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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
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sábado, julho 11, 2015

BRICS a organização do futuro

Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com os demais líderes dos BRICS em Ufá, na Rússia

Dilma em Ufá: Ação do BRICS será fundamental para o desenvolvimento global

© Roberto Stuckert Filho/PR

A Presidenta Dilma Rousseff destacou nesta quinta-feira (9), em encontro com o Conselho Empresarial do BRICS, em Ufá, na Rússia, a importância de fortalecer o desempenho dos países que integram o grupo, para garantir o desenvolvimento global neste momento de crise econômica internacional.
Durante o evento que fez parte da intensa agenda da 7.ª Cúpula do BRICS, a presidente também falou sobre a necessidade do setor empresarial na promoção do desenvolvimento econômico. “Neste momento de crise internacional, nós devemos reforçar cada vez mais o papel dos BRICS, tão importante para o desenvolvimento global. Para tanto, o comércio e os investimentos [dos BRICS] serão fundamentais. Assim, o Conselho Empresarial do BRICS também vai cumprir um papel estratégico. Os BRICS têm sido responsáveis por cerca de 40% do crescimento mundial e pela intensificação dos fluxos econômicos entre os países do mundo. Agora, esses fluxos entre nós trarão benefícios para as nossas economias, diante do cenário internacional, e também para o mundo.”
Dilma Rousseff ainda falou sobre a sua satisfação em constatar nesta 7.ª Cúpula do BRICS que os acordos constitutivos foram ratificados e as novas instituições (Banco de Desenvolvimento e Arranjo Contingente de Reservas) estão prontas para funcionar. A presidente ressaltou também que a atuação do  Novo Branco de Desenvolvimento (NBD) não vai ficar limitada apenas aos países que integram o grupo BRICS. “Até 2020, os países em desenvolvimento, como um todo, precisarão de um volume de investimentos em infraestrutura que alguns calculam como sendo de US$ 1 trilhão por ano. É nesse cenário que o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS terá um papel importante na intermediação de recursos para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável, inicialmente em nossos países e posteriormente em outros países em desenvolvimento.”
Em seu discurso, Dilma ainda destacou que o Governo brasileiro está tentando fortalecer a economia doméstica para retomar o crescimento econômico do país. Ela voltou a mencionar o lançamento, feito em junho, do Programa de Investimento em Logística como uma das principais ações para desenvolver a infraestrutura do Brasil, contando inclusive com a parceria dos países BRICS. “No Brasil, estamos fortalecendo nossas políticas macro e microeconômicas, para retomar o mais breve possível o crescimento sustentável da economia. Para estimular os investimentos, buscamos diminuir o risco regulatório e aumentar a transparência e a governança das relações entre empresas e governos. Lançamos um plano ambicioso na área da infraestrutura, especificamente em logística, e estimulamos ampla presença de investidores dos países BRICS em setores como ferrovias, rodovias, portos e aeroportos.”
A presidente fechou seu discurso concordando com a posição do Conselho Empresarial do BRICS em relação à necessidade de aumentar a cooperação entre os países do bloco no setor da educação. “A educação garante dois ganhos econômicos e sociais básicos: a inclusão social permanente e o salto qualitativo na nossa competitividade em direção à economia do conhecimento. Tendo adotado para meu governo o lema ‘Brasil, Pátria Educadora’, não poderia estar mais de acordo com a cooperação entre os BRICS na área da educação.”
Antes de participar da reunião do Conselho Empresarial, Dilma Rousseff conversou com o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e ainda teve um encontro privado e um almoço de trabalho com chefes de Estado e de Governo.
Após participar da 7.ª Cúpula do BRICS, em Ufá, a Presidenta Dilma Rousseff viaja nesta sexta-feira (10) para Roma, na Itália, para se encontrar com o Presidente Sergio Mattarella e o Primeiro-Ministro Matteo Renzi. Além da capital italiana, ela também vai a Milão, conhecer o estande brasileiro na Expo Milão, feira que reúne 150 países sob o tema: “Nutrir o Planeta, Energia para a Vida”. O Brasil participa da exposição com o objetivo de divulgar o país como um fornecedor de produtos e também como um destino de investimentos internacionais.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150709/1520852.html#ixzz3fchh00D1

quinta-feira, março 26, 2015

Em 15 de abril, os representantes dos países-membros do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)

Rublos e yuans

BRICS podem concretizar estratégia da parceria econômica na cúpula de 2015

© Sputnik/ Aleksandr Demyanchuk

Segundo embaixador especial da chancelaria russa, o Ocidente continua pressionando o grupo.
Em 15 de abril, os representantes dos países-membros do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) irão analisar um projeto conjunto de pareceria econômica russo-chinesa. O documento faz parte de uma estratégia comum da parceria econômica dos BRICS, comenta o sous-sherpa da Rússia no grupo, embaixador especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Vadim Lukov.
A versão definitiva desta estratégia pode ser aprovada na próxima cúpula dos BRICS, que terá lugar em julho do ano em curso na cidade de Ufa, na Federação da Rússia.
A Rússia assumirá a presidência rotativa do grupo a partir de 1 de abril.
Confrontação
O embaixador Lukov comentou também que o grupo BRICS está sentindo uma clara "pressão" por parte do Ocidente, especialmente nos assuntos relativos à reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e à situação na Ucrânia.
Contudo, Lukov sublinha que o BRICS não pretende confrontar ninguém.
"Nós consideramos que a melhor resposta [à confrontação imposta pelo Ocidente] será a não participação da polêmica com essas forças. Eles têm o seu próprio programa e é muito difícil convencê-los da nossa não conflituosidade, por muito que falemos e expliquemos isso", disse o sous-sherpa da Rússia.
Em 2014, os países-membros do grupo BRICS formalizaram a criação do Banco de Desenvolvimento dos BRICS e do Arranjo Contingente de Reservas, instrumentos financeiros alternativos ao FMI. Contudo, os responsáveis por esses mecanismos afirmam que o seu objetivo não é substituir completamente o FMI, senão oferecer uma opção de escolha.
Vice-chanceleres dos BRICS discutirão Oriente Médio
A Rússia prevê também uma reunião de vice-ministros das Relações Exteriores dos BRICS em abril ou maio de 2015, comenta o sous-sherpa Lukov. O foco da reunião será o Oriente Médio.
Já o encontro anual ao nível de ministros das Relações Exteriores terá lugar em setembro em Nova York. Segundo Lukov, "são o lugar e a época tradicionais para estas reuniões".
Argentina ainda não entra nos BRICS
Além disso, o embaixador Lukov declarou que ainda não há planos de aceitar a Argentina no seio dos BRICS.
No ano passado, após a cúpula dos chefes de Estado dos BRICS no Brasil, surgiramespeculações sobre a possibilidade de os BRICS se acrescentarem o "A" da Argentina.
Lukov explicou que há propostas de parceria que os BRICS oferecem à Argentina, mas ainda não se trata da adesão do país ao grupo.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150325/550403.html#ixzz3VV6OvitJ

quinta-feira, dezembro 01, 2011

BRICS BLOQUEIAM EUA NO ORIENTE MÉDIO


Comunicado divulgado após reunião de vice-ministros de Relações Exteriores anuncia posição conjunta dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre situação no Oriente Médio e norte da África. Foco deve ser diálogo nacional pacífico, contra qualquer tipo de intervenção estrangeira; papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU. Interferência externa na Síria é rejeitada, assim como ameaça de uso da força contra o Irã.

A reunião dos vice-ministros de Relações Exteriores dos países BRICS em Moscou, quinta-feira (24), sobre a situação no Oriente Médio e Norte da África é um evento de grande importância, como se vê pelo Comunicado Conjunto. Os principais elementos do Comunicado são:

a) Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS) assumiram posição comum sobre o que hoje se conhece como “Primavera Árabe”. Identificaram-se os princípios básicos dessa posição: o foco deve ser diálogo nacional pacífico; nada justifica qualquer tipo de intervenção estrangeira; o papel central nas decisões compete ao Conselho de Segurança da ONU.

b) Os BRICS adotaram posição comum sobre a Síria. A frase chave do Comunicado é “fica excluída qualquer tipo de interferência externa nos assuntos da Síria, que não esteja conforme o que determina a Carta das Nações Unidas.”

c) Os BRICS exigiram “revisão completa” para avaliar a adequação [orig. appropriateness] da intervenção da OTAN na Líbia; e sugeriram que se crie missão especial da ONU em Trípoli para conduzir o processo de transição em curso; dessa comissão deve participar, especificadamente, a União Africana.

d) Os BRICS rejeitaram a ameaça de força contra o Irã e exigiram negociações e diálogo continuados. Muito importante, os BRICS criticaram as ações de EUA e União Europeia de impor novas sanções ao Irã, chamando-as de medidas “contraproducentes” que só “exacerbarão” a situação.

e) Os BRICS saudaram a iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo, que encontrou saída negociada para o Iêmen, como exemplo a ser seguido.

É momento sumamente importante para os BRICS – e também para a diplomacia russa. Cresceu consideravelmente a credibilidade dos BRICS como voz influente no sistema internacional. Espera-se que, a partir da posição comum agora construída sobre as questões do Oriente Médio, os BRICS passem a construir posições comuns também em outras questões regionais e internacionais.

Parece evidente que a Rússia tomou a iniciativa para o encontro da quimnta-feira e o Comunicado Conjunto mais ou menos adota a posição que a Rússia já declarou sobre a Primavera Árabe. É vitória da diplomacia da Rússia, que ganha diplomaticamente, ter obtido o endosso dos países BRICS também no que diz respeito às graves preocupações russas quanto à situação síria, ante ao risco, cada dia maior, de o Irã sofrer ataque de intervenção ocidental semelhante ao que ao que a Líbia sofreu.

Recentemente, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, manifestou vigorosamente as crescentes preocupações russas. Moscou mostrou-se frustrada com o ocidente e a Turquia, que têm interferido claramente no caso sírio, não só contrabandeando armas para o país e incitando confrontos que, cada vez mais, empurram o país para uma guerra civil, mas, também, sabotando ativamente todas as tentativas para iniciar um diálogo nacional entre o regime sírio e a oposição.

A posição dos BRICS também será bem recebida em Damasco e em Teerã. Mas, ao contrário, implica dificuldades para os EUA e seus aliados, que investem muito em fazer crescer a tensão contra a Síria e o Irã. A Índia ter participado da reunião em Moscou, e ter assinado o Comunicado conjunto também é notícia particularmente importante. Washington registrará. A Rússia, na prática, conseguiu que os BRICS assinassem um clara censura às políticas intervencionistas dos EUA no Oriente Médio.

Muito claramente, não há caminho aberto, agora, para que os EUA consigam arrancar autorização do Conselho de Segurança da ONU para qualquer tipo de intervenção na Síria. A Turquia, em relação à Síria, pode ter dado passo maior que as pernas. E Israel também recebeu uma reprimenda.

A formulação que se lê no Comunicado conjunto dos BRICS – “segurança igualitária e confiável” para os países do Golfo Pérsico, a partir de um “sistema de relações” – pode ser vista, sim, como repúdio ao advento da OTAN como provedor de segurança para a região. O Comunicado Conjunto dos países BRICS pode ser lido na página do Itamaraty.

 Fonte: Carta Maior

GUERRA FRIA II - AGRESSIVIDADE E PERFIL 'BUCANEIRO' DA OTAN COLOCA RUSSIA EM ALERTA



O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, presidiu nesta terça-feira a inauguração de uma estação de radares de alerta contra mísseis no enclave báltico de Kaliningrado, em resposta ao escudo antimísseis dos Estados Unidos.

"Espero que esta medida seja percebida por nossos parceiros ocidentais como um primeiro sinal da disposição de nosso país a responder às ameaças do sistema de defesa antimísseis [americano] para nossas forças nucleares", declarou Medvedev, citado pela agência Interfax.

O sistema Voronezh-DM tem uma cobertura de 6.000 quilômetros. O líder russo advertiu que caso o sinal não seja ouvido, a Rússia tomará outras medidas de resposta, entre elas "o desdobramento de agrupamentos ofensivos".

Na última semana, o presidente russo anunciou o radar antimísseis e ordenou o reforço na segurança das instalações das forças estratégicas do país, em resposta à recusa dos EUA a dar garantias por escrito de que seu sistema de defesa antimísseis na Europa não ameaça o poderio nuclear russo.

Anteriormente, Medvedev havia proposto a criação de um sistema conjunto Rússia-Otan, no qual cada uma das partes se encarregaria da segurança de um setor do continente, proposta rejeitada pela Aliança Atlântica e EUA.
ALERTA MACABRO
http://en.kllproject.lv/wp-content/uploads/2009/03/iran-585x400.jpg
O líder russo advertiu nos últimos meses que se não houver um acordo até 2020, o mundo se verá em uma nova corrida armamentista, similar àquela protagonizada por Moscou e Washington durante a Guerra Fria.

 http://img30.imageshack.us/img30/9470/tomclancyshawxplaystati.jpg
Fonte: EFE

RUSSIA ENVIA NAVIO DE GUERRA PARA SUA BASE NA SÍRIA





Rússia está enviando uma frota de navios de guerra para sua base naval na Síria, em uma demonstração de força que sugere que o governo russo está disposto a defender seus interesses no país, à medida que cresce a pressão internacional sobre o presidente Bashar al-Assad.

http://www.darkgovernment.com/news/wp-content/uploads/2008/12/russian-navy-ships.jpg

O jornal Izvestia divulgou nesta segunda-feira, citando o almirante russo aposentado Viktor Kravchenko, que a Rússia planeja enviar seu porta-aviões "Almirante Kuznetsov" e um navio patrulha, uma embarcação antisubmarino e outros navios. "Ter qualquer força militar além da Otan é muito benéfico para a região, uma vez que impede a eclosão de conflitos armados", disse Kravchenko, que foi chefe da equipe da Marinha de 1998-2005, segundo o Izvestia.

http://www.andhra369.com/wp-content/uploads/2011/10/russian_navy_cadets.jpg

Um porta-voz da Marinha, citado pelo jornal, confirmou que os navios de guerra russos seriam deslocados para a base de manutenção que a Rússia mantém na costa síria perto de Tartus, mas disse que a viagem não tem nada a ver com a revolta contra Assad. 
http://www.migavia.ru/im/photo/MiG-29SMT_3_main.jpg.
O jornal disse que o porta-aviões Almirante Kuznetsov seria armado com pelo menos oito caças Sukhoi-33, vários caças MiG-29K e dois helicópteros.

http://www.airforce-technology.com/projects/ka272829-helix-helicopters/images/img7.jpg

Sanções da Liga Árabe e pedidos da França para a criação de zonas humanitárias na Síria aumentaram a pressão internacional sobre Assad para acabar com a repressão, que segundo as Nações Unidas já causou a morte de 3.500 pessoas durante nove meses de protestos contra seu governo. A Rússia, que tem uma base de manutenção naval na Síria e cujo comércio de armas com o país rende milhões de dólares por ano, juntou-se à China no mês passado para vetar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelo Ocidente, condenando o governo de Assad.


Fonte: Reuters

domingo, outubro 19, 2014

"Moneda común del BRICS terminará con hegemonía del dólar y será contrapeso para EE.UU."


El siguiente paso del bloque de los BRICS debe ser la creación de una moneda y sistema financiero único, que ayude a un desarrollo justo de sus integrantes y liberarse de la hegemonía del dólar, considera uno de los principales empresarios rusos.
"La creación de la moneda única de los países BRICS (Brasil, Rusia, India, China y Sudáfrica) es factible. Ya hemos dado el primer paso hacia la independencia del mecanismo financiero occidental con la creación del Banco BRICS. Lógicamente el siguiente paso es conformar una moneda única del bloque", dijo el director general del gigante metalúrgico ruso Uralvagonzavod, Oleg Sienko, en una entrevista con la revista 'BRICS Business Magazine'.

Según Sienko, la moneda única permitirá salir de la dependencia de los centros financieros occidentales y del dólar. Además una moneda fuerte como la del BRICS será utilizada para sus transacciones por países de América Latina, del sudeste de Asia y África, "que están cansados de la hegemonía del dólar y el euro".

El director de Uralvagonzavod considera que la solidez de la moneda del bloque progresista estará garantizada por "los grandes activos, materias primas y recursos naturales" con los que cuentan los países miembros.

No obstante, Sienko cree que con la aparición de la moneda del BRICS el mundo "se dividirá en dos". Uno "progresista", donde estarán los países del BRICS y las naciones progresistas, y otro "pesimista", encabezado por EE.UU. y en el que también estarían Europa y otros países afines.

"La moneda única del bloque ayudará a los mercados emergentes a superar su dependencia del sistema financiero occidental y de la hegemonía del dólar, y tendrán un crecimiento económico más justo. Uno de los efectos de la moneda común de los BRICS, será que el bloque se convertirá en una fuerte alianza independiente que será un contrapeso para EE.UU.", finalizó.

SEPA MÁS: Las últimas noticias del BRICS en RT 

Las sanciones contra Rusia en realidad buscan socavar a los BRICS
 
"EE.UU. se venga de Argentina mediante los fondos buitre por su interés por el BRICS"
 
"Rusia se convertirá en el centro de un nuevo orden mundial"


Fidel Castro:"El BRICS es necesario para frenar el intento de recolonizar el planeta"
 
El Banco de Desarrollo del BRICS, ¿la muerte del FMI y el Banco Mundial?


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/143937-moneda-comun-brics-muerte-dolar *FláviaLeitão

sábado, abril 04, 2015

Rússia ajudará a combater crise hídrica


Líderes dos países do BRICS durante a cúpula de G20 em Brisbaine

Rússia ajudará a combater crise hídrica no Brasil

© Sputnik/ Alexei Druzhinin

Vladimir Kultygin
Na quinta-feira (2), a Rússia abriu oficialmente o ano da sua presidência nos BRICS com uma conferência dedicada à “Parceria econômica dos países dos BRICS como base de um mundo multipolar”. É o primeiro evento dedicado aos BRICS que a Rússia realiza enquanto presidente rotativo do grupo.
O evento, hospedado pelo Instituto de Pesquisa Estratégica da Rússia (RISS, na sigla me inglês), contou com a participação de representantes do Brasil, China e Índia e, da parte russa, de vários nomes eminentes da política econômica nacional. A África do Sul não esteve presente por razões de trabalho, mas a embaixada mandou uma mensagem desejando aos BRICS uma boa presidência russa.
Na sua intervenção, o embaixador do Brasil na Rússia, Antônio José Wallim Guerreiro, destacou o futuro papel das novas instituições financeiras que estão sendo criados no seio do grupo, o Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS e o Arranjo Contingente de Reservas. Expressou também a esperança de que a presidência russa seja eficaz e haja muitos projetos conjuntos.
Já Xie Xiaoyong, ministro plenipotenciário da embaixada chinesa na Rússia, lembrou que “é pela primeira vez na história que o crescimento econômico não vem dos países desenvolvidos, senão dos emergentes”.
E o Conselheiro-Embaixador da Índia na Rússia, Rakhul Srivastava, disse que os BRICS não só buscam melhorar o futuro dos seus membros, senão de todo o mundo.
Aliás, foi tocado também o assunto da eventual ampliação dos BRICS. Vários especialistas advertiram que uma ampliação incessante pode ser perigosa (basta ver o exemplo da UE, diziam), por isso é muito cedo para discutir a adesão da Argentina ou qualquer outro país.
Negócio russo conquista o Brasil
Um dos temas importantes discutidos na conferência foi a participação do negócio russo no âmbito dos BRICS. Segundo Dmitry Burykh, vice-chefe do departamento dos EUA e América Latina do Centro de Pesquisa Euro-Atlântica e de Defesa do RISS, “há uma tendência de crescimento do intercâmbio comercial entre a Rússia e o Brasil”.
Burykh sublinhou que as revelações de Edward Snowden fazem o governo brasileiro cada vez mais aberto para aceitar as tecnologias informáticas russas, que afinal poderão substituir as estadunidenses, que são vistas como menos seguras após o escândalo de espionagem.
Exemplo do uso de tais tecnologias é a empresa russa ABBYY, especializada em linguística aplicada e captura de caracteres e dados. O software da ABBYY é utilizado, segundo a sua vice-presidente de Desenvolvimento Comercial, Ekaterina Solntseva, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil.
Mas há também outra vertente de cooperação, que agora parece ainda mais prática e necessária: o negócio russo participa da solução da crise hídrica no Brasil. Dmitry Kotenko, representante da empresa Voronezh-Aqua, vê “grande potencial” no emprego das suas tecnologias nas regiões do Brasil afetadas pela falta de água. Esta parceria acaba de surgir e terá ainda que se fortalecer, mas os especialistas presentes no evento de ontem acreditam que terá sucesso.
Parceiros, não aliados
A conclusão geral da discussão foi a seguinte: os países dos BRICS “não são aliados, senão parceiros”. Não são aliados porque aliados unem-se contra alguém, e os BRICS nem pretendem se colocar o objetivo de confrontar ninguém, afirmam os participantes do evento. Se há uma contraposição aos Estados Unidos, vem dos próprios Estados Unidos, sublinham.
O mundo multipolar, frisam os cientistas políticos e economistas, não significa uma mudança de polarização mundial transferindo o “centro” dos EUA para os BRICS, senão o fomento à diversidade. O Banco dos BRICS também não pretende substituir por completo o Banco Mundial, mas, sim, criar uma alternativa mais inclusiva.
E sendo parceiros, podem ser concorrentes. Por isso, é preciso definir (e talvez nas reuniões deste ano, inclusive na cúpula em Ufa) o modo de cooperação e ações conjuntas.
As propostas são muitas. Os palestrantes destacam a importância de fortalecimento da infraestrutura do grupo BRICS através da criação de instituições conjuntas, de uma arquitetura eficiente e segura das relações internacionais. A essência comum de todas as sugestões é que esta arquitetura comum tanto deve abranger os países ao nível internacional, quanto viabilizar concorrência interna, fomentando o desenvolvimento eficiente e sustentável.


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