desigualdades, tais como aquelas entre homens e mulheres. Em muitos países, a desigualdade econômica extrema é preocupante por causa do impacto pernicioso que as concentrações de riqueza podem ter sobre a igualdade de representação política", diz o relatório.

Os levantamentos da Oxfam pelo mundo captaram a descrença das pessoas em relação ao fim das desigualdades. "Pesquisa realizada em seis países (Espanha, Brasil, Índia, África do Sul, Reino Unido e EUA) mostrou que a maioria das pessoas acredita que as leis são distorcidas em favor dos ricos. Na Espanha, oito em cada 10 pessoas concordaram com essa afirmação", diz o relatório.
*http://quoduniomystica.blogspot.com.br/2014/05/85-mais-ricos-tem-mesma-riqueza-que.html

quinta-feira, maio 15, 2014

FHC tentou trazer a Copa e dançou!



Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Se houve um momento em que deveriam ter sido feitos protestos contra a realização de uma Copa do Mundo no Brasil foi em 1999, ano em que o governo do país consumou um dos maiores - se não o maior - estelionato eleitoral de sua história.

No ano anterior, o então presidente Fernando Henrique Cardoso se reelegera garantindo que, sendo reeleito, não desvalorizaria o real diante do dólar. Era mentira. Cerca de 60 dias após se reeleger ele desvalorizou a moeda e atirou o Brasil em uma terrível crise econômica.

No último ano da década de 1990, o desemprego alcançara incríveis 12% (contra 5,4% em 2013), a inflação batera nos 8,94% (contra 5,91% em 2013), 26.093 empresas quebraram (contra 1.758 em 2013). Ainda assim, FHC apresentou candidatura do país a sediar a Copa do Mundo de 2006.

A iniciativa de um governo que no primeiro ano de seu segundo mandato quebrara o país refletiu a própria incompetência na proposta que apresentou à Fifa.

O caderno de encargos apresentado pela CBF à Fifa em 1999 continha um festival de erros e contrastava com propostas minuciosas e bem apresentadas como a inglesa. Por conta disso, a proposta do Brasil perdeu de todas as outras de goleada.

O projeto apresentado pelo governo tucano começava pecando pela apresentação visual. A CBF enviara à Fifa uma brochura – que se desmontava com facilidade – e um fichário. A brochura indicava as cidades que receberiam a Copa de 2006 e discorria sobre aeroportos, estádios, pontos turísticos etc.

As fotos deixavam a desejar. Algumas eram em preto-e-branco, apesar de não serem antigas, denotando desleixo. E as legendas muitas vezes não condiziam com as fotos.

Sobre a infraestrutura de São Paulo, por exemplo, uma rodovia era apresentada duas vezes e, na primeira, a legenda dizia que a imagem era do Monumento dos Bandeirantes (São Paulo) e, na segunda, a capital paulista era chamada de “Atibaia”.

Já o metrô paulistano, que em 1999 já era o mais lotado e o menor do mundo – em se tratando de grandes centros urbanos –, além de tudo não aparecia completo. O mapa de sua extensão não citava estações como Tucuruvi e Parada Inglesa.

Mas foi na infraestrutura dos estádios que o Brasil passou vergonha. O “certificado de segurança” das instalações mandado à Fifa denotava a fragilidade da candidatura brasileira.

Sobre o estádio do Morumbi, foi apresentada carta da Secretaria de Habitação de São Paulo afirmando que o estádio comportava 80 mil torcedores, mas o mesmo documento continha informação de que metade da arquibancada térrea, até então interditada, não tinha cadeiras, obrigando os torcedores a verem os jogos em pé ou sentados no chão, o que infringia as exigências da Fifa.

Outro mico pago pelo Brasil foi sobre o estádio Vivaldo Lima, em Manaus. A brochura (mal encadernada) apresentada pelo governo FHC oferecia 20 lugares para deficientes físicos, ou 5% do que ofereciam os rivais do Brasil na disputa para sediar a Copa de 2006.

Além disso, os números da brochura tosca entregue pelo governo FHC à Fifa não batiam com os números que figuravam no fichário improvisado. Sobre o Maracanã, a documentação citava duas capacidades de público diferentes. Na brochura, 120 mil torcedores; no fichário, 100 mil torcedores.

Sobre o estádio da Fonte Nova, o material dizia que comportava “comodamente” 82 mil torcedores, mas que “boa parte” deles teria que ficar sentada no chão (!?).

Já o estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, também teve capacidade inflada. Embora o material contivesse laudo atestando capacidade para 80 mil torcedores, a direção do estádio dizia que não cabiam mais de 70 mil.

O amadorismo da proposta do governo brasileiro foi tanto que um campo de treinos em Goiânia foi chamado de “Vila Nova”, mas esse era o nome de um time goiano. O campo de treinos era o do Estádio Serra Dourada.

A proposta inglesa continha 608 páginas, a alemã (que acabou vencendo) continha 1.200 páginas, a sul-africana continha 1.500 páginas. Todas bem encadernadas, com descrição detalhada das cidades-sede. A proposta brasileira, mal ajambrada, continha 208 páginas.

Por fim, a previsão de gastos apresentada pelo Brasil condizia com o estado de penúria econômica do país. O valor apresentado para “investimentos” era de US$ 360 milhões e não era detalhado. Na proposta inglesa, por exemplo, só para reconstruir o estádio de Wembley os gastos previstos eram de US$ 490 milhões, o que denotava o irrealismo da proposta brasileira.

Oito anos depois, mais exatamente em 30 de outubro de 2007, o Brasil apresentou a sua proposta para sediar a Copa de 2014.

A apresentação brasileira condizia com a euforia social e econômica que vigia no país. Agora, tínhamos inflação de 4,6%, desemprego (ainda alto, porém cadente) de 9,3% e o país sofrera com apenas 2.721 falências naquele ano.

O material primoroso apresentado previa prioridade para os investimentos privados na construção e na reforma dos estádios, deixando os recursos públicos para a modernização da infraestrutura (transporte, segurança etc.)

A apresentação ainda continha vídeos com depoimentos de artistas, cenas de paisagens naturais e narração em inglês. Ao fundo, a apresentação tocava samba.

Duas horas depois, Joseph Blatter, presidente da Fifa, disse que a escolha do Comitê Executivo da entidade fora unânime, confirmando a sede da Copa de 2014 para “o melhor futebol do mundo”.

Todos os governos brasileiros, ao longo da segunda metade do século XX, tentaram trazer para cá a Copa do Mundo. Porém, só o governo Lula conseguiu. No século XXI.

As obras de infraestrutura (aeroportos, meios de transporte etc.) ficarão e beneficiarão as populações das regiões que as receberam. Os estádios, em um país em que milhões comparecem a eles todas as semanas, continuarão recebendo o afluxo desses mesmos milhões de brasileiros. Só que com mais conforto.

Todos os recursos públicos gastos com a Copa voltarão (com lucro expressivo) através dos negócios com turismo. A realização de evento disputado há décadas por incontáveis países projetará o país no mundo.

É compreensível que as demandas sociais justas deste país sejam feitas. Quanto mais forem feitas, melhor. Porém, a Copa não irá tirar um único centavo do social. Pelo contrário: o lucro que a Copa de 2014 irá gerar ajudará a atender essas demandas.

Ney Matogrosso detona governo brasileiro em TV portuguesa governadores FASCISTAS NÃO A PRESIDENCIA

Em operação inédita, SP começa a captar água do volume morto do Cantareira


Falta de chuvas afeta abastecimento de água em São Paulo55 fotos

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15.mai.2014 - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acionou nesta quinta-feira (15) o conjunto de bombas que darão início à captação de água do "volume morto" do Sistema Cantareira na cidade de Joanópolis, interior do Estado Luciano Claudino/Código19/Agência O Globo
Em uma operação inédita no Brasil, o governo de São Paulo começou a captar na manhã desta quinta-feira (15) o volume morto do Sistema Cantareira, principal fonte de abastecimento da região metropolitana de São Paulo. O nível do sistema está hoje em 8,2%.

O governo Alckmin diz que não, mas você acha que vai faltar água em SP?

Resultado parcial
Em ano eleitoral, a medida de utilizar a água que fica no fundo das represas, abaixo do nível de captação das comportas, foi a saída encontrada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para escapar da impopular decisão de racionamento de água.
O governo gastou R$ 80 milhões para construir canais e instalar bombas para a retirada da água nas represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari/Jacareí, em Joanópolis.
O governador participou de cerimônia na represa de Jaguari/Jacareí para marcar o início da captação do volume morto. Dos seis reservatórios que integram o sistema, esse é o que possui menor nível de armazenamento de água. Hoje, o índice é de apenas 1,7%.
A previsão é extrair 182 bilhões de litros de água dos 400 bilhões de reserva, elevando em 18,5% o nível do Cantareira.
Autoridades e órgãos divergem sobre até quando essa água vai durar. Inicialmente, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informou que o volume morto seria suficiente para garantir água até setembro, mas mais recentemente passou a falar em novembro, quando deveria começar o período chuvoso.
A ANA (Agência Nacional de Águas) afirmou esta semana que a reserva técnica pode acabar antes de novembro, caso sejam mantidos os atuais níveis de chuva e de consumo de água.
*UOl