https://www.youtube.com/watch?v=01QaXkznvfg&feature=em-uploademail
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, agosto 26, 2015
Religiosidade sem Religião
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/01QaXkznvfg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
https://www.youtube.com/watch?v=01QaXkznvfg&feature=em-uploademail
https://www.youtube.com/watch?v=01QaXkznvfg&feature=em-uploademail
Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili
“Roraima? Tá louca que vou fazer show aí, nessa bosta de lugar! Vocês vão pagar o meu cachê com o que? Com peixe? Ou com prostitutas? Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili
(via Brasil247) Após o senador Romero Jucá (PMDB) fazer um pronunciamento cobrando um pedido de desculpas repudiando as declarações do apresentador Danilo Gentili, que afirmou em seu programa de televisão no SBT que “Roraima era uma bosta de lugar”, a emissora disse que o comediante foi “mal interpretado”. Segundo o SBT, Gentili possui um quadro onde invade as contas do Facebook de outras pessoas fazendo-se passar por elas para constrangê-las, o que teria acontecido com o humorista Maurício Meirelles e que resultou no repúdio do senador.
“Quero desafiar o SBT e pedir ao Sílvio Santos, homem honrado e trabalhador, que tem audiência em Roraima, que peça desculpas pelas agressões que foram feitas por esse idiota no programa de ontem. As mulheres e homens decentes do nosso estado foram covardemente agredidos porque não tiveram direito de manifestação e defesa”, disse Jucá em seu pronunciamento no Senado na noite desta quarta-feira (19).
No quadro levado ao ar no programa The Noite nesta terça-feira, Gentili entrevistava Meirelles quando, de repente, acessou o Facebook do entrevistado e começou a dialogar com um fã que pedia a realização de um show em Boa Vista fazendo-se passar por Meirelles.
“Roraima? Tá louca que vou fazer show aí, nessa bosta de lugar! Vocês vão pagar o meu cachê com o que? Com peixe? Ou com prostitutas? Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili.
Ainda segundo o SBT, Gentili deverá se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (20), logo no início do programa. A emissora também destacou que antes de iniciar o quadro, o comediante teria avisado que “usaria palavras grosseiras para se fazer passar por Maurício,
*BR29
"O nível médio de informação e cultura dos cubanos é muito maior do que dos brasileiros"
\
O nível médio de informação e cultura dos cubanos é muito maior do que dos brasileiros, defende jornalista brasileiro
Por Veruscka Girio |
Por Cid Benjamin
Como alguns sabem, visitei Cuba durante uma semana, com mais nove amigos: Milton Temer, Alfredinho do Bip-Bip, Paulo Passarinho e seu filho Pedro, Mário de Oliveira, Vitor Iório, João Pimental (o Janjão), Zé Paulo e Carlinhos Siuffo (o Baiano). Ouvimos muita música, tomamos mojito, provamos a boa cerveja local, discutimos bastante política, aprendemos em conversa com os cubanos e apreciamos aquele belo país.
Agora, a pedido de alguns amigos do Facebook, faço aqui um rápido relato sobre o que vi na viagem.
À guisa de introdução, lembro algumas coisas, antes de entrar nos problemas por que passa a sociedade cubana.
Mesmo com a crise internacional , que tem servido de justificativa para a recessão brasileira, Cuba cresceu 4% no ano passado. A previsão para este ano é que o patamar se mantenha.
Mesmo com o fim do bloco socialista, que afetou muito o país, Cuba ainda tem os melhores indicadores sobre mortalidade infantil e mortes por parto das Américas. Seus números são melhores inclusive do que os dos Estados Unidos. Isso é fruto da atenção especial à infância e às mulheres grávidas.
Cuba tem a maior expectativa de vida das Américas, superior mesmo à dos Estados Unidos, o que chega a surpreender.
Cuba tem os melhores sistemas de saúde e educação das Américas, o que é reconhecido por organismos internacionais.
Algo que salta aos olhos de quem chega a Cuba é o fato de o nível médio de informação e cultura dos cubanos ser muito maior do que os brasileiros. Aqui, é raro uma pessoa humilde conseguir articular de forma coerente seu pensamento em frases concatenadas. Basta ver a maioria das entrevistas dos jogadores de futebol. Lá, qualquer um tem uma facilidade de expressão e um conjunto de informações que salta aos olhos.
Por fim, é justo lembrar que, ao se comparar a vida em Cuba hoje com a de outros países, é preciso que essa comparação seja feita com países similares a ela na época da revolução, como República Dominicana, Guatemala, Honduras etc. Não com países europeus, que já tinham um patamar superior de desenvolvimento. E, comparada com as populações de países que estavam em seu patamar de desenvolvimento, é inegável que a população de Cuba vive muito melhor do que elas.
*solidarios
Crise mundial do lúpulo obrigará cervejarias a usarem Cannabis
Publicado em por Randy Monster
A falta de chuva vem afetando as plantações de lúpulo e pode acarretar na falta da erva para as cervejarias nos próximos anos, segundo relatório do renomado instituto Baart Simpsohn.
Como forma de contornar a crise, a Holanda o Uruguai anunciaram que estão prontos para assumir a liderança na exportação da Cannabis, popularmente chamada Maconha, para substituir a planta prima na produção de cerveja.
O ex-Blogueiro, ex-Jornalista e atual tabelião Mário Apertaumbeck afirma que a erva “boa” pode muito bem substituir a flor amarga.
“- Não que eu já tenha algum dia fumado, cheirado, injetado ou usado de alguma forma a Maconha… (longa pausa)… mas o sabor e o aroma dela podem facilmente substituir o lúpulo… (longa pausa)… pois em ambos os casos depois de certo tempo começamos a sentir no aroma e sabor o maracujá, limão, flores do campo, chulé,… (longa pausa)… queijo e ver cores, objetos, familiares mortos com quem também nos comunicamos… (longa pausa)” – afirma Apertaumbeck, diretamente de Florida, onde faz o uso do Ice Cannabis Hopping medicinal para se curar do stress de debates em redes sociais.
*
A falta de chuva vem afetando as plantações de lúpulo e pode acarretar na falta da erva para as cervejarias nos próximos anos, segundo relatório do renomado...
CERVEJONALISTA.WORDPRESS.COM
terça-feira, agosto 25, 2015
Fotos e Fatos - a ambiguidade de Jânio
Por Cléber Sérgio de Seixas
Dizem que agosto é o mês do cachorro louco. A má fama do oitavo mês do ano é tributária de acontecimentos funestos como o início da Primeira Guerra Mundial; a detonação de duas bombas nucleares sobre o Japão, marcando o fim da 2ª Guerra Mundial; o início da construção do Muro de Berlim, entre outros. No Brasil, dois eventos corroboram essa má reputação: o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, e a renúncia de Jânio.
Há exatos 54 anos renunciava Jânio Quadros. “Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. (...) Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam...” - desabafava o presidente em sua carta renúncia. Ainda hoje são misteriosas as causas da renúncia do 22º presidente do Brasil, que chegou ao poder sob os afagos da UDN de Carlos Lacerda. Tampouco são conhecidas as “forças terríveis” a que Quadros se referia. Alguns analistas especulam que Jânio, pressionado pelos espectros direito e esquerdo da política nacional, optou pela renúncia como saída estratégica visando a uma hipotética volta ao poder nos braços do povo.
O governo de Jânio – que durou apenas 08 meses – foi marcado por muitas ambiguidades. Se, de um lado, Jânio foi capaz de condecorar Ernesto Che Guevara com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, além de restabelecer relações comerciais e diplomáticas com a URSS e a China, em plena Guerra Fria, de outro, reprimiu movimentos de esquerda e congelou salários, sem falar de anedóticas medidas como as proibições do uso de biquínis em transmissões televisivas de concursos de miss, das rinhas de galo e do uso de lança-perfume em bailes de carnaval.
Em 21 de abril de 1961 o fotógrafo gaúcho Erno Schneider cobria o encontro de Jânio com o presidente argentino, Arturo Frondizi, que se daria sobre uma ponte que ligava as cidades de Uruguaiana (RS) e Libres, Argentina. No meio do evento, um tumulto assustou o presidente brasileiro, que se voltou, mas com as pernas enviesadas. Um clique congelou a imagem que sintetiza bem um governo que não sabia se ia para a direita, para a esquerda ou se permanecia no centro.
A fotografia rendeu a Schneider o Prêmio Esso de Jornalismo de 1962 e o sagrou como um dos maiores fotógrafos brasileiros.
*observadoressociais
Com a palavra, a Dama de Vermelho
Zilda Pavão compartilhou a foto de Geso Silva.
13 h ·
♡ Inoil Amaral, eu te admiro ♡
Com a palavra, a Dama de Vermelho
Bruno Trezena: Vamos do início? Como a senhora foi parar naquela situação?
Inoil Amaral: Primeiramente, permita-me explicar, não sou militante de nenhum partido. Tenho militância simpática aos governos de Lula e Dilma, mas o que se viu naquele dia foi um absurdo tamanho comigo e outras pessoas. Desde quando é proibido sair às ruas vestido de vermelho, mesmo que haja manifestações contrárias ao PT? Onde está a liberdade de expressão?
Para se ter uma ideia, naquele dia nem me lembrava que haveria atos contra a Dilma. Tanto que o que chamou a atenção dessas pessoas foi o casaco vermelho que eu levava dentro da bolsa e, quando tudo explodiu em agressão, ergui sob a cabeça.
O dia ocorria normalmente. Mais cedo havia ido à feira e um dos vendedores me disse que teria que fechar mais cedo por conta do tal protesto na Avenida Paulista. Voltei pra casa, almocei e resolvi ir à rua pra ver como estava a movimentação.
BT: E o que aconteceu quando a senhora chegou no local?
IA: Vi os carros de som estacionados, as pessoas passando pra lá e pra cá e resolvi entender o que dizia um dos manifestantes no microfone. Parei na ciclovia e fiquei lá, ouvindo. Nessa hora notei um senhor de cinza, com uma roupa lembrando farda militar, gesticulando na minha direção de longe. Ele fazia movimentos bruscos com a mão, dando a entender para que eu saísse dali. Achei aquilo tudo muito estranho. E foi aí que notei uma senhora atrás de mim, de amarelo, acompanhada de uma moça bem humilde – acho que era a empregada dela – me fitando com uma cara de raiva. Quando me virei ela perguntou: “Por que você está vestida assim?”. E eu perguntei qual era o problema da minha roupa, mas ela continuou: “Você é do PT?”. Segui explicando que estava acompanhando a manifestação como todo mundo e tinha direito de estar ali. Não demorou muito para que as agressões começassem.
BT: Nas imagens a senhora aparece andando por uma rua e respondendo calmamente às agressões que vinham na sua direção. Por que aquilo?
IA: Em determinado momento, um senhor fardado se aproximou e me questionou sobre estar ali. Qual o problema da minha presença? Tentei explicar, mas ele logo saiu perguntando de forma agressiva: “A senhora é comunista? Eu sou capitão do exército e advogado, acho melhor a senhora sair daqui, vai começar o hino nacional”. Foi quando eu disse em sua direção: “E daí o que o senhor é. O senhor pode ser o que quiser. Eu vou continuar aqui da mesma forma que vocês. E eu respeito o hino, vocês eu não respeito”. Assim que acabou o hino, seguido do silêncio, eu gritei: “Viva a democracia! Viva a liberdade de expressão!”. E aí tudo começou.
BT: Que tipo de agressões a senhora sofreu?
IA: Todos se viraram pra mim e passaram a me acusar de petista, comunista, de terrorista ou sei lá mais o que. Carros começaram a buzinar e um monte de gente a gritar palavrões na minha direção. Algumas pessoas passaram a assoprar aquelas vuvuzelas no meu ouvido, tentando me atingir de alguma forma. E eu continuei meu caminho, de braço erguido com a cor que tanto incomodava aquele estranho grupo. É isso, eles tinham medo do vermelho. É uma fobia inexplicável, de gente com muita desinformação nas ruas, sem saber o que quer realmente da vida. É um absurdo o que aconteceu, mas eu sigo em paz.
BT: O que a senhora presenciou nesses atos, antes da confusão começar?
IA: Coisas terríveis. Num desses carros de som, um senhor fardado gritava no microfone que as forças militares fariam uma reunião no Quartel General do Exército, ali no Ibirapuera, e que precisavam reagir a entrada de árabes no país. Diziam que eles fariam terrorismo com ajuda do governo brasileiro. Mas eu digo, meu filho, terrorismo são essas pessoas que estão fazendo diariamente no Brasil. Eles amedrontam o povo, inventando coisas e deturpando a História, gerando um grande temor na sociedade. É através do medo e da raiva que eles estão tentando trazer o povo pro lado deles. É uma tática suja, do tipo de gente que criou a Ditadura.
BT: Muitas dessas pessoas pedem o retorno da Ditadura no Brasil…
IA: Olha, isso jamais. Não entendo o que eles estão fazendo nas ruas, exigindo intervenção militar… onde essas pessoas estavam quando milhares de famílias foram destroçadas pelo Regime Militar? Diversos cidadãos estão traumatizados até hoje por conta da perseguição política e dos crimes de Estado. Lembro até hoje, quando tive meu primeiro filho, o que soldados daquela época fizeram com uma conhecida. Um pelotão deles apareceu de repente na minha rua e tiraram dos braços de uma vizinha seu filho de apenas dois anos. É muito doloroso recordar isso e, como se vê, tem gente que não faz a mínima noção do que clama por aí.
BT: Inoil, sua determinação virou símbolo a diversas pessoas do Brasil. Se tivesse a oportunidade de dizer algo à presidenta Dilma, o que falaria?
IA: Eu falaria pra que ela fique tranquila, como eu fiquei, pois foi a maioria popular que a elegeu. Foi democrático, dentro do sistema eleitoral. O povo trabalhador mais humilde gosta dela, e eles não serão afetados por este ódio elitizado. A diferença de opinião política vai existir, mas todos têm que respeitar a democracia. Tem gente aí que quer tentar dar o golpe, mas não vão passar.
BT: A senhora passou…
IA: A Dilma também vai. E de coração valente.
http://sigajandira.com.br/…/2-dedos-de-prosa-a-dama-de-ver…/
http://sigajandira.com.br/…/2-dedos-de-prosa-a-dama-de-ver…/
ultra esquerda não compreende a realidade do Brasil hoje e não consegue construir raízes no seio do povo.
Por que a direita saiu do armário?
Essas manifestações são a prova mais eloquente que os governos do PT não amaciaram a luta de classes, mas a acirraram.
por Emir Sader em 23/08/2015 às 07:46
O que há de novo é a consolidação de um setor de extrema direita na classe média, que teria colocado recentemente as manguinhas pra fora, constituindo-se no fator novo no cenário politico nacional. E que parece que veio para ficar.
Sem discutir a tese da Marilena Chauí – que esse setor insiste em confirmar – de que a classe média seria fascista, é inegável que pelo menos um setor dela assume teses fascistas e o faz da maneira mais escancarada, quase como um clichê, pelos slogans que exibe, pela atitude agressiva e discriminatória, pelo racismo, pelo antiesquerdismo, pelo anticomunismo.
Mas por que
Essas manifestações são a prova mais eloquente que os governos do PT não amaciaram a luta de classes, mas a acirraram. Caso os governos do PT fossem apenas uma variante do neoliberalismo – como algumas atitudes sectárias, que não conhecem o país e não sabem das profundas transformações operadas no Brasil desde 2003 – a direita só poderia estar satisfeita, teria que estar comemorando a cooptação de um PT tão expressivo do campo popular – o mais importante de toda a trajetória da esquerda brasileira -, para o
Só mesmo porque sentiram que seus interesses estavam sendo afetados, que já não dispunham do governo a seu bel prazer e correm o risco de ver este período se estender muito mais, com uma eventual volta do Lula à presidência, é que a direita saiu do armário e passou a exibir sua cara de ultra direita.
De que forma esses interesses foram afetados? Em primeiro lugar, na prioridade das políticas sociais e na extensão do mercado interno de consumo de massas, com a distribuição de renda que acompanhou a retomada do desenvolvimento econômico. Se interrompeu a política econômica implantada por Collor e continuada por FHC. Seu fracasso abriu os espaços para governos que romperam com eixos fundamentais do neoliberalismo, em primeiro lugar, a prioridade dos ajustes fiscais e a centralidade do mercado.
Em segundo lugar, pela ruptura com o projeto da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA -, levado a cabo pelos EUA, em complacência com o governo de FHC, que deu lugar ao fortalecimento dos processos de integração regional, do Mercosul à Celac, passando pela Unasul. Um processo que inclui os estratégicos projetos dos Brics, em que o Brasil tem papel chave, e que desenha um mundo multipolar na contramão dos projetos norteamericanos.
Em terceiro lugar, porque a centralidade do mercado deu lugar a espaços para a recuperação da capacidade de ação do
A já clássica frase de que “os aeroportos estão virando rodoviárias” segue sendo a mais significativa da reação de setores da classe média à ascensão de amplos setores populares. Afora exacerbada, desde a Copa do Mundo, em que a vaia à Dilma foi como que a abertura da porteira da falta de qualquer respeito por parte de setores da direita.
A campanha eleitoral do ano passado foi um aquecimento em relação ao que se vive agora. Tanto Aécio quanto a mídia, exacerbaram sua linguagem e suas formas de atacar o governo, gerando a ideia de que tudo tinha se tornada insuportável, não apenas a situação das classes privilegiadas, mas o próprio país, pela corrupção e pela suposta incompetência do governo. Pela primeira vez na história do país um candidato a presidente triunfou nas eleições contra praticamente a totalidade do grande empresariado – confirmando como estes consideram que seus interesses fundamentais são afetados profundamente pelos govenos do PT.
Para os que nunca aceitaram que os governos do PT tenham sido qualitativamente diferentes dos governos neoliberais, tudo isso é incompreensível. Na sua incapacidade de apreender a realidade concreta, tem que culpar o PT por tudo. Até pela direita ter saído do armário, usado por alguns para atribuir também aí a culpa ao PT.
Por isso a ultra esquerda não conseguiu, ao longo destes 12 anos – nem no Brasil, nem nos países com governos posneoliberais na América Latina -, construir uma alternativa e esta está sempre situada à direita dos governos do PT. Porque acredita que o os governos do PT são neoliberais, a ultra esquerda não compreende a realidade do Brasil hoje e não consegue construir raízes no seio do povo.
O PT é responsável pela saída da direita – e da ultra direita – do armário, porque afetou profundamente os seus interesses.
Assinar:
Postagens (Atom)