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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, agosto 26, 2015
Religiosidade sem Religião
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Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili
“Roraima? Tá louca que vou fazer show aí, nessa bosta de lugar! Vocês vão pagar o meu cachê com o que? Com peixe? Ou com prostitutas? Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili
(via Brasil247) Após o senador Romero Jucá (PMDB) fazer um pronunciamento cobrando um pedido de desculpas repudiando as declarações do apresentador Danilo Gentili, que afirmou em seu programa de televisão no SBT que “Roraima era uma bosta de lugar”, a emissora disse que o comediante foi “mal interpretado”. Segundo o SBT, Gentili possui um quadro onde invade as contas do Facebook de outras pessoas fazendo-se passar por elas para constrangê-las, o que teria acontecido com o humorista Maurício Meirelles e que resultou no repúdio do senador.
“Quero desafiar o SBT e pedir ao Sílvio Santos, homem honrado e trabalhador, que tem audiência em Roraima, que peça desculpas pelas agressões que foram feitas por esse idiota no programa de ontem. As mulheres e homens decentes do nosso estado foram covardemente agredidos porque não tiveram direito de manifestação e defesa”, disse Jucá em seu pronunciamento no Senado na noite desta quarta-feira (19).
No quadro levado ao ar no programa The Noite nesta terça-feira, Gentili entrevistava Meirelles quando, de repente, acessou o Facebook do entrevistado e começou a dialogar com um fã que pedia a realização de um show em Boa Vista fazendo-se passar por Meirelles.
“Roraima? Tá louca que vou fazer show aí, nessa bosta de lugar! Vocês vão pagar o meu cachê com o que? Com peixe? Ou com prostitutas? Prefiro fazer show no inferno”, postou Gentili.
Ainda segundo o SBT, Gentili deverá se pronunciar sobre o caso nesta quinta-feira (20), logo no início do programa. A emissora também destacou que antes de iniciar o quadro, o comediante teria avisado que “usaria palavras grosseiras para se fazer passar por Maurício,
*BR29
"O nível médio de informação e cultura dos cubanos é muito maior do que dos brasileiros"
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O nível médio de informação e cultura dos cubanos é muito maior do que dos brasileiros, defende jornalista brasileiro
Por Veruscka Girio |
Por Cid Benjamin
Como alguns sabem, visitei Cuba durante uma semana, com mais nove amigos: Milton Temer, Alfredinho do Bip-Bip, Paulo Passarinho e seu filho Pedro, Mário de Oliveira, Vitor Iório, João Pimental (o Janjão), Zé Paulo e Carlinhos Siuffo (o Baiano). Ouvimos muita música, tomamos mojito, provamos a boa cerveja local, discutimos bastante política, aprendemos em conversa com os cubanos e apreciamos aquele belo país.
Agora, a pedido de alguns amigos do Facebook, faço aqui um rápido relato sobre o que vi na viagem.
À guisa de introdução, lembro algumas coisas, antes de entrar nos problemas por que passa a sociedade cubana.
Mesmo com a crise internacional , que tem servido de justificativa para a recessão brasileira, Cuba cresceu 4% no ano passado. A previsão para este ano é que o patamar se mantenha.
Mesmo com o fim do bloco socialista, que afetou muito o país, Cuba ainda tem os melhores indicadores sobre mortalidade infantil e mortes por parto das Américas. Seus números são melhores inclusive do que os dos Estados Unidos. Isso é fruto da atenção especial à infância e às mulheres grávidas.
Cuba tem a maior expectativa de vida das Américas, superior mesmo à dos Estados Unidos, o que chega a surpreender.
Cuba tem os melhores sistemas de saúde e educação das Américas, o que é reconhecido por organismos internacionais.
Algo que salta aos olhos de quem chega a Cuba é o fato de o nível médio de informação e cultura dos cubanos ser muito maior do que os brasileiros. Aqui, é raro uma pessoa humilde conseguir articular de forma coerente seu pensamento em frases concatenadas. Basta ver a maioria das entrevistas dos jogadores de futebol. Lá, qualquer um tem uma facilidade de expressão e um conjunto de informações que salta aos olhos.
Por fim, é justo lembrar que, ao se comparar a vida em Cuba hoje com a de outros países, é preciso que essa comparação seja feita com países similares a ela na época da revolução, como República Dominicana, Guatemala, Honduras etc. Não com países europeus, que já tinham um patamar superior de desenvolvimento. E, comparada com as populações de países que estavam em seu patamar de desenvolvimento, é inegável que a população de Cuba vive muito melhor do que elas.
*solidarios
Crise mundial do lúpulo obrigará cervejarias a usarem Cannabis
Publicado em por Randy Monster
A falta de chuva vem afetando as plantações de lúpulo e pode acarretar na falta da erva para as cervejarias nos próximos anos, segundo relatório do renomado instituto Baart Simpsohn.
Como forma de contornar a crise, a Holanda o Uruguai anunciaram que estão prontos para assumir a liderança na exportação da Cannabis, popularmente chamada Maconha, para substituir a planta prima na produção de cerveja.
O ex-Blogueiro, ex-Jornalista e atual tabelião Mário Apertaumbeck afirma que a erva “boa” pode muito bem substituir a flor amarga.
“- Não que eu já tenha algum dia fumado, cheirado, injetado ou usado de alguma forma a Maconha… (longa pausa)… mas o sabor e o aroma dela podem facilmente substituir o lúpulo… (longa pausa)… pois em ambos os casos depois de certo tempo começamos a sentir no aroma e sabor o maracujá, limão, flores do campo, chulé,… (longa pausa)… queijo e ver cores, objetos, familiares mortos com quem também nos comunicamos… (longa pausa)” – afirma Apertaumbeck, diretamente de Florida, onde faz o uso do Ice Cannabis Hopping medicinal para se curar do stress de debates em redes sociais.
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A falta de chuva vem afetando as plantações de lúpulo e pode acarretar na falta da erva para as cervejarias nos próximos anos, segundo relatório do renomado...
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terça-feira, agosto 25, 2015
Fotos e Fatos - a ambiguidade de Jânio
Por Cléber Sérgio de Seixas
Dizem que agosto é o mês do cachorro louco. A má fama do oitavo mês do ano é tributária de acontecimentos funestos como o início da Primeira Guerra Mundial; a detonação de duas bombas nucleares sobre o Japão, marcando o fim da 2ª Guerra Mundial; o início da construção do Muro de Berlim, entre outros. No Brasil, dois eventos corroboram essa má reputação: o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, e a renúncia de Jânio.
Há exatos 54 anos renunciava Jânio Quadros. “Fui vencido pela reação e assim deixo o governo. (...) Forças terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam...” - desabafava o presidente em sua carta renúncia. Ainda hoje são misteriosas as causas da renúncia do 22º presidente do Brasil, que chegou ao poder sob os afagos da UDN de Carlos Lacerda. Tampouco são conhecidas as “forças terríveis” a que Quadros se referia. Alguns analistas especulam que Jânio, pressionado pelos espectros direito e esquerdo da política nacional, optou pela renúncia como saída estratégica visando a uma hipotética volta ao poder nos braços do povo.
O governo de Jânio – que durou apenas 08 meses – foi marcado por muitas ambiguidades. Se, de um lado, Jânio foi capaz de condecorar Ernesto Che Guevara com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, além de restabelecer relações comerciais e diplomáticas com a URSS e a China, em plena Guerra Fria, de outro, reprimiu movimentos de esquerda e congelou salários, sem falar de anedóticas medidas como as proibições do uso de biquínis em transmissões televisivas de concursos de miss, das rinhas de galo e do uso de lança-perfume em bailes de carnaval.
Em 21 de abril de 1961 o fotógrafo gaúcho Erno Schneider cobria o encontro de Jânio com o presidente argentino, Arturo Frondizi, que se daria sobre uma ponte que ligava as cidades de Uruguaiana (RS) e Libres, Argentina. No meio do evento, um tumulto assustou o presidente brasileiro, que se voltou, mas com as pernas enviesadas. Um clique congelou a imagem que sintetiza bem um governo que não sabia se ia para a direita, para a esquerda ou se permanecia no centro.
A fotografia rendeu a Schneider o Prêmio Esso de Jornalismo de 1962 e o sagrou como um dos maiores fotógrafos brasileiros.
*observadoressociais
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