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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 07, 2010

O navio-plataforma P-57, da Petrobras


Batismo de plataforma da Petrobras, visita às novas instalações do Cenpes e encontro com comunidade científica

Navio-plataforma P-57, da Petrobras, que será batizado no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis
Plantamos a semente de recuperação da indústria naval

O navio-plataforma P-57, da Petrobras, tem 312 metros de comprimento, 105 de altura e 56 de largura. Quando estiver em operação no campo de Jubarte, entre o Rio e Espírito Santo, contará com 110 profissionais a bordo. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Brasil plantou a semente para recuperação da indústria naval, que desde a década de 1970 não recebia investimentos e não era tida como importante para movimentar o mercado interno, gerando emprego e desenvolvimento, afirmou o presidente Lula nesta quinta-feira (7/10), em Angra dos Reis, na cerimônia de batismo da plataforma P-57.

A primeira coisa que a gente teve que fazer foi despertar o espírito de nacionalismo nas pessoas, a gente gostar um pouco mais desta bandeira verde-amarela e, gostando dela, aprendemos a gostar mais da gente, a acreditar mais na gente. Nessa plataforma, mais de 60% da produção foi brasileira; nas próximas podemos pensar em 70 por cento, 80 por cento, e daqui a pouco podemos pensar em uma plataforma 100 por cento brasileira. Se lançarem o desafio, nós podemos fazer.

Lula ressaltou ainda a importância de se investir e valorizar a capacidade produtiva e intelectual da população local, de forma a nacionalizar a produção e trazer os benefícios e desenvolvimento para dentro do País. Segundo o presidente, sem exercitar as capacidades intelectual e profissional de sua gente, um País acaba sendo tratado como insignificante.

Cada plataforma que agente fizesse lá fora, cada emprego que a gente fizesse lá fora, quantos adolescentes a gente estaria permitindo que fossem encaminhados para a criminalidade neste país por falta de perspectiva de estudo, por falta de perspectiva de trabalho?

O navio-plataforma P-57 ganhou o nome de Apolônio de Carvalho, importante líder político da esquerda brasileira. Sua viúva, Renée de Carvalho, 91 anos, foi homenageada como a madrinha da embarcação. Ela foi representada na cerimônia pelos filhos René Luiz de Carvalho e Raul de Carvalho.

A embarcação irá explorar petróleo na camada pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, e terá capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia e dois milhões de metros cúbicos de gás.

Ouça a íntegra do discurso do presidente:
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Navio-plataforma P-57, da Petrobras, que será batizado no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ). Foto: Divulgação.


P-57, um navio-plataforma de 54 mil toneladas

O navio-plataforma P-57, batizado no estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis, litoral sul do estado do Rio, é gigante. O peso total da embarcação que irá explorar a camada pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, é de 54 mil toneladas. O complexo tem condição de extrair petróleo numa profundidade de até 1.260 metros da lâmina d’água.
O seu comprimento -- 312 metros -- equivale a três campos de futebol. A altura da embarcação é de 105 metros, equivale a um prédio de 30 andares. São 56 metros de largura. Quando estiver em operação, terá 110 profissionais à bordo. O P-57 tem capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia e dois milhões de metros cúbicos de gás.
Para a cerimônia de batismo, a Petrobras mobilizou operários, políticos e lideranças sociais, além de cerca de 100 jornalistas. O evento ocorre no cais do estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis, litoral sul do estado do Rio.



Lula: “gostar do Brasil para gostar mais da gente”

A primeira coisa que a gente teve que fazer foi despertar o espírito de nacionalismo nas pessoas, a gente gostar um pouco mais desta bandeira verde-amarela e, gostando dela, aprendemos a gostar mais da gente, a acreditar mais na gente.” A frase é do presidente Lula, hoje de manhã, ao batizar a plataforma P-57 da Petrobras e está reproduzida no trechinho do discurso dele que eu editei para colocar aqui no blog . Ela é o retrato daquilo que, ontem, disse a vocês deve ser o centro de nosso discurso no segundo turno.
Os judas do neoliberalismo não gostam do Brasil, porque não gostam dos brasileiros.
*Tijolaço

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