Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, abril 23, 2013

R$ 5,6 bilhões: a Globo mama no governo federal


Pimenta cobra; Secom diz que faz mídia “técnica”; Globo recebeu R$ 5,86 bi do governo federal desde 2000

por Luiz Carlos Azenha


O gráfico foi postado por Fernando Rodrigues, em seu blog.
Notem que, nele, “demais emissoras” respondem por 4,40% dos gastos do governo federal em publicidade em 2012.

E que a TV fechada responde por 10,03% do total.

Ou seja, 14,43% de todas as verbas no “outros”.

Apesar da promessa de transparência da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é importante perguntar: quais são as “demais emissoras”? Afiliadas da TV Globo, como a RBS ou a TV Verdes Mares, de Fortaleza? Se sim, não deveriam contar nas verbas da Globo?

Quanto à TV fechada, estamos falando da SporTV, da GloboNews, da GNT, do Futura, todos canais ligados às Organizações Globo?

Assim como o público migrou da TV aberta para a TV fechada nos últimos anos, é possível que as verbas federais tenham feito o mesmo, o que significa que os 43,7% da TV Globo — uma enormidade! — na verdade representem um número maior, se considerarmos todos os canais ligados às Organizações Globo.

Isso, sem falar no jornal O Globo, na rede de emissoras de rádio como a CBN, no G1, nos patrocínios  da Fórmula 1 e de outros eventos esportivos.

O fato é que nos últimos dez anos a TV Globo — estamos falando na do Rio de Janeiro ou isso inclui as emissoras de propriedade dos Marinho nas praças de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife? — recebeu R$ 5,86 bilhões do governo federal, ou seja, 54,7% do total. Repetimos, uma enormidade!

Não sabemos, ainda, quanto as Organizações Globo como um todo receberam…

Hoje, o deputado Paulo Pimenta fez uma visita ao ministério (via assessoria, por e-mail):

(..)

Fontehttp://www.viomundo.com.br/politica/pimenta-cobra-secom-diz-que-faz-midia-tecnica-globo-recebeu-r-59-bi-do-governo-federal-desde-2000.html

2 comentários:

  1. Tínhamos que começar uma grande abaixo assinado para o governo para de gastar com propaganda. Campanhas nacionais deveriam serem compulsórias a sua divulgação, afinal de contas é uma concessão publica. Petrobras financiar F1, fala serio.Esse dinheiro tem que ser revestido para Educação e não alimentar uma maquina de alienação de massas.

    ResponderExcluir
  2. Sim caro Odair, é o povo financiando absurdos.

    ResponderExcluir