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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 31, 2013

Bob Fernandes/ O escândalo de R$ 425 milhões: o "Trenzão" do PSDB


Charge foto e frase do dia




























Governo não desiste de 2 anos para médicos


Adicionar ao conhecimento dos recém-formados o convívio e o aprendizado com os pobres.

Saiu no Estadão, em estado comatoso:

Governo desiste de dois anos a mais no curso de Medicina


BRASÍLIA – O governo desistiu de ampliar os cursos de Medicina de seis para oito anos, conforme previsto na Medida Provisória dos Mais Médicos, que tinha sido alvo de críticas, e vai apoiar agora a proposta trazida à mesa por uma comissão de especialistas para que os dois anos adicionais se transformem em residência médica. “(A diretriz é que) após a formação do médico na graduação, em seis anos, a residência médica assegure essa vivência na urgência e emergência e na atenção primária”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após participar de uma reunião com o titular da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes de faculdades de Medicina federais do País, em Brasília.


Mercadante defende que a Medida Provisória 621, que trata do Mais Médicos e tramita no Congresso, já previa a possibilidade de que os dois anos adicionais se convertessem em residência médica. O Conselho Nacional de Educação (CNE) também deverá propor novas diretrizes para os cursos de Medicina a partir das modificações estabelecidas pela MP.

O ministro disse ainda que, pela posição do governo, toda a residência médica deverá ocorrer no Sistema Único de Saúde. Além disso, o primeiro ano da residência terá foco na atenção básica e na urgência e na emergência, já com orientação na especialidade que o formado queira adotar. “Toda a residência será no SUS. No primeiro ano da pediatria, (ele) vai fazer (a residência em) atenção básica, já orientada para a especialização como pediatra”.
Navalha
Não é verdade.
O Governo não desistiu dos dois anos adicionais para a formação dos médicos.
De reunião, nesta quarta-feira, no Ministério da Educação, com Mercadante e Padilha, que terminou às 13h30, participaram membros de uma comissão de especialistas, vinculada ao MEC, da Associação Brasileira de Educação Médica, e do Fórum Nacional de Dirigentes de Escolas Médicas.
Surgiu, aí, a proposta de:
1) universalizar a residência, que seria obrigatória para todo médico recém-formado;
2) seriam obrigados a fazer a residência os 12 mil médicos que entrarão nas escolas de Medicina do país, até 2017;
3) a residência seria INTEGRALMENTE no SUS, por dois anos, embora , em alguns casos, como na Pediatria, sejam necessários 3 anos;
Como a MP original do Mais Médicos previa que os dois anos adicionais PODERIAM ser feitos no SUS, mas não determinava como, o Ministro Padilha, da Saúde, concordou com a ideia.
Na verdade, a proposta de hoje e a original convergem a um ponto: adicionar aos conhecimentos acadêmicos dos recém-formados o convívio e o aprendizado com os pobres.
E garantir que os mais pobres que recorrem ao SUS – 100 milhões de brasileiros, ou seja, o MAIOR sistema público de saúde do mundo ocidental !, graças à Constituição Cidadã de 1988 – sejam atendidos segundo o espírito do Juramento de Hipócrates.
Essa proposta de hoje poderia, por isso, ser encaminhada ao Congresso, que examinará a MP do Mais Médicos.
Não deixe de assistir à escandalosa reportagem do SBT sobre os médicos que ganham sem trabalhar.
E, aqui, sobre o número impressionante de médicos, que, aparentemente, boicotaram a inscrição no Mais Médicos.
Paulo Henrique Amorim

Justiça condena Globo por reportagem em Unidade de Conservação


Justiça condena Globo por reportagem em Unidade de Conservação
A Justiça Federal no Tocantins condenou a emissora Globo Comunicação e Participações S/A e a empresa Quatro Elementos Turismo Ltda a repararem o dano causado à Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins pelo uso indevido de imagem durante a veiculação de uma reportagem exibida no programa Esporte Espetacular do dia 25 de abril de 2010, que associa a imagem da cachoeira da Fumaça à prática de rafting esportivo, prática esta, incompatível com os objetivos das estações ecológicas.
 
Justiça Federal no Tocantins condena Globo e empresa de turismo por reportagem sem autorização em Unidade de Conservação (Imagem: Cachoeira da Fumaça - Jalapão)
A sentença proferida pela titular da 1ª vara, juíza federal Denise Dias Dutra Drumond, julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e condenou as empresas ao pagamento de indenização ao Meio Ambiente no valor de 500 mil reais e a reparação do dano por meio da produção de uma reportagem, previamente autorizada, com o tema “Turismo Sustentável na Região do Jalapão”, que deverá ser exibida em horário semelhante e com a mesma duração da anterior.
Consta nos autos, que a reportagem exibida foi feita mesmo com o pedido de autorização negado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia federal que administra a área. De acordo com o relatório do ICM, a equipe foi avisada sobre o impedimento de realizar gravações com foco na prática de esportes radicais naquela área, tendo em vista que a Instrução Normativa do IBAMA 05/2002 determina que as matérias jornalísticas realizadas em Estações Ecológicas e Reservas Biológicas não deverão fomentar atividades que não sejam de caráter científico e preservacionista.
Em sua fundamentação a magistrada ponderou que a Estação Ecológica foi criada para evitar a exploração turística e econômica desordenada. Para isso a legislação proíbe a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional ou científico. “Em outras palavras, a Estação Ecológica tem em seu anonimato um de seus grandes trunfos, pois fica assim protegida da curiosidade leiga e da depredação que a atividade turística em massa e desordenada promove. Logo, a exposição em si mesma da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins como área propícia à prática esportiva, diversa portanto de sua finalidade legal específica, já configura o dano ambiental” constatou.
Na defesa, as empresas alegaram inexistência de dano ambiental e a Globo Comunicações alegou ofensa a liberdade de imprensa. Argumento este, afastado pelo juízo federal durante a fundamentação. Para a magistrada, não se pode permitir abusos no desfrute da plenitude de liberdade de imprensa e este direito não está imune à obrigação de indenizar caso haja lesão à bem jurídico de terceiros.
Fonte: Ascom Justiça Federal
 

ALBA: otra puerta cerrada a Estados Unidos




Via CubAhora
La XII Cumbre de la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra América (ALBA) celebrada en Guayaquil, Ecuador, demostró la pujanza y la continuidad de desarrollo de ese bloque integracionista, símbolo de la unidad entre los gobiernos y los movimientos sociales de la región...
Lídice Valenzuela García
El ALBA ha constituido uno de los símbolos de garantía de los derechos sociales de los pueblos. (Foto: AFP)
Sobre la necesidad de la integración latinoamericana el compañero Fidel Castro dijo en la plaza aérea del silencio, en Caracas, Venezuela, el 23 de enero de 1959. “(...) si queremos salvar a la América, que si queremos salvar la libertad de cada una de nuestras sociedades, que, al fin y al cabo, son parte de una gran sociedad, que es la sociedad de Latinoamérica; si es que queremos salvar la revolución de Cuba, la revolución de Venezuela y la revolución de todos los países de nuestro continente, tenemos que acercarnos y tenemos que respaldarnos sólidamente, porque solos y divididos fracasamos”.
La coincidencia de posiciones entre los gobiernos y los movimientos sociales radicados en las naciones miembros de la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra América (ALBA) ratifica la posibilidad de fortalecer un tejido social en que las decisiones políticas, económicas y sociales sean tomadas en sintonía ideológica, en lo que representa un cambio en las relaciones de poder en la región.
Así quedó demostrado en la XII Cumbre del ALBA celebrada este martes en Guayaquil, la segunda ciudad en importancia de Ecuador y cuna del presidente Rafael Correa, cuando tras dos días de debates más de 200 representantes de las organizaciones no gubernamentales de los países del ALBA entregaron a los jefes de gobierno un manifiesto en que fijan posiciones sobre el desempeño de la institución fundada por los líderes revolucionarios Hugo Chávez y Fidel Castro.
La declaración final de la Cumbre de los Movimientos Sociales, entregada a las máximas autoridades presentes en Guayaquil confirma que, tal como propone la Alianza, “Latinoamérica y el Caribe debe ser un territorio endógeno, en lo que respecta a su economía, su cultura y su sociedad”.
Analistas concuerdan en que el documento expresa la identificación espiritual, ideológica y política con los acuerdos adoptados por los dignatarios del ALBA y el protagonismo que deberán tener tales movimientos para garantizar el desarrollo en ese bloque, según expresaron los gobernantes en el encuentro sostenido por las partes en el Coliseo Voltaire Paladines Polo como cierre de la XII Cumbre.
Estas agrupaciones, que congregan a millones de ciudadanos unidos por un pensamiento democrático y antiimperialista, han tenido un rol fundamental en distintos momentos de la historia reciente de América Latina cuando, por ejemplo, apoyaron en las calles a las naciones contrarias a la puesta en vigor por Estados Unidos del Área de Libre Comercio de las Américas, e integran una poderosa fuerza movilizadora en la región latinoamericana.
Desde su fundación, el ALBA ha constituido uno de los símbolos de garantía de los derechos sociales de los pueblos – no solo de sus miembros- mediante la colaboración en proyectos tan importantes como la alfabetización, la salud pública, el deporte y la cultura. Millones de latinoamericanos y caribeños, por ejemplo, aprendieron a leer y escribir mediante el método cubano de alfabetización Yo sí puedo, en tanto cifras similares recobraron la visión con la Operación Milagro gracias al trabajo desinteresado de galenos cubanos.
También la Alianza propició la creación por Chávez de PETROCARIBE, un ente petrolero que vende el crudo venezolano a precios preferenciales a naciones –en especial del Caribe y Centroamérica- cuyas endebles economías no hubiesen podido resistir el embate de la crisis económica mundial, y que colocó por las nubes el precio de ese producto.
La XII Cumbre, que tuvo como política estratégica la integración latinoamericana y caribeña, decidió fortalecer el crecimiento económico de sus integrantes, que ahora poseen nuevas alternativas de desarrollo con la entrada y actual presidencia temporal de Venezuela en el Mercado Común del Sur (MERCOSUR).
Uno de los acuerdos más importantes fue la de avanzar en la organización de una nueva y poderosa zona económica en la que estarán integradas el ALBA, MERCOSUR y PETROCARIBE, que hará factible el desenvolvimiento sostenido de las economías más débiles y consolidará la unidad entre esos bloques.
Al ALBA pertenecen Venezuela, Cuba, Nicaragua, Ecuador, Bolivia, Dominica, San Vicente y las Granadinas, Santa Lucía y Antigua y Barbuda. Como invitados especiales estuvieron en Guayaquil delegados de Surinam, Guayana, Haití, Uruguay, Argentina y Brasil.
En esta ocasión, una vez más se expresó uno de los rasgos distintivos de la Alianza, que es la postura intransigente de sus miembros ante el imperialismo estadounidense que de manera constante amenaza y agrede a varios de sus miembros bajo formas solapadas o abiertas, como ha hecho Venezuela, Ecuador y Bolivia.
Nueva jornada del ALBA cerrada en Guayaquil, que demostró la vitalidad del bloque y el interés de sus líderes y movimientos sociales para afianzar las bases en que se fundamenta –la solidaridad y la colaboración-, con la visión de un firme desarrollo económico imbricado en las redes integracionistas de América Latina y El Caribe.

Coxinhas de jaleco protestam


Um grupo de médicos protestava ontem na frente do Ministério da Saúde contra o programa Mais Médicos, que abre postos de trabalho para médicos estrangeiros. O grito de guerra: "Somos ricos, somos cultos. Fora os imbecis corruptos". (Ilmar Franco – no grobo)
Não querem ir aonde o povo precisa e não querem que ninguém vá.
Isso pode ser enquadrado como omissão de socorro.
medicos-coxinhas

PROTESTO 'FORA, ALCKMIN' TERMINA EM CONFRONTO




PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de veículos, na região da Avenida Rebouças, em São Paulo. De 20 manifestantes detidos, 5 continuaram presos, acusados de atingir carro da Rota. Além de pedirem a saída do governador tucano, o grupo gritava pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso de Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia

31 DE JULHO DE 2013

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestantes ocuparam, na noite de ontem (30), a Avenida Rebouças, sentido da Avenida Paulista, uma das principais vias da capital paulista. O protesto criticava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza no Rio de Janeiro e a militarização da polícia. A Força Tática usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma concessionária de veículos. Com os rostos cobertos, manifestantes usaram marretas e pedras nos ataques. Muros e prédios também foram pichados.

Segundo a Polícia Militar, 15 pessoas foram detidas pelo policiamento local e cinco pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Todos foram levados para o 14º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste. Um homem, que disse ser jornalista, foi detido pela Rota quando estava intoxicado pelo gás lacrimogêneo e não conseguia se levantar.

O protesto começou por volta das 18h30 no Largo da Batata, zona oeste paulistana e passou pela Avenida Brigadeiro Faria Lima antes de chegar à Avenida Rebouças. Antes mesmo dos manifestantes se concentrarem no local, a Polícia Militar estava presente com 16 viaturas no largo, além de um carro do Corpo de Bombeiros e o policiamento reforçado em outros pontos da região. Durante a tarde, a Secretaria de Segurança Estado de São Paulo divulgou nota informando que estava disposta a adotar as medidas necessárias para evitar atos de vandalismo como os vistos na última sexta-feira (26) na Avenida Paulista.

Parte dos manifestantes lembrava as denúncias de corrupção envolvendo as obras do metrô de São Paulo que vêm sendo veiculadas pela revista IstoÉ. “Estou aqui contra o governo do PSDB e a corrupção que ele representa em relação a uma das prioridades da população, que é o transporte público”, disse o professor do ensino fundamental Cícero Barbosa. Ele reclamou ainda dos baixos investimentos estaduais em saúde e educação.

A estudante de comércio exterior Fernanda Avelino disse que participava do ato para protestar contra a desigualdade social. “É muita desigualdade para o tamanho da arrecadação [de tributos pelo governo]”, disse ao reclamar da má distribuição de renda e da falta de infraestrutura. Para ela, os avanços indicados pelo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado ontem, não refletem a realidade do país. “Isso prova que as estatísticas não são nada ou é preciso algo muito além disso”.

Além de pedirem a saída de Alckmin, os manifestantes gritavam pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso de Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia.

Edição: Fábio Massalli
* Blog Justiceira de Esquerda