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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, outubro 06, 2015

Putin Putin explica como os Estados Unidos criaram o ISIS

7:23/7:23
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Rede Social Comunistas carregou um novo vídeo: Putin explica como os Estados Unidos criaram o ISIS.
Putin explica como os Estados Unidos criaram o ISIS
Link no Youtube: https://youtu.be/AzQk-5g3-O8
Acesse o site Guerra na Síria: http://bit.ly/1tUr8z5


A eleição norte-americana é um terreno de disputa fundamental para o futuro da questão palestina.

EUA e o 'apartheid sionista' de Israel

Do site Opera Mundi:

No último domingo (20/09), a Presidenta Dilma Rousseff notificou o governo de Israel sobre seu mal-estar em relação à possível nomeação de Dani Dayan como novo embaixador em Brasília. O designado vive num assentamento judaico na Cisjordânia, território que o Brasil reconhece como palestino, e foi dirigente da principal organização dos colonos israelenses.

Neste sentido, a nomeação de Dayan foi criticada por mais de 40 organizações brasileiras, além de deputados e setores moderados da sociedade israelense, pela forte resistência que o ex-dirigente dos colonos traria para a questão da criação do Estado Palestino, bandeira abertamente apoiada pelo Brasil. Breno Altman, jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi, falou com exclusividade àSputnik sobre o episódio, a posição do governo brasileiro diante da questão palestina e a influência do lobby sionista de Israel na política externa norte-americana.

A seguir, a entrevista na íntegra.

Por que esse mal-estar do governo brasileiro em relação à possível nomeação de Dani Dayan, e qual será o impacto disso nas relações entre Brasil e Israel?

São dois os motivos do mal-estar. O primeiro, de mérito: ao indicar um conhecido líder dos territórios ocupados para uma posição na diplomacia de Israel - ainda mais num país cujo governo tem posições claramente favoráveis ao Estado da Palestina, e que, portanto, luta contra a ocupação desses territórios -, há aí uma ação de provocação com o governo brasileiro. Ou seja, é evidentemente uma ação de conflito com as posições conhecidas do Brasil nesse tema.

Há também um problema de forma: o governo de Israel, ao invés de fazer tramitar pelos canais diplomáticos a indicação do embaixador, para que então pudesse ser decidida a concessão da carta diplomática pela Presidente Dilma Rousseff, o governo de Israel primeiro plantou a informação, transformou num fato público, sem ter tido sequer o cuidado de indicar formalmente Dani Dayan para a posição de embaixador, ou seja, de indicar através dos canais diplomáticos regulares, conforme determinam as convenções internacionais.

Qual é sua perspectiva para a eventual criação de fato do Estado palestino?

Isso é um processo longo, que no fundo tem que vencer a resistência de uma poderosa aliança entre Israel e o lobby sionista nos EUA. Israel, efetivamente, não deseja a criação do Estado palestino e busca prorrogar essa decisão o máximo possível.

Particularmente o governo atual da direita israelense, capitaneado por Benjamin Netanyahu, deseja uma solução política de anexação, ou seja, anexar os territórios ocupados, propondo soluções em relação ao Estado palestino que são falsas, que jamais poderiam ser aceitas pelos palestinos. Ele propõe, no fundo, que se continue o processo de colonização nos territórios ocupados; ele retira cada vez mais terras dos palestinos; ele impede o acesso dos palestinos a redes fluentes de transportes e comunicações; controla parte das importantíssimas fontes de água.

Na verdade, Israel deseja manter os palestinos e os territórios palestinos anexados formal ou informalmente à governança israelense. Então esse é um processo duro, complicado, no qual a comunidade internacional dá passos lentos. Alguns países já reconhecem o Estado palestino como uma instituição oficial no seio das Nações Unidas, outros se unem a políticas de boicote contra a importação de produtos fabricados nesses territórios ocupados, mas a gente ainda não vê um movimento de envergadura suficiente para dobrar a resistência do Estado de Israel e do seu principal aliado, que é o governo norte-americano. Nós não temos ainda, por exemplo, um movimento como foi o movimento contra o apartheid, na África do Sul, como existiu nos anos 1980 e 1990, e que obrigou efetivamente, isto é, ajudou a desmontar de fora para dentro (além da resistência que havia na própria África do Sul) o sistema do apartheid.

Quais são os cenários possíveis para essa situação depois das eleições presidenciais norte americanas?

O lobby sionista em Israel tem influência sobre os dois grandes partidos – tanto sobre os republicanos quanto sobre os democratas. Vários importantes grupos sionistas vinculados ao Estado de Israel são financiadores importantes das campanhas de ambos os partidos. Agora, efetivamente, haverá ali – na disputa literal, independente de quem sejam os candidatos democratas e republicanos –, um conflito sobre a política do Oriente Médio. Não haverá alterações radicais se vencer um ou outro, mas há, efetivamente, diferenças e graduações.

Se vencerem as pré-candidaturas principais do Partido Republicano, como Donald Trump e Jeb Bush, se eles vierem a ser candidatos e um dos dois eventualmente vier a ser eleito presidente dos EUA, a política de aliança em relação a Israel vai se intensificar. Provavelmente o acordo que foi estabelecido com o Irã acerca da agenda nuclear pode ser rompido, e o governo dos EUA vai reforçar seu apoio à política da ultradireita sionista. Se vence uma candidatura como a de Hillary Clinton - e mais ainda se houver uma grande surpresa entre os democratas com a vitória do candidato mais à esquerda deles, o Bernie Sanders -, o que vai acontecer é um distanciamento em relação à ultradireita israelense e, portanto, maiores possibilidades de um acordo que permita finalmente o surgimento de um Estado palestino independente e viável.

A eleição norte-americana é um terreno de disputa fundamental para o futuro da questão palestina. Não porque haja, repito, diferenças radicais sobre o tema entre republicanos e democratas, mas porque a diferença de gradação na aproximação com Israel de um ou de outro terá consequências sobre a resolução da questão palestina.

Os argumentos para a prisão de Eduardo Cunha

O Jornal de todos Brasis
 
Jornal GGN - Em março de 2015, quando entrevistado na CPI da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi categórico ao afirmar que não tinha contas fora do Brasil. Mentiu. Recentemente o Ministério Público suíço mandou para o Ministério Público brasileiro provas de que Cunha e família possuem quatro contas abertas na Suíça que juntas movimentam cerca de 5 milhões de dólares.
 
No artigo abaixo, o professor e jurista Luiz Flávio Gomes, aponta os próximos passos, dentro do Estado de Direito, que podem levar Eduardo Cunha para a prisão. Primeiramente, é preciso que o Plenário do Supremo Tribunal Federal receba a denúncia do Ministério Público suíço. 
 
"Nossa tese (de Márlon Reis e minha) é no sentido de que o recebimento da denúncia contra qualquer um dos ocupantes de cargos na linha sucessória da Presidência da República (vice-Presidente e presidentes da Câmara, do Senado e do STF) gera automaticamente o seu afastamento do cargo diretivo (tal como se dá no afastamento do Presidente da República, nos termos do art. 86, § 1º, da CF). Se esse afastamento não for automático, cabe impô-lo por força do art. 319, VI, do CPP (porque o réu está usando a estrutura da Câmara para fazer sua defesa, já teria ameaçado testemunhas, há indícios de destruição de provas etc.)", explica Flávio Gomes. Outra saída possível é Eduardo Cunha renúnciar o cargo, assim como fez Severino Cavalcanti em setembro de 2005. 
 
 
 
Por Luiz Flávio Gomes
 
Acabam de chegar da Suíça todos os detalhes de, pelo menos, quatro contas bancárias clandestinas de Eduardo Cunha e família (PMDB-RJ). Movimentação de uns 5 milhões de dólares de propinas. Durante um bom tempo, com ar de “mocinho” salvador da pátria, Eduardo Cunha, batendo forte em Dilma e no PT (como mandava o figurino), gerou imensa alegria na população e até mesmo a esperança de que iria conseguir tirá-los do poder antes de 2018. As massas rebeladas, indignadas com as crises, aplaudiram suas travessuras, chamadas de “pautas-bombas”, mesmo quando destrutivas do País. Mas isso não é novidade. Como dizia Ortega y Gasset, as massas quando protestam contra a falta de pão costumam quebrar e destruir tudo, inclusive as padarias. Jogam a bacia cheia d’água com a criança dentro.
 
Seis delatores (até aqui) estão revelando que o presidente da Câmara dos Deputados, na verdade, não é o “mocinho” que aparenta, sim, um grande Al Capone (lavagem de dinheiro, corrupção passiva, crime organizado etc.). Em apenas uma das “negociatas” ele teria recebido cinco milhões de dólares de propina (que teriam sido pagos pela Samsung e Mitsui). Agora o Ministério Público da Suíça (que o investigou desde abril/15) mandou todas as provas colhidas para o Ministério Público brasileiro.
 
Em março/15 Eduardo Cunha, na CPI da Petrobras, afirmou que não tinha conta fora do Brasil. Mentiu. Essa falta de decoro tem que lhe custar, no mínimo, o mandato de presidente da Câmara. Sua tropa, até aqui conivente com suas extravagâncias e vulgaridades, se não cassar seu cargo diretivo (ou mesmo seu mandato) vai para o Otary Club.
 
Juridicamente falando, os próximos passos (dentro do Estado de Direito) que podem levar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para o presídio da Papuda são os seguintes:
 
1. É preciso que o STF receba a denúncia já oferecida (assim como as que serão oferecidas) contra ele (há indícios mais do que suficientes para isso). Esse ato é do Plenário (não só da 2ª Turma, por onde tramita o caso Petrobras), por se tratar do presidente da Câmara dos Deputados.
 
2. Nossa tese (de Márlon Reis e minha) é no sentido de que o recebimento da denúncia contra qualquer um dos ocupantes de cargos na linha sucessória da Presidência da República (vice-Presidente e presidentes da Câmara, do Senado e do STF) gera automaticamente o seu afastamento do cargo diretivo (tal como se dá no afastamento do Presidente da República, nos termos do art. 86, § 1º, da CF). Se esse afastamento não for automático, cabe impô-lo por força do art. 319, VI, do CPP (porque o réu está usando a estrutura da Câmara para fazer sua defesa, já teria ameaçado testemunhas, há indícios de destruição de provas etc.).
 
3. Outra hipótese possível, para além da sua cassação imperiosa por falta de decoro, é sua renúncia ao cargo de presidente da Câmara (tal como fizera Severino Cavalcanti, por exemplo). Aliás, logo que for mostrado um extrato bancário das suas contas na Suíça, torna-se insustentável sua permanência nesse cargo diretivo. Sob pena de subir nosso grau de “investimento”, ou melhor, nosso grau de “mafiocracia”. Nenhum poder pode ser chefiado por quem tem conta bancária de propinas na Suíça. Até a desfaçatez tem limite. Ninguém pode ficar impune quando se enrola em sua própria esperteza (Josias Souza).
 
4. Em nenhum país do mundo com cultura menos corrupta que a do Brasil (os 10 melhores colocados no ranking da Transparência Internacional, por exemplo) a presidência de um poder seria ocupada por alguém acusado (com provas exuberantes) de ter recebido 5 milhões de dólares de propina. A cultura desses países (do império da lei e da certeza do castigo)é totalmente distinta da permissividade que vigora nas mafiocracias (cleptocracia com envolvimento de grandes corporações econômicas e financeiras).
 
5. A prisão de Eduardo Cunha (se todas as acusações ficarem provadas) só pode ocorrer depois de condenação criminal com trânsito em julgado. Não cabe prisão preventiva contra deputados e senadores, desde a expedição do diploma respectivo (CF, art. 53, § 2º). Eles só podem ser presos em flagrante, em crime inafiançável. Fora do flagrante, nenhuma outra prisão cautelar (antes da sentença final) cabe contra deputado ou senador (trata-se de um privilégio que jamais deveria existir, salvo quando em jogo está a independência parlamentar).
 
6. Ninguém pode ser condenado criminalmente sem provas válidas. As provas são produzidas dentro do devido processo legal. As delações premiadas, isoladamente, não podem ser utilizadas para condenar quem quer seja. As delações são válidas somente quando comprovadas em juízo. No caso de Eduardo Cunha as provas estão aparecendo diariamente. Com base nessas provas sua condenação será inevitável.
 
7. Depois da condenação penal definitiva cabe à Câmara decidir sobre a perda do mandato parlamentar (CF, art. 55, § 2º). Caberia ao STF rever esse ponto, para dar eficácia imediata para sua sentença condenatória assim como para a perda do cargo (decretada por força do art. 92 do CP).
 
8. Na condenação de Eduardo Cunha (se tudo ficar provado) caberá ao STF definir o tempo de duração da pena de prisão assim como o regime cabível (fechado, semiaberto ou aberto). Pena acima de quatro anos, no mínimo é o regime semiaberto. Pena superior a 8 anos, o regime é obrigatoriamente o fechado. Pela quantidade de crimes imputados a Eduardo Cunha e pelo volume de dinheiro que foi surrupiado do povo brasileiro, é muito grande a chance de acontecer o regime fechado (terá que ir para um presídio, como a Papuda, por exemplo).
 
9. Logo após o trânsito em julgado a Corte Suprema emite a carta de guia e o condenado começa a cumprir sua pena, em estabelecimento penal compatível com o regime fixado na sentença (reitere-se, muito provavelmente o fechado).
 
Esse decrépito e maligno estilo de fazer política (por meio da fraude, do financiamento mafioso de campanha, dos privilégios indecorosos, dos salários e vantagens estapafúrdios etc.) tem que ser banido do nosso horizonte. A mudança cultural necessária passa pelo sentimento de vergonha (veja Kwame AnthonyAppiah). Isso precisa ser recuperado. O ato de corrupção precisa gerar vergonha (no eleito, nos seus familiares assim como nos eleitores coniventes com ela). Foi a vergonha que acabou com a tradição milenar de amarrar os pés das chinesas, com o duelo etc. A vergonha promove mudanças culturais.
 
Eduardo Cunha, com suas espalhafatosas “pautas-bombas”, manipulou como ninguém as emoções das massas jogando inescrupulosamente para elas. Faltou na sua estratégia, no entanto, reler Nietzsche, que nos adverte que o que mais gera prazer na população (certamente depois dos orgasmos) é a condenação e prisão de um criminoso, sobretudo quando poderoso. A vingança é festa (Nietzsche). Na performance de “mocinho” ele promoveu imenso entretenimento ao povo; mas nada supera o escalofriante frisson gerado pela condenação criminal de um poderoso que, eleito como bode expiatório, traz um imenso alívio para as almas dos pecadores espectadores. O cadeião, para muitos devassos do dinheiro público, é o preço que os larápios pagam pelos seus prazeres. Mas isso (que é necessário) é puro espetáculo. Faz parte do carnaval. O Brasil, no entanto, para ter um futuro civilizado, precisa de algo que represente muito mais que um carnaval. Mudança de cultura, que passa pelo restabelecimento da vergonha.
 
Luiz Flávio Gomes, Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).  

A farsa do mensalão documentada.


AP470 A farsa do mensalão documentada.
ticulosamente planejada para atingir o governo Lula e o Partido dos Trabalhadores, uma vez que se tornava gritante o sucesso do então governo comparado ao do tucano. Vejamos:
- Em quase 60 mil páginas de processo não se encontrou nenhuma movimentação de R$ 30 mil.
-Nenhuma movimentação se repetiu, nem teve periodicidade "mensal", o termo foi criado para dissipar a compra de votos de FHC que teve gravações divulgadas.
-Nos acórdãos, assinados por Joaquim Barbosa, não se identificou nenhum parlamentar que tenha "vendido" o seu voto, sendo os petistas condenados por outros atos, todos desconexos. É como condenar alguém por assassinato com as vítimas comprovadamente vivas.
-Marcos Valério nunca foi publicitário. Ele foi contratado por Clésio Andrade para gerir seu caixa, após a morte de Sérgio Motta os tucanos ficaram sem tesoureiro para o caixa 2. Ex-bancário, Marcos Valério tinha apenas 10% de participação na empresa, foi condenado e os verdadeiros donos das empresas foram poupados.
-A grande maioria dos valores movimentados beneficiou parlamentares do PSDB. Clésio Andrade, o real dono das empresas de publicidade se tornou vice governador na gestão de Aécio Neves. Esses valores foram ignorados por Joaquim Barbosa e pelo STF.
-Se não houve "compra de votos", como José Dirceu foi condenado como mentor? Muitos juristas se incomodaram com esta condenação absolutamente sem provas.

um sistema russo de guerra radioletrônica pode ter sido implantado na Síria.

Krasukha-4

Rússia prepara-se para cortar comunicações dos jihadistas

© Foto: ROSTEC

Segundo algumas fontes, um sistema russo de guerra radioletrônica pode ter sido implantado na Síria.

Especialistas podem ver o veículo Krasukha-4 no 6º segundo de um vídeo divulgado pelo canal televisivo Zvezda e que reproduzimos abaixo.
O vídeo mostra um caça Su-25 do regimento aéreo russo estacionado em um aeroporto sírio.
O Krasukha-4, construído pela empresa KRET, foi adotado pelo exército em 2013. É um sistema multicanal de interferência com um alcance de 300 km. É capaz de desorientar sistemas de notificação e controle em aviões, além dos radares, tanto instalados em veículos aéreos como de baseamento terrestre.
A Rússia iniciou sua ofensiva aérea contra as posições do Estado Islâmico na Síria na quarta-feira (30) em resposta a um pedido oficial de ajuda militar apresentado por Damasco. Ataques lançados pelos caças Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de alvos da infraestrutura do Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comando dos militantes.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armadas, e não facções da oposição política ou civis.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/defesa/20151005/2330748/russia-prepara-se-para-cortar-comunicacoes-dos-jihadistas.html#ixzz3nl5oil90

Um pouco de História não faz mal a ninguém...


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Jandira Feghali
Um pouco de História não faz mal a ninguém... 

segunda-feira, outubro 05, 2015

O neoconservadorismo evangélico


O neoconservadorismo evangélico
A entrevista do líder da Assembleia de Deus em Cristo Silas Malafaia ao jornal O Globo em 1º de setembro é o retrato do pastor e do lugar que ele ocupa no quadro do neoconservadorismo predominante no cenário evangélico (veja o conteúdo da entrevista). O termo conservadorismo é usado aqui no sentido da ciência política referente a posições alinhadas com a manutenção (contrárias a mudanças) de determinada ordem sociopolítica, econômica, institucional, ou de crenças, usos e costumes de uma sociedade. O conservadorismo dos evangélicos no Brasil não é dado novo, diante da formação deste segmento cristão no século 19 baseada no fundamentalismo bíblico, no puritanismo e no sectarismo. Muito se transformou nestas bases ao longo do século 20; emergiram grupos abertos à atuação social, ao ecumenismo, mas o conservadorismo sempre foi predominante entre os evangélicos. Foi o que provocou a omissão das igrejas frente à implantação da ditadura militar no Brasil (1964-1985) e também tornou possível o alinhamento de boa parte das lideranças evangélicas com o governo de exceção.
Nos anos 2000 temos uma nova face do conservadorismo religioso, um neoconservadorismo, que emerge como reação a transformações socioculturais que o Brasil tem experimentado, em especial a partir dos anos 2002, com a abertura e a potencialização de políticas do governo federal voltadas para direitos humanos e gênero
O “neo” se deve à visibilidade mais intensa de lideranças evangélicas que se apresentam como pertencentes aos novos tempos, em que a religião tem como aliados o mercado e as tecnologias, mas que se revelam defensoras de posturas de um conservadorismo explícito. Lideranças midiáticas se fortalecem na esfera pública, como o pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo Silas Malafaia, o pastor do Ministério Tempo do Avivamento (Assembleia de Deus) deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), o senador sem-igreja Magno Malta, cantoresgospel e novas celebridades religiosas. Além da visibilidade midiática que as transforma em autoridades/referências religiosas que ultrapassam até mesmo os arraiais evangélicos, essas pessoas têm em comum, discursos de rigidez moral e de conquista de poder na esfera pública.
O conservadorismo evangélico explícito dos anos 2010 parece estar dentro de um contexto de fortalecimento de posturas conservadoras na esfera pública brasileira. Um desdobramento dos dados de pesquisa eleitoral realizada pelo Datafolha em outubro de 2013 revelou que a maior parte dos brasileiros se identifica com valores de direita. A separação foi feita com base nas respostas dos entrevistados a perguntas sobre questões sociais, culturais e políticas, como a pena de morte e o papel dos sindicatos na sociedade. Dos entrevistados, 38% foram classificados como de centro-direita, 26% de centro-esquerda, 22% de centro, 11% de direita e 4% de esquerda.
Retórica enganosa
Em acordo com o que o Datafolha indica, vários analistas sociais têm sugerido que uma tendência política tradicionalista em questões morais e sociais, defensora da liberdade individual e do livre mercado, está em ascensão no Brasil. O sucesso de políticos como os deputados Marco Feliciano e o não-religioso Jair Bolsonaro, de partidos como o Social Cristão (PSC), que lançou candidato o Pastor Everaldo (Assembleia de Deus) à presidência da República, e de celebridades religiosas como o pastor Silas Malafaia é elemento emblemático. Com discursos dentro do ideário da moral cristã (contra o aborto e o controle da natalidade e pelo tratamento psicológico a homossexuais) e de princípios caros ao liberalismo na política e na economia (Estado mínimo e elogios ao livre mercado), essas personagens têm captado apoios para além do círculo religioso com o mote “é preciso salvar a família”. Na visão destas lideranças, a família está sob a ameaça dos movimentos civis por direitos sexuais e enfrentamento da violência sexual, reforçados pelas ações do governo federal, desde que o Partido dos Trabalhadores (PT) assumiu em 2002 com abertura de mais espaços para legislação que responda a essas demandas. Alguns apelos ainda tomam como ingrediente uma possível ameaça de o comunismo tomar conta do Brasil. Segundo esses discursos, este seria o verdadeiro propósito do governo do PT em nível nacional.
Todo este processo tem a mediação das mídias, que historicamente têm um alinhamento com valores e políticas conservadoras, dado o perfil dos seus proprietários, e que, pelo menos na última década, em especial na cobertura noticiosa, têm dado amplo espaço para analistas e comentaristas defenderem abertamente essas perspectivas, como é o exemplo de Arnaldo Jabor, Alexandre Garcia e Merval Pereira, nas Organizações Globo; Reinaldo Azevedo, na revistaVeja; José Luiz Datena e Boris Casoy, no Grupo Bandeirantes; Marcelo Rezende, na Rede Record; Luiz Pondé, na TV Cultura; e mais recentemente, Rachel Sheherazade, no SBT. Soma-se a este quadro elemento um significativo: a identificação de não poucos casos de racismo em estádios de futebol e em inúmeras postagens em redes digitais. São movimentos da dinâmica sociopolítica e religiosa que vão marcar novas tendências e merecem ser acompanhados nos tempos por vir.
A entrevista do pastor Silas Malafaia em O Globo ainda tem um elemento que vale a pena destacar. O líder religioso ganha espaço também jogando forte com um discurso enganoso e as mídias caem na armadilha. Segundo o pastor Malafaia, nos registros do IBGE 25-27% de evangélicos mais 20% de católicos praticantes apoiam as posições conservadoras defendidas por ele, e por tabela, pela candidata do PSB à Presidência da República Marina Silva, a quem ele registra apoio num eventual segundo turno. O engano é tratar os evangélicos como um grupo monolítico: não são conservadores na totalidade, bem como não votam com Marina Silva na totalidade. Retórica enganosa que as mídias repetem sem correção.
O artigo que se segue, de Magali do Nascimento Cunha, foi extraído do Observatório da Imprensa:

Carta de Lula para José Eduardo Bicudo, filho de Hélio Bicudo...

Emanoel Messias

Carta de Lula para José Eduardo Bicudo, filho de Hélio Bicudo...
"Caro José Eduardo,
Agradeço, de coração, o testemunho isento que você prestou sobre minha convivência com seu pai. Seu depoimento denota um grande força de caráter, pois imagino o quanto deve ser doloroso para um filho divergir publicamente do pai em questões dessa natureza.
Poucas coisas na vida são tão importantes quanto manter o respeito e a consideração pelas pessoas, acima de eventuais divergências, mesmo que o tempo nos leve a trilhar caminhos distintos.
Nos últimos anos, tenho recebido em silêncio os sucessivos ataques do doutor Hélio Bicudo, pontuados de um rancor cujos motivos, José Eduardo, você caracteriza claramente em seu depoimento.
Tais manifestações, no entanto, ultrapassaram todos os limites numa recente entrevista, na qual ele atacou frontalmente minha honra pessoal e fez acusações caluniosas, ofensivas e desprovidas de qualquer fundamento.
Diante desses ataques, não posso permanecer calado, em respeito à minha família, aos meus companheiros e aos que sempre compartilharam conosco a luta por um Brasil melhor e mais justo.
Por isso dirijo a você essa mensagem, caro José Eduardo.
São infâmias proferidas por uma pessoa que, no passado, destacou-se pela defesa da lei e da verdade. E que tristemente se apequena aos olhos do presente e do futuro.
Compartilho com você o sentimento de repúdio ao comportamento oportunista de setores da imprensa que exploram politicamente essa triste situação.
Espero que as deliberadas injustiças que o doutor Hélio Bicudo hoje comete não ofusquem a contribuição que ele já deu ao Estado de Direito no nosso país. Mas a calúnia rancorosa e sua exploração pela imprensa servem para nos alertar sobre a necessidade de limites morais na disputa política.
Querido José, eu até pensei em tomar medidas judiciais a propósito dessas injúrias. Mas não o farei em atenção a você e a seus familiares. Eu e seu pai somos cristãos e ele tem consciência de que Deus sabe que ele está mentindo.
Luiz Inácio Lula da Silva"
(Extraído do DCM)

TENHO QUE DIALOGAR COM A PARTE SÃ DA CIDADE, COM A PARTE CONSTRUTIVA'

PREFEITO HADDAD: 'EU TENHO QUE DIALOGAR COM A PARTE SÃ DA CIDADE, COM A PARTE CONSTRUTIVA'




Numa entrevista ao El Pais, Brasil, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad fala de sua gestão, suas expectativas em relação às próximas eleições, Marta, e sobre as repetidas críticas que recebe de parte dos paulistas e paulistanos.
"Eu tenho que dialogar com a parte sã da cidade, com a parte construtiva".

Num trecho, ele comenta sobre os críticos que não aceitam diálogo:
P. Mas essa realidade afeta mais o PT. Nunca vivemos um cenário tão polarizado. Há pessoas que veem o projeto na Cracolândia e dizem que você negocia com traficante. Se caiu o trânsito, dizem que é por causa da crise...

HADDAD. Mas aí é mentira, né? Você está perguntando para mim como eu lido com a mentira? Faço uma política de redução de danos que é um exemplo internacional e uma pessoa vem com uma crítica dessas? Essa pessoa não está fazendo política, está rastejando. A única cidade que diminuiu a lentidão no Brasil foi São Paulo. A crise só existe em São Paulo? Essa crítica rasteira está em voga hoje. Mas eu não posso lidar com esse tipo de sentimento, com esse grau de destrutividade. Essa pessoa não está querendo construir um país e uma cidade decentes. Essa pessoa está num nível de distúrbio que eu tenho que respeitar, mas recomendar tratamento.

P. Mas essas críticas existem...

HADDAD. Eu tenho que dialogar com a parte sã da cidade, com a parte construtiva. Se eu for entrar nisso, não tenho condições de governar São Paulo. Críticas são benéficas, mas eu não levo isso que você citou como crítica. Levo isso como parte de um problema mais psicológico do que político. Eu acredito na força da argumentação. Quando eu defender esses programas, eles vão se consolidar. E esse ruído que é patrocinado e criado pela oposição, vai perder força. A oposição em São Paulo está jogando no obscurantismo. A ponto de chamar um ciclista de comunista. Quando se chega nesse nível... Eu sou uma pessoa que acredita no Iluminismo, nas forças civilizatórias. A minha gestão, sobretudo fora de São Paulo, é reconhecida como uma força civilizatória. Eu sou um agente da civilização contra a barbárie. [Fonte: El Pais]

 Perfeito.
*blogdomello