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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 24, 2013

Dilma: tem torcida para o Brasil não dar certo


Presidente faz desabafo no Palácio do Planalto: "O Brasil ainda tem muitos herdeiros da escravidão", disse ela sobre a sua busca por qualidade no programa habitacional Minha Casa Minha Vida; "Eu fui eleita para dar o melhor ao povo"; antes, ela saudou a caxirola, instrumento musical inventado por Carlinhos Brown; Dilma e ministra Marta Suplicy tocaram o Hino Nacional no instrumento; “As crianças brasileiras vão ficar muito felizes”, saudou Dilma; “É a nossa capacidade de invenção”; em seguida, a presidente falou sobre economia: "Esse é um país estável"
Brasil 247
A presidente Dilma Rousseff passou a manhã de hoje, no Palácio do Planalto, em Brasília, de bom humor. Mas, mesmo assim, logo após ter sido apresentada pelo músico Carlinhos Brown à caxirola, ela desabafou: "Tem muita gente que está torcendo para o Brasil dar errado", disse Dilma, aparentemente, na direção dos especuladores da economia e das críticas de nível baixo da mídia tradicional. "Há muitos herdeiros da escravidão, que querem que o governo entregue coisas de baixa qualidade para o público, mas eu não fui eleita para dar 'qualquer coisa' ao povo, e sim entregar qualidade", afirmou. Para Dilma, o Brasil é um "país estável", com todas as condições de superar as adversidades da crise internacional. 
Antes do desabafo, foi lançado o instrumento musical que vai ditar o ritmo da Copa do Mundo de 2014: a caxirola. Invenção do artista Carlinhos Brown, o instrumento foi apresentado oficialmente na manhã desta terça-feira 23, no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presidente Dilma Rousseff e a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Juntas, elas tocaram, ao lado de Carlinhos, o Hino Nacional na caxirola.”
Matéria Completa, ::AQUI::

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