Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 13, 2010

David Zylbersztajn Antecipa a Privatização do Pré-sal





Também negou que era assessor de José Serra em carta enviada ao Jornal O Globo
A candidata Dilma Rousseff cobrou explicações de José Serra sobre as declarações de seu assessor para a área energética, David Zylbersztajn, favoráveis à privatização do pré-sal. “O principal assessor energético do candidato, que foi a pessoa que presidiu a Agência Nacional do Petróleo, da época do FHC, que agora diz o seguinte: que é a favor que haja não uma privatização da Petrobrás, mas do pré-sal, que o pré-sal seja passado para as empresas privadas internacionais”, disse.
Dilma contou ainda que, quando chegou à presidência do conselho da estatal, recebeu um plano estratégico elaborado no governo anterior, que previa a divisão da empresa, com “o seu esquartejamento”. “Partes da Petrobrás deveriam ser vendidas. Exemplo: a refinaria Duque de Caxias, lá no Rio de Janeiro, e as unidades de fertilizantes, as chamadas Fafens (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen)”, continuou, lembrando que os tucanos tentaram até mudar o nome da Petrobrás, subtraindo o Brás – que caracteriza o Brasil, mudando “para Petrobrax, para ela ser palatável ao investidor privado”. “Eu considero que o pré-sal é uma riqueza do povo brasileiro para combater a pobreza e garantir educação de qualidade”, afirmou no debate.
A candidata assinalou que o governo Lula capitalizou a companhia, numa operação que arrecadou US$ 70 bilhões e aumentou a participação acionária da União no capital da empresa (saindo de 31% para 48% e aumentou o controle para 60%), enquanto o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diminuiu a participação da União.
Serra não respondeu à pergunta e disse que “o PT volta sempre com essa história” em época de eleições. Disse que irá fortalecer a Petrobrás e que não vai privatizar o pré-sal, mas para tentar rebater Dilma elogiou a lei do petróleo criada por Fernando Henrique, a 9.478/97, que dá a propriedade a quem produz, ou seja, às multinacionais que exploram o óleo através das concessões obtidas pelos leilões. O governo Lula mudou a lei para permitir o controle do país sobre o petróleo do pré-sal.
Dilma também citou declaração de FHC, onde ele diz que Serra foi o grande incentivador da privatização da Vale, indagando de Serra sobre quantas privatizações ele tinha feito na época em que era ministro do Planejamento e chefe do Programa Nacional de Desestatização.
“Não dá para fugir com a história do trololó. Não é trololó. É uma afirmação grave. Ele não responde o que falou o Fernando Henrique Cardoso, que ele, Serra, é o grande interessado na privatização da Petrobrás”, retrucou Dilma Rousseff.
No programa eleitoral de Serra no rádio, o locutor disse que o tucano participou da campanha do “Petróleo é nosso”. É um caso raro de garoto prodígio, já que ele nasceu em 1942 e a campanha começou logo depois, a partir de 1947.
Do Jornal Hora do Povo



CNBB que agride Dilma é de SP.
Qual a novidade ?

À direita da foto, José Serra

Saiu na Folha (*), pág. A4:

“Braço da CNBB (de São Paulo – PHA) distribui panfleto anti-Dilma a fiéis.”

“Entidade diz que suas regionais não estão autorizadas a falar em nome  da cúpula, que não vetou candidatos.”

O Centro do Golpe do Estado Teocrático, presidido pelo Aiatolá das Mil Caras, é a Regional-Sul da CNBB, responsável pelo Estado de São Paulo, sob a liderança do Bispo Nelson Westrupp, de Santo André.

Navalha
A combinação da CNBB-SP com Serra resultaria num regime neofranquista.
Serra teria evoluído do neoliberalismo do Pinochet para a Monarquia do Generalíssimo.
Se eles ganhassem a eleição, ia ser assim: o Brasil do pecado de um lado, e um enclave virtuoso, que, hoje, corresponde ao Estado de São Paulo.
Neste enclave, nenhuma mulher faria aborto.
Nenhum homem seria adúltero.
O Aiatolá despacharia num Castelo ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
O Castelo de Areia seria construído pelo Paulo Preto.
E, na porta, a Monica Serra venderia óculos da Daslu, de aro vermelho – devidamente banhados em água santa.
Viva o Brasil de 1964 !
Foi nisso o que deu o “avanço” do FHC.
Clique aqui para ler “Aborto é o que restou do legado do FHC”.

Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário